"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[Ulisses Pereira]

Ao longo dos últimos 10 anos, escrevi várias vezes contra as "golden shares". São uma aberração económica e, aliás, a Comissão Europeia tem-se pronunciado nesse sentido com alguns Estados a fugirem vezes sem conta às determinações deste orgão.

Quem precisa de algumas empresas para o controle estratégico do país, não as privatiza. Agora privatizar para receber o encaixe financeiro e manter o controlo da empresa, é uma autêntica perversidade numa economia de mercado.

Um abraço,
Ulisses

[Elias]

NÃO

[Um curioso...]

Golden share
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Uma Golden share ou uma Audiência específica é uma terminologia utilizada no mercado accionista aquando da criação de acções de classe especial que são retidas pelo poder público quando se desfaz do controlo accionista de sociedades onde detinha participação, a chamada privatização.

As acções denominadas golden share representam um mecanismo de preservação da ingerência do Estado na estrutura societária da empresa privatizada, retendo uma série de prerrogativas.


Os recentes factos, verdadeiros ou falsos, acontecidos em Portugal devem fazer-nos reflectir sobre a legitimidade das referidas acções.

-Por um lado, a manutenção de acções com direitos especiais, podem permitir aos Estados salvaguardar o interesse nacional e impedir o controle e a decisão arbitrária dos grupos privatizados por entidades que podem agir contra os interesses do País.

-Por outro lado, a posse de acções com direitos especiais permitem ao poder político a manutenção da sua influência sobre as empresas que foram alvo de privatização, ou no extremo servirem como instrumentos para o cumprimento dos planos menos ortodoxos dos Governos.

"Golden share", sim ou não?