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Caldeirão da Bolsa

UPDATE: Portugal 5-Year Sovereign CDS Spreads Hit New Wides

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

11:31 Portugal paga juro de 3,5% na emissão de mil milhões

por LTCM » 24/2/2010 13:43

O Instituto de Gestão do Crédito colocou esta manhã uma emissão de mil milhões de euros em obrigações do tesouro a cinco anos. Os títulos irão pagar um juro de 3,498%, bem acima dos 2,759% da emissão similar realizada em Novembro. A procura quase duplicou a oferta.

De acordo com a agência Reuters, as OT foram colocadas com uma “yield” média de 3,498%. Na emissão com a mesma maturidade e dimensão, realizada em Novembro do ano passado, Portugal pagou um juro de 2,759%.

A procura atingiu 1,8 mil milhões de euros, quase duplicando a oferta de mil milhões, que assim foi toda colocada.

A diferença de quase 75 pontos base reflecte o aumento da pressão dos investidores sobre a dívida portuguesa e a situação das contas pública nacionais, penalizadas pela crise na Grécia e preocupações crescentes sobre a capacidade dos países periféricos europeus cumprirem o pagamento da dívida.

Esta é a segunda emissão de obrigações em duas semanas, um "timing" que procura aproveitar uma relativa maior acalmia nos mercados, decorrente da decisão da UE de ajudar a Grécia e de algum trabalho de explicação aos investidores sobre a efectiva situação económica e financeira nacional.

De acordo com o noticiado hoje pelo Negócios, Alberto Soares (na foto), presidente do IGCP, e os responsáveis pelo financiamento dos seis principais bancos a operar em Portugal estarão a fazer em Londres, ao mesmo tempo que em Lisboa se trata da emissão de títulos de dívida. Uma operação de charme junto de cerca de 350 investidores institucionais que participam hoje no "Eurobond Investors Congress", organizado pela Euromoney.

A emissão de hoje é a terceira de 2010, depois da colocação de 3.000 milhões numa nova obrigação a dez anos a 10 de Fevereiro. A primeira ida ao mercado, em Janeiro, terminou sem que o IGCP conseguisse colocar o total do volume pretendido, devido à relutância dos investidores em comprar os títulos ao juro que o Estado estava disposto a pagar.

Ao Negócios, Alberto Soares reconheceu que a situação no mercado "é exigente" e que, por isso, é necessário "estar atento às janelas de oportunidade que se abram no mercado". Foi o que diz ter acontecido com sucesso há duas semanas, onde garante que o IGCP conseguiu tirar vantagem "de alguma maior estabilidade no mercado" e é isso que espera que aconteça hoje.

PEC consensual é urgente, e Maio é o mês mais crítico

No que diz respeito a Portugal, o maior receio, de acordo com uma análise recente do Morgan Stanley, é de que algum problema de liquidez pontual leve o País a falhar os pagamentos num momento específico. Isto porque o banco de investimento considera que do ponto de vista estrutural os riscos de incumprimento são reduzidos.

Nesse sentido, o mês mais crítico será Maio, altura em que Portugal terá de se refinanciar em 4 mil milhões de dólares para pagar juros e obrigações que maturam, isto numa altura em que também outros países estarão no mercado.

Para ajudar a aliviar a pressão, será central o plano de consolidação orçamental a médio prazo que o Governo incluirá no Programa de Estabilidade e Crescimento. Além de medidas ambiciosas e credíveis, o ideal será que o plano mereça consenso social e político que permita trazer o défice para 3%, diz Alberto Soares: "Naturalmente, os mercados procurarão identificar no PEC medidas de médio prazo que sejam capazes de suportar uma estratégia de redução do défice para o nível de 3%, até 2013".
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Ulisses Pereira » 17/2/2010 18:39

Deixem esses insultos de lado e centrem-se na discussão.
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por Branc0 » 17/2/2010 16:47

mfsr1980 Escreveu:O mais_um vive na ilusão que consegue iludir... :)
Pagam-lhe para isto, sabes? Deixa o rapaz trabalhar! :mrgreen:


Pois, também me quer parecer que quer tomar todos por parvos e fica chateado quando não lhe fazem a vontade.
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por mfsr1980 » 17/2/2010 16:44

O mais_um vive na ilusão que consegue iludir... :)
Pagam-lhe para isto, sabes? Deixa o rapaz trabalhar! :mrgreen:

Abraço mfsr1980
 
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por mais_um » 17/2/2010 16:28

Branc0 Escreveu:Mantém-se a duvida se tu és parvo ou se queres fazer dos outros parvos.


Eu em relação a ti já não tenho duvidas.
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por Branc0 » 17/2/2010 15:53

mais_um Escreveu:Continuas a confundir-me com outra pessoa....e queres confundir quem lê o topico, o que é que o socialismo tem a ver com oferta de venda e subida ou descida de taxas de juro da nossa divida???? :shock: :shock: :shock:


Não me parece estar a confundir-te com ninguém, nem tu sabes o que dizes pelos vistos.

E???? Tu é que afirmaste que Portugal ia passar a pagar os juros mais caros, não fui eu. Além disso o suposto bail out (a alemanha nunca confirmou) era para a Grecia e não para Portugal.


Confirma-se portanto que não acompanhas os mercados, caso contrário perceberias (nem é preciso ser nenhum génio) que os spreads em países como Portugal e Espanha têm subido de acordo com a percepção do problema Grego (e respectivas implicações para estes países) e como tal diminuiram quando a Alemanha falou em chegar-se à frente.

É a mesma coisa que eu dizer que amanhã existe uma grande possibilidade de o mercado descer, o governo proibir o short-selling e tu vires dizer "vês? afinal subiu". Jura?

Se eu dissesse que a Terra há-de girar sempre à volta do Sol e levassemos com um meteorito do tamanho de Jupiter na tola também estaria errado. Não fosse o facto de estarmos todos mortos estou certo que aqui estarias a dizer "vês? A Terra não gira sempre à volta do Sol".

Colocando os pontos nos iii, desde que começaste a tua participação neste topico que tens tentado insinuar que o Estado Português teve dificuldades naquele leilão, teria tido se tivesse aceite as condições do mercado e não aceitou, este é que é o ponto. Como se veio a provar agora. São factos e numeros.


Vês como continuas convencido que o leilão de Janeiro foi um sucesso? Não te estou a confundir com ninguém.

Simplificando, se eu tiver uma casa para vender e a colocar à venda por 100 (o mercado permite pensar que é possivel vender a 100) e só oferecerem-me 90, se eu estiver "à rasca" vendo-a pelos 90, se não estiver não a vendo, espero que as condições sejam mais favoraveis, foi o que o Estado fez. Penso que assim mesmo para o caso (pouco provavel) de seres um "poucochinho" à Ana Gomes consegues perceber. :mrgreen:


O Estado foi favorecido pelas implicações que o mercado tomou das reuniões de Merkl. Ou muito me engano ou o efeito vai ser o mesmo que quando se proíbe o short-selling. Ajuda no curto prazo, mas no médio e longo prazo o destino vai ser o mesmo.

Mas há mais uma coisa, é que se tu tiveres à rasca vendes por 90 mas não paras aí. Não, depois de venderes por 90 quando querias vender por 100 vais dizer aos teus amigos todos como foi um sucesso essa grande venda por um valor que só aceitaste porque estavas à rasca.

Mantém-se a duvida se tu és parvo ou se queres fazer dos outros parvos.
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por mais_um » 17/2/2010 15:36

Branc0 Escreveu:Tu acompanhas os mercados ou vens ao Caldeirão só para defender o socialismo?


Continuas a confundir-me com outra pessoa....e queres confundir quem lê o topico, o que é que o socialismo tem a ver com oferta de venda e subida ou descida de taxas de juro da nossa divida???? :shock: :shock: :shock:

Branc0 Escreveu:Adivinha qual foi o dia em que se começou a falar de um bail out alemão...


E???? Tu é que afirmaste que Portugal ia passar a pagar os juros mais caros, não fui eu. Além disso o suposto bail out (a alemanha nunca confirmou) era para a Grecia e não para Portugal.


Colocando os pontos nos iii, desde que começaste a tua participação neste topico que tens tentado insinuar que o Estado Português teve dificuldades naquele leilão, teria tido se tivesse aceite as condições do mercado e não aceitou, este é que é o ponto. Como se veio a provar agora. São factos e numeros.

Simplificando, se eu tiver uma casa para vender e a colocar à venda por 100 (o mercado permite pensar que é possivel vender a 100) e só oferecerem-me 90, se eu estiver "à rasca" vendo-a pelos 90, se não estiver não a vendo, espero que as condições sejam mais favoraveis, foi o que o Estado fez. Penso que assim mesmo para o caso (pouco provavel) de seres um "poucochinho" à Ana Gomes consegues perceber. :mrgreen:
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por Branc0 » 17/2/2010 14:57

mais_um Escreveu:Tu escreveste que a taxa ia continuar a aumentar e não aumentou, agora dizes que foi pelos alemães terem um plano de intervenção para a Grecia e então a taxa aumentou porquê? Não foi pelos problemas gregos? Há sempre um motivo, quer subam quer baixem, onde está a novidade? Mas nao foi isso que escreveste pois não?


Tu acompanhas os mercados ou vens ao Caldeirão só para defender o socialismo?

Adivinha qual foi o dia em que se começou a falar de um bail out alemão...
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por mais_um » 17/2/2010 13:43

Branc0 Escreveu:Eu não sei se fazes de propósito ou se és mesmo "poucochinho" como diria a tua amiga Ana Gomes.

Não ouviste falar nada da Alemanha ter um plano de intervenção para a Grécia desde o último leilão? Não viste os yields a descer em todos os PIIGS desde então?

Achas que a situação desde que disse aquilo não se alterou em nada?



Branc0,

Não sei se é por andares entretido com pseudo manifestações :lol: :lol: ou então parece-me que o "poucochinho" da Ana Gomes aplica-se mais a ti.

Tu escreveste que a taxa ia continuar a aumentar e não aumentou, agora dizes que foi pelos alemães terem um plano de intervenção para a Grecia e então a taxa aumentou porquê? Não foi pelos problemas gregos? Há sempre um motivo, quer subam quer baixem, onde está a novidade? Mas nao foi isso que escreveste pois não?


Branc0 Escreveu:Enfim... até continuas a achar que o leilão do mês passado foi um sucesso. Para quê mais palavras


Deves andar a confundir-me com outra pessoa...
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por Branc0 » 17/2/2010 13:29

djovarius Escreveu:Olá,

Isso só prova aquilo que ando a dizer há muitos meses. O mercado, averso a grandes riscos, tem muita liquidez para comprar papéis de curto prazo. E se eles pagam pouco, quando se trata de EUA, Japão, Alemanha e outros, o mercado pensa que vale a pena o risco país, em troca de um juro um pouco mais elevado.

É que os papéis de entre 3 meses a um ano, normalmente (historicamente) são mesmo de baixo risco. Já a partir de 5 anos... :roll:

Agora o problema é que Portugal, entre Março e Maio, necessita, entre rolagem de dívida de todos os prazos e novas emissões, de algo como 11 mil milhões de Euros. Não é brincadeira e vai ter de incluir uma grande componente de longo prazo.

Não vai ser fácil... :(

Abraço

dj


Para o mês que vem vais ter um leilão dos grandes em Espanha. Se não me engano anda a rondar os 30 mil milhões.
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por djovarius » 17/2/2010 13:28

Olá,

Isso só prova aquilo que ando a dizer há muitos meses. O mercado, averso a grandes riscos, tem muita liquidez para comprar papéis de curto prazo. E se eles pagam pouco, quando se trata de EUA, Japão, Alemanha e outros, o mercado pensa que vale a pena o risco país, em troca de um juro um pouco mais elevado.

É que os papéis de entre 3 meses a um ano, normalmente (historicamente) são mesmo de baixo risco. Já a partir de 5 anos... :roll:

Agora o problema é que Portugal, entre Março e Maio, necessita, entre rolagem de dívida de todos os prazos e novas emissões, de algo como 11 mil milhões de Euros. Não é brincadeira e vai ter de incluir uma grande componente de longo prazo.

Não vai ser fácil... :(

Abraço

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por Branc0 » 17/2/2010 13:28

Eu não sei se fazes de propósito ou se és mesmo "poucochinho" como diria a tua amiga Ana Gomes.

Não ouviste falar nada da Alemanha ter um plano de intervenção para a Grécia desde o último leilão? Não viste os yields a descer em todos os PIIGS desde então?

Achas que a situação desde que disse aquilo não se alterou em nada?

Enfim... até continuas a achar que o leilão do mês passado foi um sucesso. Para quê mais palavras?
Editado pela última vez por Branc0 em 17/2/2010 13:28, num total de 1 vez.
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por mais_um » 17/2/2010 13:18

Branc0 Escreveu:Vai ver o que aconteceu no leilão seguinte e vês que o Estado teve que pagar mais juros para satisfazer as suas necessidades.

É o que vai acontecer novamente. E cada 1% que aumenta o juro é mais 500 milhões de euros no défice, para um ministro que anda preocupado com os 100 milhões da Madeira isto só pode ser catastrófico.



Bom dia Branc0,

Afinal enganaste-te, parece-me que o mercado acredita mais nas nossas capacidades do que alguns portugueses...... :mrgreen: :mrgreen:

Taxa de juro da emissão de 02 de Fevereiro: 1,379
Taxa de juro da emissão de 17 de Fevereiro: 1,173


Neste leilão, tal como no anterior a procura foi 2x superior à oferta e a taxa foi mais baixa, ao contrario do que algumas pessoas profetizavam... :wink: :wink:

Um abraço,

Alexandre Santos
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por Branc0 » 5/2/2010 11:00

mais_um Escreveu:Bom dia Branc0,

Mais uma vez , eu falo de factos e não de cenários, se, se, se....
Tu insistes em falhar de alhos, quando o assunto são bugalhos. :lol: :lol:
Quando perceberes que o assunto é uma notícia que induz em erro quem a lê (agora)e não a situação económica do país daqui a 3 ou a 6 meses, voltamos a conversar sobre o assunto.

Hint: Se eu estivesse morto, não estaríamos aqui a trocar argumentos, mas não estou pois não? Mas posso estar daqui a 5 minutos ou 1 hora ou 6 meses, ou não, percebeste?

Um abraço,

Alexandre Santos


Onde é que diz na noticia que Portugal morreu?

O que diz na notícia é que o leilão falhou o objectivo, o que é verdade.
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por mais_um » 5/2/2010 10:57

Branc0 Escreveu:
mais_um Escreveu:Vais desculpar-me mas no meu dicionário de português, indicativo não é a mesma coisa que objectivo.


Estás desculpado. Quando te deres ao trabalho de ver como a coisa funciona logo percebes.

Eu não estou a opinar estou a apresentar factos, quem está a opinar és tu, o facto de subir os CDS, as yields, etc.. apenas faz com que "alguém" ganhe mais dinheiro à custa dos Estados, neste caso do nosso, se estivesse em causa a nossa capacidade de pagar, ninguém emprestava dinheiro nem faziam CDS.


Claro, a culpa é de quem não nos quer emprestar dinheiro. Nós que somos tão bom pagadores não temos nada a ver com isso.

Malandros a não nos quererem emprestrar dinheiro como se fosse deles.

Está a escapar-te algo, a divida vencida agora tinha uma taxa de juro superior à contratada neste ultimo leilão (vai ver o excel). E como chegas ao valor de 500 milhões de euros?


My bad... segui-me por um post que não devia. O défice deste ano são 14 mil milhões, portanto pelo menos esse valor terá que vir dos mercados de dívida. Portanto 1% da coisa são apenas 140 milhões, mesmo assim ainda superiores ao problema das ilhas.

Também te está a escapar algo. O Estado precisa dos 200 milhões que não pediu emprestado no dia 3. Toda a gente sabe isso, basta olhar para as contas públicas. Saberemos se tomou a decisão certa ou não no próximo leilão quando virmos se vai pagar mais ou menos que este. Certamente até lá os maléficos especuladores já terão tido tempo de se informarem melhor em vez de confiarem em notícias tendenciosas e o problema estará resolvido.

É certo que o leilão de 3-02-2010 saiu mais barato que o de 04-02-2009, mas está mais caro que o de 18-02-2009. Qual é o teu problema nesta análise?

Muito simples: Estás a comparar uma altura (2008 e principio de 2009) em que a dívida (até a portuguesa) era considerada uma forma de preservar o capital e o refugio para quem saía das acções. Isto levou as taxas de juro a descer em praticamente todo o lado.

Estamos em 2010 e o mercado já pode (ou pensa que pode) voltar a ser selectivo. Como demonstração disso países como a Holanda e a Alemanha continuam com taxas de juro estáveis enquanto países como Portugal e Grécia vêm as suas taxas de juro subir.

Já que estamos num forum de bolsa onde a malta faz análises e gosta de seguir a tendência diz-me o que achas que é mais preocupante (do ponto de vista do financiamento público)?

Uma taxa de 2% que está a cair a 0,2 ao mês ou uma taxa de 1,4% que está a subir a 0,4 ao mês?

Estás a misturar alhos com bugalhos, estou a discutir uma noticia e não a situação economica de Portugal, nunca afirmei que a situação economica de Portugal estava ou está boa, volto a repetir, a questão é a noticia e não a situação economica de Portugal.


Tu não consegues é destinguir uma coisa da outra. Não consegues perceber o que é um leilão e qual é a definição de falhar.

Hint: "Haver oferta" apenas a 50% ao ano não é um sucesso.


Bom dia Branc0,

Mais uma vez , eu falo de factos e não de cenários, se, se, se....
Tu insistes em falhar de alhos, quando o assunto são bugalhos. :lol: :lol:
Quando perceberes que o assunto é uma notícia que induz em erro quem a lê (agora)e não a situação económica do país daqui a 3 ou a 6 meses, voltamos a conversar sobre o assunto.

Hint: Se eu estivesse morto, não estaríamos aqui a trocar argumentos, mas não estou pois não? Mas posso estar daqui a 5 minutos ou 1 hora ou 6 meses, ou não, percebeste?

Um abraço,

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por Branc0 » 5/2/2010 10:41

mais_um Escreveu:Vais desculpar-me mas no meu dicionário de português, indicativo não é a mesma coisa que objectivo.


Estás desculpado. Quando te deres ao trabalho de ver como a coisa funciona logo percebes.

Eu não estou a opinar estou a apresentar factos, quem está a opinar és tu, o facto de subir os CDS, as yields, etc.. apenas faz com que "alguém" ganhe mais dinheiro à custa dos Estados, neste caso do nosso, se estivesse em causa a nossa capacidade de pagar, ninguém emprestava dinheiro nem faziam CDS.


Claro, a culpa é de quem não nos quer emprestar dinheiro. Nós que somos tão bom pagadores não temos nada a ver com isso.

Malandros a não nos quererem emprestrar dinheiro como se fosse deles.

Está a escapar-te algo, a divida vencida agora tinha uma taxa de juro superior à contratada neste ultimo leilão (vai ver o excel). E como chegas ao valor de 500 milhões de euros?


My bad... segui-me por um post que não devia. O défice deste ano são 14 mil milhões, portanto pelo menos esse valor terá que vir dos mercados de dívida. Portanto 1% da coisa são apenas 140 milhões, mesmo assim ainda superiores ao problema das ilhas. Isto claro a adicionar aos 5335 milhões de euros que pagamos só de juros em 2009 e imaginando que não vamos emitir mais nada que os 14 mil milhões.

Também te está a escapar algo. O Estado precisa dos 200 milhões que não pediu emprestado no dia 3. Toda a gente sabe isso, basta olhar para as contas públicas. Saberemos se tomou a decisão certa ou não no próximo leilão quando virmos se vai pagar mais ou menos que este. Certamente até lá os maléficos especuladores já terão tido tempo de se informarem melhor em vez de confiarem em notícias tendenciosas e o problema estará resolvido.

É certo que o leilão de 3-02-2010 saiu mais barato que o de 04-02-2009, mas está mais caro que o de 18-02-2009. Qual é o teu problema nesta análise?

Muito simples: Estás a comparar uma altura (2008 e principio de 2009) em que a dívida (até a portuguesa) era considerada uma forma de preservar o capital e o refugio para quem saía das acções. Isto levou as taxas de juro a descer em praticamente todo o lado.

Estamos em 2010 e o mercado já pode (ou pensa que pode) voltar a ser selectivo. Como demonstração disso países como a Holanda e a Alemanha continuam com taxas de juro estáveis enquanto países como Portugal e Grécia vêm as suas taxas de juro subir.

Já que estamos num forum de bolsa onde a malta faz análises e gosta de seguir a tendência diz-me o que achas que é mais preocupante (do ponto de vista do financiamento público)?

Uma taxa de 2% que está a cair a 0,2 ao mês ou uma taxa de 1,4% que está a subir a 0,4 ao mês?

Estás a misturar alhos com bugalhos, estou a discutir uma noticia e não a situação economica de Portugal, nunca afirmei que a situação economica de Portugal estava ou está boa, volto a repetir, a questão é a noticia e não a situação economica de Portugal.


Tu não consegues é destinguir uma coisa da outra. Não consegues perceber o que é um leilão e qual é a definição de falhar.

Hint: "Haver oferta" apenas a 50% ao ano não é um sucesso.
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por mais_um » 5/2/2010 3:02

Branc0 Escreveu:
mais_um Escreveu:Boas!

Areia para os olhos? Deves estar a confundir-me com outra pessoa. Já agora porque ficaste apenas pelo ano de 2009? E porque alteraste de indicativo para objectivo? Foi para atirar areia para os olhos? :lol:


Porque estávamos a falar de 2009. E o indicativo é o objectivo. É a indicação que é dada de quanto se pretende que seja o financiamento (sendo uma indicação pode mudar durante o leilão conforme a situação de mercado, tal como aconteceu ontem).


Não estavamos a falar de 2009, estavamos a falar do passado, deixei exemplos de 2009, 2008 e perguntei-te se querias mais anos, para provar o meu comentário

Vais desculpar-me mas no meu dicionário de português, indicativo não é a mesma coisa que objectivo.
Branc0 Escreveu:
No leilão de 19 de março de 2008, para um valor indicativo (já agora queres explicar porque é alteraste a designação de indicativo para objectivo? ) de 1000 milhões de €, o Estado só aceitou 600 milhões, ou seja só aceitou 60% do valor indicativo (e não objectivo...) ou seja uma situação identica ao ultimo leilão, com uma diferença, a procura foi bastante inferior a este leilão de 2010.

Relembrando o meu comentário inicial, a noticia é tendenciosa, tenta passar uma informação que não é correcta, para mim com um objectivo claro, como aconteceu por exemplo com a gripe A, manipular as pessoas para as fazer agir de uma determinada maneira. Num passado bem recente, situações semelhantes ou até mais desfavoraveis não tiveram qualquer eco na comunicação social internacional.


Chamo à atenção que o meu unico ponto é a noticia ser "fabricada" e não se as taxas de juro são melhores ou piores, ou se a nossa economia está boa ou má, não é isso que está em causa no meu comentário.


É tudo gente parva estes investidores. Sai uma notícia e os tipos sobem os yields, sobem os CDS, sobem tudo. És o único esperto, acho que te devias aproveitar dessa ineficiência do mercado que detectaste.


Eu não estou a opinar estou a apresentar factos, quem está a opinar és tu, o facto de subir os CDS, as yields, etc.. apenas faz com que "alguém" ganhe mais dinheiro à custa dos Estados, neste caso do nosso, se estivesse em causa a nossa capacidade de pagar, ninguém emprestava dinheiro nem faziam CDS.

Branc0 Escreveu:Esse exemplo que tu deste é por acaso bastante útil mas não pelas razões que tu apresentas. Vai ver o que aconteceu no leilão seguinte e vês que o Estado teve que pagar mais juros para satisfazer as suas necessidades.

É o que vai acontecer novamente. E cada 1% que aumenta o juro é mais 500 milhões de euros no défice, para um ministro que anda preocupado com os 100 milhões da Madeira isto só pode ser catastrófico.

Está a escapar-te algo, a divida vencida agora tinha uma taxa de juro superior à contratada neste ultimo leilão (vai ver o excel). E como chegas ao valor de 500 milhões de euros?

Sobre ser um bom ou mau negocio, considerando que o Estado tinha um valor indicativo de 500 M€ e apareceram ofertas no valor de 1195M€, não quero ofender-te mas dou mais credibilidade ao mercado que à tua opinião. Não me parece que alguém queira emprestar dinheiro a quem não tem condições para pagar.


Não quero ofender-te mas ainda não percebeste que a oferta e a procura se encontram no preço, neste caso a taxa de juro.[/

O que tu estás a dizer é que a Ferrari não está em crise porque há biliões de pessoas a quererem comprar um Ferrari. O facto de apenas umas centenas o fazerem é devido a uma noticia implantada que os estúpidos analistas acreditam quando afinal o mercado é soberano porque há procura de biliões de Ferraris.

Se aparecer alguém no leilão a querer emprestar 100 mil milhões a Portugal com um juro de 50% ao ano tu vais continuar a achar que não há problema nenhum, porque "houve oferta".


Estás a misturar alhos com bugalhos, estou a discutir uma noticia e não a situação economica de Portugal, nunca afirmei que a situação economica de Portugal estava ou está boa, volto a repetir, a questão é a noticia e não a situação economica de Portugal.
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por Branc0 » 5/2/2010 2:29

mais_um Escreveu:Boas!

Areia para os olhos? Deves estar a confundir-me com outra pessoa. Já agora porque ficaste apenas pelo ano de 2009? E porque alteraste de indicativo para objectivo? Foi para atirar areia para os olhos? :lol:


Porque estávamos a falar de 2009. E o indicativo é o objectivo. É a indicação que é dada de quanto se pretende que seja o financiamento (sendo uma indicação pode mudar durante o leilão conforme a situação de mercado, tal como aconteceu ontem).

No leilão de 19 de março de 2008, para um valor indicativo (já agora queres explicar porque é alteraste a designação de indicativo para objectivo? ) de 1000 milhões de €, o Estado só aceitou 600 milhões, ou seja só aceitou 60% do valor indicativo (e não objectivo...) ou seja uma situação identica ao ultimo leilão, com uma diferença, a procura foi bastante inferior a este leilão de 2010.

Relembrando o meu comentário inicial, a noticia é tendenciosa, tenta passar uma informação que não é correcta, para mim com um objectivo claro, como aconteceu por exemplo com a gripe A, manipular as pessoas para as fazer agir de uma determinada maneira. Num passado bem recente, situações semelhantes ou até mais desfavoraveis não tiveram qualquer eco na comunicação social internacional.


Chamo à atenção que o meu unico ponto é a noticia ser "fabricada" e não se as taxas de juro são melhores ou piores, ou se a nossa economia está boa ou má, não é isso que está em causa no meu comentário.


É tudo gente parva estes investidores. Sai uma notícia e os tipos sobem os yields, sobem os CDS, sobem tudo. És o único esperto, acho que te devias aproveitar dessa ineficiência do mercado que detectaste.

Esse exemplo que tu deste é por acaso bastante útil mas não pelas razões que tu apresentas. Vai ver o que aconteceu no leilão seguinte e vês que o Estado teve que pagar mais juros para satisfazer as suas necessidades.

É o que vai acontecer novamente. E cada 1% que aumenta o juro é mais 500 milhões de euros no défice, para um ministro que anda preocupado com os 100 milhões da Madeira isto só pode ser catastrófico.

Sobre ser um bom ou mau negocio, considerando que o Estado tinha um valor indicativo de 500 M€ e apareceram ofertas no valor de 1195M€, não quero ofender-te mas dou mais credibilidade ao mercado que à tua opinião. Não me parece que alguém queira emprestar dinheiro a quem não tem condições para pagar.


Não quero ofender-te mas ainda não percebeste que a oferta e a procura se encontram no preço, neste caso a taxa de juro.

O que tu estás a dizer é que a Ferrari não está em crise porque há biliões de pessoas a quererem comprar um Ferrari. O facto de apenas umas centenas o fazerem é devido a uma noticia implantada que os estúpidos analistas acreditam quando afinal o mercado é soberano porque há procura de biliões de Ferraris.

Se aparecer alguém no leilão a querer emprestar 100 mil milhões a Portugal com um juro de 50% ao ano tu vais continuar a achar que não há problema nenhum, porque "houve oferta".
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por mais_um » 5/2/2010 2:06

Branc0 Escreveu:
mais_um Escreveu:
Primeiro , eu não promovo governo nenhum, defendo apenas a verdade dos factos:

Em 2009:
4-03-09
17-06-09

Em 2008:
19-03-08
4-06-08
6-08-08
1-10-08

Chega estes anos ou queres mais?


Quero mais, areia para os olhos é coisa que não me canso.

Mas a culpa é minha que não fiz o scroll como deve de ser. Vamos então analisar os casos:

04-03-09:
Objectivo: 600
Conseguido: 590
% do objectivo: 98,33
Taxa média: 1.081 (menos 0,14 que o leilão anterior)

17-06-2009:
Objectivo: 750
Conseguido: 745
% do objectivo: 99,33
Taxa média: 0,86 (menos 0,17 que o leilão anterior)

03-02-2010:
Objectivo: 500
Conseguido: 300
% do objectivo: 60
Taxa média: 1,379 (mais 0,45 que o leilão anterior)

Mas está tudo realmente igual a 2009. Olha, se acreditas nisso compra... é um bom negócio e o ministro agora até quer vender a dívida a retalho fica acessível a qualquer um.


Boas!

Areia para os olhos? Deves estar a confundir-me com outra pessoa. Já agora porque ficaste apenas pelo ano de 2009? E porque alteraste de indicativo para objectivo? Foi para atirar areia para os olhos? :lol:

No leilão de 19 de março de 2008, para um valor indicativo (já agora queres explicar porque é alteraste a designação de indicativo para objectivo? ) de 1000 milhões de €, o Estado só aceitou 600 milhões, ou seja só aceitou 60% do valor indicativo (e não objectivo...) ou seja uma situação identica ao ultimo leilão, com uma diferença, a procura foi bastante inferior a este leilão de 2010.

Relembrando o meu comentário inicial, a noticia é tendenciosa, tenta passar uma informação que não é correcta, para mim com um objectivo claro, como aconteceu por exemplo com a gripe A, manipular as pessoas para as fazer agir de uma determinada maneira. Num passado bem recente, situações semelhantes ou até mais desfavoraveis não tiveram qualquer eco na comunicação social internacional.


Chamo à atenção que o meu unico ponto é a noticia ser "fabricada" e não se as taxas de juro são melhores ou piores, ou se a nossa economia está boa ou má, não é isso que está em causa no meu comentário.

Sobre ser um bom ou mau negocio, considerando que o Estado tinha um valor indicativo de 500 M€ e apareceram ofertas no valor de 1195M€, não quero ofender-te mas dou mais credibilidade ao mercado que à tua opinião. Não me parece que alguém queira emprestar dinheiro a quem não tem condições para pagar.

Um abraço,

Alexandre Santos
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por Branc0 » 3/2/2010 20:14

mais_um Escreveu:Branco,

Já agora, para concluir, a decisão de não colocar a divida na sua totalidade tem sido do Estado português e não dos mercados, porque procura tem existido e bastante.


Pois claro, tal como quando o BCP não me empresta dinheiro a 5% ao ano a decisão de não ir à COFIDIS pagar 20% também é minha. :roll:
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por Branc0 » 3/2/2010 20:12

mais_um Escreveu:
Primeiro , eu não promovo governo nenhum, defendo apenas a verdade dos factos:

Em 2009:
4-03-09
17-06-09

Em 2008:
19-03-08
4-06-08
6-08-08
1-10-08

Chega estes anos ou queres mais?


Quero mais, areia para os olhos é coisa que não me canso.

Mas a culpa é minha que não fiz o scroll como deve de ser. Vamos então analisar os casos:

04-03-09:
Objectivo: 600
Conseguido: 590
% do objectivo: 98,33
Taxa média: 1.081 (menos 0,14 que o leilão anterior)

17-06-2009:
Objectivo: 750
Conseguido: 745
% do objectivo: 99,33
Taxa média: 0,86 (menos 0,17 que o leilão anterior)

03-02-2010:
Objectivo: 500
Conseguido: 300
% do objectivo: 60
Taxa média: 1,379 (mais 0,45 que o leilão anterior)

Mas está tudo realmente igual a 2009. Olha, se acreditas nisso compra... é um bom negócio e o ministro agora até quer vender a dívida a retalho fica acessível a qualquer um.
Editado pela última vez por Branc0 em 3/2/2010 20:45, num total de 1 vez.
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por Elias » 3/2/2010 19:23

Risco de Portugal dispara nos mercados (act)
Fonte: negocios.pt

O mercado internacional deu hoje claros sinais de preocupação com a situação das contas públicas portuguesas. As declarações de Almunia e uma emissão de bilhetes do tesouro abaixo do esperado levaram as “yields” das obrigações a registar uma forte subida, os custos de protecção da dívida (CDS) para máximos históricos e as acções a registarem uma forte queda.

As “yields” das obrigações do tesouro portuguesas estão hoje de novo em forte alta, numa altura em que as preocupações dos investidores se desviam para Portugal depois da Comissão Europeia ter dado apoio ao plano da Grécia de consolidação orçamental, afirmam analistas. Os CDS atingiram recorde e a bolsa portuguesa desceu perto de 3%, a maior queda desde Outubro do ano passado.

O receios dos investidores reflecte também o facto de o IGCP ter colocado hoje uma emissão de 300 milhões de euros em bilhetes do tesouro, quando antes tinha indicado que pretendia alienar 500 milhões de euros. Os títulos, com uma maturidade de 12 meses, foram colocados com uma taxa de juro de 1,38%, acima dos 0,93% da emissão realizada a 20 de Janeiro.

As obrigações do tesouro a 10 anos estão em forte queda, elevando a rentabilidade dos títulos para 4,666%, um novo máximo desde 3 de Março de 2009. A subida de 21 pontos base ocorreu logo depois de Joaquin Almunia, comissário do euro, ter, na conferência de imprensa em que explicou o apoio ao plano de consolidação orçamental da Grécia, afirmado que Portugal precisa de intensificar os esforços de redução do défice.

A subida das “yields” é também a mais elevada desde 3 de Março de 2009. Nesse dia, em que a bolsa portuguesa atingiu o mínimo do ano, dispararam 24 pontos base.

“Depois da Grécia ter surgido com novas medidas e um plano rigoroso, o mercado começou a olhar para a próxima economia mais fraca da Zona Euro para vender [dívida pública]. O recente orçamento português não impressionou”, disse um investidor ao “Financial Times”, para justificar a queda das obrigações portuguesas.

Esta subida dos juros das OT portuguesas acontece num dia em que o Conselho de Estado reúne, depois de ter sido convocado por Cavaco Silva para discutir a situação política do país, preocupado com a situação financeira e com a necessidade de dar uma imagem de estabilidade aos mercados internacionais.

“Spread” de 143 pontos base

A subida das obrigações portuguesas é transversal a todos os prazos. Nas OT a 2 anos a “yield” – que varia em sentido inverso à cotação – sobe 21 pontos base para 2,371% e nos títulos com maturidade a 5 anos a “yield” avança 25 pontos base para 3,777%.

Os investidores estão assim a exigir uma maior rentabilidade para comprar dívida pública portuguesa. Tal ocorre numa sessão em que as “yields” da dívida pública de restantes países estão estáveis.

A “yield” da dívida pública grega a 10 anos desce 4 pontos base para 6,676%, mantendo a tendência de descida desde que na semana passada superou os 7%. Na Alemanha a rentabilidade das “bunds” a 10 anos sobe 3 pontos base.

O diferencial entre a dívida portuguesa e alemã – que representa o prémio de risco que os investidores exigem para comprar os títulos portugueses – alargou-se hoje assim para 143 pontos base, quase triplicando no espaço de dois meses.

Nas OT a dois anos o “spread” é de 134 pontos base, o mais elevado desde Janeiro de 2009.

A “yield” das OT portuguesas a 10 anos acumula já uma subida de 63 pontos base este ano, ainda assim menos que os 93 pontos dos títulos gregos comparáveis.

“Intensificar” redução do défice

A subida das “yields” portuguesas acentuou-se desde que Joaquin Almunia, em conferência de imprensa em Bruxelas, afirmou que Governo português vai ter de “intensificar” o ritmo de consolidação orçamental, depois de ter revelado valores para o défice de 2009 e previsões para 2010 “ligeiramente superiores ao esperado”.

Almunia disse ainda que Portugal e Grécia partilham alguns problemas, como a perda de competitividade, défices elevados e "grandes" necessidades de financiamento externo.

As declarações do comissário para os Assuntos Económicos e Monetários foram proferidas na conferência de imprensa em que anunciou oficialmente a aprovação do programa de estabilidade e crescimento da Grécia.

Almunia classificou o plano grego de “ambicioso” e de difícil execução, mas, ainda assim, “atingível”.

Os investidores contactados pelo FT consideram que o mercado, depois de a crise na Grécia suscitar menos preocupações uma vez recebido o aval de Bruxelas, está agora a focar atenções em Portugal.

O Governo português deverá apresentar em Bruxelas, dentro de duas semanas, o programa de estabilidade e crescimento, documento onde terá que detalhar como vai reduzir o défice de 9,3% do PIB no ano passado para 3% em 2013.

Apesar de Vítor Constâncio ter ontem estimado que será necessário aumentar impostos para atingir tal meta, o ministro das Finanças e o primeiro-ministro afastaram tal cenário.

“As notícias que têm saído são bastante negativas para os títulos da dívida pública portuguesa”, afirmou esta tarde David Schnautz, analista do Commerzbank em Frankfurt.

Citado pela agência Bloomberg, Schnautz diz ser “considerável” o risco de aumentar ainda mais o “spread”, ou seja o diferencial entre os juros exigidos pela compra de dívida portuguesa quando comparados com os da alemã, que serve de referência ao mercado, como sendo as aplicações mais seguras da Zona Euro. “[O 'spread'] pode ir muito mais longe”, antecipa o analista.

Emissão de BT abaixo do esperado

Vários analistas consideram que a emissão abaixo do estimado de BT também justifica o nervosismo dos investidores. O analista do Commerzbank, citado pela Dow Jones, considera que a decisão de Portugal em vender “apenas” 300 milhões de euros foi “inteligente”, pois “actualmente é muito importante para Portugal não desesperar por financiamento”. A procura total de BT atingiu 1,95 mil milhões de euros, mas o IGCP optou por colocar apenas 300 milhões.

Algo com que os investidores parecem não concordar. Os “credit default swaps” a 5 anos, instrumentos que os investidores utilizam para se protegerem contra o incumprimento da dívida pública – atingiram um recorde em 196 pontos base, depois de uma subida de 29 pontos base.

Este aumento traduz uma subida de 32 mil euros no custo anual para um investidor, com 10 mil milhões de euros de dívida, se proteger contra um incumprimento.

Segundo a Bloomberg, os CDS de Portugal são os que mais sobem em todo o mundo. Mas não os únicos. O índice que reúne os CDS dos países da Zona Euro subiu 5 pontos base para um recorde de 93,5 pontos base, o valor mais elevado de sempre.

Desde que a crise grega se intensificou, o mercado centrou atenções nos já denominados países periféricos, como Portugal, Espanha, Irlanda e Itália.

A “yield” das obrigações espanholas a 10 anos sobe 4 pontos base para 4,096%, no dia em que o país entregou o programa de estabilidade e crescimento em Bruxelas.

A Irlanda conseguiu "acalmar" as preocupações dos mercados depois de ter apresentado um orçamento com medidas "drásticas" de cortes nos salários dos funcionários públicos.
 
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Mais um...Financial Times...com amigos assim...

por eba » 3/2/2010 19:21

Portuguese bonds hit as Greek fears ease
By David Oakley, Capital Markets Correspondent

Published: February 3 2010 14:14 | Last updated: February 3 2010 14:14

Portuguese government bonds sold off sharply on Wednesday as the markets turned their fire on to the “next weakest economy in the eurozone” after Europe backed new plans from Greece to boost tax revenues and cut public spending.
Portugal’s 10-year bonds rose to 4.61 per cent, a jump of 16 basis points on the day and 139bp more than yields on German Bunds, the sovereign debt issued by Europe’s benchmark economy.

EDITOR’S CHOICE
Portugal’s PM scorns Athens comparison - Jan-31EU tells Greece to cut public sector wages - Feb-03EU support for Greek budget plan lifts euro - Feb-03Portugal, which has a forecast debt to gross domestic product ratio of 90 per cent this year and a forecast budget deficit of 6.5 per cent, is perceived by many investors to be the second weakest economy in the eurozone after Greece.

One investor said: “After the Greeks came out with new, tougher plans, the markets started to look for the next weakest economy in the eurozone to sell. Portugal’s recent budget was not that impressive.”
Analysts say the eurozone bond markets are likely to continue seeing sharp swings in prices because of the weakness of many countries’ public finances, particularly the so-called peripheral nations of Greece, Portugal, Spain, Ireland and Italy.

Greek 10-year bond yields, which have an inverse relationship to prices, were 7bp lower at 6.64 per cent as sentiment improved on hopes the government would introduce the tough measures needed to stabilise the economy.

However, analysts warned that the Greek bond markets remained vulnerable to a sell-off until the government had clearly put its plans to tackle the public finances into action.

Spanish and Italian 10-year bond yields rose slightly by 6bp to 4.10 per cent and 2bp to 4.06 per cent respectively. Irish 10-year bond yields were steady at 4.80 per cent.

Bank of Portugal governor Vítor Constâncio said on Tuesday that he was relatively pessimistic about the short-term outlook for Portugal.
 
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por mais_um » 3/2/2010 19:13

Branco,

Já agora, para concluir, a decisão de não colocar a divida na sua totalidade tem sido do Estado português e não dos mercados, porque procura tem existido e bastante.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Ulisses Pereira » 3/2/2010 19:11

Aqui fica um pequeno comentário de um colunista do Realmoney:

Marc Chandler
Greece is not the Word, But Portugal is Today
2/3/2010 1:00 PM EST


"Greece who has been the center of the financial storm in Europe got a cautious vote of confidence from the EC today. It 2 and 10 year bond yields are slightly lower on the day.

The lightening rod has been passed to Portugal today and this appears to be one of the factors weighing on the euro and in general helping lift the US dollar. Portugal 10-year yields are up 21 bp today the largest rise in nearly a year and the premium over Germany is the widest in almost that long too. Its 2 year yield is up 23 bp today. The 5-year CDS appears to be at record levels.

A Nobel-winning economist was quoted on the news wires suggesting that stronger EC support for Greece would end the crisis. But this does not seem to be the case. First, as several European finance ministers have suggested "bailing out" Greece would unveil a huge moral hazard and investors would balk. Second, as Portugal's debt market performance illustrates, if Greece is supported, investors may "strike" until Portugal is treated in a similar fashion.

And then who is next--Spain ? The euro was turned back from the $1.4025 area which corresponds with a retracement objective of the slide since Jan 25 high just below $1.4200. The subsequent price action today makes the euro's firmer tone this week look corrective in nature. Still ahead of the ECB meeting (which is not expected to result in a change in policy or guidance), a loss of the recent lows near $1.3855 does not look likely. On the other hand, the prospects of a favorable US jobs report on Friday, could provide some impetus to keep the greenback bid. "

(in www.realmoney.com)
"Acreditar é possuir antes de ter..."

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