Esta mentalidade bacoca e complexada é que não leva a lado nenhum, cambada de simplórios estes escandinavos. Not!
How much do you make? It'd be no secret in Scandinavia
By Jeffrey Stinson, USA TODAY
LONDON — Every year, Sweden publishes everyone's income tax returns. So do Finland and Norway. And nobody really cares.
By contrast, U.S. law prohibits releasing anybody's tax information. Imagine the howl if the IRS put tax returns online, so co-workers, neighbors and mothers-in-law could see what someone earns.
That happened in Italy earlier this year, when the outgoing government of prime minister Romano Prodi briefly posted taxpayers' incomes on the Internet, and newspapers picked up the list.
Magnus Graner, state secretary for Sweden's Justice Ministry, says people's tax returns are available for viewing in a series of "tax calendars," or books, each year.
"If it's what you want to do, you can see what your brother-in-law made, your neighbor made," Graner says. "Not everybody does it, although we joke about it and say, 'Have you checked on your future in-laws?' No one in my family has done it — I don't think."
Two weeks ago, Sweden published the tax returns of ordinary wage-earners. In November or December, Swedes can see how much high-rollers made — with their income from dividends and other investments — plus how much they paid in taxes for 2007.
Sweden's policy of making tax returns public — as in Finland and Norway — stems from a tradition of open records and transparency in government, except in cases of national security and some aspects of criminal investigations.
"The right of public access to documents is laid down in the constitution," Graner says of Sweden's practice since the 18th century.
Making the data public demonstrates the Scandinavian tradition of jantelag, which translates roughly as nobody is better than anyone else, says Veera Heinonen, spokeswoman for the Finish Embassy in London.
"Finland is a very egalitarian country, and it's a very high-tax society, so it provides checks and balances," Heinonen says.
She says people's earnings can be a good source of gossip. Is anybody embarrassed? "Well, maybe some chief executives," she says.
Ida Ragnarsson, 22, of Helsingborg, Sweden, says she doesn't mind if anyone sees what she earns. Ragnarsson, who coaches sales people, says she has checked up on her family. "It's fun to know how much they earn," she says.
Italians didn't think so in April when Vincenzo Visco, a deputy economy minister who spearheaded Italy's fight against tax evasion, posted 2005 tax returns on the agency's website.
The gesture, Visco told Italian news organizations, was to encourage greater "transparency and democracy."
The information was quickly removed from the website, but it was available long enough for newspapers to grab and publish figures about the rich.
Among the incomes posted: Silvio Berlusconi, the conservative media mogul who replaced Prodi as prime minister. His 2005 earnings: $43.5 million, on which he paid $18.6 million in taxes.
Philip Lindquist, 19, a student in Stockholm, says he doesn't understand the fuss in Italy. "The model on which Sweden is built demands this" public information, he says.
Norway had parliamentary hearings several years ago on whether to continue making the information public, but nothing came of it, says Marietta Christophersen in Norway's embassy in London.
It's very popular, she says. Norwegians can go on newspaper websites, she says, and "search for celebrities' tax details or those of your neighbor or in-laws."
Americans would likely be outraged, says Marc Rotenberg of the Electronic Privacy Information Center in Washington.
That won't happen, says Internal Revenue Service spokesman Rob Marvin. "Federal law prohibits the release of that private information."
Contributing: Christoffer Braw in Stockholm
ou
Jeffrey Stinson*
Todo ano, a Suécia publica as declarações de imposto de renda de todos os seus cidadãos. Assim como a Finlândia e a Noruega. E ninguém liga muito para isso.
Em contraste, a lei dos Estados Unidos proíbe divulgar as informações tributárias de qualquer pessoa. Imagine o barulho que haveria se o IRS (Internal Revenue Service, a Receita Federal americana) colocasse os dados do imposto de renda online, de forma que colegas de trabalho, vizinhos e sogras pudessem ver quanto dinheiro alguém ganha.
Isso aconteceu na Itália no começo desse ano, quando o governo do primeiro-ministro Romano Prodi, que estava deixando o poder, publicou o imposto de renda dos contribuintes durante algum tempo na Internet, e os jornais pegaram a lista.
Magnus Graner, secretário de Estado do Ministério da Justiça da Suécia, diz que as declarações de imposto de renda ficam disponíveis para consulta todo ano em uma série de livros ou “calendários de impostos”.
“Se é isso que você deseja, pode ver quanto seu cunhado ganhou, quanto seu vizinho ganhou”, diz Graner. “Não é todo mundo que faz isso, apesar de fazermos piada e perguntarmos: ‘você já checou quanto seus futuros sogros ganham?’. Ninguém na minha família fez isso - acho que não.”
Duas semanas atrás, a Suécia publicou as declarações de renda dos assalariados comuns. Em novembro ou dezembro, os suecos poderão ver quanto que os ricaços ganharam - com seus rendimentos de dividendos e outros investimentos - e quanto pagaram de impostos em 2007.
É quando os jornais suecos tradicionalmente publicam informações sobre o patrimônio financeiro de CEOs, celebridades e outras pessoas ricas. “Não há nenhuma reclamação em relação a isso”, diz Graner.
A política sueca de tornar pública a declaração de imposto de renda - como é na Finlândia e na Noruega - vem de uma tradição de abertura de informações e transparência de governo, exceto nos casos de segurança nacional e em alguns aspectos das investigações criminais.
“O direito de acesso público a documentos está estabelecido na constituição”, diz Graner sobre a prática que a Suécia adota desde o século 18.
Tornar a informação pública é uma demonstração da tradição escandinava de “jantelag”, que pode ser traduzida grosseiramente como “ninguém é melhor do que ninguém”, diz Veera Heinonen, porta-voz da Embaixada da Finlândia em Londres.
“A Finlândia é um país muito igualitário, e uma sociedade com impostos muito altos, então fornecemos demonstrativos e balanços”, diz Heinonen.
Ela diz que os rendimentos das pessoas podem ser uma boa fonte de fofoca. Se alguém fica constrangido? “Bem, talvez os presidentes das empresas”, diz ela.
Ida Ragnarsson, 22, de Helsingborg, Suécia, diz que ela não se importa se outras pessoas vêem o quanto ela ganha. Ragnarsson, que trabalha orientando profissionais de vendas, diz que já verificou os ganhos de sua família. “É divertido saber quanto que eles ganham”, diz.
Os italianos não acharam o mesmo em abril, quando Vincenzo Visco, ministro da economia que liderou a guerra contra a sonegação na Itália, publicou as declarações de imposto de renda no site do ministério.
O gesto, disse Visco à imprensa italiana, era para encorajar mais “transparência e democracia”.
A informação foi rapidamente removida do site, mas ficou disponível por tempo suficiente para que os jornais a agarrassem e publicassem os números sobre os ricos.
Entre os rendimentos publicados estavam o de Silvio Berlusconi, político conservador e figura poderosa na mídia, que substituiu Prodi como primeiro-ministro. Seus rendimentos de 2005: US$ 43,5 milhões, sobre os quais ele pagou US$ 18,6 milhões em impostos.
Philip Lindquist, 19, estudante de Estocolmo, diz que ele não entende o motivo do rebuliço na Itália. “O modelo sobre o qual a Suécia está construída demanda isso”, a informação pública, diz ele.
A Noruega teve audiências parlamentares há alguns anos para decidir se deveria manter a informação pública, mas nada mudou, diz Marietta Christopheren, na Embaixada norueguesa de Londres.
É muito popular, diz ela. Os noruegueses podem olhar nos jornais ou websites e “procurarem pelos detalhes dos impostos das celebridades, dos vizinhos ou parentes”, diz.
Os americanos provavelmente se sentiriam violados, diz Marc Rotenberg do Centro de Privacidade Eletrônica de Informações em Washington.
Isso não vai acontecer, diz o porta-voz da Receita Federal. “A lei federal proíbe a publicação desse tipo de informação privada.”
*Christoffer Braw, em Estocolmo, contribuiu com a reportagem.
“USA Today”