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MensagemEnviado: 1/2/2010 20:00
por Quimporta
Tens razão que é referida a possibilidade de imposição de taxas alfandegárias compensatórias a parceiros comerciais que não apliquem dentro de portas as mesmas taxas de emissões que se vierem a impor nos EUA, para assim proteger a competitividade da economia.

Mas de admitir um cenário como plausível a fazer uma proposta, vai uma distância. Jeff Rubin não me parece propor especificamente nada nesta conferência.

(para facilitar a busca, a questão dos taxas de carbono é abordada entre os min 25-31).

O ponto chave da intervenção ("Key mantra" - 39’45’’) é o "distance cost money " em que o preço do petróleo é e será o factor crítico, e que as taxas sobre emissões podem (e para mim devem) vir a agravar.

E não é só uma boa ideia para defesa da economia americana e dos "home jobs" (aí sim, proteccionismo), mas do planeta inteiro. Isso é que já era outra conversa, em que já sabemos que eu sou "verde" e tu "branco"... :)

Para mim a pérola do discurso é outra:

In the world that I see, Archie Bunkers will get into bed with Al Gores, because raising the environmental bar will bring jobs home, not send them away – 25’10''
:clap: :clap:

Abraço,

MensagemEnviado: 1/2/2010 15:01
por Branc0
QuimPorta Escreveu:Mesmo assim já é especulação da tua parte assumir que taxas de carbono constituam barreiras proteccionistas (falamos em relação à China, certo?). A corrente dominante de quem defende "taxas" é que se apliquem aos países que já se industrializaram e deixar as economias emergentes fora disso, que, coitados, ainda não tiveram tempo de estragar o que têm direito! :)


Não é especulação nenhuma da minha parte, é taxas alfandegárias que descriminam conforme o CO2 emitido na produção.

Vê outra vez o video com mais calma que ele é bastante claro.

MensagemEnviado: 1/2/2010 13:40
por Quimporta
Branc0 Escreveu:O homem passa menos 10 minutos a falar de "carbon tariffs".


E daí?
As taxas sobre emissões não são propostas pelo Rubin. São consideradas no raciocínio como mais factor que pode aumentar o custo dos transportes.

Mesmo assim já é especulação da tua parte assumir que taxas de carbono constituam barreiras proteccionistas (falamos em relação à China, certo?). A corrente dominante de quem defende "taxas" é que se apliquem aos países que já se industrializaram e deixar as economias emergentes fora disso, que, coitados, ainda não tiveram tempo de estragar o que têm direito! :)

Mas a subida do preço do petróleo (da forma que ele estima), por si só, parece-me que já justifica a "nova economia" que o Rubin antevê.

E eu se fosse a ti começava também a pensar em arranjar uma bici! :)

Abraço,

MensagemEnviado: 1/2/2010 13:20
por Branc0
QuimPorta Escreveu:
Branc0 Escreveu:A única coisa que eu vejo é mais uma forma de racionalizar porque é que devia haver mais restrições às importações


Se o que queres dizer com "restrições às importações" é proteccionismos, não reparei que o Jeff Rubin defenda isso, Branc0.


O homem passa pelo menos 10 minutos a falar de "carbon tariffs".

MensagemEnviado: 1/2/2010 13:04
por Quimporta
Branc0 Escreveu:A única coisa que eu vejo é mais uma forma de racionalizar porque é que devia haver mais restrições às importações


Se o que queres dizer com "restrições às importações" é proteccionismos, não reparei que o Jeff Rubin defenda isso, Branc0.

O video é grande e não o vou ouvir de novo, mas a nota forte que retive é que essas restrições às importações ocorreriam naturalmente pelo facto de os custos de transporte serem proporcionais ao custo da forma de energia mais barata, que para já o petróleo.

Se o aumento da procura de petróleo se confirmar da forma que ele estima ("quando acabar a recessão mundial") e o preço da energia subir 100% (o que até nem é estranho - já vimos isso), a China/Índia perdem a competitividade da mão-de-obra barata. Logo, "regressam a casa" empregos.

Como tese tem sentido, não?!...

Abraço,

MensagemEnviado: 31/1/2010 21:06
por Branc0
A única coisa que eu vejo é mais uma forma de racionalizar porque é que devia haver mais restrições às importações, mas ao menos é honesto quando diz quais são os resultados:

1) Vamos trabalhar mais (boost the local economy)
2) Vamos viver pior (things will be more expensive)

Mas claro, tal como o espanhol, é tudo para o nosso bem.

Tal como as desculpas para imprimir notas, as desculpas para levantar barreiras ao comércio têm sempre "intelectuais" a fornecer chão fértil para elas crescerem.

MensagemEnviado: 31/1/2010 20:46
por Quimporta
Boa malha, Arnie.

Curioso o ritmo da intervenção. Até ao minuto 30 achava que estava a ouvir um profeta da desgraça. Mas mesmo no final Jeff Rubin mostrou-se um optimista, pelo menos no longo prazo.

Em resumo: petróleo caro traz empregos de volta.

Falta saber o que pensa ele sobre o que vai acontecer até lá, isto é desde que o preço do petróleo ultrapasse os 3 dígitos (mais o que vier pelas emissões de CO2), que ele estima em 10 - 15 meses, até que as economias ocidentais sejam capazes de o pagar ou encontrem alternativas, que estimo eu que vai demorar umas décadas...

Abraço,

[video] - The Business of Climate Change Conference 2009

MensagemEnviado: 31/1/2010 17:28
por arnie
Vejam este video do Jeff Rubin a falar na conferencia.

Muito bom.

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