Ulisses Pereira Escreveu:Ah, eu é que não tinha lido o prospecto, por isso estava apenas a comentar sobre os 120% que o moppie referia. Obrigado pela carificação.

Um abraço,
Ulisses
Sim, Ulisses.
Este tipo de seguros, ao contrário das obrigações (que distribuam cupões - i.e. sem serem de cupão zero ou convertíveis), apenas disponibilizam o dinheiro no fim do período em causa (no resgate) - ou seja, ao fim dos 8 anos (se não resgatares até ao fim do produto) - o que explica também a taxa progressiva de IRS a que estão sujeitos (antigamente eram ainda mais actractivos em termos fiscais).
Assim, uma vez que o dinheiro está "preso" (incluindo os juros) e considerando que este tipo de produto dá normalmente uma distribuição de juros anuais (i.e. enviam um "papel" a dizer que tens mais dinheiro ao fim de cada ano), penso podermos aplicar uma raiz 8 de 1,20 que dá aproximadamente 2,3% (se não me esqueci do cálculo dava 2,305%), o que não é muito.
O "dar" 3% durante 2 anos é um pouco irrelevante se só garantem 120% no final do prazo - é um truque de sedução tal como nos PPR e nos DP de "taxas crescentes" que os bancos actualmente apregoam.
Refiro-me também à idade, porque há produtos semelhantes com prazos mais ou menos alargados (tens por exemplo o VivaCAPI da Groupama que tem um periodo de duração de 10 anos, renovavel anualmente a partir do 10º ano, que tem uma revalorização minima de 2,5%).
Este tipo de produtos era muito mais atractivo em época de "vacas gordas", em que as seguradoras garantiam mínimos de 4%, o que, a longo prazo, era uma taxa interessante - aliás, fica o aviso para quem tenha estes produtos que há seguradoras a atirarem com a cenoura para a frente do nariz para ver se os clientes trocam as apólices antigas por outras mais recentes, cuja taxa mínima garantida é... cerca de metade!
Actualmente considero ser um produto pouco atractivo, especialmente com taxas garantidas de 2,3%, quando se prevê a subida da Euribor (e consequentemente das taxas de juro dos DP) - é que 8 anos a 2,3% ainda é muito tempo!
PS: Claro que o "fundo" até poderá dar taxas superiores, mas para ser honesto, nunca vi qualquer cálculo desse "fundo" e não sei quem o gere, nem em que áreas investe (china? brasil? obrigações de que tipo de empresa?). Normalmente encontra-se os intervalos de investimento em cada área (obrigações, divida pública, acções, commodities, etc) na própria apólice, mas para investir num "fundo" que desconheço prefiro ser eu a gerir o dinheiro e/ou colocar em obrigações (ou DP) de entidades em que confie.
Um abraço,
EDIT: o que pode ainda "valer a pena" é colocar € 500 para reduzir € 64 no IRS (12,8% do valor investido, considerando q n existem outros seguros de saúde ou acidentes pessoais), mas com valores superiores esse beneficio fiscal vai sendo cada vez mais irrelevante.