ursopolar11 Escreveu:In Publico hoje
"Se perguntarem aos alunos quantas cadeiras têm, muitos deles não saberão responder. E os pais também não", lembrou a ministra durante a sua primeira audição na Comissão de Educação da Assembleia da República."
Bonito, isto está bonito...qualquer dia, nasce-se e já se tem o 12ª ano feito !!
Alias, hoje um analfabeto pode ter frequência universitária:
A afirmação da Ministra da Educação citada, está fora de contexto e sem link pelo que não pode ser considerada neste post, na minha opinião.
Sabe em que contexto foi feita? No da reorganização curricular do 3º ciclo. Não está de acordo com os propósitos? Conhece os estudos feitos já por 4 ou 5 governos, diferentes e sucessivos, e as conclusões obtidas. Deve ser o unico, ou então é demasiado novo para ter filhos em idade, ou demasiado idoso ( não me parece em virtude de alguma ligeireza com que aborda alguns temas, desde a ecologia, á ciencia politica,á estatística, á História, etc.) para ter passado pelo unificado, mas de certeza que nãp está de forma nenhuma ligado ao ensino.
Quanto a alguem invocar ter frequencia universitária, é igual a nada, sem curso acabado fica-se pelo 12º.
E, nem lhe tento descrever a alegria que senti quando já assisti a alguns estudantes que depois de terem frequentado com esforço, o ensino recorrente, unidades capitalizáveis, módulos e mais recentemente as novas oportunidades nas suas diversas variantes, se apresentaram a exame de admissão para uma faculdade (sim, porque é necessário um exame de admissão relacionado com o curso pretendido) e depois de alguns anos e muito, muito, esforço conseguiram acabar um curso. Para si e outros que tais isto não tem valor, eu sei.
Quanto a ter o 12ª ano, sabe que a escolaridade obrigatória tem o ver com o facto? É que se alguem tiver a 4 classe e tenha (+-)50 anos, para efeitos de emprego está ao nivel de um jovem com o 9º ano?
Sabe, igualmente, que felizmente muitos adultos nestes anos, todos os dias a partir das 18/19:00 por vezes até depois das 23:30 frequentam essa formação que o senhor despreza? E que ao fim de tantos anos afastados da escola, por vezes mais de 40, reaprenderam a estudar e a raciocinar de forma aprofundada, valorizando-se intelectualmente e profissionalmente?
Sabe que tudo isto é obra para 5/10 anos na vida de um adulto que já tem talvez em média 15 ou 20 de vida profissional no maximo, alguns menos?
Alias, hoje um analfabeto pode ter frequência universitária --- Esta não é desconhecimento, é mais vontade de encher chouriços, não tem ponta por onde se pegue.