Branc0 Escreveu:Elias Escreveu:Já está o Estado a ver se não tem de pagar as despesas de alojamento do povo em caso de novo sismo com maiores danos...
O Estado está a ver é como é que saca mais uns cobres ao mesmo tempo que se arrisca a causar um desastre financeiro para lá de qualquer implicações físicas de um terramoto.
Para isto funcionar é necessário haver diversificação do risco, tendo em conta onde estão as falhas mais perigosas para Portugal a acontecer qualquer coisa (grave) afectaria pelo menos metade do país o que levaria à falência qualquer seguradora a não ser que estivessemos a falar de uma que diversificasse o suficiente pelo mundo fora para cobrir o risco... não é isso que vai acontecer.
Quanto ao "fundo anti-sismico" onde é que achas que vai ser guardado este dinheiro? Debaixo do sofá ou em titulos de divida publica?
Não pode acontecer nada neste país sem meterem a mão no bolso das pessoas.
Branco,
A cobertura de fenómenos sísmicos "sempre" existiu. Imagino que a obrigatoriedade (com que concordo plenamente) não será diferente do que actualmente as Seguradoras comercializam, não vejo qual o interesse comercial do estado nisto. Aliás, é uso corrente os bancos exigirem esta cobertura (junto com Incêndio, Raio e Explosão) quando se faz um crédito habitação ou um leasing para adquirir um edificio. De notar que FS cobre por exemplo tsunami.
Quanto a não existir "diversificação do risco" estás muito enganado. Essa "diversificação" já existe... sempre existiu neste tipo de cobertura. Pelas razões que apresentaste (falência da seguradora) nem faria sentido ser de outra maneira. É o tipo de cobertura que exige co-seguro, ou seja, a companhia que o garante tem de partilhar o risco com uma ou mais seguradoras no estrangeiro.
Portugal também está dividido em zonas sísmicas, consuante a zona de implementação do edificio o prémio a pagar por esta cobertura varia. Por exemplo, em Lisboa esta cobertura é mais cara que em Aveiro.
Relativamente ao custo deste tipo de seguro, também não me parece que seja nada de excepcional. A média não será muito diferente de 0.25/1000, se estivermos a falar de uma habitação de 150.000€ o prémio a pagar rondará os €37,50/ano (numa zona de já algum risco e com franquias minimas).
Por tudo isto, esta obrigatoriedade faz todo o sentido, aliás, faria todo o sentido todos os edificios terem obrigatóriamente seguro pelo menos para estas coberturas:
- Incêndio, Queda de Raio e Explosão
- Tempestades
- Inundações
- Aluimentos de terra
- Responsabilidade civil
- Fenómenos sísmicos
O que não penso ser correcto, é quando há uma tempestade que danifica n casas e empresas e tem cobertura mediática, toda a gente exige que seja o estado/municipio a cobrir as perdas particulares. Mas se for só na minha casa ou na tua, não há cobertura mediática e ou passaste essa responsabilidade para uma seguradora ou estás feito ao bife... onde está a justiça nisto?
Quanto a diversificação de risco ainda tenho uma coisa a acrescentar... sabias que não há seguro que garanta inundações pelo mar? É a tal questão... não fazia sentido uma companhia cobrar um prémio por algo que não poderia garantir. Se o nível do mar subir fica tudo debaixo de água, seja em Portugal, Espanha ou na China, as companhias de seguro também!
Abraço,
Carrancho