Re: Qual o indice que...

Cesarix Escreveu:Bom Dia,
Este é o meu primeiro post neste blog.
Gostaria de perguntar se existe algum índice que corrija o gráfico da evolução de uma cotação de uma acção face a evolução do índice a que pertence?
Os seja:
Imaginem que a acção X do psi20 sobe hoje 2%, mas o índice PSI20 sobe 2,5%, então esse índice (imaginário) indicaria que a acção x perdeu 0,5% face ao psi20.
bons negócios para todos.
As conclusões desses cálculos seriam próximos do
Índice Beta
Todas as pessoas ou empresas que resolvem variar investimentos têm como principal objetivo diminuir a vulnerabilidade do patrimônio, prevendo o risco a que ele está sujeito de maneira a projetar com segurança seu valor futuro. O que torna arriscado um investimento no mercado de acções é a dispersão de resultados possíveis. A medida habitual desta dispersão é o desvio padrão.
O risco de qualquer acção pode ser dividido em duas partes. Existe o risco único que é inerente a essa acção, e existe o risco de mercado, que deriva das variações do próprio mercado. Os investidores podem eliminar o risco único através da diversificação da carteira de títulos, mas não podem eliminar o risco de mercado.
Existem métodos para explicar o comportamento do preço das ações em relação a um determinado mercado, possibilitando aos investidores avaliarem o impacto de risco sobre o ativo. Entre os métodos disponíveis, temos o CAPM (Capital Asset Pricing Model), que pode ser traduzido como “Remuneração pela espera mais Remuneração pelo risco”.
O CAPM utiliza o índice β - beta - para medir o risco não diversificável. Este índice mede a variação de uma ação em relação a uma carteira de mercado, perfeitamente diversificada. No caso brasileiro, o IBOVESPA é utilizado. Este trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento das ações da Vale do Rio Doce (VALE5), Eletropaulo (ELPL5 e ELPL4) e Telemar (TNLP4) no mercado, justificando a avaliação a partir do índice beta. O CAPM estabelece que o prémio de risco esperado de cada investimento deve situar-se acima da linha do mercado dos títulos. As carteiras com um beta mais elevado geram rendibilidades mais elevadas.
A contribuição de uma acção para o risco de uma carteira completamente diversificada depende da sua sensibilidade às variações de mercado. Esta sensibilidade é conhecida por beta.Uma acção com um beta de 1,0 tem risco médio de mercado, a rendibilidade desse activo sobe ou desce os mesmos pontos percentuais do mercado.Uma carteira com beta de 0,5 tem risco inferior à média do risco de mercado, a variação de um ponto percentual na rendibilidade do mercado, implica uma variação de meio ponto na rendibilidade desse activo. Ele se torna muito importante para os usuários do modelo CAPM, e tem como vantagem o estudo simultâneo dos impactos da rentabilidade e do risco sobre o valor da ação.
Devemos utilizar o β para definir o risco sistemático das empresas. Somente este risco, o sistemático, será analisado no presente trabalho, desconsiderando o risco específico, que pode ser eliminado por meio da diversificação.
A idéia inserida no cálculo do CAPM é a de compensar o investidor pelo capital próprio investido no negócio, levando consideração dois elementos: remuneração pela espera e remuneração pelo risco.
Na fórmula do CAPM, temos:
Ki= Rf + βi(Rm-Rf).
Onde:
Rf = prêmio pago ao ativo livre de risco (espera).
Rm-Rf= Prêmio por risco.
β= Medida do risco do ativo em relação à uma carteira padrão.
O coeficiente β é usado para medir o risco não-diversificável, isto é, fatores de mercado que afetam todas as empresas, como guerra, inflação, crises internacionais, etc. Ou seja, quanto o ativo está sujeito às variações não controláveis do mercado e do ambiente. É um índice que mede a relação entre o retorno de um ativo e o retorno do mercado. Desta forma, o prêmio por risco será sempre multiplicado por este coeficiente, exigindo um prêmio maior por risco quanto maior a variação do ativo em relação à carteira de mercado.
O beta da carteira de ações padrão, IBOVESPA, é sempre igual a 1, uma vez que ela é a base para o cálculo comparativo. O beta desta carteira é o beta médio de todos os títulos disponíveis. Desta forma, concluímos:
β=1 Ativo médio.
Sua variação tende a acompanhar perfeitamente o mercado. Quando o IBOVESPA valoriza 5%, o ativo valoriza na mesma proporção.
β<1 Ativo defensivo.
Possui oscilações inferiores ao mercado e no mesmo sentido. Quando o IBOVESPA valoriza 5%, o ativo tende a valorizar menos do que 5%.
β>1 Ativo agressivo.
Possui oscilações maiores do que o mercado e no mesmo sentido. Por exemplo, uma ação com β=2,0 tende a valorizar/desvalorizar o dobro do mercado (IBOVESPA).
Vamos supor que é necessário fazer a escolha entre três ações que farão parte de um portfólio agressivo de médio prazo (até 1 ano). As ações são: VALE5, TNLP4 e ELPL5. Iremos determinar o risco do ativo a partir do índice beta.
Vamos considerar, para este exemplo, que o mercado encontra-se em alta, com boas perspectivas para o próximo ano.
Analisando a explicação sobre o índice beta fornecida acima, concluímos que devemos escolher ativos com betas superiores a 1, pois pertencem a ativos que possuem oscilações maiores do que a carteira. Tanto positivamente quanto negativamente.
O próximo passo, muito importante, é observar o período de análise do β. Este deve estar alinhado com a estratégia de investimento, isto é, para um investimento de médio prazo, devemos escolher o β de um período similar.
A tabela abaixo contém betas para diferentes períodos, 60 e 12 meses, das ações escolhidas: