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Caldeirão da Bolsa

Comentario à coluna de opinião de Baptista Bastos no JN

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por SenhorEngenheiro » 23/11/2009 1:40

É muito triste ver uma pessoa que nada percebe de economia e que esta mergulhada no aparelho a tentar dar lições de moral.
:(
 
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por SenhorEngenheiro » 23/11/2009 1:35

"...BAPTISTA BASTOS PAGA 215 EUROS DE RENDA MENSAL

Baptista Bastos reside num apartamento da Câmara de Lisboa perto das Torres de Lisboa, na zona nova da Estrada da Luz. Ao que o CM apurou junto de fonte da autarquia lisboeta, Baptista Bastos, cujo apartamento está integrado num prédio relativamente novo, paga de renda mensal 215 euros...."

http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx ... 5228849ECF
 
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por Laaz Rockit » 22/11/2009 23:31

Quico Escreveu:Entretanto, meninos bem formados e bem pensantes saem de cursos superiores a saber tudo da vida, a ambicionar serem quadros superiores do estado ou a serem captados pelos grandes grupos empresariais, e desatam a julgar esses "empresários de vão de escada". E porque não, em vez criticarem, serem eles a criarem as tais PME's "como deve ser" e a criar postos de trabalho? Se calhar é por isso que este país "está como está"...


100% de acordo. Só há uma resposta para isso: no balls!
O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.
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por SenhorEngenheiro » 22/11/2009 19:46

A formação é uma ferramenta, é indespensavel para o mundo empresarial de ponta, mas não é obrigatoriamente uma caracteristica que um empresario tem de ter para ser considerado bom empresario.
Um exemplo disso é este Sr. Baptista bastos que não lhe falta formação academica,mas mesmo assim não teveetica nem moral para evitar morar num apartamento da camara de Lisboa (mesma camâra que não pagou durante anos a fio aos seus fornecedores)
Lembro-me assim de relance de um Joe Berardo, é de mim ou esse Sr. servia a mesa na Madeira e dpois foi para a Africa do sul fazer fortunas que mais tarde TROUSSE PARA INVESTIR EM PORTUGAL e o Fundador do imperio da familia violas simples operario de uma cordoaria nos USA e soube subir com suor e trbalho arduo, Americo Amorim, Nabeiro, etc, etc, etc esse senhores não se limitam a chular o povo portugues! Exportam, Internacionalizam-se, não se limitam a mastigar capital interno...

AAAHHH!!! já me ia esquecendo estes Sr. não tem nenhuma formação academica...
 
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por Quimporta » 22/11/2009 18:58

zecatreca Escreveu:Quim porta:

"´Coçar as partes baixas", podem ser os suvacos, os joelhos, a sola dos pés... :mrgreen: :mrgreen: não percebo qual o problema?! disseram alguma asneira?trataram mal alguem? "trancar o topico" por isto??... sinceramente nao percebi o seu ultimo post. :-k


Zecatreca: percebes, percebes... :wink:
Mas longe de mim sugerir que tranquem o tópico! Das ordinarices que me lançam trato eu! Espero que me deixem ...

Abraço,
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por Zecatreca_1001 » 22/11/2009 18:42

Ti Salvador Mano Escreveu:(...)Ainda hoje me lembro com saudade, da pequena festa que organizava no meu aniversário e onde estava presente toda o pessoal homem. Era paga do meu bolso e nunca pedi um cêntimo à entidade patronal. Se o fazia era pq sabia que tinha uma equipe de trabalho que me acompanhava na noites de serão , nos sábados e por vezes nos domingos........

Casal empresário tinham o antigo 5º ano de escolaridade e eu tenho o antigo 7º ano

http://www.anzanispa.it/anzani/prodo/la ... _it_p.html


E esta hein? :) como este senhor referiu acho que cada um de nos conhece uma historia quase semelhante.

Quim porta:

"´Coçar as partes baixas", podem ser os suvacos, os joelhos, a sola dos pés... :mrgreen: :mrgreen: não percebo qual o problema?! disseram alguma asneira?trataram mal alguem? "trancar o topico" por isto??... sinceramente nao percebi o seu ultimo post. :-k
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por TRSM86 » 22/11/2009 18:07

Quico Escreveu:
zecatreca Escreveu:
Vamos então exigir formação, a esses senhores, que provavelmente começaram do zero, a trabalhar horas e horas para terem um” pé-de-meia”, iniciando assim uma empresa, criando assim postos de trabalho.



E eu diria mais...

Já pensaram que se calhar só é empresário neste país quem não teve outra hipótese de se safar na vida do que meter mãos à obra e criar um negócio, porque só tinha a 4ª classe?

Entretanto, meninos bem formados e bem pensantes saem de cursos superiores a saber tudo da vida, a ambicionar serem quadros superiores do estado ou a serem captados pelos grandes grupos empresariais, e desatam a julgar esses "empresários de vão de escada". E porque não, em vez criticarem, serem eles a criarem as tais PME's "como deve ser" e a criar postos de trabalho? Se calhar é por isso que este país "está como está"...



Em 1980 foi criada uma pequena empresa de fabricação de calçado com 40 empregados que ganhavam acima da tabela salarial e foi assim durante muitos anos e todos eram parte integrante da fabricação de sapatos. A Parte administrativa era assegurada pelo patrões (casal), mais uma contabilista que cobrava pelos seus serviços cerca de 30.000$00(escudos) mensais à data.. Em 1981 andava eu na tropa e fui contactado para ir trabalhar para essa empresa nas funções de empregado de escritório. Entre 1981 e 1983 laborei em part time por causa do SMO

Em 1983 foi-me feita a proposta de passar a desempenhar as funções de encarregado geral com a respectiva melhoria salarial.

Em 1990 estávamos no auge de fabricação para o mercado externo (França, Alemanha e países nórdicos) com uma produção média diária a rondar os 500 pares o que dava uma média diária de 12,5 pares por cada empregado. Tudo que fosse acima 10 pares era ALTA PRODUTIVIDADE/COMPETITIVIDADE, na qualidade média do nosso fabrico

Como as instalações da empresa eram exíguas e era imperioso crescer pq já nessa data tínhamos fases das 2 épocas (primavera/verão e outono/inverno) que entregávamos a outras fábricas a laboração (à mão de obra) de calçado encomendas supervisionadas por nós.

Mãos à obra e em Junho de 1991 estávamos nas novas instalações.

A partir desta data o casal empresário passou a ter a colaboração da filha e do genro(doutores) a gerir a empresa

Fomos a 1ª empresa em Portugal a utilizar o sistema Anzani (italiano) na costura das gáspeas e na montagem das mesmas. Em poucas palavras esse sistema consistia no seguinte. Era temporizado, ou seja, cada empregado tinha o seu posto específico e tinha x segundos ou minutos para executar determinada tarefa. Ao fim desse tempo tinha que ter a sua tarefa pronta pq o seu "carro" passava ao operador seguinte para outra operação e ele recebia do colega anterior um "carro". Todas operações e empregados estavam interligados de tal modo que sempre que alguém necessitava de ir à casa de banho , só o podia fazer depois de ser substituído por um membro suplente.

Lógico que a produção de 500 de média diária passou para 850, mas o nº de empregados também passou para 80.

Apesar dos 80 empregados, ainda estávamos acima dos tais 10 pares de média diários, mas desses 80 a empresa tinha contratado.

1 telefonista
1 economista
1 informático de gestão
2 empregados de armazém
1 guarda- nocturno
1 revisor de contas (pelo volume de vendas a lei obrigava a isso). Visitava a empresa 1 a 2 vezes semanais
2 empregados de escritório + 1 que me tinha substítuido em 1983 passaram a ser 3

Pelas contas 10 pessoas dessas 80 não faziam parte do aparelho produtivo. Algumas delas tinham salários de Doutores que dava para pagar o salário de 5 ou 6 empregados.

Conclusão: A empresa continuou a ser produtiva, se nos referirmos ao número de pessoas que faziam parte do aparelho produtivo, continuou com a mesma qualidade, MAS PERDEU COMPETITIVIDADE, já que o lucro de cada sapato passou a ser muito menor para a entidade patronal.

A parte administrativa comia um bolo demasiado grande. Todas as outras despesas inerentes à fabricação de calçado subiram imenso pq o "navio" agora era muito maior.

Em 1997 acabei por sair da empresa pq eram demasiadas pessoas a mandar e a fazer asneiras, algumas mesmo caricatas. O problema é que eram sempre os mesmo a resolver as incompetências dos doutos.

Como era o elo de ligação entre a entidade patronal e os trabalhadores sobrava sempre para mim a resolução dos problemas. Cansado acabei por dar um rumo novo à minha vida. Sei que 1 ano depois de sair, a empresa contratou um engenheiro de produção.

Resultado final= a empresa já fechou à 2 anos afogada em dividas aos trabalhadores, banca e fornecedores, etc, etc.

Haveria mais pormenores para narrar, mas são pessoais.

Ainda hoje me lembro com saudade, da pequena festa que organizava no meu aniversário e onde estava presente toda o pessoal homem. Era paga do meu bolso e nunca pedi um cêntimo à entidade patronal. Se o fazia era pq sabia que tinha uma equipe de trabalho que me acompanhava na noites de serão , nos sábados e por vezes nos domingos........

Casal empresário tinham o antigo 5º ano de escolaridade e eu tenho o antigo 7º ano

http://www.anzanispa.it/anzani/prodo/la ... _it_p.html
Editado pela última vez por Visitante em 22/11/2009 18:44, num total de 1 vez.
uma passagem para a outra margem

http://trsm87.blogspot.pt/
 
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por Quimporta » 22/11/2009 17:44

mfsr1980 Escreveu:O pessoal que vem para aqui dizer que a culpa é dos empresários não deve ter curso nenhum ou tem um curso domingueiro na independente.
Nunca criou uma empresa com toda a certeza e se calhar vivem à sombra do partido a coçar as partes baixas e a mandar uns bitaites



Ora finalmente que alguém interessado a trazer interesse à discussão! Basta de punhos de renda, argumentos e tal… É com ordinarices isto fica giro!

Mas mfsr, tenho uma crítica a fazer-te. Ainda antes de algum administrador do fórum achar que está na hora de trancar o tópico atendendo ao nível a que a conversa está a elevar-se, permite que diga que referes três direitos constitucionalmente reconhecidos: “viver à sombra dos partidos”, “coçar as partes baixas” e “mandar bitaites”… Bem, quer dizer… a parte de “coçar as partes baixas” pode não ser, se se considerar que a constituição não se aplica a horto-frutículas…
:lol:
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por Zecatreca_1001 » 22/11/2009 14:10

Quico Escreveu:Já pensaram que se calhar só é empresário neste país quem não teve outra hipótese de se safar na vida do que meter mãos à obra e criar um negócio, porque só tinha a 4ª classe?


:-k

Por acaso, estava a escrever e esqueci-me de mencionar isso. Estava na linha do meu raciocinio. 8-) .Muito bem.

Cumprimentos.
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por Quico » 22/11/2009 13:25

zecatreca Escreveu:
Vamos então exigir formação, a esses senhores, que provavelmente começaram do zero, a trabalhar horas e horas para terem um” pé-de-meia”, iniciando assim uma empresa, criando assim postos de trabalho.



E eu diria mais...

Já pensaram que se calhar só é empresário neste país quem não teve outra hipótese de se safar na vida do que meter mãos à obra e criar um negócio, porque só tinha a 4ª classe?

Entretanto, meninos bem formados e bem pensantes saem de cursos superiores a saber tudo da vida, a ambicionar serem quadros superiores do estado ou a serem captados pelos grandes grupos empresariais, e desatam a julgar esses "empresários de vão de escada". E porque não, em vez criticarem, serem eles a criarem as tais PME's "como deve ser" e a criar postos de trabalho? Se calhar é por isso que este país "está como está"...
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por Opcard » 22/11/2009 13:05

Fique emocionado ao ler as linhas do BB que em baixo transcrevo, ele esta em vias de perder a fé no seu Deus .

A ideologia que defende tem responsabilidades , pelo desastre dos nossos dias .
A mãe de todos este problemas tem origem na cultura da “neutralidade moral” .
Desprezo por experiência acumulada de gerações, ataques a família,..... ter boa conduta é mal visto nos nossos dias , promove-se o oposto vejam quem ganha eleições .

Erosão da família ,Pobreza , criminalidade , dependência do estado social , tudo esta ligado .

Pretender que os Patrões tenham um comportamento diferente do resto da sociedade é estranho vindo de quem detesta Empresários .



"....A correria mina as relações de civismo e de civilidade; está a roer os alicerces da família; a família deixou de ser o núcleo das nossas próprias defesas; e vamos perdendo o rasto dos nossos filhos, dos nossos amigos, dos nossos camaradas, dos nossos companheiros. l..."
 
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por mfsr1980 » 22/11/2009 12:44

Caro Pinto80,
Eu reconheço que perco a postura perante a ignorância de alguns forenses. Acredito que o desconhecimento os leve a pensar que criar uma empresa é como investir em acções, é seguir a tendência e pôr uns stops. NÃO É!
Claro que o Baptista Bastos, já todo o mundo o conheçe, mesmo que bem redigidas, as barbaridades que ele escreve não são de agora e mostram um profundo desconhecimento do mundo empresarial.

Um abraço

PS: Cuidem-se por isto agora vai mesmo doer!
 
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por pinto80 » 22/11/2009 12:01

Penso que esta discussão está a levar-nos a extremos. Nem todos são bons empresários, mas também não são todos maus empresários. Há bons e maus. O que digo é que há empresários que juntando a sua astúcia natural com alguma formação seriam excelentes empresários.
http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/ - visite e sugira temas oportunos
 
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por Zecatreca_1001 » 22/11/2009 11:24

mfsr1980 Escreveu:O pessoal que vem para aqui dizer que a culpa é dos empresários não deve ter curso nenhum ou tem um curso domingueiro na independente.
(...)
Nunca criou uma empresa com toda a certeza e se calhar vivem à sombra do partido a coçar as partes baixas e a mandar uns bitaites

PS: Se eles são fraquinhos então o que está a acontecer é uma benção de Deus. Que venham pois os instruidos!


" Aquelex xotorex, acabadox de xair da faculdade, que falam axim, ate por menxagens!" :mrgreen: :mrgreen:
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por mfsr1980 » 22/11/2009 10:04

O pessoal que vem para aqui dizer que a culpa é dos empresários não deve ter curso nenhum ou tem um curso domingueiro na independente.
Estarão voçês a falar das empresas estatais como a EDP, PT, MOTA ENGIL, etc, etc..?
Nunca criou uma empresa com toda a certeza e se calhar vivem à sombra do partido a coçar as partes baixas e a mandar uns bitaites

PS: Se eles são fraquinhos então o que está a acontecer é uma benção de Deus. Que venham pois os instruidos!
 
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por money greedy » 22/11/2009 1:29

Há quem ache que a culpa de Portugal não se desenvolver como devia é dos políticos... Acho piada! Na cabeça de muita gente, Portugal é um país fantástico, cheio de gente competente, mas só os políticos é que estragam isto. Não consigo entender.

Tal como com os empresários. Os empresários, como os políticos, como os professores, juízes, etc, são o produto de um país com dificuldades. Se tivéssemos uma classe de empresários super competentes, por certo que iam puxar o país para cima e vencer a nível internacional. Não duvido que se transcendam, mas se fossem bons, mesmo bons, isso ia reflectir-se numa economia pujante. Mas ainda assim são os melhores que temos, porque senão alguém tomaria o lugar dos actuais.

Não temos bons empresários porque eu e tu que estás aí a ler, não temos a coragem para tentar fazer melhor. Com os políticos a mesma coisa. Se fosse um país de malta fantástica, de certeza que ia produzir e eleger políticos de elevado nível. Portanto o problema de Portugal é que está cheio de portugueses :) Ou seja, por muito que achemos que a culpa é dos outros, na verdade é de todos, nós todos como povo estamos a ter o desempenho que se sabe, porque quem faz, faz mal e porque ninguém toma o seu lugar para fazer melhor.
 
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por Zecatreca_1001 » 21/11/2009 23:28

Adianto ainda…
Não se pode tomar uma posição extremista em relação aos gestores das PME. Os gestores têm um papel fundamental no sucesso/insucesso de uma empresa.

Na minha opinião, e apesar de achar que a formação constante é algo fundamental para o sucesso de uma empresa, acho que para se ser um bom gestor é preciso algo muito mais importante: SER HUMANO.

É preciso não esquecer que a “máquina” de uma empresa são as pessoas. Caso o gestor de topo tenha uma atitude humana com os restantes colaboradores da sua empresa, a motivação destes aumentará de certeza e o sucesso da empresa será mais facilmente atingido.

Pela minha experiência, sei que há muitos bons gestores em Portugal, mas também já me cruzei com alguns que, além de necessitarem de muita formação na área de gestão de empresas, necessitavam de formação em relações humanas.

Para mim, os chamados maus gestores (aqueles que não se preocupam com o Capital Humano) são aqueles que se aproveitam da palavra CRISE para fecharem as portas de empresas que têm grandes encomendas, que lhes asseguram um ao económico, e não se preocupam com o facto de mandarem famílias inteiras para o desemprego…….Isto sim, é muito preocupante para a nossa economia!!!!

Sem mais de momento,

Cumprimentos
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por Zecatreca_1001 » 21/11/2009 22:32

Boa noite

Estava para não comentar, mas o "bichinho" mordeu-me por alguma razao. Talvez por ver alguns colegas a desistirem do barco. :roll: Sendo assim ora ca vai:

Gestores com
QuimPorta Escreveu: como gestor é muito fraquinho"
...ora ora...!

Vamos então exigir formação, a esses senhores, que provavelmente começaram do zero, a trabalhar horas e horas para terem um” pé-de-meia”, iniciando assim uma empresa, criando assim postos de trabalho.

Vamos exigir formação, a esses empresários que, enquanto eu e você e muitos como nós andavam a estudar, com o dinheiro que esses pré-empresários descontavam (pois muitos deles já trabalhavam, descontando assim para que, eu e o Sr. e muitos como nós, estudassem), eles trabalhavam.

Grandes PMEs que infelizmente fecharam (e quando falo em grandes falo de 30-50trabalhadores), foram formadas por pessoas com poucos estudos, é verdade.

A culpa, na maior parte daqueles que foram obrigados a dar falência, tenho a certeza que não foi da parte do empresário. Esse empresário, que constituiu uma empresa “familiar”, encontra aqui a sua segunda casa. Certamente que vai fazer todos os possíveis (injectando ate capital próprio na empresa), para que não vá á falência.

Na minha modesta opinião, o que provoca a falência numa empresa, é a velha roda do paga e não paga:
Um não paga ao outro, e o outro não paga ao outro, e o outro passa um cheque “careca”, e o outro fez um trabalho para o estado e ainda esta por receber, e bla bla bla…

e esse empresário tem que pagar o IRS, e dar contas ao estado de valores que nem sequer recebeu. (Curiosidade: li á uns tempos num jornal, que uma câmara demorava em media 15meses a pagar a fornecedores: Acho que era a de Aveiro)

Tente agora dar formação a essas pessoas. Será que sabe a dificuldade que há, dar formação a formandos, que na pratica sabem tanto ou MAIS do que os formadores??
Fica a ideia.

Cumprimentos
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por pinto80 » 21/11/2009 20:25

QuimPorta Escreveu:Pois, meus companheiros de caldeirão, ... e para minha surpresa... desta gostei do que escreveu o Batista Bastos...

E nem é frequente.. Neste caso, sou mesmo obrigado a reconhecer que a minha experiência de contactar com várias PME portuguesas que foram fechando nas últimas décadas, especialmente desde a abertura das fronteiras, vai no mesmo sentido do Batista Bastos.

Descontado o "exagero literário" que é próprio do seu estilo de escrita. É claro que há muitas e honrosas excepções. Há muitos empresários portugueses competentes. Mas francamente... O padrão do empresário português como gestor é muito fraquinho...

Uma das razões principais é a falta de formação. Aliás a formação é obrigatória para muitas actividades de especial responsabilidade. Desde Soldador, Electricista, Contabilista... Treinador de futebol...
Mas que formação se exige a um empresário, seja qual for a dimensão da empresa e o número de famílias que dela depende?! Faria todo o sentido torna-se obrigatória, para o exercício da actividade de gestor executivo de uma empresa a frequência, com aproveitamento, de cursos de formação continua. Fica a ideia... Se não for grande coisa ao menos é grátis.

SisiphuS... honestamente... és Consultor de empresas, quantos empresários conheces que não sabem fazer uma avaliação competente de um projecto de investimento?!? Ou não promovem de forma metódica a valorização permanente dos seus recursos humanos?!

E depois temos também que falar "daquele" assunto... O que se resume nas palavras de um inspector do ambiente de uma câmara municipal deste país: "é inacreditável a quantidade de ETAR, especialmente as construídas com recurso a subsídios, que são da marca Mercedes"...

Quando a concorrência ou as dificuldades se intensificam ... as empresas afundam-se sem regresso?! Qual é a surpresa?! Em que país civilizado se veêm os empresários permanentemente de mão estendida em relação ao Estado?!? E o Estado sabe que se deixar os empresários por sua conta rapidamente as empreas apodrecem de dentro para fora. Sintoma disso é a Nacionalização da Cosec, por exemplo…

Caro RCF, discordamos... mas obrigado pelo post que me fez ler o artigo do BB, que de outro modo me seria indiferente.

Abraço,


fica o link para o artigo:
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=397293


Não li o artigo de opinião do Batista Bastos, mas em parte concorgo com o que diz. Não é a minha opinião generalizada, mas, é verdade, falta muita formação a alguns empresários. Gerir uma empresa é gerir pessoas, grande quantidade de recursos, etc... seria importante aumentar a formação em gestão dos nossos empresários. Destaco, no entanto, alguns empresários que são autênticos milagreiros. Com tão poucos recursos conseguem tantos resultados. Muitas empresas estão em má situação, mas a culpa não é dos empresários.

Como disse, apesar de termos bons empresários, é minha opinião que existe um défice excessivo de literacia a muitos dos nossos empresários....
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Concordo com o Batista-Bastos.

por bboniek33 » 20/11/2009 22:28

E, meus caros senhores, um heroi iletrado continua a ser iletrado, e, se deste facto, resultar a sua incompetencia, entao estamos perante um heroi-incompetente.

As PMEs estao cheias deles. Acresce aa falta de instrucao a ganancia (seraa que uma nao resulta da outra ?) que os torna pessimos empresarios. Muitos nem para empregados servem.
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por PIKAS » 20/11/2009 22:24

O Sr. Baptista Bastos ainda é inquilino da Câmara de Lisboa com aquela renda ...?
Se ainda o é, para mim, está tudo dito.
Moral em casa de pu*** já este país tem em demasia.

Cumprimentos,
 
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por Quimporta » 20/11/2009 22:00

Pois, meus companheiros de caldeirão, ... e para minha surpresa... desta gostei do que escreveu o Batista Bastos...

E nem é frequente.. Neste caso, sou mesmo obrigado a reconhecer que a minha experiência de contactar com várias PME portuguesas que foram fechando nas últimas décadas, especialmente desde a abertura das fronteiras, vai no mesmo sentido do Batista Bastos.

Descontado o "exagero literário" que é próprio do seu estilo de escrita. É claro que há muitas e honrosas excepções. Há muitos empresários portugueses competentes. Mas francamente... O padrão do empresário português como gestor é muito fraquinho...

Uma das razões principais é a falta de formação. Aliás a formação é obrigatória para muitas actividades de especial responsabilidade. Desde Soldador, Electricista, Contabilista... Treinador de futebol...
Mas que formação se exige a um empresário, seja qual for a dimensão da empresa e o número de famílias que dela depende?! Faria todo o sentido torna-se obrigatória, para o exercício da actividade de gestor executivo de uma empresa a frequência, com aproveitamento, de cursos de formação continua. Fica a ideia... Se não for grande coisa ao menos é grátis.

SisiphuS... honestamente... és Consultor de empresas, quantos empresários conheces que não sabem fazer uma avaliação competente de um projecto de investimento?!? Ou não promovem de forma metódica a valorização permanente dos seus recursos humanos?!

E depois temos também que falar "daquele" assunto... O que se resume nas palavras de um inspector do ambiente de uma câmara municipal deste país: "é inacreditável a quantidade de ETAR, especialmente as construídas com recurso a subsídios, que são da marca Mercedes"...

Quando a concorrência ou as dificuldades se intensificam ... as empresas afundam-se sem regresso?! Qual é a surpresa?! Em que país civilizado se veêm os empresários permanentemente de mão estendida em relação ao Estado?!? E o Estado sabe que se deixar os empresários por sua conta rapidamente as empreas apodrecem de dentro para fora. Sintoma disso é a Nacionalização da Cosec, por exemplo…

Caro RCF, discordamos... mas obrigado pelo post que me fez ler o artigo do BB, que de outro modo me seria indiferente.

Abraço,


fica o link para o artigo:
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=397293
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Excelente comentário!!!

por SisiphuS » 20/11/2009 21:15

Caro RCF,

Muitos parabéns pelo seu comentário. Estou inteiramente de acordo com ele.

Da minha experiência de consultor com contacto directo com diversas empresas em situação difícil é isso que se vive em 99,9% das empresas.

Os empresários só deixam de pagar ordenados quando já não tem a mínima possibilidade de os pagar. Nessa altura, já injectaram na empresa todos os seus recursos e deram avais pessoais aos bancos para aguentar a sobrevivência o máximo de tempo possível.

Em 99,9% dos casos quando as empresas fecham os emprésários ficam, tal como os seus trabalhadores, sem o seu ganha pão; sem as suas poupanças porque já as investiram todas na empresa e com a ameaça real de perderem todo os seu património executado pelos bancos e pelo Estado.

É graças a existir uma opinião generalizada idêntica à do JBB que os empresários têm responsabilidade patrimonial sobre as retenções de IRS e da Segurança Social. Ora isto não faz nenhum sentido pelas seguintes razões:
- As empresas são criadas para ter responsabilidade limitada.
- De um ponto de vista retórico as retenções deveriam ser entregues ao Estado porque não são da empresa, mas o que é um facto é que os empresários entre pagar aos seus trabalhadores ou ao Estado, optam por pagar aos seus trabalhadores. Existe alguma confusão da parte dos legisladores em relação a chamar-se retenção, mas para se poderem entregar essas retenções ao estado as empresas têm que conseguir esse dinheiro ou de recebimentos de clientes ou de financiamento bancário, ambos extremamente difíceis na conjuntura actual.
- O número de empresários fraudulento deve ser não deve chegar a 1 em cada 1000. Para quê fazer legislação que trata todos os outros 999 como se fossem ladrões?

São apenas necessárias 3 medidas para dinamizar as PMEs em Portugal:
1) IVA só é pago quando se recebe. Não faz sentido adiantar 20% ao Estado antes de receber e quando o recebimento só ocorre vários meses depois e algumas vezes nem chega a existir.
2) Responsabilidade limitada, ou seja o património dos gerentes não deve responder por dívidas da empresa. Mas, se forem provadas falências fraudolentas ou evasão fiscal devem ser criminalmente punidos.
3) as decisões dos tribunais devem demorar no máximo 6 meses.

Cumprimentos,
If the descent is thus sometimes performed in sorrow, it can also take place in joy. The struggle itself toward the heights is enough to fill a man's heart. One must imagine Sisyphus happy.

Albert Camus
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Comentario à coluna de opinião de Baptista Bastos no JN

por RCF » 20/11/2009 20:28

Sr. Baptista Bastos, em primeiro lugar deixe-me dizer-lhe que sou leitor assíduo desta sua coluna aqui no Jornal de Negócios.
Deixe-me dizer-lhe também que a variedade dos temas que aborda e o testemunho de vivencias que expressa que constituem também um relato sobre o passado recente do nosso país parece-me de valor inestimável, peço-lhe, portanto, enquanto seu leitor que continue.

Mas existem algumas palavras neste seu texto de hoje sobre as quais gostaria de lhe transmitir a minha opinião.

Disse que o encerramento de empresas gerador de desemprego se deve a “empresários iletrados, a patrões irresponsáveis, a fraudulentas manigâncias”.

Eu penso que este seu comentário é extremamente injusto para com os empresários em Portugal.

Empresários esses que na minha opinião são verdadeiros heróis ao conseguirem criar empresas num país como o nosso em que o estado se concentra em criar obstáculos e burocracias desnecessárias a quem pretende trabalhar em vez de deixar espaço para os agentes económicos criarem.
Num país com um governo ingénuo como o nosso que pensa que está a governar mas de facto não faz mais do que ser um joguete na mão de forças que o transcendem (como podemos comprovar pela intenção do governo de avançar com projectos como o TGV, novo aeroporto, etc.).

Posso conceber que existam uma ou outra alma perturbada que feche uma empresa para exercer uma qualquer “revanche” sobre os seus trabalhadores mas a esmagadora maioria dos empresários quando dispensa os seus trabalhadores é porque o seu próprio ganha pão, a sua empresa (que muitas vezes é uma realização de décadas de trabalho hercúleo) está em perigo.

Referiu-se também a “empresários iletrados”, de facto uma grande parte dos empresários Portugueses tem habilitações escolares mínimas mas, a meu ver, isso só reforça o seu mérito pois com pouca instrução e com as desvantagens que dai advêm conseguiram criar empresas, muitas vezes chegar a mercados externos e fazer entrar no país divisas que evitam a nossa falência.

Não podia deixar de lhe expressar esta minha opinião, no entanto, não gostaria que visse nestas minhas palavras qualquer tipo de intenção de diminuição do seu texto do qual já lhe disse ser leitor assíduo.

Cumprimentos,
Rui Filipe Coelho Fernandes

P.S.- Pretendia colocar este comentário na secção de comentários aos respectivos artigos no Jornal de Negócios mas devido às limitações dessa secção resolvi colocar aqui no Caldeirão para ter a certeza que o texto sai exactamente como o concebi.
 
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