Hallo Escreveu:
Porra. Não sei fazer contas. Dá-me sempre o mesmo valor no final. Que piada estas contas do AC dão sempre a mesma coisa, por mais voltas que dê.
Abraço,
Hallo
É óbvio que dá sempre a mesma coisa pois os únicos parametros relevantes são:
a) a percentagem de acções que ele tem actualmente (n/T);
b) o valor do aumento de capital (500 milhões de euros).
O par nº de acções e respectivo preço não interessa (qualquer que seja, terá de dar 500 milhões a partir do momento que é esse o valor pretendido para o AC) e a cotação actual também não (qualquer que seja a cotação, a percentagem que ele tem de acções é a mesma e é a percentagem que se pretende no caso manter).
O montante de dinheiro "fresco" que ele terá de meter se pretende manter a percentagem antes e depois do AC será sempre n/T * 500 milhões de euros.
Onde:
n = numero de acções detidas
T = numero total de acções (actuais) do BCP
Por mais que varie a cotação do BCP, isto não muda...
A variação da cotação do BCP pode interferir nos montantes a investir noutros cenários mas não neste cenário onde se pretende manter exactamente a mesma percentagem antes e depois do AC.
Por exemplo, se um individuo não é accionista (ou é accionista mas pretende comprar mais do que aquelas a que tem direito à partida) tenderá a ter de dispender mais se a cotação do BCP subir (por via do aumento do custo dos direitos).
Já agora, manter a percentagem de acções (não diluir a participação) não tem qualquer relevância para um pequeno accionista com 10.000 ou 100.000 acções que seja. Isso só tem relevância para accionistas de referência e/ou com posições estratégicas.
Por isso, aproveito para referir novamente - como já fiz noutros AC's - que para manter exactamente a mesma posição (capital investido) no BCP, isto é, nem injectar mais dinheiro nem ver a posição reduzida, o que há a fazer é simplesmente vender os direitos e com o dinheiro dos direitos vendidos comprar acções (ou em alternativa, o que é equivalente, vender todos os direitos excepto os correspondentes a essas acções e subscrever apenas essas acções). É simples, efectivamente, mas pela minha observação ao longo destes anos todos diria que não ocorre à maior parte dos investidores que pensando mais numa lógica de "ou ir ou não ir" com base em opções que implicam aumentar a posição (injectar mais dinheiro) ou diminuir a posição, o que normalmente os deixa num dilema.