A meu ver há notícias que pela sua importância devem ser realçadas e guardadas. É o caso desta do Negócios.pt
Economia portuguesa trava quebra para 5,8% no terceiro trimestreO PIB português contraiu 5,8% no terceiro trimestre, face ao mesmo período do ano passado, depois de ter recuado 16,4% nos três meses anteriores.
Rita Faria
afaria@negocios.pt ...
O PIB português contraiu 5,8% no terceiro trimestre, face ao mesmo período do ano passado, depois de ter recuado 16,4% nos três meses anteriores, marcados pelas fortes medidas de contenção para travar a pandemia.
Entre julho e setembro, com o alívio das restrições, a economia portuguesa conseguiu desacelerar a quebra, com o contributo da procura interna, devido à menor contração do consumo privado.
"A redução menos intensa do PIB no 3º trimestre ocorreu no contexto de reabertura progressiva da atividade económica, que se seguiu à aplicação de medidas de contenção à propagação da COVID-19 com forte impacto económico nos primeiros dois meses do segundo trimestre", informa o Instituto Nacional de Estatística (INE) no relatório das contas nacionais trimestrais.
Segundo o INE, entre julho e setembro, a procura interna "registou um contributo para a variação homóloga do PIB consideravelmente menos negativo que o observado no trimestre anterior", ao mesmo tempo que o contributo negativo da procura externa líquida também foi menos acentuado no 3º trimestre.
Isto porque no terceiro trimestre as exportações de bens e serviços registaram uma recuperação superior à das importações.
Na comparação em cadeia, ou seja face ao segundo trimestre, o PIB cresceu 13,2%, depois de ter contraído 13,9% entre abril e junho face aos primeiros três meses do ano.
"Este resultado é também explicado, em larga medida, pelo expressivo contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, após um contributo fortemente negativo no 2º trimestre. O contributo da procura externa líquida passou de muito negativo no trimestre anterior para positivo, verificando-se um crescimento acentuado das exportações de bens", justifica o INE.