CALDEIRÃO DE BOLSA

Pelo menos 40 mil idosos portugueses não têm capacidade financeira para comprar alimentos, concluiu um inquérito realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). De acordo com o mesmo estudo, o custo dos produtos alimentares é ainda uma das razões para que não consumam refeições mais saudáveis.

in Publico.pt

O que quero dizer é que a educação vem de CASA. Os grandes responsáveis são os pais, que nunca são culpabilizados pelo comportamento dos seus filhos.
Também quero dizer que a culpa está no Ministério da Educação que pratica uma política de perda de autoridade dos professores. Hoje é muito difícil expulsar um aluno da escola, é muito difícil instaurar um processo disciplinar. Tenho 43 anos e no meu tempo de estudante não me lembro de ouvir dizer que um pai bateu num professor. Hoje é o pão nosso de cada dia!!! Como acabam esses processos? Em águas de bacalhau...(agora, que os jornais noticiam essas situações é que se faz alguma coisa...)

Felizmente este tipo de escola não representa a maioria!!! Há excelente ensino na escola pública.
Quando um colégio aceitar ciganos, filhos de pescadores, de agricultores,...poderemos aí comparar resultados. Dei aulas no Colégio Rainha Santa Isabel (no ranking está nos primeiros lugares), só que quem entra tem explicadores, acesso á cultura, os pais são licenciados e auferem salários bem acima da maioria dos portugueses...E os professores não são agredidos fisicamente e nem sequer é questionada a sua autoridade...

devastador Escreveu:O "assunoadra" firmou que os outros professores deveriam ter agido disciplinarmente sobre os alunos. Mas isso é FÁCIL de dizer!!!!!!

Quando se ouve que nesta escola:
- o carro de um professor já desapareceu por três vezes, tendo aparecido poucos dias depois; sabe-se que é um pequeno grupo de ex-alunos; e SABE-SE que a polícia não os prende!!!!!
- uma mãe agrediu uma professora o ano passado (e o que é que aconteceu depois?);
- no ano passado um aluno agrediu outro aluno de forma violenta;
- o meu aluno Bráulio (19 anos e no 10ªano) já teve problemas com a polícia e a justiça; depois de uma conversa franca, a coisa correu bem;
- o meu melhor aluno do 11º ano profissional (é um bom aluno; os pais são licenciados) teve problemas com a justiça porque gosta de andar á luta (deu murros e pontapés a uma pessoa que ia no passeio...porque gosta de LUTAR); nas primeiras aulas disse que tinha que ser menos rígido porque, caso contrário eram eles (os alunos) que me faziam a vida negra!!! Falei calmamente com todos, e disse que as regras são para cumprir (agora, chegam depois de mim, têm falta). Não tenho problemas com eles (a não ser o não estudar puto).

Moral da história: Tenho que andar a estacionar o carro sempre em sítios diferentes...e rezar para que nada aconteça...
É fácil dizer que os professores são culpados por não agirem
SERÁ ?! Como agiria o "assunoadr"?!!!

O que eu disse é que tem de haver disciplina na escola e que os pais não são os únicos responsáveis pela educação dos filhos.

Sem disciplina, os maus elementos acabam por influenciar negativamente todos os restantes, fazendo com que muitos miúdos acabem por mudar de comportamento em virtude da má influência de uns quantos. Portanto, não nos podemos desculpar com os pais porque o papel das escolas na educação é pelo menos tão importante como o da familia. Caso contrário, as escolas apenas estariam a contribuir para criar uma sociedade de marginais.

Os professores têm como missão ensinar e acompanhar o desenvolvimento dos seus alunos e isso não será possível se não tiverem coragem para fazer cumprir regras.

É evidente que isoladamente é dificil mudar-se algo.
É necessário que haja vontade para mudar a atitude de todas as partes envolvidas, encontrar consensos entre os professores e os pais, angariar o apoio dos alunos (nem todos são maus embora os bons não encontrem uma envolvente favorável para puderem sobressair), haver forte envolvimento dos concelhos directivos e pressionar as autoridades competentes para que façam o que são pagas para fazer.

Ou será preferivel deixar ir o barco até que se afunde?


AA

O "assunoadra" firmou que os outros professores deveriam ter agido disciplinarmente sobre os alunos. Mas isso é FÁCIL de dizer!!!!!!

Quando se ouve que nesta escola:
- o carro de um professor já desapareceu por três vezes, tendo aparecido poucos dias depois; sabe-se que é um pequeno grupo de ex-alunos; e SABE-SE que a polícia não os prende!!!!!
- uma mãe agrediu uma professora o ano passado (e o que é que aconteceu depois?);
- no ano passado um aluno agrediu outro aluno de forma violenta;
- o meu aluno Bráulio (19 anos e no 10ªano) já teve problemas com a polícia e a justiça; depois de uma conversa franca, a coisa correu bem;
- o meu melhor aluno do 11º ano profissional (é um bom aluno; os pais são licenciados) teve problemas com a justiça porque gosta de andar á luta (deu murros e pontapés a uma pessoa que ia no passeio...porque gosta de LUTAR); nas primeiras aulas disse que tinha que ser menos rígido porque, caso contrário eram eles (os alunos) que me faziam a vida negra!!! Falei calmamente com todos, e disse que as regras são para cumprir (agora, chegam depois de mim, têm falta). Não tenho problemas com eles (a não ser o não estudar puto).

Moral da história: Tenho que andar a estacionar o carro sempre em sítios diferentes...e rezar para que nada aconteça...
É fácil dizer que os professores são culpados por não agirem
SERÁ ?! Como agiria o "assunoadr"?!!!

Best, não sei se podes fazer essa comparação, se lhe retirares o enviesamento causado pela evolução não sei não..

Um pobre de hoje é mais rico que um pobre de á 50 anos.
Não é por ter um carro, telemovel que não deixa de ser pobre.
Agora, depende do carro e do telemovel que tiver, como é obvio

Já agora gostaria de salientar um parágrafo que me parece relevante e está relacionado com a minha intenção quando aqui criei um novo tópico chamado: "O Neoliberalismo e a procura de uma nova Esquerda". Não tenho tido tempo para lá escrever mas vou tentar fazer um update das ideias ASAP.

Lion_Heart Escreveu:Presidente da AMI
"A Pobreza em Portugal é uma vergonha"
Fernando Nobre quebrou o "politicamente correcto" que está a marcar o Congresso da Ordem dos Economistas. O presidente da AMI fez um discurso inflamado, provocando uma plateia cheia de economistas, que também são actuais e ex-responsáveis políticos, gestores e empresários, conseguiu palmas da plateia e introduziu um sentimento de urgência e indignação que, até esse momento, esteve ausente do debate.

Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt

(...)

Sobre o estado das economias, salientou que não é economista, mas avisou para os riscos que pendem sobre as economias e que os economistas presentes não abordaram: o risco de um crash obrigacionista, a falência de fundos de pensões pelo mundo, os milhões investidos em produtos derivados. “Não é razão para cedermos a paranóias, mas é preciso questionar se as economias capitalistas estarão à altura do desafio”, disse, acrescentando: “É precisa prudência, bom senso e cuidados com os cantos da sereia”.

(...)

Lion_Heart Escreveu:E os caros professores acham que a culpa do comportamento desses alunos é deles?

Eu acho que é do Estado que por imposição da UE ou para mostrar que estamos com mais diplomados dá o diploma a qualquer um.

Não é a UE é o mercado de trabalho! Ninguém arranja emprego com o 5 ano! Não interessa se é educado ou inteligente, não tem 12 não lhe dão emprego ponto final. Por isso criamos uma escola "placebo" e tiramos os miúdos da rua, ou do meio social em que vivem mais uns anos...

E agora a culpa é de quem?

Lion_Heart Escreveu:E depois é dos pais , os pais da geração a seguir ao 25 de Abril julgam que isto é so liberdades e direitos e cada um faz o que lhe apetece e quando apetece.

Eu vou dar um exemplo, quando tinha o meu escritorio fazia muitas entrevistas, e as pessoas iam a entevista como quem ia para a praia , calças rotas, sandalias, t-shirt. Enfim era para rir.

Se calhar as calças rotas era porque estava calor, as sandálias também, e, claro a t-shirt idem "". Suponho que se era de rir não ficaram com o emprego? Então qual é o problema? O patrão não gosta do tipo de empregado, não contrata pois certamente um empregado desse tipo não iria gostar do patrão.

Conheço muitos trabalhos onde se pode ir de sandálias, calções, e shirt, e que são das multinacionais com mais sucesso do mundo (algumas até são (ou foram) portuguesas).

Para mim é de rir é esse tipo de comentário. Então um empregado de fato trabalha melhor e sabe muito mais daquilo que é suposto fazer?

Então e agora a culpa é de quem?

Lion_Heart Escreveu:Mas o que me irrita mesmo, é a falta de educação e todos acharem que são donos disto, tipo os que estacionam em 2ª fila em plenas circulares e não adianta apitar , sinais de luzes e etc, é tudo deles.Nem querem saber. Os tipos de porsche,mercedes e bmw que estacionam nos lugares de deficientes nos hiper e etc.

Mas a culpa é deles? Ninguém tem culpa de ser burro, a culpa é de quem os deixam fazer isso. Um estado sem lei tem cidadãos sem lei.

Esse não são burros, são oportunistas (no máximo egocêntricos). E nisto concordo contigo, se há leis são para fazer cumprir pois caso contrário prefiro que não existam!

Abraço

mais_um Escreveu:Boas!

Ainda não consegui perceber se as pessoas fazem determinadas afirmações por ignorância ou por quererem enganar quem lê ou ouve essas afirmações.

A questão das reformas baixas tem sido bastante usada, argumentando que temos uma percentagem elevada da população que é pobre ou vive no limiar da pobreza, no entanto se estivermos atentos e fizermos uma analise cuidada dos dados disponíveis chegamos à conclusão que não é bem assim.

alguns pontos "esquecidos":

-as reformas são baixas porque as pessoas descontavam o mínimo, fugindo ao pagamento de impostos durante anos e anos.

-da população que tem a "tal" reforma mínima (1560000 reformados com um valor inferior a 330,00€), só cerca de 10% é que solicitaram o complemento de reforma, apesar de todos os anos a Segurança Social enviar cartas para essas pessoas, para solicitarem o complemento de reforma, já nem pode ser usado o argumento de que o rendimento dos filhos também era considerado, já que pelo menos nos últimos 2 anos só conta os bens e rendimentos da pessoa em questão, claro que um dos requisitos para usufruir desse complemento de reforma é autorizar o Estado a verificar as contas bancárias da respectiva pessoa....

Esta ultima situação é para mim a prova que apesar de nas estatísticas existirem um numero muito considerável de reformas baixas, logo são considerados pobres, na realidade não são, tenho vários exemplos desses na minha família, tias e tios, com casas, automóveis, etc...mas que pelas estatísticas são considerados pobres.

O preocupante é que a situação mantém-se na actual geração, pessoas com 40 anos estão a fazer exactamente o mesmo, declaram apenas o ordenado mínimo e recebem por fora o restante, como é obvio quando chegarem à reforma, vão ter uma reforma baixa, logo irão ser considerados pobres, embora façam ferias no estrangeiro, tenham 2 automóveis, alguns tem uma 2ª habitação.

Por conhecer tantas situações destas é que só posso rir quando leio afirmações que 40% dos Portugueses são pobres!

Há pessoas pobres, sem duvida, mas tendo em conta o consumo de bens não essenciais, como telecomunicações, bares e restaurantes, automóveis, 2ªs habitações, etc... posso concluir que:

1º a economia paralela é bastante elevada em Portugal

2º as pessoas realmente pobres são bastante menos do que aparece nas estatísticas

Bom fim de semana,

Alexandre Santos

E já agora diz-me lá em que é que isso está relacionado com o aumento ou não do ordenado mínimo?

Isso que dizes parece-me ser um problema completamente diferente e com outros responsáveis, que não os realmente pobres, nem sequer os que trabalham por conta de outrem e recebem por fora!

Abraço

É claro que o mau comportamento dos alunos é um bocadinho de todos: pais, sociedade, Estado e professores. Qunan se dá tudo de mão beijada aos filhos está-se a criar uma pessoa como esta; quando o Estado restringe a autoridade dos professores está a incentivar este tipo de atitudes; quando os alunos vêem os Morangos com Acúcar está-se a incentivar esta atitude; quando os professores facilitam demais estão a incentivar esta atitude....mais uma vez, urge uma mudança de atitude, de comportamento.

Apesar de acreditar que o mau comportamento dos alunos depende, realmente, deste conjunto de aspactos, continuo e pensar que a maior responsabilidade é mesmo dos pais. A maior parte dos filhos trata mal os pais, e estes, impávidos e serenos, não fazem nada... vejo a forma pouco normal que alguns pais deixam que os filhos os tratem. E já não são casos pontuais....

Caros colegas o problema das escolas públicas actuais é que estão a obsorver o mau das escolas privadas, muitos alunos não transitavam de ano e desistiam e então inscreviam -se em escolas técnicas privadas, aquelas que veem nos anúncios dos jornais. Então o que se passava? Esses alunos eram problemáticos mas como pagavam o problema era esquecido. Hoje essas escolas privadas estão a atravessar uma crise muito grande porque a escola pública veio roubar esses alunos. Eu tenho uma prima que está numa dessas escolas privadas e está com medo de perder emprego, o que faz sobreviver essas escolas é que existem muitos formadores e são pagos com recibos verdes com salários baixos. Mas uma coisa boa que essas escolas privadas tinham é que estavam bem equipadas, enquanto que a escola púbica está a roubar esses alunos e ela não está tão bem equipada.

devastador Escreveu:Portugal é um país rico. Não posso entender que este país seja pobre...

Este ano mudei para uma escola do litoral, dado que tenho aí uma casa de férias. Infelizmente venho a deparar-me com uma escola virada preferencialmente para cursos profissionais.
Tenho uma turma do 10º ano, com 18 alunos, metade faz barulho na sala (assobios, bater com o pé no chão, falarem todos ao mesmo tempo), tendo eu já abandonado a sala de aula por duas vezes. Já mandei alunos saírem da sala e eles não saem!!!! O mesmo se passa com os outros professores desta turma, só que eu fui o único a marcar faltas de comportamento e a ir ao directivo (iremos ter esta semana um conselho de turma).
Conclusão: são alunos com grandes dificuldades cognitivas e com grandes lacunas ao nível dos conhecimentos transmitidos em anos anteriores, e portam-se desta maneira!! Têm todos os apoios: apoio de transporte, apoio na cantina, apoio no material escolar, e o povo a pagar!!!! Os alunos têm direito a tudo...(coitadinhos).
Nessa mesma turma há um aluno com 19 anos (o pior em comportamento), e na ficha individual, em que pouco escreveu, afirmou que jogava "fOtebol" (repetiu duas vezes).
Não estudam NADA, andam a passear os livros e no CONVÍVIO com os colegas. Mais nada lhes interessa...

Tenho uma turma 11º profissional com 12 alunos. Agora já são 9 alunos, pois os que tinham muitos módulos em atraso tiveram que realizar exames relativos a esses módulos (havia um que tinha 10 módulos em atraso !!).Dizem que estão no 11º e o 10ºano está bem longe de estar concluído!!! É o sucesso...É o estarem mais alunos no secundário...
Estou a dar trigonometria e já fiz 2 testes. Tenho, desses nove alunos, a nota máxima de 19 e três que têm zero ou menos de um valor!!! Há dois bons alunos e dois mais ou meeeenos...
Passado um mês há alunos que não sabem de cor as razões trigonométricas (sen, cos e tg)!!! Como têm módulos em atraso de várias disciplinas e estão com dificuldades nos novos módulos a turma em breve ainda ficará mais pequena!!! Quanto ficará ao estado um "aluno" destes? E com que resultado final?

Tenho alunos de MatemáticaB (mais simples que matA) que não conseguem dividir caso os números sejam fraccionários!!! Estes alunos podem candidatar-se a uma engenharia, nas mesmas condições que os de MatA, sendo esta muito mais exigente!!!! Tive um aluno que trocou o algarismo das unidades com o das dezenas (exemplo: nº 34, pensava que o 3 era o das unidades)!!!

A escola que temos deve-se ao facto de os pais nunca serem responsabilizados pelos actos dos seus filhos e pelo empenho dos mesmos!!! Contra uma CULTURA do NADA FAZER, do não ser responsabilizado por nada, esta nova geração do "EU" (tudo roda à volta do "eu") sofrerá na pele uma crise sem precedentes para a qual nunca foi preparada.

Sublinhei duas partes do texto que me parecem relevantes. A primeira traz implícita que a prática é os professores nada fazerem para imporem disciplina e a segunda é a de que os mesmos professores responsabilizam exclusivamente os pais pela falta de disciplina.

A experiência escolar que tive serve-me como prova de que a disciplina na escola pode funcionar eficazmente de forma totalmente independente do que se passa fora dela, mas também admito que na época se aplicavam regras demasiado severas e radicais. O problema é que o que agora se passa é precisamente o oposto. Os alunos podem fazer o que lhes der na real gana que já sabem que daí não lhes virá grande mal.

Por outro lado, os professores já lhes colocaram o rótulo de mal educados e de que não há nada a fazer por eles. Não aplicam sanções ou medidas disciplinares a esses alunos para não se comprarem guerras com os respectivos pais ou porque não é prática e, como tal, não é politicamente correcto.

Quanto à avaliação no ensino público é para rir. Numa turma da 3ª classe no ano lectivo de 2008-2009, numa escola da Damaia, duas alunas que nem sequer tinham livros para estudar e faltaram a metade das aulas, passaram para a 4ª classe. Nesse ano, a mesma turma teve 3 professores, sendo que a última professora meteu licença de casamento 3 semanas depois de iniciar as aulas no 3º período (não podia esperar pelas férias grandes para não perder os dias de licença de casamento....fenomenal!).

Ainda bem para os filhos desses professores que os pais ganham o suficiente para os meter em boas escolas e não juntamente com a ralé que os seus pais ajudam a formar.

O problema da disciplina, ou da falta dela, não é só um problema dos pais. Antes pelo contrário, muitos meninos e meninas modificam-se para muito pior em algumas escolas devido à total ausência de disciplina no local, acabando por ser influenciadas negativamente pelo convivio com outras crianças com padrões de educação inferiores. O nivelamento é feito por baixo.

Isto funciona assim, ou se tem dinheiro para colocar os filhos numa boa escola ou então esses meninos e meninas não vão ter a minima hipótese de se integrarem socialmente em condições de igualdade com os outros. Mesmo aqueles que tenham um QI muito elevado terão muito poucas hipóteses porque é com o treino que se desenvolve o raciocinio, a memória e a capacidade lógica.



AA

A culpa da Educação que temos é de todos, obviamente incluindo pais e professores. Não pode nem deve existir desresponsabilização de minguem.

Vejam uma petição a favor da liberdade de escolha na educação:

http://economico.sapo.pt/forumbolsa/ind ... .4880.html

Lion_Heart


E os caros professores acham que a culpa do comportamento desses alunos é deles?

Lion tens toda a razão, enquanto o estado esbanjar dinheiro em rendimento minimo os professores vão sofrer.

É a cultura de não fazer nada e ganhar dinheiro.

E os caros professores acham que a culpa do comportamento desses alunos é deles?

Eu acho que é do Estado que por imposição da UE ou para mostrar que estamos com mais diplomados dá o diploma a qualquer um.

E depois é dos pais , os pais da geração a seguir ao 25 de Abril julgam que isto é so liberdades e direitos e cada um faz o que lhe apetece e quando apetece.

Eu vou dar um exemplo, quando tinha o meu escritorio fazia muitas entrevistas, e as pessoas iam a entevista como quem ia para a praia , calças rotas, sandalias, t-shirt. Enfim era para rir.

Mas o que me irrita mesmo, é a falta de educação e todos acharem que são donos disto, tipo os que estacionam em 2ª fila em plenas circulares e não adianta apitar , sinais de luzes e etc, é tudo deles.Nem querem saber. Os tipos de porsche,mercedes e bmw que estacionam nos lugares de deficientes nos hiper e etc.

Mas a culpa é deles? Ninguém tem culpa de ser burro, a culpa é de quem os deixam fazer isso. Um estado sem lei tem cidadãos sem lei.

Caro devastador

Eu este ano tenho os CEF.


Tenho os mesmos problemas que o colega, mas eu defendo que exista esta componente técnica. Mas o problema destes cursos é que os curriculos e as próprias escolas não estão bem preparadas.Por exemplo o colega tem alunos que querem seguir engenharia o curriculo devia ter mais matemática e física, isto é ter Matemática mas dissimulada em diversas diciplinas. Mas aqui também surge o probema da desmotivação, eu por exemplo já dei matéria de outra diciplina e existiu uma total desmotivação, já demos isso quero lá saber.

É um grande problema.

Outro problema é alguns alunos em turmas normais e querem ir para os CEF e não podem, boicotam completamente as aulas e vão para a biblioteca.

Estes cursos CEF acho que deviam continuar porque têm o estágio e o estágio é o primeiro choque que estes alunos têm.


Devastador

Deixa -os entrar na universidade é bom mesmo que não percebam de matemática, vão andar a pastar uns anos e aqueles que podem vão conseguir recuperar e dar -te valor e os outros têm que abandonar.

Portugal é um país rico. Não posso entender que este país seja pobre...

Este ano mudei para uma escola do litoral, dado que tenho aí uma casa de férias. Infelizmente venho a deparar-me com uma escola virada preferencialmente para cursos profissionais.
Tenho uma turma do 10º ano, com 18 alunos, metade faz barulho na sala (assobios, bater com o pé no chão, falarem todos ao mesmo tempo), tendo eu já abandonado a sala de aula por duas vezes. Já mandei alunos saírem da sala e eles não saem!!!! O mesmo se passa com os outros professores desta turma, só que eu fui o único a marcar faltas de comportamento e a ir ao directivo (iremos ter esta semana um conselho de turma).
Conclusão: são alunos com grandes dificuldades cognitivas e com grandes lacunas ao nível dos conhecimentos transmitidos em anos anteriores, e portam-se desta maneira!! Têm todos os apoios: apoio de transporte, apoio na cantina, apoio no material escolar, e o povo a pagar!!!! Os alunos têm direito a tudo...(coitadinhos).
Nessa mesma turma há um aluno com 19 anos (o pior em comportamento), e na ficha individual, em que pouco escreveu, afirmou que jogava "fOtebol" (repetiu duas vezes).
Não estudam NADA, andam a passear os livros e no CONVÍVIO com os colegas. Mais nada lhes interessa...

Tenho uma turma 11º profissional com 12 alunos. Agora já são 9 alunos, pois os que tinham muitos módulos em atraso tiveram que realizar exames relativos a esses módulos (havia um que tinha 10 módulos em atraso !!).Dizem que estão no 11º e o 10ºano está bem longe de estar concluído!!! É o sucesso...É o estarem mais alunos no secundário...
Estou a dar trigonometria e já fiz 2 testes. Tenho, desses nove alunos, a nota máxima de 19 e três que têm zero ou menos de um valor!!! Há dois bons alunos e dois mais ou meeeenos...
Passado um mês há alunos que não sabem de cor as razões trigonométricas (sen, cos e tg)!!! Como têm módulos em atraso de várias disciplinas e estão com dificuldades nos novos módulos a turma em breve ainda ficará mais pequena!!! Quanto ficará ao estado um "aluno" destes? E com que resultado final?

Tenho alunos de MatemáticaB (mais simples que matA) que não conseguem dividir caso os números sejam fraccionários!!! Estes alunos podem candidatar-se a uma engenharia, nas mesmas condições que os de MatA, sendo esta muito mais exigente!!!! Tive um aluno que trocou o algarismo das unidades com o das dezenas (exemplo: nº 34, pensava que o 3 era o das unidades)!!!

A escola que temos deve-se ao facto de os pais nunca serem responsabilizados pelos actos dos seus filhos e pelo empenho dos mesmos!!! Contra uma CULTURA do NADA FAZER, do não ser responsabilizado por nada, esta nova geração do "EU" (tudo roda à volta do "eu") sofrerá na pele uma crise sem precedentes para a qual nunca foi preparada.

bestblandina Escreveu:

pinto80 Escreveu:
Não critico quando o Estado ajuda os mais necessitados, mas sou contra quando o Estado incentiva a preguiça. Isso sem dúvida....

Concordo, mas tens que perceber que quem recebe subsidios não vai dizer que não quer trabalhar, faz de coitado. O problema é que muitos falam a verdade e outrs não.
O normal era filtrar as pessoas, mas isso é muito complexo e bastante dificil.

Claro, sem dúvida. Nem quero generalizar, é um dos males da sociedade...

No entanto, não seria má ideia que as pessoas em troca desse suplemento fizessem alguma coisa em favor da sociedade.... há muitos trabalhos que poderiam/deviam ser feitos por essas pessoas.

pinto80 Escreveu:
Não critico quando o Estado ajuda os mais necessitados, mas sou contra quando o Estado incentiva a preguiça. Isso sem dúvida....

Concordo, mas tens que perceber que quem recebe subsidios não vai dizer que não quer trabalhar, faz de coitado. O problema é que muitos falam a verdade e outrs não.
O normal era filtrar as pessoas, mas isso é muito complexo e bastante dificil.

É por demais notório que existe pobreza em Portugal.É também evidente que a taxa de pobreza está cada vez mais elevada.

Os casos mais sérios são os idosos que ganham pouco (alguns porque descontaram pouco, outros porque o sistema não é perfeito); as pessoas que não estão na reforma, mas que apesar de trabalharem, ganham pouco (450 - 500 euros por mês); existem ainda os que não têm trabalho. Dentro destes, há os que não querem trabalhar. Veejo casos angustiantes: ganham 400 ou 500 euros de RSI sem fazerem nada; não querem fazer nada. Não sou contra o RSI, mas o Estado quando atribui este suplemente, que deveria de ser temporário, deveria ter condições para os fiscalizar e poderia, inclusivé fazer como em alguns países - colocá-los a trabalhar para o comunidade. Veriam que havia logo mais pessoas a arranjar emprego. Não quero parecer insensível, pois há pessoas que precisam mesmo deste suplemento, mas há muitos casos que funcionam como incentivo à preguiça.


Também não percebo este nosso sistema de contratação. A lei permite que as pessoas rejeitem determinados empregos, por variadas razões (por exemplo distãncia).

Posso-lhes dizer que no início da minha carreira aceitei trabalho fazendo mais de 200Km diários. Quantos estão dispostos a fazer isto. O que ganhava dava para pouco mais do que as despesas. Foi uma forma de mostrar o que valho e abrir portas...

Não critico quando o Estado ajuda os mais necessitados, mas sou contra quando o Estado incentiva a preguiça. Isso sem dúvida....

Para quem quiser ler, está tudo ai.
Mas é ler e não ler somente uns post

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... highlight=

mais_um Escreveu:

bestblandina Escreveu:

mais_um Escreveu:

bestblandina Escreveu:falo das pessoas que ganham salarios baixos, esses sim, não conseguem ter grandes condições de vida.

É verdade que as pessoas que tem salarios baixos tem problemas, mas curiosamente as pessoas que estão a chegar à DECO e a outras isntituições são pessoas que até tinham salarios bastante razoaveis e de repente ficaram sem emprego.

Mais uma vez, não mistures problemas, um é as pessoas que ganham baixos salarios porque ou não tem qualificações ou se tem são muito baixas.


Outro é o problema do desemprego, que afecta todas as pessoas que só tenham como rendimento o seu salario. Este problema é transversal aos paises, lembro-me de ver na TV uma reportagem sobre os americanos que perderam o emprego e ficaram sem a casa e viviam no automovel, nos parques de estacionamento.

bestblandina Escreveu:Mai um isto é um assunto no qual já foi dabatido e que muitos acham que somos o pais de ricos.

Não estás a ser correcto, nas discussões que tivemos sobre o salario minimo, nunca vi escrito por ninguém que eramos um país rico, agradeço que coloques aqui essa afirmação caso alguém a tenha escrito.

quando eu disse que na França, Inglaterra, etc vivia-se melhor, alguns não concordaram.
Está no tal tópico para quem quiser ler "os meus ordenados2 no qual tu participaste, deves saber muito bem qual é.
Fui criticado por defedender que o uso de baixos salarios nos trabalhos não qualificados nas multinacionais era devido ao nosso baixo salario minimo.
Não vou repetir tudo o que escrevi, está nesse tópico

cumprimentos best

Mais uma vez não estás a ser correcto, nunca vi escrito que Portugal é um país rico, assim como nunca vi escrito que vive-se melhor em Portugal do que em França ou Inglaterra, um dos teus "defeitos" é misturares alhos com bugalhos, vais fugindo do assunto quando não tens argumentos.

Não vale apena avançar mais mais.
Quem quiser ler está nesse tópico.
Quando alguem não concorda que em frança ou outro pais vive-se melhor que portugal está a dizer tudo.
Mais um, está nesse tópico, não vale a pena começar tudo de novo.

bestblandina Escreveu:

mais_um Escreveu:

bestblandina Escreveu:falo das pessoas que ganham salarios baixos, esses sim, não conseguem ter grandes condições de vida.

É verdade que as pessoas que tem salarios baixos tem problemas, mas curiosamente as pessoas que estão a chegar à DECO e a outras isntituições são pessoas que até tinham salarios bastante razoaveis e de repente ficaram sem emprego.

Mais uma vez, não mistures problemas, um é as pessoas que ganham baixos salarios porque ou não tem qualificações ou se tem são muito baixas.


Outro é o problema do desemprego, que afecta todas as pessoas que só tenham como rendimento o seu salario. Este problema é transversal aos paises, lembro-me de ver na TV uma reportagem sobre os americanos que perderam o emprego e ficaram sem a casa e viviam no automovel, nos parques de estacionamento.

bestblandina Escreveu:Mai um isto é um assunto no qual já foi dabatido e que muitos acham que somos o pais de ricos.

Não estás a ser correcto, nas discussões que tivemos sobre o salario minimo, nunca vi escrito por ninguém que eramos um país rico, agradeço que coloques aqui essa afirmação caso alguém a tenha escrito.

quando eu disse que na França, Inglaterra, etc vivia-se melhor, alguns não concordaram.
Está no tal tópico para quem quiser ler "os meus ordenados2 no qual tu participaste, deves saber muito bem qual é.
Fui criticado por defedender que o uso de baixos salarios nos trabalhos não qualificados nas multinacionais era devido ao nosso baixo salario minimo.
Não vou repetir tudo o que escrevi, está nesse tópico

cumprimentos best

Mais uma vez não estás a ser correcto, nunca vi escrito que Portugal é um país rico, assim como nunca vi escrito que vive-se melhor em Portugal do que em França ou Inglaterra, um dos teus "defeitos" é misturares alhos com bugalhos, vais fugindo do assunto quando não tens argumentos.

mais_um Escreveu:

bestblandina Escreveu:falo das pessoas que ganham salarios baixos, esses sim, não conseguem ter grandes condições de vida.

É verdade que as pessoas que tem salarios baixos tem problemas, mas curiosamente as pessoas que estão a chegar à DECO e a outras isntituições são pessoas que até tinham salarios bastante razoaveis e de repente ficaram sem emprego.

Mais uma vez, não mistures problemas, um é as pessoas que ganham baixos salarios porque ou não tem qualificações ou se tem são muito baixas.


Outro é o problema do desemprego, que afecta todas as pessoas que só tenham como rendimento o seu salario. Este problema é transversal aos paises, lembro-me de ver na TV uma reportagem sobre os americanos que perderam o emprego e ficaram sem a casa e viviam no automovel, nos parques de estacionamento.

bestblandina Escreveu:Mai um isto é um assunto no qual já foi dabatido e que muitos acham que somos o pais de ricos.

Não estás a ser correcto, nas discussões que tivemos sobre o salario minimo, nunca vi escrito por ninguém que eramos um país rico, agradeço que coloques aqui essa afirmação caso alguém a tenha escrito.

quando eu disse que na França, Inglaterra, etc vivia-se melhor, alguns não concordaram.
Está no tal tópico para quem quiser ler "os meus ordenados2 no qual tu participaste, deves saber muito bem qual é.
Fui criticado por defedender que o uso de baixos salarios nos trabalhos não qualificados nas multinacionais era devido ao nosso baixo salario minimo.
Não vou repetir tudo o que escrevi, está nesse tópico

cumprimentos best

Mcmad Escreveu:Para mim o cerne da questão, é que em portugal sem as pessoas darem conta existe um forte empobrecimento de todos á quanto do peso do Estado. E não me refiro a esses «tais 10% de pobres oficiais».

Oficialmente são 17% ou 18%, mas tendo em conta o que vejo e conheço, considero que os reais serão menos.

Mcmad Escreveu:Refiro-me a classes previlegiadas na sociedade, que são sustentadas pelo Estado. Eu não quero saber se a minha empresa ganha muito e paga pouco,isto é uma questão de mercado, mas já tenho interesse nos ordenados dos FP´s e prejuízos de EP´s, pois sou obrigado a contribuir para elas..

100% de acordo