EDP obtém lucros de 609 milhões de euros no primeiro semestre (act2)
28 Julho 2011 | 16:44
Nuno Carregueiro -
nc@negocios.pt
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Resultados líquidos da eléctrica aumentaram 8% nos primeiros seis meses do ano. Os indicadores operacionais também subiram e a dívida líquida aproximou-se dos 17 mil milhões de euros.
A Energias de Portugal anunciou hoje que os resultados líquidos do primeiro semestre aumentaram 8%, atingindo 609 milhões de euros. O EBITDA e os resultados operacionais também aumentaram, com a empresa a beneficiar da actividade no exterior e do negócio de energia eólica, já que em Portugal e Espanha o contributo foi negativo.
Os resultados antes de juros, impostos, amortizações, provisões (EBITDA) atingiram 1,9 mil milhões de euros, um crescimento de 4% que a eléctrica atribui ao contributo da actividade regulada, eólica e Brasil. Um desempenho que ajudou a compensar as perdas sentidas na unidade de produção contratada de longo prazo e nas actividades liberalizadas na Península Ibérica. Na actividade liberalizada na Península Ibérica, o EBITDA recuou 28%, enquanto nas redes reguladas o EBITDA subiu 16%. Os maiores crescimentos foram sentidos na EDP Renováveis (19%) e no Brasil (15%).
Os resultados operacionais subiram 8,2% para 1,17 mil milhões de euros, um crescimento para o qual contribuiu a descida de 1% nos custos operacionais líquidos. O negócio da empresa fora de Portugal representa já 61% do EBITDA.
A penalizar as contas estiveram os resultados financeiros, que se agravaram em 14% para um valor negativo de 266 milhões de euros. Para esta subida, segundo a EDP, contribuiu o aumento do custo médio de dívida, de 3,5% no primeiro semestre de 2010 para 3,9% no último, o aumento da dívida e uma provisão de 23 milhões de euros decorrente de um processo judicial com um cliente no Brasil.
A EDP chegou a Junho deste ano com uma dívida líquida de 16,9 mil milhões de euros, acima dos 16,3 mil milhões de euros no final de Dezembro. A empresa liderada por António Mexia justifica o crescimento com o pagamento de dividendos, a compra do controlo da espanhola Genesa e o investimento de expansão no montante de 535 milhões de euros. O investimento operacional da eléctrica totalizou 845 milhões de euros.
Só em juros a EDP pagou 314 milhões de euros no primeiro semestre, um crescimento de 30% face ao período homólogo. A posição da eléctrica no BCP continua a pesar de forma negativa nas contas, com a EDP a incorrer numa imparidade de 18 milhões de euros relativa à posição no banco.
A EDP salienta que apesar da subida da dívida, esta corresponde a 4,1 vezes o EBITDA, um rácio idêntico ao observado no final de 2010.
De acordo com a empresa, a EDP detinha uma posição total de caixa e de linhas de crédito disponíveis no valor de 3 mil milhões de euros, uma posição de liquidez que lhe permite “cobrir as suas necessidades de caixa até ao primeiro semestre de 2013”.
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