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Caldeirão da Bolsa

Recessão em V, U ou W ?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por SOLIS » 29/8/2009 10:28

Branc0 Escreveu:Eu acho que vai ser em I

Em I ou em I
:wink: :wink: :wink:
 
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por sargotrons » 29/8/2009 10:08

O ultimo comentario semanal do Fogueiro e' bem vindo neste topico.

Fogueiro Escreveu:Comentário Semanal

Não vejo razão para alterar os comentários das últimas semanas.
Vou pois resumir, para evitar ser repetitivo.
Se isto é um fundo em “W”, então a Toolbox continua a dizer-nos que a 2ª perna (ascendente desde Março) persiste, não sabemos até quando.
As notícias macroeconómicas positivas desta semana ajudaram a prolongar as coisas.

Mais uma vez lembro que os activos tóxicos continuam algures… e tóxicos, que eu saiba. Por isso parece-me mais provável um “W” do que um “V”.
Mas com tanta intervenção governamental na Economia (dita) de Mercado, não arrisco dizer mais…


Eu gostava de lembrar a palavra chave "confianca" que tanto se citava no inicio da crise e realmente e' o conceito base para criar o valor que desapareceu.
Não faz mal!...
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por Nyk » 29/8/2009 7:01

Os riscos de uma recessão económica em ‘W’ são reais
29/08/09 00:01 | Nouriel Roubini




A economia global está a começar a sair da pior das recessão e crise financeira desde a Grande Depressão.

No quarto trimestre de 2008 e no primeiro trimestre de 2009, a contracção das principais economias desenvolvidas foi semelhante à queda livre do PIB na fase inicial da Depressão. No final do ano passado, os responsáveis políticos por esta curva descendente começaram finalmente a usar as armas que têm ao seu dispor no seu arsenal.

Este esforço compensou e a queda livre da actividade económica abrandou. Mas eis que surgem novas questões no horizonte. Quando terminará a recessão global? Em que moldes decorrerá a recuperação económica? Existe o perigo de uma recaída?

No que toca à primeira pergunta, tudo indica que a economia global recuperará no segundo semestre de 2009. Em muitas economias desenvolvidas (EUA, Reino Unido, Espanha, Itália e outros países da Zona Euro) e em algumas economias emergentes (sobretudo na Europa), a recessão não acabará formalmente antes do final do ano, pois os novos rebentos estão ainda misturados com a erva daninha. Noutras economias avançadas (Austrália, Alemanha, França e Japão) e na maioria dos mercados emergentes (China, Índia, Brasil e noutras zonas da Ásia e da América Latina) a recuperação já começou.

No que toca à segunda questão, o debate centra-se entre aqueles - a maioria - que esperam uma recuperação em V com um rápido regresso ao crescimento e aqueles - como eu - que acreditam que a assistiremos a uma recuperação em U, anémica e abaixo da tendência, pelo menos durante alguns anos, depois de alguns trimestres de crescimento rápido fruto da reposição das existências e graças à recuperação da produção, produção esta cujos níveis estiveram muito próximos dos baixos níveis registados aquando da Depressão.

A recuperação em versão anémica

Existem vários argumentos que apontam para uma recuperação em U. O desemprego continua a cair de forma acentuada nos EUA e noutras partes do mundo - nas economias avançadas o desemprego rondará os 10% em 2010. Isto é mau para a procura e para as perdas dos bancos, mas também para as aptidões dos trabalhadores, um factor chave por trás do crescimento da produtividade do trabalho a longo prazo.

Em segundo lugar, estamos perante uma crise de solvência, e não só de liquidez, sendo que a verdadeira desalavancagem ainda não começou, uma vez que as perdas das instituições financeiras foram nacionalizadas e integradas nos balanços do estado. Isto limita a capacidade dos bancos para emprestarem dinheiro, das famílias para gastarem e das empresas para investirem.

Em terceiro lugar, em países com défices nas sua contas, os consumidores têm que reduzir os seus gastos e poupar muito mais, com os consumidores com o fardo da dívida sobre as suas costas a depararem-se com uma situação de preços do imobiliário em queda, queda das bolsas, baixa dos rendimentos e desemprego.

Em quarto lugar, o sistema financeiro, apesar dos apoios políticos - continua a ser fortemente afectado. Grande parte do sistema bancário sombra desapareceu e os bancos tradicionais estão a braços com milhões de milhões de dólares de perdas esperadas e relacionadas com os seus empréstimos e títulos, para além de estarem também seriamente subcapitalizados.

Em quinto lugar, a baixa rentabilidade - em virtude das dívidas elevadas e dos riscos de incumprimento, do baixo crescimento e da pressões deflacionistas persistentes sobre as margens das empresas - vai limitar a predisposição das empresas para produzir, contratar trabalhadores e investir.

Em sexto lugar, a realavancagem do sector público, através da acumulação de grandes défices fiscais, corre o risco de provocar uma concorrência desleal entre governo e privados, afectando assim a capacidade de recuperação da despesa do sector privado. Os efeitos do estímulo político desvanecerão também no início do próximo ano, o que exigirá um maior nível de procura por parte dos privados para apoiar o crescimento continuado.

Em sétimo lugar, a redução dos desequilíbrios globais implica que os défices de contas correntes de economias mais dadas a excessos, como é o caso dos EUA, contribuirão assim para uma redução dos excedentes de países com um excesso de poupança (China e outros mercados emergentes, Alemanha e Japão). Mas se a procura interna não crescer suficientemente depressa nos países com excedentes, isto conduzirá a uma recuperação mais fraca do crescimento global.

As estratégias de saída e os seus riscos

E existem também duas razões que apontam para o risco crescente de uma recessão em W. Para começar, temos os riscos associados às várias estratégias de saída dessa situação de forte abrandamento monetário e fiscal: os responsáveis políticos estarão amaldiçoados se não o fizerem. Se assumirem grandes défices fiscais seriamente, se aumentarem os impostos, cortarem na despesa e reduzirem o excesso de liquidez a curto prazo então podem afectar seriamente a recuperação e mergulhar a economia de novo na estagdeflagção (recessão e deflação).

Mas se mantiverem grandes défices orçamentais, então os vigilantes dos mercados obrigacionistas punirão os responsáveis políticos. E teremos assim um aumento das expectativas inflacionistas, da rentabilidade dos títulos de dívida pública e dos empréstimos, o que conduzirá à estagdeflação.

Outra razão para os receios de uma recessão dupla prende-se com o facto de o petróleo, a energia e os preços dos alimentos estarem a subir mais depressa do que os fundamentais da economia prevêem, podendo aumentar ainda mais num cenário de liquidez excessiva, procura de activos e procura especulativa, No ano passado, o petróleo a 145 dólares por barril foi um factor decisivo para a economia global, uma vez que gerou impactos negativos e provocou um choque ao nível do rendimento disponível para as economias importadoras de petróleo. A economia global não pode suportar outro choque de contracção caso uma especulação semelhante leve o petróleo a subir para os 100 dólares por barril.

Em suma, esta recuperação pode ser anémica e abaixo da tendência nas economias avançadas, existindo assim o risco de uma recessão em W.

• Professor de Economia da Stern School of Business da Universidade de Nova Iorque

Exclusivo Financial Times
Tradução de Carlos Tomé Sousa
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por steev » 27/8/2009 16:09

Nao sei porque é que comecaram a brincar com o topico :)..a brincar a brincar este é dos títulos de tópicos que acho mais sérios para os investidores (e para a vida real).

Pelo feeling que tenho dos indicadores dos últimos meses e dos comentários bullish/bearish dos governantes/comentadores económicos/CEO's/etc. acredito que a recuperação será entre V e U.

Estou bastante optimista para 2009-2010...

PS: Estou a referir-me principalmente aos US.
 
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por Branc0 » 27/8/2009 15:49

Eu acho que vai ser em I
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por Elias » 27/8/2009 15:28

tem isso e muito mais. É só ir a lvmh.com e é escolher, freguês :lol:
 
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por cannot » 27/8/2009 15:24

Elias Escreveu:LVMH é uma empresa do CAC-40.
A sigla significa Louis Vuitton Moët Hennessy

Givenchy, Dior, TAG Heuer, Moet et Chandon, Dom Perignon, Sephora, são algumas das muitas marcas que pertencem ao grupo.


LOL, é que dá ser um gajo da aldeia :mrgreen:

Desses o único que aprecio é mesmo do D.Perignon... Pode ser que acerte na combinação de letras e dê para fazer uma passagem de ano interessante.

Nem sabia que o grupo da LV tinha isso tudo... Grandes glutões!
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por Elias » 27/8/2009 15:13

LVMH é uma empresa do CAC-40.
A sigla significa Louis Vuitton Moët Hennessy

Givenchy, Dior, TAG Heuer, Moet et Chandon, Dom Perignon, Sephora, são algumas das muitas marcas que pertencem ao grupo.
 
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por cannot » 27/8/2009 15:09

Elias Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:eu voto numa lvmh.


E viva o luxo 8-)


Deve ser da minha inexperiência mas acho que não apanhei esta!? Existe alguma coisa que me escapa?

lvmh é o quê?
:shock:
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por Elias » 27/8/2009 14:27

Pata-Hari Escreveu:eu voto numa lvmh.


E viva o luxo 8-)
 
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por Pata-Hari » 27/8/2009 14:24

eu voto numa lvmh.
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por cannot » 27/8/2009 14:20

Eu acho que vai ser uma recessão em VWLM :mrgreen:
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Mas ainda ha duvidas ???

por bboniek33 » 27/8/2009 12:24

Trata-se duma recessao em "O" (Looping recession). Nao vem nos livros, os economistas andam baralhados, o caso nao ee para menos.

Oxalaa o "O" nao entre em espiral fechada e nos esmaguemos contra o centro da nossao propria miseria.

8-)
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Recessão em V, U ou W ?

por atomez » 27/8/2009 1:37

Os pessimistas do costume dizem que é um grande W.



Acho piada em especial a este argumento dele:

Second, this is a crisis of solvency, not just liquidity, but true deleveraging has not begun yet because the losses of financial institutions have been socialised and put on government balance sheets. This limits the ability of banks to lend, households to spend and companies to invest.


Outro:

Stiglitz: "A retoma económica é uma ilusão"

O Prémio Nobel da Economia em 2001 Joseph Stiglitz considera que o mundo só entrará em recuperação económico dentro de quatro anos e que a tímida melhoria verificada actualmente é apenas uma "ilusão".


E por cá?

Até aqui a recessão só é sentida a sério por quem fica sem emprego. Para quem tem emprego ou outra fonte de rendimento fixa até não tem sido mau de todo porque com a deflação o poder de compra real até tem melhorado ...

A recessão mesmo a sério só vai começar a sentir-se depois das eleições. Até lá os governantes atiram com dinheiro aos problemas para aguentar a coisa e ver se ninguém fica muito chateado. Só que isso está a acabar.

Penso eu de que.

(mas eu penso?)
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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