O Consenso de Washington
Ao final do século XX, os Estados Unidos e a Inglaterra passaram a difundir a teoria neoliberal. Segundo esta teoria, para evitar futuras crises a receita seria privatizar empresas estatais que pudessem ser substituídas com vantagens pela iniciativa privada, aperto fiscal no sentido de zerar o déficit fiscal, controle da inflação, câmbio flutuante e superávitis em comércio exterior.
Esta política passou por dois grandes testes: a crise dos países asiáticos e a crise da Rússia, que foram controladas com o auxílio do FMI, não sem antes de destruir quase a metade de seus PIB's. Não sendo capazes, desta forma, de produzir uma recessão mundial.
Apesar desses avanços macroeconômicos, a pobreza e a desigualdade continua alta na América Latina. Cerca de uma em cada três pessoas (165 milhões no total) ainda vivem com menos de $2 por dia. Aproximadamente um terço da população não tem acesso à eletricidade e ao saneamento básico, estima-se ainda que 10 milhões de crianças sofram de mal-nutrição. Esses problemas não são, contudo, novos, a América Latina já era a região com maior desigualdade econômica do mundo na década de 1950, e continua a ser desde então, durante períodos de substituição da importação direcionadas pelo Estado e (subseqüentemente) liberalização orientada ao mercado. [1]
No consenso de Washington os Estados-Nação, em uma assembléia presidida pelos Estados Unidos, escolheram o Capitalismo como o sistema econômico legítimo da era Contemporânea, por melhor representar os interesses liberais das empresas junto do sistema de Governo. Este fato está intrinsecamente conectado ao avanço da Globalização, que é nada mais do que a expressão dos interesses da classe empresária dominante, melhor representada pelas multinacionais.
Capitalismo atual
Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios a seus empregados, antecipando a ação de sindicatos e governos.
Benefícios tais como: redução de jornada de trabalho, participação nos lucros, ganhos por produtividade, salários acima da média do mercado, promoção à inovação, jornada de trabalho flexível, flexibilização de jornada para mulheres com filhos, participação societária para produtos inovadores desenvolvidos com sucesso, entre outros.
Ao contrário do princípio do capitalismo, quando se acreditava que a redução de custos com recursos humanos e sua conseqüente exploração, traria o maior lucro possível, passou a vigorar a tese de que seria desejável atrair os melhores profissionais do mercado e mantê-los tão motivados quanto possível e isto tornaria a empresa mais lucrativa. No entanto, o número de funcionários que se enquadram neste modelo é insignificante diante de toda a massa trabalhista mundial, que em sua maioria ainda trabalha em condições muito precárias.
O tratado de Veneza que abordou principalmente o investimento do Estado como empresa, foi bem visto pelos países de forma globalizada. Além de identificar a necessidade de progressão econômica da América Latina, ele defende o término do monopólio dentro de algumas cadeias, dentre elas: Indústria automobilística, alimentícia, da tecnologia da informação, da produção cafeeira, entre outros. A conclusão foi expandir a relação entre Estados que quase não se conectavam por uma abstinência cultural e criar vínculos fortalecidos pelo comércio direto e livre. Essa nova negociação tem como objetivo a igualdade de expansão e faz desse tratado um dos assuntos principais discutidos pela Organização das Nações Unidas.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo
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Teoria da Dependência
A Teoria da Dependência é uma formulação teórica desenvolvida por intelectuais, como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank, Theotonio dos Santos, Vania Bambirra, Orlando Caputo, Roberto Pizarro e outros, consistindo em uma leitura crítica e marxista não-dogmática dos processos de reprodução do subdesenvolvimento na periferia do capitalismo mundial, em contraposição as posições marxistas convencionais ligada aos partidos comunistas ou a visão estabelecida pela CEPAL.
A explicação da “dependência” e a produção intelectual dos autores influenciados por essa perspectiva analítica obtiveram ampla repercussão na a América Latina no final da década de 1960 e começo da década de 1970, quando ficou evidente que o desenvolvimento econômico não se dava por etapas, um caminho que bastaria ser trilhado para que os resultados pudessem ser alcançados.
Para a Teoria da Dependência a caracterização dos países em "atrasados" decorre da relação do capitalismo mundial de dependência entre países "centrais" e países "periféricos". A dependência expressa subordinação, a ideia de que o desenvolvimento desses países está submetido (ou limitado) pelo desenvolvimento de outros países e não era forjada pela condição agrário-exportadora ou pela herança pré-capitalista dos países subdesenvolvidos mas pelo padrão de desenvolvimento capitalista do país e por sua inserção no capitalismo mundial dada pelo imperialismo. Portanto, a superação do subdesenvolvimento passaria pela ruptura com a dependência e não pela modernização e industrialização da economia, o que pode implicar inclusive a ruptura com o próprio capitalismo.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_Depend%C3%AAncia