Off Topic - Fibra

Algum especialista em redes consegue esclarecer que tem razão? Ou se algum deles tem razão?
PT coloca ZON em tribunal por «concorrência parasitária»
PT coloca ZON em tribunal por «concorrência parasitária»
A queixa, que vai ser entregue num Tribunal Cível, assenta na acusação de que a ZON se terá aproveitado da PT para alavancar a sua oferta de televisão.
A concorrência parasitária consiste num aproveitamento do esforço intelectual ou económico alheio, ainda que possa ou não criar o risco de confusão entre serviços [oferecidos pelas empresas]. Ou seja, é um acto de concorrência desleal que se traduz no aproveitamento indevido de um investimento (financeiro, humano ou de outra natureza) alheio.
A operadora liderada por Zeinal Bava considera que a actuação da ZON ao recorrer à expressão «Fibra» e prestando um serviço através de uma rede híbrida de cabo coaxial e fibra óptica constitui «concorrência parasitária» e desleal, defendendo que traduz um acto de concorrência contrário às normas e usos honestos da actividade económica.
A PT diz que, apesar de a ZON ter sido uma das primeiras operadoras a lançar um serviço de elevadas velocidades de navegação, com a campanha Wideband Velocidade 100 megas, limitou-se a imitar, através do 'rebranding' da sua marca, e logo a tirar partido de forma parasitária e enganosa da tecnologia fibra - quando a sua é mista (cabo e fibra óptica).
A empresa de telecomunicações considera-se lesada pelo facto de ter investido elevados montantes financeiros no 'rebranding' da Portugal Telecom e que inclui a criação de um 'cluster' nacional de fibra óptica e cerca de cinco mil novos postos de trabalho.
A PT lançou o MEO Fibra a 15 de Maio, um serviço baseado na tecnologia de fibra óptica, através de uma campanha de informação e promoção, e quinze dias depois foi pedida a marca ZON Fibra, que utiliza a tecnologia Docsis 3.0, que usa cabo coaxial e fibra óptica.
A fibra óptica e as diferentes tecnologias usadas pelos operadores têm gerado polémica, a qual culminou com a apresentação de uma queixa por publicidade enganosa pela Portugal Telecom contra a ZON no Instituto Civil de Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP), que decidiu esta semana suspender a campanha de televisão da ZON Fibra.
O Júri de Ética Publicitária do ICAP sustentou que o consumidor médio entenderá que "os produtos e serviços em apreço da ZON são fornecidos através de fibra óptica até casa do cliente" (neste caso, até mais de um milhão de casas), o que representa publicidade enganosa.
Quanto à alegada ilegitimidade da publicidade à ZON Fibra, o ICAP não se pronunciou, por entender que extravasa a sua competência e porque se encontra em tramitação um pedido de registo do sinal distinto de comércio «ZON Fibra», como marca nacional, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
Entretanto, o presidente executivo da ZON, Rodrigo Costa, disse estar «profundamente indignado» com a forma como a Portugal Telecom se pretende apropriar da designação «fibra», acrescentando que a operadora vai continuar a usar aquele termo.
A ZON já tinha, inclusive, anunciado que iria apresentar recurso da decisão do regulador quanto à frase da sua campanha televisiva «Mais de 1 Milhão de Casas Ligadas à ZON Fibra» que o ICAP considerou «uma prática de publicidade enganosa».
Lusa/SOL