Mesmo sem estar perto do que fez nos anos oitenta e início dos anos noventa, com a sua morte, matou a vedeta desse período. Esse é o facto. Esse é o acontecimento.
Embora ele não fosse metade do homem que já foi, ele era esse homem, ou pelo menos o mais parecido com ele, pelo menos no BI, ou nas impressões digitais. Bom, não sei se não haveria um sósia qualquer mais parecido com ele nos anos gloriosos do que ele próprio nos anos dois mil. Todas as pessoas mudam, mas ele, infelizmente para o mundo da música, transformou-se, transfigurou-se, faleceu...
... mas não morreu!
Cada vez mais bizarro, entre o medo e a irracionalidade, via-mos um homem a lidar com a sua própria vida, longe do que o tornou famoso.
Continuo a ver os seus vídeos no canal VH1 e tenho que admitir: o gajo fez a cena! Desde os tempo do USA for Africa até ao início dos anos 90, foram 10 anos de criação, inovação, revolução, talento e atitude.
A atitude que ele pôs nas músicas, nos vídeos, nas suas interpretações, assim como o seu estilo, são uma coisa fora do comum, mesmo nos dias de hoje.
Há 25 anos atrás era do outro mundo. Todos podemos e pudemos ver! Eventualmente, mesmos os que ao longo do tempo foram dizendo: Michael Jackson? Huggghh! E foi assim que ele conquistou o trono na história da música.
A segunda parte da história é a má. São os últimos 10 anos, pelo menos.
Toda a história tem a sua parte negra e ele mostrou que era humano. Em algumas entrevistas que deu nos últimos tempos, vemos uma personagem estranha na sua imagem e atitude, entre o medo e a irracionalidade. Já não era apenas o envelhecimento do Michael dos anos 80, e a espiral da sua personalidade levava-o cada vez mais para lugares isolados.
Apesar do seu talento, criação e fama, a sua vida pode não ter sido só facilidades.
De acordo com o que disse numa dessas recentes entrevistas, era muito duro para si enfrentar os palcos. Dizia que o pai lhe dizia que tinha o nariz grande e que isso lhe dava vontade de morrer e lhe causava grande sofrimento quando tinha que encarar as luzes da ribalta.... A ser verdade, é no mínimo bizarro. Quem diria?!
Na verdade, ele cresceu tendo que vencer o desafio do sucesso e da exposição pública. Desde sempre ele foi estranho, com todas as suas paranóias. Foi isso que lhe deu espaço para o seu talento e que lhe alimentou a espiral com que terminou os seus dias.
O antes e o depois foram dois mundos tão diferentes que não e fácil atribui-los à mesma pessoa. Não foi só não crescer, afinal quem o quer fazer e para quê?, mas foi o bizarro daquilo em que se transformou.
Vamos recordar o seu melhor.
Saliento um vídeo numa música perfeita, se isso existe. A voz de Michael e a voz da guitarra de Slash (quem mais?!).
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Enviado: 3/7/2009 22:22
