Questões para o Ulisses e outros
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Caro Marco, excelente texto e excelente exposição!
Tens razão, os processos cognitivos de contagem funcionam assim. Creio que o limite é 3 ou 4, dependendo do indivíduo, mas se os cinco ou seis pontos forem dispostos sob a forma das "pintas dos dados", alguns de nós conseguem processar esse total logo de uma vez...
Temos aqui pano para mangas, ui!! Um off-topic sobre a cognição...
Agradeço a tua atenção e a disponibilidade e simpatia que demonstraste na tua resposta!
Tenho aprendido muito com todos vós, já o disse, e já me livrei de vários entalanços devido às vossas análises. Mas ainda tenho alguma esperança no random walk (apenas com parte do capital).
Um abraço e, novamente, obrigado
Tens razão, os processos cognitivos de contagem funcionam assim. Creio que o limite é 3 ou 4, dependendo do indivíduo, mas se os cinco ou seis pontos forem dispostos sob a forma das "pintas dos dados", alguns de nós conseguem processar esse total logo de uma vez...
Temos aqui pano para mangas, ui!! Um off-topic sobre a cognição...

Agradeço a tua atenção e a disponibilidade e simpatia que demonstraste na tua resposta!
Tenho aprendido muito com todos vós, já o disse, e já me livrei de vários entalanços devido às vossas análises. Mas ainda tenho alguma esperança no random walk (apenas com parte do capital).
Um abraço e, novamente, obrigado

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Hubble Escreveu:Caros Jesse e Ulisses
Muito obrigado pela vossa esclarecedora troca de opiniões!
Eu (rookie com menos de dois anos de mercados) negoceio em média três títulos e tenho cerca de meia dúzia debaixo de olho. Tenho aprendido imenso com os ATs do fórum (Ulisses, Marco, Elias, Laaz, Rafael, NYK, AC, Rufa e Cem, mais alguns que não consigo referir senão este post iria tornar-se quase num elenco do CB), que me têm protegido de alguns trambolhões valentes.
Mas gostava de deixar uma pergunta aos ATs: nunca se atiraram “de cabeça” a um título, apenas por feeling, análise fundamental ou uma esperança qualquer (por mais doida que tivesse sido) sobre a empresa, deixando que o tempo se encarregasse de a fazer subir? Leio muitas vezes o exemplo da PAD, mas não existirão vários exemplos contrários? A Altri do passado, o BCP da década de 1990, ou mesmo a JM dos últimos anos…
Bem, se eu dissesse que o feeling não desempenha papel nenhum no meu trading estaria a mentir.
E penso mesmo que não deve haver nenhum problema em que as pessoas admitam que têm uma determinada opinião por feeling (ou que o feeling têm um determinado peso na formulação de uma certa opinião). Porque o feeling não é necessariamente algo de mau, prejudicial ou irracional...
Sem pretender ser presunçoso, mas apenas porque na minha opinião faz todo o sentido, podemos e devemos dividir "dois tipos" de feeling. Um investidor recém chegado aos mercados, eu sugeriria que ignorasse o feeling. Mas à medida que se vai ganhando experiência eu sugiro (ou penso que é de ponderar) atribuir mais peso ao feeling.
Nem sempre conseguimos racionalizar tudo e este mecanismo parece existir na natureza e ainda subsistir no ser humano e desempenhar um papel de sobrevivência. A verdade é que nós não conhecemos todos os mecanismos através dos quais processamos a informação e quando a quantidade e natureza da informação é complexa, os processos lógicos podem e começam a falhar. Um processo menos tangível não é necessariamente mau. O cérebro é um computador extremamente complexo e poderoso (mesmo o cérebro de um insecto ou de um pequeno mamífero é um poderosíssimo computador) com uma particularidade muito especial que o distingue claramente dos computadores artificiais construídos por nós (actualmente baseados em silício e em zeros e uns): é um computador não especializado.
Para não entrar numa linguagem muito técnica (até porque não seria a pessoa mais adequada o meu conhecimento sobre a matéria é vago, de um leigo, mas mínimo porque o tema me interessa) nós conseguimos tratar muita informação de uma forma bastante flexível. Chegamos até a ter vários processos cerebrais diferentes para atingir o mesmo fim. Por exemplo, talvez alguns não saibam mas nós não contamos sempre da mesma forma: para valores pequenos e quando isso é possível usamos um processo tipo reconhecimento de imagem e não chegamos a contar coisa nenhuma. Isto já foi demonstrado. Se se apresentar uma imagem com três bolas, os sujeitos não contam "1, 2, 3". Eles reconhecem a imagem e dizem "automaticamente" que representa 3...
Mas para números mais elevados usamos um processo diferente. Simplesmente o cérebro encontra formas "podemos chamar-lhe shortcuts mentais" para atingir determinados fins da forma que ele considera mais prática ou adequada sem termos noção disso.
É por isso que em determinadas situações por exemplo sentimos um impulso de urgência antes de sermos capaz de racionalizar o que quer que seja. Porque o cérebro recebeu informação que o colocou em estado de alerta ainda antes de podermos efectuar um raciocínio lógico sobre a informação que recebemos.
Este tipo de mecanismo, e daí eu ter feito esta exposição, penso estar relacionado com aquilo que descrevemos como feelings. E para voltar ao início, sem nos apercebermos inteiramente disso, o nosso cérebro vai-se treinando sozinho em determinadas operações chegando a certa altura a não estar à espera das nossas reacções ditas voluntárias para agir ou formar algum tipo de output.
Outro exemplo semelhante seria a "condução piloto" que qualquer condutor adquire assim que tem alguma prática de condução.
Portanto, eu penso que a experiência não deve ser ignorada e que esta se pode manifestar sobre a forma de um feeling. Portanto, ao fim de algum tempo de mercado se nós achamos que poderá estar prestes a acontecer isto ou aquilo com base numa "sensação" que não conseguimos expor de uma forma totalmente racional e lógica, que isso não deve ser ignorado inteiramente.
Hubble Escreveu:Não nos podemos esquecer que muito de nós não têm o tempo (ou a paciência ou os conhecimentos) para fazer análises detalhadas.
Por outro lado, e tentando ser sintético pois já me alonguei um bocadinho na secção anterior. Eu tenho a convicção que muitas pessoas confundem detalhe com eficiência...
Muitos "investidores-observadores" tendem a ficar deslumbrados ou simplesmente mais susceptíveis a aceitar uma determinada análise só porque ela é mais profunda e detalhada. Quando profunidade e detalhe não é necessariamente sinónimo de eficiência da análise.
E isto é, para mim, particularmente válido nos mercados porque o tratamento da informação não tem um efeito cumulativo. Quero dizer concretamente que quanto mais informação tratamos não significa que a nossa análise vai ser mais correcta e eficaz, dada a natureza do processo em questão (os mercados são um enorme sistema não linear).
Por isso, não só não temos tempo para tratar toda a informação de que dispomos exaustivamente como não é seguro que cheguemos a um melhor resultado quando o tentamos fazer. Na minha opinião pode retirar-se benefícios filtrando informação (logo tratando menos informação) mas tratando-a melhor, isto é, de forma mais eficaz.
Agora, tb tenho dificuldade em dizer que nos últimos 6 ou 7 anos comprei uma acção de forma cega. O máximo que consigo dizer é que o feeling desempenhou um papel na decisão. E nem sempre correu bem...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Realmente é um negócio algo macabro mas...
Sim, é verdade. Mas também passa por aí, a propagação do vírus por locais onde a mortalidade é elevada, não se dando o devido relevo à sua causa.
Eu nem iria pela teoria da pandemia, todos os responsáveis pela saúde mundial estão em estado de alerta máximo e dificilmente atingiremos um nível tão preocupante. Mas é muito possível que isto volte a ser notícia e que as empresas do sector voltem a ser impulsionadas

nunofaustino Escreveu:Não te esqueças que no hemisfério sul (américa latina, áfrica e Oceânia) a época da gripe é agora... é óbvio que a monitorização nestas zonas (exceptuando a Oceânia) é muito menor, mas podes sempre ir olhando para essas zonas.
Um abr
Nuno
Sim, é verdade. Mas também passa por aí, a propagação do vírus por locais onde a mortalidade é elevada, não se dando o devido relevo à sua causa.
Eu nem iria pela teoria da pandemia, todos os responsáveis pela saúde mundial estão em estado de alerta máximo e dificilmente atingiremos um nível tão preocupante. Mas é muito possível que isto volte a ser notícia e que as empresas do sector voltem a ser impulsionadas
Surfar a Tendência - Análises técnicas, oportunidades, sugestões de investimento e artigos didácticos
tiagopt Escreveu:Hubble Escreveu:Caros Jesse e Ulisses
Muito obrigado pela vossa esclarecedora troca de opiniões!
Eu (rookie com menos de dois anos de mercados) negoceio em média três títulos e tenho cerca de meia dúzia debaixo de olho. Tenho aprendido imenso com os ATs do fórum (Ulisses, Marco, Elias, Laaz, Rafael, NYK, AC, Rufa e Cem, mais alguns que não consigo referir senão este post iria tornar-se quase num elenco do CB), que me têm protegido de alguns trambolhões valentes.
Mas gostava de deixar uma pergunta aos ATs: nunca se atiraram “de cabeça” a um título, apenas por feeling, análise fundamental ou uma esperança qualquer (por mais doida que tivesse sido) sobre a empresa, deixando que o tempo se encarregasse de a fazer subir? Leio muitas vezes o exemplo da PAD, mas não existirão vários exemplos contrários? A Altri do passado, o BCP da década de 1990, ou mesmo a JM dos últimos anos…
O random walk do Buffet não foi isso mesmo? Stock picking, com análise detalhada à área de actuação da empresa, ao seu grau de inovação e mais uns quantos parâmetros, que acabaram por lhe render lucros astronómicos. Arriscar uma parte do capital numa empreitada dessas será mesmo perder a cabeça?
Não nos podemos esquecer que muito de nós não têm o tempo (ou a paciência ou os conhecimentos) para fazer análises detalhadas.
Eu confesso: tenho uma pequena parte do meu capital metido num título no qual deposito grandes esperanças, mas nem sequer olho para ele mais de uma vez por semana (ou menos até), e acredito que possa decuplicar de valor no prazo de alguns anos. Nos restantes, tenho usado os pára-quedas por vós sugeridos, que torno a agradecer com sinceridade.
Confessem lá: uma aposta cega no futuro... nunca mesmo?
1 grande abraço
Ainda ontem falava sobre isso![]()
Sim, algumas vezes... Mas 90% das vezes deu asneira![]()
Agora procuro sinais técnicos, quando tenho opiniões fundamentais. Vou-te dar um exemplo: Como é sabido, sou da área da saúde. Conheço inúmeros especialistas em pneumologia e doenças infecto-contagiosas e tenho conversado com eles sobre a possibilidade de a gripe A vir a tornar-se uma Pandemia. Todos eles estão tranquilos de momento, mas muito preocupados com o início do Inverno.
Durante o verão é quase impossível ter-se uma pandemia por gripe, embora continue a haver expansão do vírus. No inverno surgirão os problemas, pois é provável que nessa altura, mesmo havendo vacinação, a questão ganhe contornos catastróficos.
Sabendo eu isso de antemão, vou procurar agora títulos tecnicamente consistentes e em pontos de entrada sugestivos para poder fazer uma entrada semi-especulatva nessa área, no fim do verão.
Se nada acontecer, tudo bem. Provavelmente ninguém estará à espera que aconteça.
Mas se acontecer, aproveito![]()
Espero ter sido claro
Abraço,
Tiago
Não te esqueças que no hemisfério sul (américa latina, áfrica e Oceânia) a época da gripe é agora... é óbvio que a monitorização nestas zonas (exceptuando a Oceânia) é muito menor, mas podes sempre ir olhando para essas zonas.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
tiagopt Escreveu:Hubble Escreveu:Caros Jesse e Ulisses
Muito obrigado pela vossa esclarecedora troca de opiniões!
Eu (rookie com menos de dois anos de mercados) negoceio em média três títulos e tenho cerca de meia dúzia debaixo de olho. Tenho aprendido imenso com os ATs do fórum (Ulisses, Marco, Elias, Laaz, Rafael, NYK, AC, Rufa e Cem, mais alguns que não consigo referir senão este post iria tornar-se quase num elenco do CB), que me têm protegido de alguns trambolhões valentes.
Mas gostava de deixar uma pergunta aos ATs: nunca se atiraram “de cabeça” a um título, apenas por feeling, análise fundamental ou uma esperança qualquer (por mais doida que tivesse sido) sobre a empresa, deixando que o tempo se encarregasse de a fazer subir? Leio muitas vezes o exemplo da PAD, mas não existirão vários exemplos contrários? A Altri do passado, o BCP da década de 1990, ou mesmo a JM dos últimos anos…
O random walk do Buffet não foi isso mesmo? Stock picking, com análise detalhada à área de actuação da empresa, ao seu grau de inovação e mais uns quantos parâmetros, que acabaram por lhe render lucros astronómicos. Arriscar uma parte do capital numa empreitada dessas será mesmo perder a cabeça?
Não nos podemos esquecer que muito de nós não têm o tempo (ou a paciência ou os conhecimentos) para fazer análises detalhadas.
Eu confesso: tenho uma pequena parte do meu capital metido num título no qual deposito grandes esperanças, mas nem sequer olho para ele mais de uma vez por semana (ou menos até), e acredito que possa decuplicar de valor no prazo de alguns anos. Nos restantes, tenho usado os pára-quedas por vós sugeridos, que torno a agradecer com sinceridade.
Confessem lá: uma aposta cega no futuro... nunca mesmo?
1 grande abraço
Ainda ontem falava sobre isso![]()
Sim, algumas vezes... Mas 90% das vezes deu asneira![]()
Agora procuro sinais técnicos, quando tenho opiniões fundamentais. Vou-te dar um exemplo: Como é sabido, sou da área da saúde. Conheço inúmeros especialistas em pneumologia e doenças infecto-contagiosas e tenho conversado com eles sobre a possibilidade de a gripe A vir a tornar-se uma Pandemia. Todos eles estão tranquilos de momento, mas muito preocupados com o início do Inverno.
Durante o verão é quase impossível ter-se uma pandemia por gripe, embora continue a haver expansão do vírus. No inverno surgirão os problemas, pois é provável que nessa altura, mesmo havendo vacinação, a questão ganhe contornos catastróficos.
Sabendo eu isso de antemão, vou procurar agora títulos tecnicamente consistentes e em pontos de entrada sugestivos para poder fazer uma entrada semi-especulatva nessa área, no fim do verão.
Se nada acontecer, tudo bem. Provavelmente ninguém estará à espera que aconteça.
Mas se acontecer, aproveito![]()
Espero ter sido claro
Abraço,
Tiago
Embora faça sentido o que disseste, não deixa de ser uma opção de investimento...macabra! Esperemos sinceramente que nada disso se confirme

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tiagopt Escreveu:
Ainda ontem falava sobre isso![]()
Sim, algumas vezes... Mas 90% das vezes deu asneira![]()
Agora procuro sinais técnicos, quando tenho opiniões fundamentais. Vou-te dar um exemplo: Como é sabido, sou da área da saúde. Conheço inúmeros especialistas em pneumologia e doenças infecto-contagiosas e tenho conversado com eles sobre a possibilidade de a gripe A vir a tornar-se uma Pandemia. Todos eles estão tranquilos de momento, mas muito preocupados com o início do Inverno.
Durante o verão é quase impossível ter-se uma pandemia por gripe, embora continue a haver expansão do vírus. No inverno surgirão os problemas, pois é provável que nessa altura, mesmo havendo vacinação, a questão ganhe contornos catastróficos.
Sabendo eu isso de antemão, vou procurar agora títulos tecnicamente consistentes e em pontos de entrada sugestivos para poder fazer uma entrada semi-especulatva nessa área, no fim do verão.
Se nada acontecer, tudo bem. Provavelmente ninguém estará à espera que aconteça.
Mas se acontecer, aproveito![]()
Espero ter sido claro
Abraço,
Tiago
Gostei da tua ideia

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Muito obrigado pela vossa esclarecedora troca de opiniões!
Eu (rookie com menos de dois anos de mercados) negoceio em média três títulos e tenho cerca de meia dúzia debaixo de olho. Tenho aprendido imenso com os ATs do fórum (Ulisses, Marco, Elias, Laaz, Rafael, NYK, AC, Rufa e Cem, mais alguns que não consigo referir senão este post iria tornar-se quase num elenco do CB), que me têm protegido de alguns trambolhões valentes.
Mas gostava de deixar uma pergunta aos ATs: nunca se atiraram “de cabeça” a um título, apenas por feeling, análise fundamental ou uma esperança qualquer (por mais doida que tivesse sido) sobre a empresa, deixando que o tempo se encarregasse de a fazer subir? Leio muitas vezes o exemplo da PAD, mas não existirão vários exemplos contrários? A Altri do passado, o BCP da década de 1990, ou mesmo a JM dos últimos anos…
O random walk do Buffet não foi isso mesmo? Stock picking, com análise detalhada à área de actuação da empresa, ao seu grau de inovação e mais uns quantos parâmetros, que acabaram por lhe render lucros astronómicos. Arriscar uma parte do capital numa empreitada dessas será mesmo perder a cabeça?
Não nos podemos esquecer que muito de nós não têm o tempo (ou a paciência ou os conhecimentos) para fazer análises detalhadas.
Eu confesso: tenho uma pequena parte do meu capital metido num título no qual deposito grandes esperanças, mas nem sequer olho para ele mais de uma vez por semana (ou menos até), e acredito que possa decuplicar de valor no prazo de alguns anos. Nos restantes, tenho usado os pára-quedas por vós sugeridos, que torno a agradecer com sinceridade.
Confessem lá: uma aposta cega no futuro... nunca mesmo?
1 grande abraço
Ainda ontem falava sobre isso

Sim, algumas vezes... Mas 90% das vezes deu asneira

Agora procuro sinais técnicos, quando tenho opiniões fundamentais. Vou-te dar um exemplo: Como é sabido, sou da área da saúde. Conheço inúmeros especialistas em pneumologia e doenças infecto-contagiosas e tenho conversado com eles sobre a possibilidade de a gripe A vir a tornar-se uma Pandemia. Todos eles estão tranquilos de momento, mas muito preocupados com o início do Inverno.
Durante o verão é quase impossível ter-se uma pandemia por gripe, embora continue a haver expansão do vírus. No inverno surgirão os problemas, pois é provável que nessa altura, mesmo havendo vacinação, a questão ganhe contornos catastróficos.
Sabendo eu isso de antemão, vou procurar agora títulos tecnicamente consistentes e em pontos de entrada sugestivos para poder fazer uma entrada semi-especulatva nessa área, no fim do verão.
Se nada acontecer, tudo bem. Provavelmente ninguém estará à espera que aconteça.
Mas se acontecer, aproveito

Espero ter sido claro
Abraço,
Tiago
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Hubble,
Fui quase destruído no passado por "apostas cegas". Não AT, não stops, etc.
Actualmente tenho uma posição residual numa empresa que investiga a cura para o cancro. Aliás para alguns tipos de cancro parece estar a ter êxito, de tal modo que já está a ser utilizada na Rússia.
Essa é a única, para a qual não utilizei nem AT nem money management. Mas de tão residual que é, não me pode levar ao tapete.
bn
JJ
Fui quase destruído no passado por "apostas cegas". Não AT, não stops, etc.
Actualmente tenho uma posição residual numa empresa que investiga a cura para o cancro. Aliás para alguns tipos de cancro parece estar a ter êxito, de tal modo que já está a ser utilizada na Rússia.
Essa é a única, para a qual não utilizei nem AT nem money management. Mas de tão residual que é, não me pode levar ao tapete.
bn
JJ
“O dinheiro é a religião do homem de bom senso” – Eurípedes (-480 - 406)
Take the money and run!
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Caros Jesse e Ulisses
Muito obrigado pela vossa esclarecedora troca de opiniões!
Eu (rookie com menos de dois anos de mercados) negoceio em média três títulos e tenho cerca de meia dúzia debaixo de olho. Tenho aprendido imenso com os ATs do fórum (Ulisses, Marco, Elias, Laaz, Rafael, NYK, AC, Rufa e Cem, mais alguns que não consigo referir senão este post iria tornar-se quase num elenco do CB), que me têm protegido de alguns trambolhões valentes.
Mas gostava de deixar uma pergunta aos ATs: nunca se atiraram “de cabeça” a um título, apenas por feeling, análise fundamental ou uma esperança qualquer (por mais doida que tivesse sido) sobre a empresa, deixando que o tempo se encarregasse de a fazer subir? Leio muitas vezes o exemplo da PAD, mas não existirão vários exemplos contrários? A Altri do passado, o BCP da década de 1990, ou mesmo a JM dos últimos anos…
O random walk do Buffet não foi isso mesmo? Stock picking, com análise detalhada à área de actuação da empresa, ao seu grau de inovação e mais uns quantos parâmetros, que acabaram por lhe render lucros astronómicos. Arriscar uma parte do capital numa empreitada dessas será mesmo perder a cabeça?
Não nos podemos esquecer que muito de nós não têm o tempo (ou a paciência ou os conhecimentos) para fazer análises detalhadas.
Eu confesso: tenho uma pequena parte do meu capital metido num título no qual deposito grandes esperanças, mas nem sequer olho para ele mais de uma vez por semana (ou menos até), e acredito que possa decuplicar de valor no prazo de alguns anos. Nos restantes, tenho usado os pára-quedas por vós sugeridos, que torno a agradecer com sinceridade.
Confessem lá: uma aposta cega no futuro... nunca mesmo?
1 grande abraço
Muito obrigado pela vossa esclarecedora troca de opiniões!
Eu (rookie com menos de dois anos de mercados) negoceio em média três títulos e tenho cerca de meia dúzia debaixo de olho. Tenho aprendido imenso com os ATs do fórum (Ulisses, Marco, Elias, Laaz, Rafael, NYK, AC, Rufa e Cem, mais alguns que não consigo referir senão este post iria tornar-se quase num elenco do CB), que me têm protegido de alguns trambolhões valentes.
Mas gostava de deixar uma pergunta aos ATs: nunca se atiraram “de cabeça” a um título, apenas por feeling, análise fundamental ou uma esperança qualquer (por mais doida que tivesse sido) sobre a empresa, deixando que o tempo se encarregasse de a fazer subir? Leio muitas vezes o exemplo da PAD, mas não existirão vários exemplos contrários? A Altri do passado, o BCP da década de 1990, ou mesmo a JM dos últimos anos…
O random walk do Buffet não foi isso mesmo? Stock picking, com análise detalhada à área de actuação da empresa, ao seu grau de inovação e mais uns quantos parâmetros, que acabaram por lhe render lucros astronómicos. Arriscar uma parte do capital numa empreitada dessas será mesmo perder a cabeça?
Não nos podemos esquecer que muito de nós não têm o tempo (ou a paciência ou os conhecimentos) para fazer análises detalhadas.
Eu confesso: tenho uma pequena parte do meu capital metido num título no qual deposito grandes esperanças, mas nem sequer olho para ele mais de uma vez por semana (ou menos até), e acredito que possa decuplicar de valor no prazo de alguns anos. Nos restantes, tenho usado os pára-quedas por vós sugeridos, que torno a agradecer com sinceridade.
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Ulisses Pereira Escreveu:A escolha das minhas 250 acções é feita de uma forma empírica.
Um abraço,
Ulisses
Ok, deriva da tua experiência. E a quem não a tem, o que aconselhas em termos de stock picking?
bn
JJ
“O dinheiro é a religião do homem de bom senso” – Eurípedes (-480 - 406)
Take the money and run!
Take the money and run!
Na actividade de trading, com base na AT, é mais lógico seguir um pré-determinado nº de acções, com a vantagem de conhecer bem o comportamento dos títulos, saber quando saem os seus resultados, etc
ou, procurar setups tipo duplos fundos, etc, mesmo de títulos de que nunca ouvimos falar, e negociar com base neles?
Quanto menos acções seguires, melhor conheces o seu comportamento. Naturalmente que isso retira-te inúmeras oportunidades de "trading". Por exemplo, se seguires 10 acções, pode haver 2 ou 3 meses em que nada relevante se passe nelas e acabas por forçar negócios.
É mais consistente negociar em mercados e títulos mais voláteis? Falo de curto/médio prazo. Por exemplo, a falta de volatilidade das utilities não me parece que as torne um veículo muito apetecível para trading.
Em termos de curto prazo, se escolhes acções pouco voláteis podes não conseguir negociar. Para esse horizonte temporal, tem que existir alguma volatilidade. Mas não precisamos de voltailidade extrema!

Um abraço,
Ulisses
Questões para o Ulisses e outros
Na actividade de trading, com base na AT, é mais lógico seguir um pré-determinado nº de acções, com a vantagem de conhecer bem o comportamento dos títulos, saber quando saem os seus resultados, etc
ou, procurar setups tipo duplos fundos, etc, mesmo de títulos de que nunca ouvimos falar, e negociar com base neles?
É mais consistente negociar em mercados e títulos mais voláteis? Falo de curto/médio prazo. Por exemplo, a falta de volatilidade das utilities não me parece que as torne um veículo muito apetecível para trading.
bn
JJ
ou, procurar setups tipo duplos fundos, etc, mesmo de títulos de que nunca ouvimos falar, e negociar com base neles?
É mais consistente negociar em mercados e títulos mais voláteis? Falo de curto/médio prazo. Por exemplo, a falta de volatilidade das utilities não me parece que as torne um veículo muito apetecível para trading.
bn
JJ
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