Bem não resisti a publicar aqui um post que li no X e que até vem de um sócio e adepto do Sporting .
É mais ou menos evidente que algures no tempo algo irá acontecer nas SAD dos 3 grandes em Portugal , pode-se ou não concordar com o que ele escreve , mas os sinais que algo terá ou irá mudar no futuro são evidentes
O post e o link a seguir
https://x.com/martimbustorff/status/1927636887490981997"Martim Bustorff
@martimbustorff
[A Anatomia do Perigo – Parte 2]
Para quem acha que estou a exagerar ou que isto é só conversa de sportinguista, deixo aqui preto no branco o que está em jogo na Benfica SAD neste momento.
A SAD do Benfica tem 23 milhões de ações, mas nem todas são iguais.
40% dessas ações (9,2 milhões, Categoria A) estão nas mãos do clube e têm direitos especiais, como direito de veto em decisões críticas – ou seja, são o “escudo” de última linha.
Os outros 60% (13,8 milhões, Categoria B) estão espalhados por vários investidores. Aqui entra a dança das cadeiras:
- O Benfica, através da SGPS, ainda tem quase 24% destas ações.
- O famoso “Rei dos Frangos”, José António dos Santos, junta cerca de 16% (direta e indiretamente).
- Os americanos do Lenore Sports Partners já conseguiram sacar 5,24%, e não é por acaso – eles sabem o que estão a fazer.
No papel, o Benfica ainda controla 63,65% da SAD, mas basta olharmos para o que a lei diz para perceber como isto pode virar rápido.
Se alguém chegar a um terço das ações (33,33%), tem de lançar uma OPA, uma oferta pública de aquisição – e nesse cenário, quem tiver dinheiro e vontade pode tentar comprar fatias grandes, convencendo os acionistas a vender por um preço acima do mercado. Pode ser hostil ou não, mas o risco de perder o controlo está lá.
E agora junta-se o risco real do futebol: este ano, o Benfica tem de passar duas pré-eliminatórias para chegar à Champions. Falhar isso é perder dezenas de milhões. O que é que normalmente acontece quando falta dinheiro?
Aparece sempre um “salvador” com capital fresco, pronto a meter notas em troca de influência – ou seja, exatamente o que estes fundos estrangeiros procuram.
Basta um momento de fraqueza, ou mais uns pacotes de ações a saltar de mãos, e tudo muda depressa.
Por isso, a mensagem é simples: a estrutura acionista do Benfica já está mais exposta do que parece. Os mecanismos legais para uma operação hostil existem. E a pressão desportiva pode ser o catalisador perfeito para alguém, de fora, tentar tomar conta do clube.
Quem quer que o Benfica continue a ser dos sócios e não de Wall Street, tem mesmo de estar atento. Isto já não é ficção. "