Lucro da Galp Energia cai 35,4% para 172 milhões
28 Outubro 2011 | 07:37
A petrolífera lucrou 172 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 94 milhões do que no período homólogo.
A queda registada no negócio de Refinação & Distribuição, a área mais importante para os resultados da empresa, ajuda a explicar a queda dos lucros da petrolífera nos primeiros nove meses do ano.
No terceiro trimestre, o resultado líquido foi de 61 milhões euros, ou seja, menos 32 milhões de euros do que no período homólogo de 2010, revela a Galp Energia em comunicado à CMVM.
Os resultados da empresa liderada por Ferreira de Oliveira foram penalizados pela área de Refinação & Distribuição, que nos primeiros nove meses do ano, viu o EBITDA cair 41,3% para 191 milhões de euros.
"Esta queda foi consequência do menor volume de crude processado, da diminuição da margem de refinação e da contracção do mercado de produtos petrolíferos na Península Ibérica", explica o comunicado da empresa.
Na área de Gas & Power, o EBITDA caiu 5,7% para os 199 milhões de euros, enquanto o EBIT aumentou 17% para 167 milhões de euros, devido a uma "melhoria dos resultados das actividades de infra-estruturas e power, que mais do que compensou a quebra de resultados na actividade de comercialização".
O EBITDA do grupo recuou, nos primeiros nove meses do ano, 13,6% para os 585 milhões de euros. As vendas e prestações de serviços ajustadas aumentaram 19% para 12,42 mil milhões de euros, face aos primeiros nove meses de 2010, devido ao "aumento dos preços do crude, dos produtos petrolíferos e do gás natural nos mercados internacionais, bem como do aumento da produção de crude e dos volumes vendidos de gás natural".
Entre Junho e Setembro deste ano, a dívida líquida da Galp Energia subiu em 170 milhões de euros para um total de 3.378 milhões de euros.
A área de Refinação & Distribuição representou 70% do investimento realizado pela petrolífera nos primeiros noves meses do ano. Neste segmento, o investimento foi de 560 milhões de euros, dos quais 432 milhões de euros foram canalizados para o projecto de conversão das refinarias de Sines e de Matosinhos.
"No segmento de negócio de Exploração & Produção, o investimento foi principalmente canalizado para o Brasil, que absorveu 153 milhões de euros, dos quais cerca de 70% para o bloco BM-S-11. Em Angola, o investimento de cerca de 41 milhões de euros foi alocado principalmente às actividades de desenvolvimento do bloco 14", refere o comunicado da empresa.
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