Re: Galp - Tópico Geral
Enviado: 31/12/2020 14:30
PIKAS Escreveu:Pedro2018 Escreveu:A situação da refinaria de Matosinhos está a criar incerteza nos mercados.
Li por aí bastantes comentários que vão no sentido de se considerar a desactivação da refinaria como sendo algo negativo para a GALP e a cotação em bolsa também parece que não o aplaudiu.
Pois bem, no meu ponto de vista acho que é algo muito positivo para a empresa. Porquê?
- porque se descontinua uma instalação que se mostra claramente desnecessária porque Sines aguenta bem o fornecimento e com isso gera-se economias para a GALP que são estimadas em 90 milhões/ano,
- porque a desactivação tem pouco ou nenhum custo para a empresa já que é paga com fundos públicos nacionais e europeus. Até as indeminizações aos trabalhadores são ai incluídas,
- porque abre a porta a uma nova área de negócio ( dizem refinação de lítio ) que certamente irá trazer mais valor à empresa,
- porque, faça-se ali o que se fizer, haverá sempre algumas parcelas de terreno que serão desnecessárias e isso trará mais-valia.
O que se perde ou onde se irá gastar mais na óptica da empresa e do negócio? custo do transporte ferroviário de combustível de Sines para um parque a norte?
Cumprimentos,
As empresas retiram os lucro da operação dos seus activos.
Neste caso a refinaria é um activo como outro qualquer.
Tem um custo de operação que, numa empresa rentável e com um modelo de negócio saudável, tende a ser muito menor do que o rendimento que se retira desse activo.
Ora, das duas uma.
Se uma refinaria em Leça já é desnecessária há 10 ou 20 anos, isso equivale por dizer que o board da empresa foi completamente néscio ou inepto em não a ter já fechado. Se a poupança por ano seria de 90 milhões em 10 anos perderam-se 900 milhões e em 20 1,8 mil milhões.
Mas se só agora é que esse activo se tornou desnecessário isso quer dizer que o modelo de negócio da empresa está a encolher e que o rendimento que se retirava desse activo (lucro-custos) vai deixar de existir ou já deixou de exisitir.
Portanto afirmar que o encerramento de uma unidade produtiva, num contexto de redução da procura de refinados, é um bom sinal ou indicio na vida de uma petrolifera parece-me rebuscado, to say the least.
Não sou fundamentalista e como tal não acho que o shift para a eletricidade na mobilidade seja como o desligar e ligar de um botão.
Vejo como uma coisa gradual. A Galp é uma pequena empresa regional e que, fruto da redução da procura dos seus produtos, tem tendência a ficar menor.
Desconheço qq projecto da empresa no sentido de rentabilizar aquele espaço ou infra-estrutura. Tb não vejo no board ou accionistas de referência qq do brilhantismo aqui propalado.
Dificilmente será uma empresa que traga grandes alegrias no futuro.