CALDEIRÃO DE BOLSA

PIKAS Escreveu:
O maior negócio das câmaras é o urbanismo. Todas se mostram muito indignadas mas todas deixam fazer praticamente tudo.

De quem é a peregrina ideia da refinaria de lítio?
O responsável pela refinaria da Galp de Matosinhos, José Silva, afirmou esta terça-feira que a decisão de encerramento “está tomada e fechada” e que para o complexo não está previsto “nenhum projeto de refinação de lítio”.

Alguém duvida que a Galp tem ideias muito claras sobre o destino a dar ao terreno?

Galp está a estudar cadeia de valor das baterias de lítio, admite administrador

TheKeyboardDuck Escreveu:
Percebo que o terreno é super atrativo, mas existem politicas e custo avultados associados ao decomission da refinaria.
E não sei até que ponto a camara de Matosinhos autoriza novas construções perto dos tanques de combustivel. Seja industria, turismo e muito menos habitação.

Pelo que se tem escrito, o custo para a GALP da desactivação da refinaria é zero. São dinheiros p´ublicos e fundos europeus que se chegam à frente ( https://www.publico.pt/2020/12/22/econo ... os-1943934 ). Daí eu entender que isto, sob o ponto de vista da empresa, é um excelente negócio, é uma oportunidade única.
Quanto à CM de Matosinhos é só uma questão de deixar a poeira assentar e o mercado imobiliário voltar a ferver.
O maior negócio das câmaras é o urbanismo. Todas se mostram muito indignadas mas todas deixam fazer praticamente tudo. Já reparaste no IMI que aquela área pode fazer entrar nos cofres da câmara? e parte do IRS dos futuros residentes? e mais as taxas e taxinhas de tudo o que por lá se fizer?
Continuo a pensar que o encerramento da refinaria é um excelente negócio para a GALP, logo para os seus accionistas, e daí não entender o porquê de bastantes pessoas a dizer o contrário.
Cumprimentos,

PIKAS Escreveu:

TheKeyboardDuck Escreveu:Apesar do plano da refinaria acabar, o armazenamento e distribuição vai continuar.
Não vejo a criação de qualquer tipo empreendimento turistico ao lado de milhões de litros de combustivel.

Não tenho bola de cristal mas o enredo do filme vai ser mais ou menos assim:

- 20 ou 30% daquela área de terreno vai ser ocupada por uma instalação industrial leve para processamento de lítio.
- Os restantes 70 ou 80% já se adivinha o que lhes vai acontecer. É uma questão de tempo e do estado do mercado imobiliário.
- A tancagem de combustíveis vindos de Sines é repartida entre 2 parques mas ambos perto de linha férrea. Um a norte do Porto e outro a norte de Coimbra e a partir deles faz-se a distribuição.
- Estes parques serão da CLC ( parte GALP ) tal como Aveiras.

Cumprimentos,

O transporte por barco continua a ser mais barato.
Tens uma pipeline do terminal - refinaria em Leça da palmeira que já esta montada e não ha custos. O hub de Leça permite distribuição para toda a zona norte sem problemas.
Aparte que o terminal de leça tem um depth ~33m, cabe perfeitamente um VLCC, neste caso seria um LR2 ou um AFRAMAX para transporte de material já processado. Isto também é algo a ter em conta.

Percebo que o terreno é super atrativo, mas existem politicas e custo avultados associados ao decomission da refinaria.
E não sei até que ponto a camara de Matosinhos autoriza novas construções perto dos tanques de combustivel. Seja industria, turismo e muito menos habitação.

https://www.findaport.com/port-of-leixoes-marine-terminal

TheKeyboardDuck Escreveu:Apesar do plano da refinaria acabar, o armazenamento e distribuição vai continuar.
Não vejo a criação de qualquer tipo empreendimento turistico ao lado de milhões de litros de combustivel.

Não tenho bola de cristal mas o enredo do filme vai ser mais ou menos assim:

- 20 ou 30% daquela área de terreno vai ser ocupada por uma instalação industrial leve para processamento de lítio.
- Os restantes 70 ou 80% já se adivinha o que lhes vai acontecer. É uma questão de tempo e do estado do mercado imobiliário.
- A tancagem de combustíveis vindos de Sines é repartida entre 2 parques mas ambos perto de linha férrea. Um a norte do Porto e outro a norte de Coimbra e a partir deles faz-se a distribuição.
- Estes parques serão da CLC ( parte GALP ) tal como Aveiras.

Cumprimentos,

NirSup Escreveu:E o mar aqui tão perto ...

Refinaria de lítio? BALHAMASANTA!
Qual o melhor destino a dar a um terreno de 290 hectares, localizado junto ao mar?
Quer dizer: mesmo na frente do mar.
Sem qualquer tipo de provocação, gostaria de ouvir a opinião dos caldeireiros sobre esta pungente questão.
By Nirvana

Qual a dúvida?
É uma questão de tempo e aquele terreno vai ser muito bem aproveitado por tudo o que possamos imaginar MENOS indústria.
Seria um crime manterem ali indústria. UM CRIME.

NirSup Escreveu:

Pageup Escreveu:Talvez algo parecido com o Dubai...

Talvez alguns não saibam mas a Dona deste terreno é a Dona da Comporta I.
E que tal uma Comporta II em Leça da Palmeira?
By Nirvana

Apesar do plano da refinaria acabar, o armazenamento e distribuição vai continuar.
Não vejo a criação de qualquer tipo empreendimento turistico ao lado de milhões de litros de combustivel.

Conheço muito bem a zona, se não fosse o que disse acima era uma localização excelente para criar um resort e tem excelentes acessos.

Pageup Escreveu:Talvez algo parecido com o Dubai...

Talvez alguns não saibam mas a Dona deste terreno é a Dona da Comporta I.
E que tal uma Comporta II em Leça da Palmeira?
By Nirvana

Talvez algo parecido com o Dubai...podiam criar um paraiso fiscal ou uma cadeia de alta segurança para governantes desonestos, temos 3 hipóteses.

E o mar aqui tão perto ...

Refinaria de lítio? BALHAMASANTA!
Qual o melhor destino a dar a um terreno de 290 hectares, localizado junto ao mar?
Quer dizer: mesmo na frente do mar.
Sem qualquer tipo de provocação, gostaria de ouvir a opinião dos caldeireiros sobre esta pungente questão.
By Nirvana

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/d ... ta-fechada.

Pedro2018 Escreveu:A situação da refinaria de Matosinhos está a criar incerteza nos mercados.

Li por aí bastantes comentários que vão no sentido de se considerar a desactivação da refinaria como sendo algo negativo para a GALP e a cotação em bolsa também parece que não o aplaudiu.
Pois bem, no meu ponto de vista acho que é algo muito positivo para a empresa. Porquê?

- porque se descontinua uma instalação que se mostra claramente desnecessária porque Sines aguenta bem o fornecimento e com isso gera-se economias para a GALP que são estimadas em 90 milhões/ano,
- porque a desactivação tem pouco ou nenhum custo para a empresa já que é paga com fundos públicos nacionais e europeus. Até as indeminizações aos trabalhadores são ai incluídas,
- porque abre a porta a uma nova área de negócio ( dizem refinação de lítio ) que certamente irá trazer mais valor à empresa,
- porque, faça-se ali o que se fizer, haverá sempre algumas parcelas de terreno que serão desnecessárias e isso trará mais-valia.

O que se perde ou onde se irá gastar mais na óptica da empresa e do negócio? custo do transporte ferroviário de combustível de Sines para um parque a norte?
Cumprimentos,

Pedro2018 Escreveu:Punitor.
O que se passa na GALP é o tradicional quando as administrações demoram a esclarecer os planos de futuro.
A situação da refinaria de Matosinhos está a criar incerteza nos mercados.
Não vamos especular, mas naturalmente, a GALP como empresa chave em Portugal, da qual o próprio estado é acionista, vai definir o rumo com os parceiros.
A GALP é uma empresa com um património incrível que gerou lucros enormes durante década e que este ano teve que redirecionar estratégias.
Acabando a incerteza o salto pode ser súbito.
Aqui a decisão passa por comprar barato algo bom e com valor.

A questão da refinaria de Matosinhos é uma questão com seguramente umas 2 décadas. Há anos que ouço dizer que vai fechar, vai fechar.. e na realidade, se calhar pode fechar. A nível de refinação, Sines dá bem conta do recado (como está a dar desde outibro deste ano e não faltou combustível a ninguém) As restantes estruturas lá implantadas (tanqueamento e Fábrica de Lubrificantes), podem ser transferidos para outra zona industrial, com menos problemas de acessos e transito.
Além de que os terrenos onde a refinaria está, valem ouro. E sem a refinaria, ainda mais valem, assim como todos os empreendimentos de luxo que foram construídos na zona nas últimas décadas..
Esqueçam.. Podem dizer o que disserem, e o PCP e a CM de Matosinhos, mas é para fechar!
A Galp estima poupar 96 milhoes € por ano com este encerramento!

Neste sentido, acredito que a Galp seja a longo prazo uma empresa em que vale a pena (e muito) entrar nestes valores atuais.

Zorza

Tenho muitas duvidas sobre a sustentabilidade da Galp de facto.

Outra coisa que ainda não vi devidamente esclarecida foi a perda de várias milhões, 60 acho, numa questão qq de trading.

Punitor.
O que se passa na GALP é o tradicional quando as administrações demoram a esclarecer os planos de futuro.
A situação da refinaria de Matosinhos está a criar incerteza nos mercados.
Não vamos especular, mas naturalmente, a GALP como empresa chave em Portugal, da qual o próprio estado é acionista, vai definir o rumo com os parceiros.
A GALP é uma empresa com um património incrível que gerou lucros enormes durante década e que este ano teve que redirecionar estratégias.
Acabando a incerteza o salto pode ser súbito.
Aqui a decisão passa por comprar barato algo bom e com valor.

Punitor Escreveu:A Galp é uma empresa que "adoro" no PSI, sem dúvida
Sempre me pareceu excelentemente bem gerida e sempre gerou muito valor.
Mas, mais do que tudo isso, o que adoro mesmo são os resultados das empresas.
E, nos três primeiros trimestres deste ano, a coisa foi do mais desastroso que há a esse nível, acumulando prejuízos de mais de 500 milhões só nos últimos 3 trimestres. Foram os prejuízos de mais de 500 milhões e a dívida a subir mais de 500 milhões também, no mesmo período...
É muito mau companheiros!!
Acresce a isso a confusão da refinaria de Matosinhos. Porquê? Lítio? de certeza? Deveriam ser mais claros...
Outra confusão são os grandes investimentos que terá de fazer para mudar o seu paradigma energético...

pois ha que reconhecer que tudo isto e' verdade..
e as congeneres europeias tambem andam de rastos

A Galp é uma empresa que "adoro" no PSI, sem dúvida
Sempre me pareceu excelentemente bem gerida e sempre gerou muito valor.
Mas, mais do que tudo isso, o que adoro mesmo são os resultados das empresas.
E, nos três primeiros trimestres deste ano, a coisa foi do mais desastroso que há a esse nível, acumulando prejuízos de mais de 500 milhões só nos últimos 3 trimestres. Foram os prejuízos de mais de 500 milhões e a dívida a subir mais de 500 milhões também, no mesmo período...
É muito mau companheiros!!
Acresce a isso a confusão da refinaria de Matosinhos. Porquê? Lítio? de certeza? Deveriam ser mais claros...
Outra confusão são os grandes investimentos que terá de fazer para mudar o seu paradigma energético...

Galp reforça posição como empresa mais sustentável da Europa.

https://www.imagensdemarca.pt/artigo/ga ... da-europa/

Parece estar a começar com vontade de fechar o gap
Se assim for desenha algumafigura

Petróleo e derivados: A aviação comercial tem dado sinais de recuperação (à data de 21/12/2020).

Galp já tem acordo para vender lítio refinado em Matosinhos à sueca Northvolt

Fecho da refinaria do Porto é hoje noticia:

Quanto ao futuro da própria refinaria, o responsável quer que a mesma faça parte da transição energética, mas não concretizou que projetos poderão lá morar no futuro. O ECO/Capital Verde sabe que uma das opções pode passar pela refinação de lítio que vai arrancar nos próximos anos no norte do país.

https://eco.sapo.pt/2020/12/21/futuro-d ... elo-litio/

E a nossa Galp despenca sempre com mais força e quase nunca sobe ..enfim..

Como diziam os antigos romanos "mala tempora currunt"

Angola aprovou por decreto presidencial a privatização dos 51% que a Sonangol detém na empresa de distribuição de combustíveis em que é parceira da Galp

São os mesmos dias que o petroleo está a subir