Dada esta notícia sobre a Letónia, se eu tivesse $$ no Privat bank, transferia-o para outro banco (mas a verdade é que eu nunca colocaria o $$ no Privat bank).
Um abr
Nuno
Ninguém empresta dinheiro à Letónia
A Letónia fez ontem soar os alarmes nos mercados financeiros ao não ter conseguido arranjar compradores para o leilão de dívida pública. Os receios de que as economias em apuros não consigam angariar financiamento para os seus planos de relançamento económico adensa-se, em particular para os países da Europa central e de leste, que ontem assistiram a uma forte desvalorização das suas moedas.
Elisabete Miranda
elisabetemiranda@negocios.pt
A Letónia fez ontem soar os alarmes nos mercados financeiros ao não ter conseguido arranjar compradores para o leilão de dívida pública. Os receios de que as economias em apuros não consigam angariar financiamento para os seus planos de relançamento económico adensa-se, em particular para os países da Europa central e de leste, que ontem assistiram a uma forte desvalorização das suas moedas.
A Letónia esperava obter um empréstimo de 50 milhões de lats (cerca de 71 milhões de euros) no leilão de ontem, mas não conseguiu qualquer comprador. Os bancos suecos, habituais tomadores de dívida soberana naquela região, também enfrentaram desvalorizações no valor das acções.
O país debate-se com uma situação económica difícil – espera-se que o produto caia 18% e o défice orçamental se situe nos 9% do PIB -, tendo já recorrido a um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de 7,5 mil milhões de euros. O primeiro-ministro, que hoje começa a discutir no Parlamento o Orçamento do Estado para 2009, espera conseguir um empréstimo adicional unto da União Europeia de 1,2 mil milhões de euros, segundo a Reuters.
Yields sobem nas economias avançadas...
Mas não é só nos países emergentes que se sentem dificuldades de financiamento. As economias mais avançadas, apesar de terem encontrado até agora investidores interessados, têm vindo a ser forçadas a pagar juros cada vez mais altos, o que encarece as operações de financiamento. O efeito tem sido visível na Alemanha, Reino Unido e até Portugal, mantendo-se a expectativa de que as “yields” continuem a subir, uma má notícia para os governos ocidentais que precisam de ir ao mercado pedir várias dezenas de milhares de milhões de euros emprestados para financiarem os seus planos de relançamento económico.
... e Espanha coloca até 2,5 mil milhões
Já em Espanha, o Tesouro colocou hoje entre 1,5 e 2,5 mil milhões de obrigações a cinco anos, ultrapassando, assim, em apenas cinco meses toda a emissão de dívida pública feita em 2008 (59,95 mil milhões de euros) e que já tinha representado uma marca histórica. Com a operação desta manhã, o novo recorde de emissão de dívida situar-se-à entre os 61,4 e os 62,4 mil milhões de euros.