Pata-Hari Escreveu:É adorável como ideia: Cem, acho absolutamente injustificável esses teus rendimentos de um contratozeco de dax. Não há moral nem justificação possível. Toma lá com 60%.
JAS, tu és outro, completamente injustificável ganhar dinheiro e na brincadeirinha! aliás, o MECH é outro que tal! atira graçolas e acha que ainda deve ganhar com isso?
Olhem, pelo que me toca, eu acho injustificável que o meu chefe ganhe tanto. Pimbas, 60%.
Não há qualquer acto ilícito em ganhar seja o que for na bolsa.
Somos taxados a 10%.
Quanto ao teu chefe ele é um desgraçado.
Pertence à categoria dos que são mesmo taxados com 42%.
O melhor é emigrar para um país de menores impostos.
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Quanto à medida em si acho que vai ser apenas mais uma lei "emblemática" que depois terá difícil aplicação ou não terá mesmo aplicação.
De que serve termos uma lei destas se ela não existir nos outros países europeus?
Quem enriquecer ilicitamente depositará o dinheiro noutro país europeu ou mesmo num paraíso fiscal qualquer.
As finanças não conseguem ir ver essas contas.
Sob esse ponto de vista apenas fomentará a fuga de capitais do país.
Por outro lado, e isso é bem importante, a lei não pode ser aplicada rectroactivamente.
Isso significa que "inocenta" todos os que enriqueceram ilicitamente até agora.
Engraçado, não é?
Os "futuros corruptos" apenas terão que ter cuidado em não ostentar excessivamente os seus ganhos ilícitos.
Como isso já existia, relativamente a casas, barcos, automóveis, aviões, etc, esta lei não altera nada.
Ao colocar nas mãos dos agentes das Finanças a decisão de poder abrir as contas dos contribuintes, sem a intervenção de qualquer juiz, e depois aplicar a tributação de 60%, sem a intervenção de qualquer tribunal, vai-se fomentar a tentação de corrupção nas próprias repartições de finanças.
O dinheiro ilícito pode ficar mais repartido mas pouco reverterá para o Estado.
Há um último ponto que convém fazer notar:
A nova lei só se justifica se reconhecermos que as polícias do país não conseguem investigar os crimes de corrupção em tempo útil e que a Justiça não consegue condenar os culpados antes dos crimes prescreverem.
Melhorar isso nem o Governo nem os deputados parecem querer pois nos últimos anos apenas temos visto aumentar os direitos dos "presumíveis inocentes".
JAS