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Caldeirão da Bolsa

YDreams - É portuguesa e tem futuro.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Capitão Nemo » 26/5/2009 0:16

Entrevista a António Câmara, presidente executivo da Ydreams

"Em Portugal não se convive bem com o erro"


08.05.2009 - 08h37
Por Ana Rute Silva


Há quem questione a sustentabilidade da Ydreams

Há um cinzentismo e "quadradismo" em Portugal. Quando dou seminários os alunos mandam-me, depois, e-mails a dizer que as aulas que frequentam não são surpreendentes, que há falta de imaginação na universidade. Sem internet esses comentários que refere poderiam ser devastadores. Hoje são irrelevantes. O Youtube foi fantástico:permitiu-nos mostrar ao mundo inteiro o que fazíamos.

Quantas patentes é que têm?

No total são nove: quatro nos Estados Unidos (de "software"), quatro nacionais (miradouros, prateleiras, vitrinas) e uma europeia em conjunto com parceiros, que é das fardas para os bombeiros. Este projecto acabou por não ter concretização prática.

O que é que aconteceu com as fardas que ajudavam no combate aos incêndios, com sensores?

Como projecto de investigação é uma excelente ideia, mas como produto não é. Para chegar ao mercado o fato tinha de ser mudado. Não tinha o peso adequado, por exemplo. Abandonámos esta ideia porque não é o nosso focus. Apesar de tudo, temos a patente e guardámos o "know how". Temos aprendido que as estratégias de cooperação podem ter um impacto enorme.

Admitiu que errou ao apostar nos jogos para telemóveis. Não é muito comum um empresário admitir falhas.

Em Portugal não se convive bem com os erros. Temos uma ignorância profunda do que é a economia do conhecimento e uma enorme impaciência. Cambridge demorou 30 anos a ser o que é actualmente. Há 20 anos as nossas universidades eram patéticas (...). A Ydreams vai esperar mais dez anos para atingir o pleno. Queremos ser a primeira empresa portuguesa cotada internacionalmente.

Não é um luxo ter uma empresa que não dá lucro e dedica grande parte do seu tempo a pensar em novos produtos?

Sim. É um autêntico luxo ter uma empresa que não dá lucro, mas tem dinheiro para pagar os salários. Temos muito que agradecer aos clientes e aos investidores, a quem espero compensar no futuro. Neste momento procuramos novos investidores para fazermos uma segunda ronda de investimento e termos uma possibilidade no mercado internacional.

Já tiveram alguma resposta?

Há perspectivas a curto prazo. Era mais cómodo sermos uma empresa de projectos, mas nós queremos ser uma empresa gigantesca.


Fonte Público http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1379343
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Cap. Nemo
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por Capitão Nemo » 26/5/2009 0:12

Ydreams: À espera da explosão

Quer ser uma "empresa gigantesca". A primeira do país a estar cotada internacionalmente. A próxima Google. Ainda que não tenha tido lucro em 2008, e de contar com o apoio de fundos para desenvolver projectos de investigação. A Ydreams também não está no mercado de massas. Mas prepara-se para anunciar "um dos maiores projectos interactivos da história", sobre o qual não revela detalhes. Afinal, o que é que tem esta empresa que faz capa de revistas e é citada pelos principais títulos internacionais?

António Câmara, presidente executivo e um dos cinco fundadores da tecnológica, admite que é um "luxo" ter 150 trabalhadores, que se adaptam rapidamente às mudanças no rumo do negócio (ver "Perguntas e Respostas"). Dos jogos para telemóveis baseados na localização dos jogadores, aos tapetes interactivos com mensagens que "perseguem" quem os pisa, passando pelos livros mágicos cujas páginas mudam ao gesto do leitor e, agora, às tintas que fazem o futuro da impressão electrónica.

A resposta, diz, está na formação internacional dos recursos humanos e na capacidade de procurar as parcerias certas em empresas exemplares no avanço tecnológico. Foi por isso que, quando a unidade de negócio dedicada aos jogos para telemóveis encerrou, em 2007, foi possível evitar despedimentos. Analistas e especialistas apontavam as aplicações móveis como o caminho a seguir. "Foi uma grande ilusão. Todos os nossos competidores faliram", recorda. O negócio era sedutor, tal como a projecção internacional. O jogo "Cristiano Ronaldo Underworld Football" conseguiu colocar a Ydream sob os holofotes.

No mesmo ano em que a unidade do negócio móvel foi dissolvida (sustentava a empresa desde, pelo menos, 2002), a Ydreams também saiu da China, depois de um divórcio amigável com o NDD Group, com quem (entre outros projectos) lançou no mercado local o jogo onde Cristiano Ronaldo era herói. A empresa chinesa tinha interesses dispersos e não terá prestado atenção ao negócio.

A diversidade de telemóveis, e a consequente necessidade de fazer adaptações, também dificultou o trabalho à tecnológica. "Há um número infinito de adaptações para fazer e esse esforço não era comportável. Só para fazer uma aplicação global, o custo à partida e à cabeça era de 200 mil euros", explica António Câmara.

Os grandes "players" do sector descobriram as potencialidades das aplicações móveis e, ao mesmo tempo, os modelos foram-se tornando sofisticados, obrigando a mais investimentos. "O nosso erro foi acreditar que íamos ser competitivos nesse mercado. Depois de um ano e meio, percebemos que o melhor que tínhamos a fazer era sair", recorda o professor da Universidade Nova de Lisboa.

A Ydreams encerrou o escritório em Xangai e decidiu apostar nos Estados Unidos, o mais duro e competitivo mercado. "Fomos para Austin, no Texas, porque nos associámos a grandes empresas", explica, acrescentando que é lá que têm acesso a informação e percebem as tendências.

Recursos humanos flexíveis

António Câmara já disse várias vezes que o modelo de gestão da Ydreams é inspirado na Hewlett-Packard. Quando nasceu,a multinacional apostou na diversificação para sobreviver. Mais tarde, utilizou o dinheiro ganho no desenvolvimento de produtos e organizou-se internamente em divisões, que se tornaram autónomas.

"Foi a flexibilidade da Ydreams que permitiu as mudanças. Seguimos muito a lógica da HP. Ouvi o Bill Hewlett no MIT (Massachusetts Institute of Technology) e fiquei impressionado com a história. Adequa-se ao que Portugal ainda é hoje. Em termos de desenvolvimento empresarial e de relacionamento com as universidades, estamos hoje como estavam os Estados Unidos nos anos 30 ou 40", diz.

Antes de criar a Ydreams, juntamente com Edmundo Nobre, José Miguel Remédio (hoje administradores), António Eduardo Dias e Nuno Correia, António Câmara foi facilitando aos seus alunos a entrada no mercado de trabalho em multinacionais como a Intel. Para lá chegar, contactou luso-descendentes que ocupavam lugares de destaque.

"Muitos dos estudantes ficaram lá a trabalhar. Quando criámos a empresa fomos buscá-los. Temos cerca de 30 pessoas com uma experiência internacional imensa e grande capacidade de adaptação", explica.

Sem pressa de crescer

Os 150 trabalhadores, com 30 anos de média de idades, adoptam o estilo descontraído, propício à discussão de ideias, que impera na empresa. A capacidade de atracção é imensa e surpreende alguns dos especialistas ouvidos pelo PÚBLICO. Jovens quadros saem de multinacionais como a Siemens para abraçar o projecto de interactividade que a Ydreams oferece. Na sede no Monte de Caparica, parece haver liberdade para imaginar.

A sustentabilidade de uma empresa, que dedica grande parte dos recursos à investigação e desenvolvimento (I&D), é questionada por muitos. Mas António Câmara não tem pressa. "Em Portugal um dos problemas que existe é que o estímulo ao empreendedorismo é feito na focalização precoce, no desenvolvimento de produtos que ninguém sabe o que são, e no crescimento explosivo. As empresas demoram tempo até darem lucro", justifica.

O financiamento concedido por entidades como a Agência Espacial Europeia ou a Agência de Inovação atingiu os 295 mil euros o ano passado e chegará aos 1,6 milhões de euros este ano. "Os fundos externos que patrocinam a investigação têm vindo a crescer e este ano são superiores. Mas sempre foram acompanhados por investimento interno. Nos últimos três anos investimos milhões para nos transformarmos em três empresas", sublinha, referindo-se à Audience Entertainment - "joint-venture" com os norte-americanos da Brand Experience Lab -, e às "spin-offs" (novas empresas criadas com o apoio da Ydrems) Ynteractive e Ynvisible, que deverão ter planos de investimento acordados dentro de três meses.

A tecnológica chegou a ter entre 40 a 50 pessoas dedicadas a projectos de investigação para os quais não tinha clientes, financiados por fundos internos e externos. Hoje o número baixou para 25 e a tendência é para continuar a reduzir o peso das despesas com I&D. António Câmara quer privilegiar o contacto com as universidades, "que podem investigar e falhar".

A bolsa, depois do mercado

Depois da entrada da Espírito Santo Tech Ventures, em 2006, a Ydreams procura agora investidores estrangeiros para reforçar presença no mercado global. As vendas em 2008 ultrapassaram os 8,4 milhões de euros e, para este ano, perspectiva-se uma subida de 49 por cento. O investimento na presença em Barcelona começou a dar frutos. "Foi um início duro, mas nos primeiros três meses tivemos dois sucessos: um no País Basco [num Centro de Interpretação Tecnológica que incorpora soluções interactivas produzidas pela empresa]; outro é um projecto internacional, que terá impacto em vários locais do mundo", conta, sem querer acrescentar mais pormenores.

A maior fonte de receitas ainda é a área de projectos (encomendas directas de clientes), mas o fundador acredita que o "pulo" vai acontecer quando for rentabilizada a plataforma de realidade aumentada - que permite uma pessoa entrar num filme, como se vê na foto - e o mercado receber as superfícies interactivas (vidro ou plástico com informação interactiva, mobiliário em madeira onde se projectam jogos). É nessa altura que pretende entrar em bolsa.

A Ydreams aguarda os resultados do desenvolvimento de produtos. Darius Mahdjoubi, investigador da Universidade do Texas, acredita que esta é uma empresa gazela: depois de anos de desenvolvimento de propriedade intelectual e produtos, vai crescer de forma explosiva no mercado global.

António Câmara, que contou esta história no blogue oficial, lembra o caso da Google: quatro anos de prejuízo para, no final, se transformar num peso-pesado. E a Ydreams não quer ser menos do que isso.



Fonte Público http://economia.publico.clix.pt/noticia ... idCanal=57
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Cap. Nemo
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por MNFV » 11/4/2009 14:50

FT,

tens razão relativamente ao capital de risco VS subsidios a fundo perdido que vêm dos nossos impostos.


Adrox,

não te queria ofender com a minha opinião contrária, que não creio que justifique tanta agressividade.

Quem manda muitas postas de pescada é a YDreams que parece ter uma máquina de marketing e comunicação muito mais avançada do que o I&D que produz. Claro que daqui a 5 anos podem ser um novo Google, mas enquanto não mostram resultados eu tenho sérias dúvidas.
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por Capitão Nemo » 10/4/2009 22:55

Novos produtos interactivos como papel, têxteis e quadros

YDreams cria camisola que muda de cor


Projecto «Eyeinvisible» da YDreams foi realizado em parceria com três empresas portuguesasUma camisola que muda de cor, um papel onde surgem desenhos, são algumas das aplicações da tecnologia «Eyeinvisible» desenvolvida pela empresa Ydreams.

Este projecto foi uma iniciativa de investigação e desenvolvimento, liderada pela Ydreams em parceria com alguma indústria portuguesa e com equipas de investigação da Universidade Nova de Lisboa, de novos produtos interactivos não convencionais, como papel, têxteis e quadros.

Materiais tornam-se interactivos

Segundo Inês Henriques, líder do projecto «invisible networks», «esses materiais tornam-se interactivos, há imagens que estão escondidas e que podem aparecer e desaparecer através da interacção com o utilizador».

E acrescentou que «isso acontece através de novos materiais electrocrónicos que têm essa capacidade através de uma pequena voltagem».

Esta tecnologia é completamente nova e diferente do que estamos habituados a ver como salienta a investigadora. «É radicalmente diferente dos computacionais, baseados em computação, é baseado em reacções químicas e não nos sistemas mais complexos de computação».

Na prática, esta tecnologia permite tratar, a nível químico, uma variada quantidade de diferentes materiais, de maneira que se torne visível, informação gráfica, cor ou texto, que não era visível, tornado assim esses materiais interactivos.

Tecnologia tem «gigantescas» aplicações

A líder do projecto considera «gigantescas» as aplicações possíveis para esta tecnologia, «desde todos o produtos baseados na publicidade, outdoors, bilboards, até às folhas de papel que hoje em dia usamos para imprimir, blocos de notas, livros, jornais e revistas, podemos pensar em aplicações dentro desse tipo de meio de comunicação com interactividade».

O projecto «Eyeinvisible» foi realizado em parceria com três empresas portuguesas, a Renova na área do papel, a Filobranca na área do têxtil e a Bi-silque, líder mundial na produção de quadros brancos para casa e escritório.

Inês Henriques anunciou que «a Ydreams também lançou uma nova iniciativa chamada invisible networks e estabeleceu uma associação para o futuro, para desenvolver novas tecnologias, também no domínio da interactividade, com mais empresas».

E deu como exemplo das novas associações a BA Glass, na área do vidro, a Amorim, na cortiça, a Portucel, no papel, a Sonae Indústria na dos laminados e a Metoxid (grupo Cuf), entre outras.

Para este nova iniciativa, a Ydreams continua a trabalhar em estreita colaboração com grupos de investigação da Universidade Nova de Lisboa e com a Universidade do Minho.

A líder do projecto espera que em 2010 já haja protótipos disponíveis, dando como exemplos um chão de cortiça que reaja ao ser pisado, mudando de cor ou apresentando uma mensagem, camisas interactivas e diversas outra aplicações.

O prazo para novos produtos, baseados nesta tecnologia, no mercado é de dois a três anos.


Fonte Agência Financeira http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... 9&main_id=
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Cap. Nemo
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por Capitão Nemo » 10/4/2009 22:51

Realidade aumentada no MIPTV

YDreams quer juntar real e virtual


Empresa apresenta desenvolvimentos tecnológicos na maior feira mundial, que decorre em Cannes.

A YDreams apresentou esta terça-feira alguns dos seus desenvolvimentos tecnológicos na edição deste ano da maior feira mundial, que decorre em Cannes, dedicada à indústria de conteúdos para televisão e entretenimento, o MIPTV, que teve início segunda-feira.

A empresa portuguesa foi convidada, sobretudo, devido ao seu trabalho no campo da Realidade Aumentada.

Esta tecnologia desenvolvida pela YDreams trabalha com o tratamento de imagens reais, em tempo real, as quais são processadas para incluir dados ou elementos digitais, tais como uma personagem digital, informação ou até mesmo pintar a própria realidade com outras cores.

«A Realidade Aumentada é basicamente a tecnologia que permite a super imposição de elementos virtuais em cima de imagens reais, de preferência capturadas em tempo real», explicou à Agência Lusa Edmundo Nobre, Director da área de Educação e Cultura da YDreams.

Nobre considera que a Realidade Aumentada é até um dos pontos fortes da empresa dando como exemplo um dos produtos, já no mercado, o miradouro virtual situado ao pé do Panteão Nacional, em Lisboa, o qual disponibiliza ao utilizador, entre outras funcionalidades, informação sobre diversas partes da cidade ao mesmo tempo em que esta é visualizada.

Um outro produto, que segundo o Director é «claramente de Realidade Aumentada», é o jogo interactivo que acontece dentro de um cinema, onde a plateia é convidada, no intervalo, a jogar um jogo, com os espectadores a observarem-se no ecrã a interagir com personagens digitais introduzidas.

«Um velho sonho que nós temos, foi um dos primeiros projectos em que nós começamos a trabalhar na Realidade Aumentada, a ideia de juntar o real ao virtual de uma forma mais intensa».

O sonho é de pôr, em directo, um carro de Fórmula 1 virtual a participar numa corrida com os outros pilotos, onde o comportamento dos outros carros nos afecta, pois podem empurrar-nos para fora da pista, enquanto o nosso veículo não tem qualquer efeitos sobre os outros.

A tecnologia, segundo o director da área de Educação e Cultura, já existe e os únicos obstáculos são os direitos de autor, de transmissão e das infraestruturas que são necessárias montar para poder processar e capturar todos os dados no local das provas.

Ao longo de cinco dias, entre 30 de Março e 3 de Abril, o MIPTV, que reúne cerca de 4.500 empresas de 111 países em Cannes, onde os participantes vão poder interagir em vários pontos do evento com aplicações da YDreams que utilizam tecnologia pioneira em áreas como Realidade Aumentada e Computação Gráfica.

A YDreams é uma empresa que desenvolve ambientes interactivos, design e diversas tecnologias para desenvolver esses mesmos ambientes, onde se pretende integrar o universo digital no mundo real com que se pretende inovar nas formas de comunicação e de acessos a conteúdos.

A tecnologia desenvolvida pela empresa está ligada à área de processamento de imagem, realidade aumentada e interfaces activadas por gestos.


Fonte Agência Financeira http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730
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por Flying Turtle » 10/4/2009 22:37

mnfv Escreveu:Creio que a yDreams foi/é uma startup que nasceu/cresceu com subsídios a fundo perdido e outro capital de risco, mas não tenho dados para dizer que foram mal gastos.

Não me parece que, como outras start-ups, tenham usado o dinheiro para comprar carros para os administradores e estoirar em salários, mas pergunto eu:

Quais são as receitas da YDreams? o quê que a YDreams já inventou ou produziu de vendável? (sem considerar o -rídiculo-jogo de telemóvel do CR9) Porquê que continua sedeada num campus universitário e grande parte da mão-de-obra são estudantes/recém-licenciados?


Apensas umas notas rápidas, que agora não tenho tempo:

- Confundir subsídios a fundo perdido com capital de risco... :?

- A YDreams já desenvolveu vários produtos vendáveis - com tempo talvez te consiga listar alguns;

- Penso que a YDreams tem muita gente a trabalhar que não são estudantes. Aliás, creio que têm uma política de atracção de inteligência até bastante agressiva;

- Estar num campus universitário, se isso for de vantagem mútua - e parece ser - não será talvez um defeito, mas antes uma virtude. Experimenta perguntar ao Madan Park se quer que a YDreams se vá embora...

FT
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por Adrox » 10/4/2009 21:51

mnfv Escreveu:FT,

Creio que a yDreams foi/é uma startup que nasceu/cresceu com subsídios a fundo perdido e outro capital de risco, mas não tenho dados para dizer que foram mal gastos.

Não me parece que, como outras start-ups, tenham usado o dinheiro para comprar carros para os administradores e estoirar em salários, mas pergunto eu:

Quais são as receitas da YDreams? o quê que a YDreams já inventou ou produziu de vendável? (sem considerar o -rídiculo-jogo de telemóvel do CR9) Porquê que continua sedeada num campus universitário e grande parte da mão-de-obra são estudantes/recém-licenciados?


Flying Turtle Escreveu:
mnfv Escreveu:... e de sucção de subsidios do estado para inovação e tecnologia


Talvez queiras concretizar colocando aqui exemplos de fundos públicos malbaratados pela / com a YDreams.

Confesso que não conheço o pormenor da atribuição de fundos públicos à empresa. No entanto, arrisco dizer que, como cidadão pagador/subsidiador, daria por muito bem empregue o meu dinheiro se todos os subsídios atribuídos pelo Estado Português e pelos fundos da UE fossem tão bem aplicados como na YDreams. Quando falo de bem aplicados refiro-me ao efeito multiplicador e à criação de valor.

FT

Se te informasses em vez de andar a mandar postas de pescada fazias melhor.
No site deles podes encontrar alguns projectos:
http://www.ydreams.com/ydreams_2005/index.php?page=6

Quanto a projectos que dêm dinheiro, sim tens o jogo do CR7, e mais uma série de jogos para telemovel, que dão bastante dinheiro...

Se tivesses minimamente informado sobre empresas da área de multimédia/jogos, sabias que há sempre um dilema entre fazerem algo inovador e revolucionário e em ganhar dinheiro para a empresa (basicamente fazer jogos e conteudos que são dinheiro em caixa e não têm kk inovação, tipo jogos da treta para telemovel..).

Conheço algumas empresas da área de multimédia em Portugal que tentam desenvolver coisas inovadoras, por exemplo esta, que está a fazer jogo para a Xbox 360, e que enquanto não o faz tem que andar a fazer jogos da Floribela para ganhar dinheiro:
http://gesbanha.blogs.sapo.pt/155258.html

E como está há muitas outras que têm que fazer coisas que vendam, mesmo que sejam básicas, para financiar o investimento em I&D...

Cumprimentos.
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por MNFV » 10/4/2009 20:27

FT,

Creio que a yDreams foi/é uma startup que nasceu/cresceu com subsídios a fundo perdido e outro capital de risco, mas não tenho dados para dizer que foram mal gastos.

Não me parece que, como outras start-ups, tenham usado o dinheiro para comprar carros para os administradores e estoirar em salários, mas pergunto eu:

Quais são as receitas da YDreams? o quê que a YDreams já inventou ou produziu de vendável? (sem considerar o -rídiculo-jogo de telemóvel do CR9) Porquê que continua sedeada num campus universitário e grande parte da mão-de-obra são estudantes/recém-licenciados?


Flying Turtle Escreveu:
mnfv Escreveu:... e de sucção de subsidios do estado para inovação e tecnologia


Talvez queiras concretizar colocando aqui exemplos de fundos públicos malbaratados pela / com a YDreams.

Confesso que não conheço o pormenor da atribuição de fundos públicos à empresa. No entanto, arrisco dizer que, como cidadão pagador/subsidiador, daria por muito bem empregue o meu dinheiro se todos os subsídios atribuídos pelo Estado Português e pelos fundos da UE fossem tão bem aplicados como na YDreams. Quando falo de bem aplicados refiro-me ao efeito multiplicador e à criação de valor.

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por Flying Turtle » 10/4/2009 16:24

mnfv Escreveu:... e de sucção de subsidios do estado para inovação e tecnologia


Talvez queiras concretizar colocando aqui exemplos de fundos públicos malbaratados pela / com a YDreams.

Confesso que não conheço o pormenor da atribuição de fundos públicos à empresa. No entanto, arrisco dizer que, como cidadão pagador/subsidiador, daria por muito bem empregue o meu dinheiro se todos os subsídios atribuídos pelo Estado Português e pelos fundos da UE fossem tão bem aplicados como na YDreams. Quando falo de bem aplicados refiro-me ao efeito multiplicador e à criação de valor.

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por MNFV » 10/4/2009 14:13

... e de sucção de subsidios do estado para inovação e tecnologia


Flying Turtle Escreveu:Conheço a YDreams e o seu Presidente há bastantes anos e não posso senão confirmar que se trata de um exemplo de nível internacional de empreendedorismo, inovação e boas práticas de gestão.

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por Flying Turtle » 10/4/2009 12:07

Conheço a YDreams e o seu Presidente há bastantes anos e não posso senão confirmar que se trata de um exemplo de nível internacional de empreendedorismo, inovação e boas práticas de gestão.

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por Capitão Nemo » 10/4/2009 2:23

Coloco ainda uma outra entrevista de António Câmara ao programa "A Cor do Dinheiro" da RTP N, talvez em Novembro de 2008, em que ele afirmava já a colocação de uma nova tecnologia no prazo de 2 anos e depois a provável colocação em bolsa da YDreams.



<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/jhU-kuu83IA&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/jhU-kuu83IA&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>



Fica o site da empresa

http://www.ydreams.com/ydreams_2005/index.php?page=16



E o link para a sua página no You Tube onde se podem ver outras experiências e apresentações.

http://www.youtube.com/ydreams
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YDreams - É portuguesa e tem futuro.

por Capitão Nemo » 10/4/2009 2:17

Já tinha ouvido falar desta empresa, YDreams, mas ao ver uma entrevista do seu presidente, António Câmara no programa "Falar Global" da SIC Noticias fiquei muito surpreendido pela positiva pela excelência dos seus projectos e por aquilo que podem significar ao nível do know-how e de ser talvez uma das empresas pioneiras na sua área.

Quando tanta coisa corre mal no nosso país é muito gratificante ouvir um português ao mesmo tempo um académico e empresário ser tão optimista, tão positivo e acreditar no futuro como António Câmara.

Quando à dias correu aqui um tópico, creio do Acintra, sobre uma apresentação de uma inovação tecnológica fantástica da TED é muito bom saber que Portugal também está na vanguarda destas coisas.

Fica a entrevista no programa Falar Global da SIC Noticias.



<object width="540" height="450"><param name="movie" value="http://sic.aeiou.pt/online/flash/consola_video_sap.swf?urlvideo=http://videos.sic.pt/CONTEUDOS/sicweb/falarglobal_642009112546_web.flv"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://sic.aeiou.pt/online/flash/consola_video_sap.swf?urlvideo=http://videos.sic.pt/CONTEUDOS/sicweb/falarglobal_642009112546_web.flv" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="540" height="450"></embed></object>




Fica ainda um vídeo com uma primeira abordagem a esta nova tecnologia.




<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/XlYxEbznsfU&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/XlYxEbznsfU&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>
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