"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[luiz22]

Depressão
“Economicídio”, o suicídio em tempo de crise
Eudora Ribeiro
12/03/09 12:06


--------------------------------------------------------------------------------

Os peritos consideram que a recessão económica pode conduzir ao aumento da taxa de suicídio.
Collapse Comunidade
Partilhe: Os psicólogos norte-americanos escolheram a expressão “economicídio” para descrever a vaga de suicídios que consideram estar relacionada com a crise mundial.

O barão irlandês Patrick Rocca, o investidor Kirk Stephenson, o magnata do sector imobiliário de Chicago, Steven Good, o multimilionário alemão Adolf Merkle, e o francês Thierry de la Villehuchet, são nomes que fizeram notícia nos últimos meses.

Todos eles tinham em comum o facto de serem homens bem sucedidos que perderam grandes quantias de dinheiro devido à recessão económica mundial.

Mas os peritos sublinham que não são só os investidores de "alto-nível" que estão a pagar o preço da recessão com as suas vidas.

"As pessoas pensam que o ‘economicídio' é um problema exclusivo de Wall Street, mas também está a afectar pessoas na ‘Main Street', famílias comuns que perderam as casas, os empregos, as poupanças", disse à CNN a psicóloga Leslie Seppinni, que acompanhou 14 pessoas com tendências suicidas relacionadas com a situação económica nos últimos dois meses.

A crise também se paga com a vida

Os Estados Unidos perderam mais de 650 mil postos de trabalho em Fevereiro, o que empurrou a taxa de desemprego no país para os 8,1%, o nível mais elevado dos últimos 25 anos.

Este cenário é comum em todo o mundo, com a Comissão Europeia a prever que o número de trabalhadores despedidos na União Europeia ascenda a 3,5 milhões este ano.

"A recessão económica, especialmente quando é repentina e acentuada, pode levar a um aumento da taxa de suicídio", afirmou Stephen Platt, professor na Universidade de Edimburgo.

"Isto não é só pelo facto de mais pessoas ficarem no desemprego e, por isso, estarem mais vulneráveis do ponto de vista psicológico, mas também porque mesmo os que mantêm os postos de trabalho se sentem ameaçados", acrescentou.

A actual recessão mundial já foi considerada a pior desde a Grande Depressão, período em que a taxa de suicídio aumentou mais de 50%.



http://economico.sapo.pt/noticias/econo ... _5615.html