
Heróis do "merchandising"
As grandes burlas têm um fascínio, que as leva invariavelmente para as telas de cinema. Com a distanciamento que o tempo traz, limando as arestas aos factos, os seus autores ganham, para muitos, fama de heróis. Esta estranha sedução pelos burlões ajuda a explicar a proliferação de objectos a eles ligados, antigos e novos, vendidos pela Internet fora. Outro motivo: o negócio.
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André Veríssimo
averissimo@negocios.pt
As grandes burlas têm um fascínio, que as leva invariavelmente para as telas de cinema. Com a distanciamento que o tempo traz, limando as arestas aos factos, os seus autores ganham, para muitos, fama de heróis. Esta estranha sedução pelos burlões ajuda a explicar a proliferação de objectos a eles ligados, antigos e novos, vendidos pela Internet fora. Outro motivo: o negócio.
O “site” de leilões “online” eBay é ponto de encontro obrigatório. O artigo mais caro à venda é virtual. Por 500 mil dólares, Joyce Rogers vende o domínio “www.madoffwallstreet” a quem deseje nele alojar uma página “ideal para advogados que actuam em nome das vítimas”. O endereço está há 13 dias à venda e ninguém ainda lhe pegou.
É também possível encontrar o “merchandising” da praxe, como canecas, tapetes de rato, e “t-shirts”, tudo com a cara ou o logo da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities LLC. Entre a “memorabilia”, encontram-se antigos objectos da empresa. É o caso das toalhas de praia, vendidas a pouco mais de 100 dólares ou um boné de baseball, por 99 dólares.
Antes de Madoff, foi o francês Jérôme Kerviel, o corretor que provocou uma perda de 4,9 mil milhões de euros na Société Général, a dar o mote a uma verdadeira indústria de merchandising. A história está já a ser adaptada a filme e correm notícias de que o papel principal será desempenhado pelo próprio Kerviel.
O autor da última fraude mediática, Allen Stanford, “vale” apenas um azulejo.
JN
As grandes burlas têm um fascínio, que as leva invariavelmente para as telas de cinema. Com a distanciamento que o tempo traz, limando as arestas aos factos, os seus autores ganham, para muitos, fama de heróis. Esta estranha sedução pelos burlões ajuda a explicar a proliferação de objectos a eles ligados, antigos e novos, vendidos pela Internet fora. Outro motivo: o negócio.
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André Veríssimo
averissimo@negocios.pt
As grandes burlas têm um fascínio, que as leva invariavelmente para as telas de cinema. Com a distanciamento que o tempo traz, limando as arestas aos factos, os seus autores ganham, para muitos, fama de heróis. Esta estranha sedução pelos burlões ajuda a explicar a proliferação de objectos a eles ligados, antigos e novos, vendidos pela Internet fora. Outro motivo: o negócio.
O “site” de leilões “online” eBay é ponto de encontro obrigatório. O artigo mais caro à venda é virtual. Por 500 mil dólares, Joyce Rogers vende o domínio “www.madoffwallstreet” a quem deseje nele alojar uma página “ideal para advogados que actuam em nome das vítimas”. O endereço está há 13 dias à venda e ninguém ainda lhe pegou.
É também possível encontrar o “merchandising” da praxe, como canecas, tapetes de rato, e “t-shirts”, tudo com a cara ou o logo da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities LLC. Entre a “memorabilia”, encontram-se antigos objectos da empresa. É o caso das toalhas de praia, vendidas a pouco mais de 100 dólares ou um boné de baseball, por 99 dólares.
Antes de Madoff, foi o francês Jérôme Kerviel, o corretor que provocou uma perda de 4,9 mil milhões de euros na Société Général, a dar o mote a uma verdadeira indústria de merchandising. A história está já a ser adaptada a filme e correm notícias de que o papel principal será desempenhado pelo próprio Kerviel.
O autor da última fraude mediática, Allen Stanford, “vale” apenas um azulejo.
JN