Ainda mais estranho fica ... se tivermos em conta que haveria um passageiro a bordo que não constava na lista oficial...
Não se tratava de um passageiro. É um terceiro piloto que estava a fazer treino em voo de linha. Importa saber quem era o " pilot flying " nesta aproximação e não me admirava que quem estivesse sentado à direita no cockpit não fosse o F/O. Paz para a alma dos três.
O facto de não ter existido incêndio ou explosão são consistentes com a tese da falta de combustível, no entanto num avião com tanta tecnologia é improvável tal situação apanhar de surpresa a tripulação.
Bom... Não há dúvida que não há incêndio e o incêndio começa normalmente com derrame de óleos e combustível...
Há muitos exemplos certificados oficialmente de acidentes por falta de combustível, este
http://aviation-safety.net/database/record.php?id=20000712-0, o Avianca, e até o famoso L-1011 da TAP que ficou mortinho no U5 da Portela, após ter atravessado o atlântico. Morreu ali por falta de alimento, já nem vapores nos depósitos tinha.
Na operação, as toneladas de combustível deveriam ser sempre requisitadas pelo comandante. Ele tem que fazer contas e ter em conta o taxi-fuel, trip-fuel ( descolagem, cruzeiro, aproximação, procedimento, aterragem ),Reserve-fuel onde se deve incluir o Contingency-fuel, Alternate-fuel e o alternate-airport é Roterdão, Final reserve fuel ( 30 minutos de espera a 1500 pés )
A aeronave está em emergência de combustível sempre que se prevê que vai aterrar com menos do que o Final Reserve fuel, o que não se verificou nas comunicações com o ATC
http://www.youtube.com/watch?v=mliLjCkCmKoDeveriam ser requisitadas pelo comandante mas, verdade seja dita, que por exemplo os pilotos da Ryanair queixaram-se que eram chamados e tinham que justificar o porquê de pedirem mais de 300 quilos adicionais
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=65823&highlight=E já agora para comparar, o link para o Google Maps do Aeroporto de Amsterdão onde ocorreu o tal acidente.
Estamos a ter sorte nestes últimos anos, é esta a verdade!! Mas até quando??
Esta imagem é mais ilucidativa:

A aproximação é à pista 18R e o avião ficou a escassos metros de uma auto-estrada. A sorte tanto acontece cá, como lá, como em qualquer lado. Aliás, o aeroporto de Schippol está rodeado de inumeras e movimentadas auto-estradas.
É um facto que a Portela está a caminho de rápidamente ficar esgotada em termos de movimentos/hora ( pelo menos a algumas horas fundamentais para o hub TAP ) e não há forma de ultrapassar isto porque não é possível construir mais pistas.
A Portela têm o que muitos aeroportos não têm e que são ventos estáveis, já que não há serras nem ventos maritimos por perto.
Não creio que a Portela seja mais perigosa que a maior parte dos aeroportos europeus.
Não é bem assim. O aeroporto da Portela localiza-se num alto, pelo que a aproximação é efectuada muito mais longe do solo de que em Schipol...
Vamos lá ver. Cair de 600 pés ou de 40.000 pés é igual. Uma coisa é certa: nada escapa. Quem está no Continente da Amadora está a cerca de 6.000 pés dos aviões que vêem de norte e que fazem a rotação para a aproximação final à 03 de Lisboa. Quem está na Repsol da 2ª circular está a 300 pés dos aviões. Num ou noutro caso, se algo falhar, nada escapa.
Eu daqui há 15 dias estou a apanhar um voo na Portela. Raios!!
Não há motivo para preocupação. Voar continua a ser muitissimo seguro. É muito mais arriscado, com maior possibilidade de acidente, o trajecto de casa até ao aeroporto.
Bom fim de semana,