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Finanças
Ivan Pictet está preocupado com pressões
Fim do sigilo arrasaria com metade da banca suíça
2009/02/24 11:13Redacção / RPVAAAA
Banqueiro alerta que peso do sector desceria dos 12 para os 6 ou 7% do PIB
O fim do sigilo bancário acabaria com metade do sector na Suíça.

É esta a estimativa do banqueiro Ivan Pictet que, em entrevista ao diário «Le Temps de Ginebra», mostra os seus receios de que aumentem as pressões por parte dos países do G20 no que diz respeito a um reforço dos poderes do fisco.

Em vez de representar 12 por cento do Produto Interno Bruto do país, a medida faria com que o sector da banca suíça passa-se para apenas 6 ou 7%, disse o presidente da Geneva Financial Centre e porta-voz do Pictet &Cie.

O banqueiro respondeu desta forma ao caso que está a opor a União dos Bancos Suíços (UBS à justiça norte-americana. O fisco nos Estados Unidos exige informações sobre titulares de 52 mil contas secretas, ao passo que a instituição financeira acusa as Finanças norte-americanas de ignorarem a soberania suíça e de fazer os seus empregados arriscarem a prisão
IOL

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Darling ataca secretismo dos bancos suíços


Segredo bancário. Ministro das Finanças britânico opõe-se uma velha tradição da banca suíça

Allistair Darling, ministro das Finanças do Reino Unido, afirmou ao semanário The Observer ser "intolerável" o segredo bancário dos bancos suíços, que permite a evasão fiscal. A tradição de secretismo bancário naquele país foi recentemente posta em causa pelos Estados Unidos, quando a justiça deste país obrigou o principal banco suíço, o UBS, a revelar contas secretas. "Penso que é importante que haja transparência. Isto não pode continuar, ninguém sabe o que se passa. E metade dos problemas resulta deste desconhecimento, " continuou Darling.

O jornal chama a atenção para o facto de o Reino Unido não poder assumir o papel do bom aluno na Europa, já que existem vários paraísos fiscais sob a protecção da coroa britânica que permitem aos ricos fugir aos impostos devidos, que os cidadãos em geral pagam.

JPublico

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A SUÍÇA PODE ACABAR


Manuel Queiroz
Jornalista
Um dos poucos cimentos seguros da Suíça é a sua praça financeira. Mas esta acaba de ser seriamente abalada: "A Suíça levanta o segredo bancário pela primeira vez", diz a manchete do francês Le Figaro, a propósito de a UBS ter sido obrigada a revelar os dados das contas de 200 a 300 dos seus clientes americanos, admitindo que colaborou - ou mesmo instigou - numa fraude fiscal com americanos ricos, a quem propunha contas em offshores que permitiam fugir ao IRS americano. A entrega dos dados foi feita com acordo da FINMA, a autoridade suíça do mercado, que pela primeira vez deu essa autorização.

"Acordo UBS-EUA: o segredo bancário em perigo", diz o Quotidien Jurassien, um dos muitos jornais suíços indignados com a UBS, que não tinha escolha: ou arriscava perder a sua licença para actuar nos EUA ou entregava os nomes. O pior, diz o 24 Heures, é que os "EUA soltam a artilharia pesada sobre a UBS", porque depois de terem feito o acordo com o maior banco suíço, que inclui uma multa de 627 milhões de euros, as autoridades americanas já pediram dados de mais 52 mil clientes através de um processo em Miami.

A raiva suíça é imensa, desde logo contra a UBS, que já recebeu do Estado uma ajuda enorme ainda por cima pagou prémios aos seus quadros apesar de apresentar números vermelhos na casa dos mil milhões...

"Apanhada em falta, a UBS presta-nos o pior serviço no pior momento. E dá um golpe que pode ser fatal para o segredo bancário tal como o conhecemos", escreve o Quotidien.

Os pormenores do caso estão, por exemplo, no New York Times: a UBS dava aos clientes ricos meios electrónicos que lhe permitiam acesso às contas e transferir dinheiro secretamente. As passwords mudavam cada vez que a conta era acedida.

Claro que o segredo bancário já não era tão secreto como antigamente. "Mas os bancos suíços que vão prosperar amanhã serão aqueles que vão apostar, já a partir de hoje, em outros activos que o segredo bancário", escreve o Tribune de Genève.


DN