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MensagemEnviado: 13/2/2009 20:29
por Açor3
Em menos de meia hora
"Hedge fund" ganha dois milhões por minuto a apostar na queda do Lloyds
O fundo de cobertura de risco Paulson & Co., gerido pelo multimilionário John Paulson, ganhou dois milhões de euros por minuto com um "short selling" no Lloyds Banking Group.

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Carla Pedro
cpedro@negocios.pt


O fundo de cobertura de risco Paulson & Co., gerido pelo multimilionário John Paulson, ganhou dois milhões de euros por minuto com um "short selling" no Lloyds Banking Group.

Os títulos daquele banco britânico chegaram hoje a cair 40% (a maior perda dos últimos 20 anos) na Bolsa de Londres, devido aos maus resultados do HBOS, entidade financeira que o Lloyds comprou em Setembro. O “hedge fund” Paulson, que tinha apostado na queda das acções do Lloyds, conseguiu assim encaixar 52,1 milhões de euros em apenas 25 minutos, noticiou a Bloomberg.

O Lloyds anunciou hoje que espera que o HBOS reporte perdas antes de impostos no valor de 10 mil milhões de libras (11,1 mil milhões de euros).

A 20 de Janeiro, o fundo Paulson tinha “shortados” 0,79% do Lloyds, o que correspondia a 129,3 milhões de acções. Segundo a DataExplorers.com, que rastreia os “shorts” na Bolsa de Londres, 1,1% das acções estavam em posições curtas a 11 de Fevereiro. Estes eram os dados mais recentes disponíveis, salientou a Bloomberg.

O HBOS teve cerca de sete mil milhões de libras de crédito malparado por parte de empresas, o que contribuiu para as perdas em 2008, referiu o Lloyds, citado pela Bloomberg. Estes incumprimentos são superiores em 1,6 mil milhões de libras ao que o banco previa em Novembro.

Os títulos do Lloyds acabaram por conseguir travar o movimento de queda, tendo encerrado a sessão de hoje a perder 32%, nos 61,4 pence.


Jornal Negócios

MensagemEnviado: 13/2/2009 16:35
por LTCM
Back to basics.

MensagemEnviado: 12/2/2009 10:31
por tmms
Pata-Hari Escreveu:Mais uma vez, perderam menos que fundos de taxa variável e estão a recuperar a uma velocidade que não se compara com nada no mercado obrigacionista.

Não é de admirar pois, na minha opinião, os hedge funds são a excelência da especulação nos mercados financeiros.

Gostava de ter apenas 1/10 do conhecimento dos profissionais que os gerem para o aplicar à minha própria carteira. :wink:

Abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 12/2/2009 0:50
por Pata-Hari
Mais uma vez, perderam menos que fundos de taxa variável e estão a recuperar a uma velocidade que não se compara com nada no mercado obrigacionista.

MensagemEnviado: 12/2/2009 0:33
por Açor3
Investimento
‘Hedge funds’ entram em 2009 com ganhos
Cristina Barreto
11/02/09 20:50


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'Hedge funds' estão a recuper das perdas recorde de 2008.
Collapse Comunidade
Partilhe: Os ‘hedge funds’ estão a recuperar das fortes perdas registadas no ano passado e acumulam já dois meses consecutivos de ganhos.

O índice da Eurekahedge que agrega mais de 2.000 fundos em todo o mundo cresceu 0,50% no mês passado, estendendo a subida de 0,80% registada em Dezembro. A última vez que este índice registou ganhos dois meses consecutivos foi em Abril e Maio de 2008.

"Este vai ser um ano em que os 'hedge funds' vão ser testados em termos de desempenho, e [esta subida] é apenas o início", disse à Bloomberg um perito neste tipo de fundos.

A melhoria verificada em Janeiro nos 'hedge funds' contrasta com a queda de 8,9% do índice MSCI, que acompanha a evolução das principais bolsas mundiais.

"Na minha opinião isto mostra que os ‘hedge funds' têm controlado as suas carteiras e são eficazes nas actuais condições do mercado", afirmou, por sua vez, uma outra especialista.

A actividade global de ‘hedge funds' caiu mais de 20% para 1,5 biliões de dólares no final de Dezembro, dado a crise de crédito ter penalizado os retornos e forçado os investidores a retirar dinheiros destes fundos.





Diário Economico

MensagemEnviado: 10/2/2009 8:18
por tmms
tmms Escreveu:Até que ponto o resgate massivo não influenciou os performances? Se sim, como "evitar" ou minimizar este efeito e o seu contágio no futuro?
LTCM Escreveu:Now the funds unlucky to still own them not only have to sell, but other hedge funds will target those positions and short sell at will... sharks eating sharks.

Olá LTCM,

Se for como citaste então constata-se que é apenas a aplicação prática daquilo que tenho defendido. O mercado a funcionar na perfeição, ajustando-se. :wink:

Um abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 23:30
por LTCM
tmms Escreveu:Até que ponto o resgate massivo não influenciou os performances? Se sim, como "evitar" ou minimizar este efeito e o seu contágio no futuro?


Now the funds unlucky to still own them not only have to sell, but other hedge funds will target those positions and short sell at will... sharks eating sharks.

MensagemEnviado: 9/2/2009 19:16
por tmms
Tens razão. Enganei-me quando fui ao teu texto fazer copy+paste da referência que queria citar.

Abraço,
Tiago


edit: Ops - mensagem no tópico errado. esta nunca me tinha acontecido! :shock:

Re: Como os ‘hedge funds' fazem fortuna na bolsa

MensagemEnviado: 9/2/2009 19:13
por tmms
Atomez Escreveu:
tmms Escreveu:Na minha opinião esses gestores deveriam estar a gerir fundos "atrás das grades". A existir deviam ser retirados alvarás/licenças (o que seja) a essas entidades gestoras...

Isso é um contrasenso. A raison d´être dos hedge funds é que são fundos não regulamentados. As únicas regras (pelo menos nos h.f. americanos) são que só pode participar gente com um património muito elevado e têm um limite de 99 participantes.

Por favor, estamos a falar de casos de corrupção e não de estratégias de retorno absoluto cujo único objectivo é, e muito bem, conseguir atingir os melhores resultados independentemente do comportamento dos mercados.

Não se pode colocar tudo no mesmo saco.

Um abraço,
Tiago

Re: Como os ‘hedge funds' fazem fortuna na bolsa

MensagemEnviado: 9/2/2009 19:03
por tmms
Atomez Escreveu:Mas isso faz parte do mercado. As regras do jogo são como são.

Claro que faz parte. Ninguém disse o contrário. :wink:

Está tudo explicado nas mensagens anteriores.

Abraço,
Tiago

Re: Como os ‘hedge funds' fazem fortuna na bolsa

MensagemEnviado: 9/2/2009 18:53
por atomez
tmms Escreveu:Ou muito me engano ou muitos hedge fund só deram prejuízos porque foram "obrigados" a fechar posições para gerar liquidez e, assim, pagar resgates.

Não fosse a pressão dos resgates, penso, tal não teria sucedido.

Mas isso faz parte do mercado. As regras do jogo são como são.

tmms Escreveu:Na minha opinião esses gestores deveriam estar a gerir fundos "atrás das grades". A existir deviam ser retirados alvarás/licenças (o que seja) a essas entidades gestoras...

Isso é um contrasenso. A raison d´être dos hedge funds é que são fundos não regulamentados. As únicas regras (pelo menos nos h.f. americanos) são que só pode participar gente com um património muito elevado e têm um limite de 99 participantes.

A ideia é que quem entra nesses fundos pode perder o que lá investiu sem que isso lhe faça grande falta. Os gestores desses fundos podem na prática fazer o que quiserem. Quem lá entra deve saber o risco associado e se não souber o problema é dele, porque por outro lado também não têm nenhum tipo de "rede de segurança" se forem abaixo.

Já o caso de depois irem fundos públicos salvar hedge funds é que é altamente questionável, como aconteceu há anos com o LTCM.

MensagemEnviado: 9/2/2009 18:43
por tmms
nunofaustino Escreveu:Um exemplo (muito) simplista.

Nuno, medidas concretas não tenho.

Cheguei aos mercados há um ano e um mês e, penso que saberás, não tenho qualquer formação nesta área. Tenho apenas percepções do que vou observando à minha volta. Talvez daqui a uns anos possa sugerir medidas concretas, não sei.

Por agora limito-me a observar e levantar questões. Sempre procurando fundamentá-las, como sabes.

Um abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 17:23
por nunofaustino
tmms Escreveu:Eu não instituía nada, gostava que fossem os próprios mercados a descobrir como melhorar e se fortalecerem. É precisamente neste sentido que deixei a minha reflexão inicial.

Para os casos de corrupção (e isso nada tem a ver com os mercados financeiros, existe em todas as áreas) existe o sistema de justiça. Esse sistema assenta nos princípios éticos partilhados por uma civilização num determinado momento histórico. Varia ao longo do tempo e de cultura para cultura. E os mercados estão globalizados, logo aqui vais encontrar um gap...

Um abraço,
Tiago


Um exemplo (muito) simplista.

Os mercados, nos últimos anos, instituíram que se poderia fazer um crédito, juntar esse crédito com outros de qualidades duvidosas, e vende-los como se fossem fantásticos.

Quem não fizesse isso veria os seus concorrentes ganharem músculo suficiente para depois os comprarem.

É óbvio que depois, os piores bancos, aqueles que fizeram as maiores burradas, faliram ou foram nacionalizados, mas essa correcção provocou graves problemas no resto da economia porque todos os bancos foram "obrigados" pelo mercado a seguirem esse caminho (caso contrário a probabilidade de serem comprados era elevada).

O problema é que há sectores que pela sua transversalidade e dimensão têm de ser regulados para evitar exageros. Não se pode deixar essa regulação para os mercados pois eles são lentos a notar esses exageros... o truque, na mho, é não deixar que esses exageros ocorram. E isso só lá vai com regulação e fixação de limites. Repara que isso não impede que haja estratégias que possibilitem a multiplicação do teu $$ por 100x. Essas estratégias têm é de ocupar uma % muito pequena dos bancos ou empresas que permitem essas estratégias.

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 9/2/2009 17:07
por tmms
nunofaustino Escreveu:Já agora, que tipo de regras instituías? É que o que é ético para mim pode ser um atentado moral para ti.

Eu não instituía nada, gostava que fossem os próprios mercados a descobrir como melhorar e se fortalecerem. É precisamente neste sentido que deixei a minha reflexão inicial.

Para os casos de corrupção (e isso nada tem a ver com os mercados financeiros, existe em todas as áreas) existe o sistema de justiça. Esse sistema assenta nos princípios éticos partilhados por uma civilização num determinado momento histórico. Varia ao longo do tempo e de cultura para cultura. E os mercados estão globalizados, logo aqui vais encontrar um gap...

Um abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 16:48
por nunofaustino
tmms Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Tiago, a pergunta é se alguns desses fundos não preferiram nos últimos 10 anos ter resultados fantásticos e terem sido obrigados a fechar os fundos depois? O que ganharam, em muitos casos, compensa este fecho e daqui a uns anos (como já se viu) abrem um fundo com um nome diferente.
Infelizmente, em muitos casos foi esta a realidade.

Ulisses, acredito em cada palavra que escreves e faz sentido.

Na minha opinião esses gestores deveriam estar a gerir fundos "atrás das grades". A existir deviam ser retirados alvarás/licenças (o que seja) a essas entidades gestoras...

Mercado totalmente livre. Máxima liberdade, máxima responsabilidade. Regulação eficaz só para penalizar quem não se rege por um elementar código ético.

PS - Tentei também responder-te aqui Nuno.

Um abraço,
Tiago


Já agora, que tipo de regras instituías? É que o que é ético para mim pode ser um atentado moral para ti.

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 9/2/2009 16:15
por tmms
Ulisses Pereira Escreveu:Tiago, a pergunta é se alguns desses fundos não preferiram nos últimos 10 anos ter resultados fantásticos e terem sido obrigados a fechar os fundos depois? O que ganharam, em muitos casos, compensa este fecho e daqui a uns anos (como já se viu) abrem um fundo com um nome diferente.
Infelizmente, em muitos casos foi esta a realidade.

Ulisses, acredito em cada palavra que escreves e faz sentido.

Na minha opinião esses gestores deveriam estar a gerir fundos "atrás das grades". A existir deviam ser retirados alvarás/licenças (o que seja) a essas entidades gestoras...

Mercado totalmente livre. Máxima liberdade, máxima responsabilidade. Regulação eficaz só para penalizar quem não se rege por um elementar código ético.

PS - Tentei também responder-te aqui Nuno.

Um abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 16:07
por nunofaustino
tmms Escreveu:
nunofaustino Escreveu:Podes pensar em diversas maneiras de regular este sector

Nuno, eu penso que o sector e, no limite o sistema, tem capacidade de se regular a si próprio. Acredito no mercado livre, realmente livre.

É nesse sentido a minha intervenção. Como reduzir "o meu" risco, se for essa a minha intenção, face a determinados factores.

Mas, sempre, permitindo a total liberdade aos fundos que queiram correr riscos elevados de o fazerem. Há espaço para todos e eu não gostaria de ver regras restritivas criadas sem razão. O estado, imho, não deveria interferir nestas matérias.

Eu não quero que me seja retirada a liberdade de ter altas rentabilidades mesmo correndo risco de falência. Máxima liberdade, máxima responsabilidade. Claro que depois não vou pedir ao estado que me ajude porque faliu... se falir aprendo com o erro e começo a construir tudo de raiz.

Um abraço,
Tiago


Eu sou adepto do mercado livre. Mas um mercado desta dimensão, cuja falência (ou a mera existência de problemas graves) pode colocar em risco muitas outras actividades, tem obrigatoriamente de ser regulado. A partir de um certo ponto, a sua actividade tem de ser monitorizada para evitar problemas catastróficos.

Eu não me importo nada que hajam ferramentas para alguém ganhar 1000% num dia de trabalho. Importo-me se o facto desse alguém falir resultar numa crise internacional, recessão, ...

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 9/2/2009 16:02
por Ulisses Pereira
Tiago, a pergunta é se alguns desses fundos não preferiram nos últimos 10 anos ter resultados fantásticos e terem sido obrigados a fechar os fundos depois? O que ganharam, em muitos casos, compensa este fecho e daqui a uns anos (como já se viu) abrem um fundo com um nome diferente.

Infelizmente, em muitos casos foi esta a realidade.

Um abraço,
Ulisses

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:54
por tmms
nunofaustino Escreveu:Podes pensar em diversas maneiras de regular este sector

Nuno, eu penso que o sector e, no limite o sistema, tem capacidade de se regular a si próprio. Acredito no mercado livre, realmente livre.

É nesse sentido a minha intervenção. Como reduzir "o meu" risco, se for essa a minha intenção, face a determinados factores.

Mas, sempre, permitindo a total liberdade aos fundos que queiram correr riscos elevados de o fazerem. Há espaço para todos e eu não gostaria de ver regras restritivas criadas sem razão. O estado, imho, não deveria interferir nestas matérias.

Eu não quero que me seja retirada a liberdade de ter altas rentabilidades mesmo correndo risco de falência. Máxima liberdade, máxima responsabilidade. Claro que depois não vou pedir ao estado que me ajude porque faliu... se falir aprendo com o erro e começo a construir tudo de raiz.

Um abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:42
por Pata-Hari
O aumento do custo médio de acesso ao crédito, não era previsivel, não nesta dimensão. Não se tratou de um aumento normal de custo ao crédito, trata-se da recusa total de fazer crédito para algo que agora é considerado muito arriscado. Acabou-se, kaput, não há mais. Em muitos casos não é sequer uma questão de preço.

Outro factor a contribuir para o fecho de posições foi, por exemplo o impedimento de shortar durante um periodo largo. Muitos fundos ficaram impossibilitados quer de arbitrar, quer de assumir posições tendenciais (na banca, por exemplo).

Como dizes, a questão não é tão simples como possa parecer.

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:41
por nunofaustino
tmms Escreveu:Ulisses, nos mercados não há lugar as desculpas! Como tu sabes. Portanto, não tentes colocar nas minhas palavras coisas que eu não escrevi nem defendo.

Os hedge funds têm meses positivos e negativos. Têm anos positivos e negativos. Faz parte. É mesmo assim. É NATURAL!

A questão que levantei, indirectamente e em tese foi: Até que ponto o resgate massivo não influenciou os performances? Se sim, como "evitar" ou minimizar este efeito e o seu contágio no futuro?

Respondendo a estas duas questões pode reforçar-se o sistema e diminuir o risco no futuro.

Um abraço,
Tiago


Uma das coisas que poderemos pensar qual foi o peso dos resgates dos HF na queda do ano passado. Pessoalmente penso que terá sido um dos factores com maior peso no acelerar e na dimensão da crise nos meses de Out e Novembro.

Pensar que a queda foi devida aos levantamentos é, na mho, tentar arranjar um "bode expiatório". Na mho, a culpa foi de uma análise errada do risco que envolve diversos factores como o aumento da volatilidade, o aumento dos resgates, o nível de alavancagem utlizado, ...

Podes pensar em diversas maneiras de regular este sector, mas a mais importante será tornar mais transparente todas as transacções dos HF. Saber no fim de cada trimestre quais os activos e passivos de cada HF. saber a dívida e as acções/opções/Obrigações/ ... que cada um dos HF possui. Limitar a alavancagem utilizada. Moralizar os lucros obtidos pelos gestores...

A grande maioria destas medidas resultará numa actividade mais controlada, mais transparente e que poderá ser mais facilmente analisada por quem investe o seu dinheiro e pelas entidades que regulam o funcionamento do sistema financeiro. Mas serão muito menos atraentes pois o seu risco será, na gd maioria, menor.

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:32
por tmms
Pata-Hari Escreveu:Tmms, eu tendo a concordar contigo parcialmente. Parcialmente, porque sei que na situação actual de mercados, se não tivessem havido resgates, teria havido outro tipo de dramas: os dramas da impossibilidade de conseguirem o crédito necessário para as alavancagens necessárias e os dramas do aumento do custo do mesmo.

Eu eu concordo contigo nesses dois aspectos.

A realidade é, efectivamente, bem mais complexa do que a minha tese inicial levantou. Ou seja, há vários factores a contribuir para o fecho de posições que não apenas o resgate massivo.

Mas o custo do crédito (à protecção para tal) a as necessidades de alavancagem/desalavancagem (é controlável pelo gestor) devem, por obrigação, estar balizados pelos profissionais destes fundos, ou seja, são factores endógenos à gestão dos mesmos.

Já o resgate massivo é algo de "irracional" (mas legitimo, entenda-se) e, aparentemente, funcionou como factor exógeno (e incontrolável) à gestão dos fundos.

A minha reflexão vai, portanto, no sentido de tentar tornar este risco de "resgate irracional" um factor totalmente quantificável e controlável (na medida do possível e desejável, naturalmente) na gestão destes fundos.

Por outras palavras: qual o risco máximo que podemos correr para não falirmos no caso de haver um resgate massivo?

Abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:20
por Pata-Hari
(tmms, eu respondi mas não deves ter visto porque entretanto mandaste a tua mensagem)

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:18
por tmms
Ulisses, nos mercados não há lugar as desculpas! Como tu sabes. Portanto, não tentes colocar nas minhas palavras coisas que eu não escrevi nem defendo.

Os hedge funds têm meses positivos e negativos. Têm anos positivos e negativos. Faz parte. É mesmo assim. É NATURAL!

A questão que levantei, indirectamente e em tese foi: Até que ponto o resgate massivo não influenciou os performances? Se sim, como "evitar" ou minimizar este efeito e o seu contágio no futuro?

Respondendo a estas duas questões pode reforçar-se o sistema e diminuir o risco no futuro.

Um abraço,
Tiago

MensagemEnviado: 9/2/2009 15:18
por Pata-Hari
Já agora, perder apenas 23% é absolutamente fenomenal. Até taxa variavel perdeu mais que isso.

Tmms, eu tendo a concordar contigo parcialmente. Parcialmente, porque sei que na situação actual de mercados, se não tivessem havido resgates, teria havido outro tipo de dramas: os dramas da impossibilidade de conseguirem o crédito necessário para as alavancagens necessárias e os dramas do aumento do custo do mesmo.