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IMPRIMIREDITORIAL
Ninguém escolhe ser homossexual
12 | 02 | 2009 08.18H
Tenho a certeza de que a homossexualidade não é uma escolha. Ninguém acorda de manhã a dizer «ah, afinal vou optar por me apaixonar por uma pessoa do mesmo sexo e assim tenho garantidos sarilhos para sempre». Afinal, também os heterossexuais não decidem estas coisas, nem por quem se sentem atraídos. Não sei, e acho que ninguém sabe, porque é que a homossexualidade se declara.
Provavelmente, cada caso é um caso, numa conjugação individual de genes, educação e experiência pessoal, mas não é uma doença, com vacina, ou "cura".
O número de tentativas e de suicídios consumados na adolescência entre jovens que descobriram em si tendências homossexuais revela que ser diferente é muito doloroso.
Por isso, sempre que um homossexual se consegue assumir, realizar e ser feliz é uma vitória a celebrar. Mas nada disto justifica a exigência de uma discriminação positiva que parece tão na moda, porque, escolhas sexuais à parte, somos é pessoas, e é isso que importa.
E pessoas adultas sabem que as coisas diferentes correspondem nomes diferentes. O casamento, por exemplo, na fórmula que há séculos lhe é reconhecida, é uma instituição com características específicas, e que, sim, embora seja politicamente incorrecto dizê-lo, interessa à sociedade porque regra geral dá origem a filhos (os que garantem o pagamento das reformas às gerações seguintes).
É compreensível que, quem o defende, lute por ele, sem o direito de ser insultado por isso.
Confesso que quando assisti a uma parada gay e vi tantos homens vestidos de noivas, fiquei angustiada, com a impressão de que manifestavam afinal uma pena enorme por não serem a mais tradicional das virgens, que se apresentam ao altar vestidas de branco.
Garantidos que estão os direitos das uniões entre pessoas do mesmo sexo, fico com a ideia de que alguns pretendem o "título", mais como forma de se imporem aos outros, do que com qualquer outra lógica visível.
O que é certo é que com o ruído que esta proposta do PS causou, a esta hora Sócrates reza para que voltem a falar do Freeport.
Isabel Stilwell | editorial@destak.pt
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Ninguém escolhe ser homossexual
12 | 02 | 2009 08.18H
Tenho a certeza de que a homossexualidade não é uma escolha. Ninguém acorda de manhã a dizer «ah, afinal vou optar por me apaixonar por uma pessoa do mesmo sexo e assim tenho garantidos sarilhos para sempre». Afinal, também os heterossexuais não decidem estas coisas, nem por quem se sentem atraídos. Não sei, e acho que ninguém sabe, porque é que a homossexualidade se declara.
Provavelmente, cada caso é um caso, numa conjugação individual de genes, educação e experiência pessoal, mas não é uma doença, com vacina, ou "cura".
O número de tentativas e de suicídios consumados na adolescência entre jovens que descobriram em si tendências homossexuais revela que ser diferente é muito doloroso.
Por isso, sempre que um homossexual se consegue assumir, realizar e ser feliz é uma vitória a celebrar. Mas nada disto justifica a exigência de uma discriminação positiva que parece tão na moda, porque, escolhas sexuais à parte, somos é pessoas, e é isso que importa.
E pessoas adultas sabem que as coisas diferentes correspondem nomes diferentes. O casamento, por exemplo, na fórmula que há séculos lhe é reconhecida, é uma instituição com características específicas, e que, sim, embora seja politicamente incorrecto dizê-lo, interessa à sociedade porque regra geral dá origem a filhos (os que garantem o pagamento das reformas às gerações seguintes).
É compreensível que, quem o defende, lute por ele, sem o direito de ser insultado por isso.
Confesso que quando assisti a uma parada gay e vi tantos homens vestidos de noivas, fiquei angustiada, com a impressão de que manifestavam afinal uma pena enorme por não serem a mais tradicional das virgens, que se apresentam ao altar vestidas de branco.
Garantidos que estão os direitos das uniões entre pessoas do mesmo sexo, fico com a ideia de que alguns pretendem o "título", mais como forma de se imporem aos outros, do que com qualquer outra lógica visível.
O que é certo é que com o ruído que esta proposta do PS causou, a esta hora Sócrates reza para que voltem a falar do Freeport.
Isabel Stilwell | editorial@destak.pt