Não declarar trabalho doméstico vai deixar de ser crime

[Açor3]

Zona euro
BCE admite corte dos juros para 1,5%
Pedro Duarte
25/02/09 13:59


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O BCE consdiera que apenas a Grande Depressão de 1929-33 é comparável à situação actual.
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Partilhe: Um membro do Conselho do BCE disse que este “não costuma surpreender os mercados” em relação aos juros, e este espera um corte dos juros em Março para os 1,5%.

Ao falar perante uma comissão do parlamento espanhol sobre a possibilidade de um corte dos juros na zona euro de 2,0 para 1,5% no mês que vem, Miguel Angel Ordoñez disse que “normalmente, nós [o BCE] não surpreendemos o mercado”.

Ordoñez, que também é governador do Banco de Espanha, disse, citado pela Reuters, ser “dos que pensam que os juros não devem descer para o zero, porque poderão haver problemas de estabilidade com algumas instituições financeiras, com fundos de investimento e similares. E por isso, seria para o melhor se pudéssemos evitar chegar [aos juros] zero”.

Em relação ao uso de medidas não-convencionais por parte do Banco Central Europeu (BCE) para combater a crise, este responsável explicou que estas “estão em progresso. Temos que continuar a estudar o assunto”.

Miguel Angel Ordoñez relembrou ainda aos parlamentares a seriedade da crise, ao dizer que “é preciso voltar 80 anos atrás no tempo para encontrarmos uma situação de risco global que seja comparável”.

DE

[cest]

Alguem me sabe explicar o porquê de politicas tão diferentes entre o BCE e a FED.

Não deveriam neste momento as taxas estar bem mais baixas na zona euro?

Creio que o medo da inflação neste momento não tem razão de existir, o problema em breve pode ser mesmo é deflação.

Ontem nos EUA, esse expectro foi um pouco afastado derivado a uma ligeira subida da inflação, creio eu que poderá ser os efeitos dos cortes efectuados até ao momento pelo Sr. Bernanke.

Diz-se que as descidas das taxas começam a fazer sentir os seus efeitos ao fim de cerca de 6 meses, e se assim for, aqui pela zona euro as coisas estão atrasadas não?

Bem, perdoem-me se estou enganado, até porque não tenho formação na área, como tal...

Gostaria no entanto de saber a opinião dos entendidos, é uma forma de tambem eu aprender mais alguma coisa.

[Açor3]

Trichet diz que BCE vai providenciar liquidez ilimitada pelo tempo que for necessário
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, afirmou hoje que a autoridade monetária da Zona Euro vai providenciar aos bancos liquidez ilimitada pelo tempo que for necessário para enfrentarem a crise do crédito.

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Ana Filipa Rego
arego@negocios.pt


O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, afirmou hoje que a autoridade monetária da Zona Euro vai providenciar aos bancos liquidez ilimitada pelo tempo que for necessário para enfrentarem a crise do crédito.

“Estamos agora a providenciar – e isto é muito raro – financiamento ilimitado para os bancos da Zona Euro com maturidades que vão de uma semana a seis meses em troca de activos colaterais ilegíveis”, afirmou Trichet, citado pela Bloomberg, acrescentando que “vamos permanecer em activo o tempo que for necessário”.

Os bancos centrais, desde Washington a Tokio reduziram as taxas de juro e injectaram milhões nos seus sistemas bancários devido a esta crise.

O Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de juro de referência em 225 pontos base desde o dia 2 de Outubro e expandiu o balanço em “cerca de dois terços”, sublinhou o responsável.

Segundo a mesma fonte, os mercados financeiros estão a absorver uma “correcção continuada”, e acrescentou que “o retorno progressivo da confiança é uma das condições necessárias para enfrentar as actuais dificuldades”.


JN

[Açor3]

Trichet
“As respostas à crise não podem comprometer o futuro”
Eudora Ribeiro
16/02/09 16:42


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Trichet alerta para a necessidade de respostas à crise que permitam uma recuperação sustentada.
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BCE não tem pressa em acelerar resposta à crise 09:59
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) alerta que os responsáveis mundiais devem assegurar-se que as respostas à recessão mundial não põem em causa o futuro.

"É extremamente importante que os responsáveis não pensem apenas em soluções de curto-prazo mas adoptem antes estratégias de longo-prazo, com o objectivo de assegurarem uma recuperação sustentada", disse Trichet ao falar hoje no Parlamento Europeu, em Bruxelas, citado pela Bloomberg.

"Também nos temos de assegurar que as nossas decisões de hoje não abrem caminho a problemas semelhantes no futuro", sublinhou Trichet.

Na semana passada também o Presidente da República, Cavaco Silva, disse que "em tempos de crise não podemos hipotecar as gerações futuras", em reacção aos números do INE, que revelaram que a economia portuguesa está na pior recessão dos últimos 16 anos.

BCE aposta numa estratégia menos agressiva

Os peritos notam que o BCE tem adoptado uma política monetária menos agressiva do que a Reserva Federal norte-americana (Fed) e o Banco de Inglaterra, mesmo com a zona euro a enfrentar a pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.

Actualmente, os juros nos Estados Unidos estão num nível próximo de zero e o Banco de Inglaterra desceu a sua taxa de referência até 1%. Já na zona euro, os juros estão nos 2%.

"A nossa principal prioridade tem sido e continua a ser assegurar a estabilidade dos preços na zona euro no médio prazo", acrescentou o presidente do BCE, sublinhando que este "é o melhor contributo para salvaguardar a estabilidade geral na zona euro".



Diario Economico

[Açor3]

Europa
BCE não tem pressa em acelerar resposta à crise
Pedro Duarte
16/02/09 09:59


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A autoridade monetária liderada por Jean-Claude Trichet não tem pressa em tomar novas medidas para o combate à crise.
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Partilhe: Os responsáveis do BCE voltaram a indicar que não se sentem pressionados a escalar as medidas de combate à crise de crédito, minimizando os receios sobre a saúde fiscal de algumas nações da zona euro.

“Já introduzimos várias medidas não-convencionais” para combater a crise, afirmou hoje em Roma Axel Weber, governador do banco central alemão, depois de no fim de semana o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ter declarado que “ainda não foi tomada nenhuma decisão para além das medidas não-convencionais” anunciadas até agora.

Os analistas contactados pela Bloomberg notam que o BCE está sob forte pressão para seguir os passos da Reserva Federal dos EUA e do Banco de Inglaterra, no sentido de comprar a dívida emitida pelo Governo ou pelas empresas.

Os investidores estão também a apostar que o preço dos pacotes de resgate da banca e dos projectos de estímulo económico vão colocar uma grande pressão nas finanças públicas dos países da zona euro, dificultando as capacidades dos governos em cumprir os pagamentos das suas obrigações.

“Eu diria que a zona euro não está em questão”, afirmou ontem Trichet no final da reunião do Grupo dos G-7, adiantando que tem “confiança total e absoluta de que os governos em questão vão continuar a tomar as decisões apropriadas para manterem políticas sustentáveis, em particular na área fiscal”.

Recentemente, a agência de notação Standard & Poor’s reviu em baixa os seus ‘ratings’ para as dívidas de Portugal, Espanha e Grécia, devido às preocupações com o peso das medidas anti-crise nos orçamentos destes países.

JN

[Açor3]

Sulla

Tenho que agradar a todos...

[Açor3]

Papademos diz que BCE deverá cortar juros para níveis recorde em Março
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse que os responsáveis da autoridade monetária deverão optar por reduzir a taxa de juro de referência para o valor mais baixo de sempre no próximo mês.

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Ana Filipa Rego
arego@negocios.pt


O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse que os responsáveis da autoridade monetária deverão optar por reduzir a taxa de juro de referência para o valor mais baixo de sempre no próximo mês.

“Mais um corte deverá ser apropriado”, afirmou o responsável, citado pela Bloomberg, acrescentando que “não vejo uma dependência, ou sequência necessária, entre o nível ou política de taxas e uma possível adopção de medidas não estandardizadas”.

O BCE está sob pressão para seguir a Reserva Federal (Fed) e o Banco de Inglaterra em anunciar como é que vai estimular a economia ao mesmo tempo que reduzem os juros para níveis recorde.

Enquanto os responsáveis do BCE dizem que não querem reduzir juros para zero, o nível actual (2%) já está em mínimos históricos.

O presidente Jean Claude Trichet na semana passada recusou dizer se o BCE tem planos imediatos para comprar dívida nem governamental nem das empresas. Por outro lado, a Fed já está a comprar dívida das empresas e o Banco de Inglaterra diz que está preparado para gerar dinheiros para ajudar a economia.

Papademos disse que é demasiado cedo para dizer que o abrandamento económico na Zona Euro já terminou.


Jornal Negócios

[Sulla]

Então Açor...e as meninas dotadas que nos bridas nos teus avatares???

[Açor3]

Euribor voltam a ceder mas taxa a seis meses resiste acima dos 2%
As Euribor prosseguem a movimentação descendente, iniciada em Outubro. Completaram, hoje, a 86ª sessão consecutiva de queda, mas a taxa a seis meses, a mais utilizada nos contratos de crédito à habitação em Portugal, continua sem quebrar a barreira dos 2%.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@negocios.pt


As Euribor prosseguem a movimentação descendente, iniciada em Outubro. Completaram, hoje, a 86ª sessão consecutiva de queda, mas a taxa a seis meses, a mais utilizada nos contratos de crédito à habitação em Portugal, continua sem quebrar a barreira dos 2%.

Segundo a European Banking Federation (EBF), a Euribor a seis meses desceu 1,8 pontos base para 2,036%, o que representa o valor mais baixo desde Abril de 2004. Já a taxa a três meses, que na penúltima sessão caiu abaixo dos 2%, recuou para 1,968%, atingindo um novo mínimo de Março de 2004.

As taxas Euribor continuam a reflectir as quatro descidas de juros realizadas pelo Banco Central Europeu (BCE) desde Outubro, passando a taxa de juro de referência para a Zona Euro dos 4,25% para os actuais 2%.

A taxa a três meses está já abaixo deste patamar e a Euribor a seis meses aproxima-se cada vez mais do nível de juros do BCE. Um reflexo da expectativa de que a autoridade monetária da Zona Euro anuncie novos cortes de juros. A taxa deverá voltar a cair já em Março.


Jornal Negócios

[Ulrich]

...o BCE insiste em não explicar a sua estratégia de forma concreta...

Ola Ulrich,

A estrategia ja foi explicada. Basicamente sao tres pontos:

Para evitar uma "liquidity trap", ou seja, quando os juros estao a zero ou quase entao ja nao ha espaco para se estimular a procura. O BCE decidiu guardar mais um ou dois cartuchos no bolso.
Se os juros forem para zero, a medida pode provocar um feedback-loop pois os consumidores em vez de comprarem hoje ficam a espera alguns meses porque sabem que sera mais barato no futuro.
Quando a recuperacao economica comecar, se os juros subirem do zero ou quase zero, podem abortar a fragil recuperacao. Quando os juros baixam para zero e muito dificil subi-los sem haver um impacto grande na economia.

Tudo o que esta acima faz sentido. O BCE esta a ser criticado, sobretudo pelos media economicos USA/UK (sempre foi) e por politicos europeus a quererem sacudir a agua do capote. Mas ate agora parece-me que tem sido o mais sensato.

Abraco

CN

Merci (Trichet)C.N.
Excelente a clareza e capacidade de síntese na tua explicação, todos os pontos foram focados.
Eu talvez não me tenha expressado da melhor forma,a minha dúvida é acerca da política(a de curto prazo foi bem explicada por ti) a médio prazo que implica também as decisões que são agora tomadas e que vão influenciar a política futura.

Abraço

[Açor3]

Política monetária
BCE admite colocar juros no mínimo histórico de 1,5% em Março
A próxima reunião do Banco Central Europeu poderá fazer história na união monetária, caso se confirme a expectativa do mercado de um novo corte de 50 pontos base no custo do dinheiro, que colocaria as taxas nos 1,5%, o nível mais baixo desde a criação do euro há dez anos.

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Susana Domingos
sdomingos@negocios.pt


A próxima reunião do Banco Central Europeu poderá fazer história na união monetária, caso se confirme a expectativa do mercado de um novo corte de 50 pontos base no custo do dinheiro, que colocaria as taxas nos 1,5%, o nível mais baixo desde a criação do euro há dez anos.

Ontem, o conselho de governadores manteve inalteradas as taxas directoras em 2%, uma decisão que não surpreendeu já que o presidente do BCE tinha sido mais claro que nunca em Janeiro ao afirmar que a reunião de hoje não teria relevância em termos de política monetária.

Quanto ao próximo passo, Trichet foi um pouco mais enigmático do que nos últimos meses. Deixou todas as hipóteses em aberto, afirmando que em Março irá "analisar todos os dados, os factos e agir de acordo com a estratégia de médio prazo" para a manutenção da estibilidade dos preços. Embora cauteloso, acabou por admitir: "Não excluo que possamos cortar as taxas de juro na próxima reunião". E, caso o venha a fazer, a dimensão do corte será semelhante às anteriores, ou seja, de 50 pontos base, acabou por confirmar à imprensa.

Mais agressivo foi o Banco de Ingaterra que voltou ontem a cortar as taxas de juro, em meio ponto percentual, para 1%, o nível mais baixo desde que a instituição foi fundada pelo rei William III, em 1694, para financiar o esforço de guerra com a França. Desde Outubro passado, o governador do banco central já cortou as taxas directoras em 4 pontos percentuais, numa tentativa de reanimar a economia e evitar que a actual recessão se aprofunde e degenere em depressão.


Jornal Negócios

[Pata-Hari]

C.N., concordo plenamente contigo. Acrescenta também que neste momento o drama não está nos nível de juros mas nas avaliações de níveis de risco pelos bancos e que são traduzidos pelos spreads e pela contenção de crédito. Esses sim, afectam as empresas de modo mais directo que as próprias taxas.

[C.N.]

...o BCE insiste em não explicar a sua estratégia de forma concreta...

Ola Ulrich,

A estrategia ja foi explicada. Basicamente sao tres pontos:

Para evitar uma "liquidity trap", ou seja, quando os juros estao a zero ou quase entao ja nao ha espaco para se estimular a procura. O BCE decidiu guardar mais um ou dois cartuchos no bolso.
Se os juros forem para zero, a medida pode provocar um feedback-loop pois os consumidores em vez de comprarem hoje ficam a espera alguns meses porque sabem que sera mais barato no futuro.
Quando a recuperacao economica comecar, se os juros subirem do zero ou quase zero, podem abortar a fragil recuperacao. Quando os juros baixam para zero e muito dificil subi-los sem haver um impacto grande na economia.

Tudo o que esta acima faz sentido. O BCE esta a ser criticado, sobretudo pelos media economicos USA/UK (sempre foi) e por politicos europeus a quererem sacudir a agua do capote. Mas ate agora parece-me que tem sido o mais sensato.

Abraco

CN

[Ulrich]

Numa altura de grande instabilidade financeira e económica, o BCE insiste em não explicar a sua estratégia de forma concreta.

Será para aguentar o Euro, será para obrigar a "poupança" generalizada, será para tornar o Euro numa moeda "porto de abrigo" em detrimento do Dólar.

Até que ponto os diferentes interesses nacionais afectam as escolhas do BCE?

Será que não se pode divulgar a estratégia para sair melhor que todos nesta crise?

O cavalo de batalha sempre foi a manutenção da inflação <2%(em circunstâncias normais), não entendo.

Qual a vossa opinião acerca da verdadeira estratégia do BCE?

Abraço

[Ulisses Pereira]

Não, acho que esta decisão é mais do que esperada e estava mais do que descontada, não condicionando em nada a evolução dos mercados nos próximos tempos.

Um abraço,
Ulisses

[luis.live]

Ulisses, aproveitando a deixa, achas que esta decisao vai levar os mercados a lateralizarem mais nas próximas semanas?

[Ulisses Pereira]

Tal como o esperado, o BCE (Banco Central Europeu) acaba de manter as taxas de juro na zona Euro inalteradas.

Há meia hora atrás, o Bank of England cortou em 50 pontos base as taxas de juro no Reino Unido, também em linha com o que era previsto.

Um abraço,
Ulisses