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MensagemEnviado: 4/2/2009 4:46
por limpaesgotos
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Número de acções a cotar abaixo de um euro duplica

Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt


O ano que passou ficou para a história como um dos piores para as acções, com a crise a provocar uma razia no valor em bolsa. Desde o final de 2007, o número de títulos a negociar abaixo do valor simbólico de um euro mais que duplicou no mercado nacional. As chamadas "penny stocks" passaram de sete a 16.

Se no início do ano passado não existia qualquer cotada a transaccionar abaixo do valor nominal no índice de referência nacional, actualmente o PSI-20 conta com três acções avaliadas em menos de um euro. Banco Comercial Português (BCP), Sonae SGPS e Teixeira Duarte são agora todas "penny stocks", designação anglo-saxónica para os títulos que transaccionam com uma cotação em cêntimos (pennies em inglês).

Um euro pode parecer um valor muito pequeno a pagar por uma acção. Mas as aparências enganam. Não é por um título valer menos de um euro que quer dizer que é barato ou pertence a uma empresa de pequena pequena. Na realidade, uma companhia pode estar a ser transaccionada abaixo do valor nominal e os seus papéis estarem a negociar caros face a outras empresas do sector.

Outra ideia errada associada às "penny stocks" tem a ver com a dimensão da empresa. Na praça portuguesa, uma das empresas com maior peso no índice negoceia abaixo do valor nominal. O BCP, avaliado em 3,71 mil milhões de euros, está actualmente a cotar abaixo de um euro.

Metade das empresas vale em bolsa menos que o seu capital

MensagemEnviado: 4/2/2009 4:43
por limpaesgotos
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=352618

Metade das empresas vale em bolsa menos que o seu capital
Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
André Veríssimo
averissimo@mediafin.pt

A forte queda das acções ao longo dos últimos 12 meses atirou metade das empresas do principal índice da bolsa para um valor inferior ao capital dos accionistas. Uma avaliação que pode reflectir uma penalização excessiva das cotadas no actual contexto depressivo, mas também a dúvida dos investidores sobre o impacto da crise no balanço.

Warren Buffett, que construiu a maior fortuna do mundo comprando empresas em bolsa, elege a relação entre o valor de mercado de uma cotada e o seu valor contabilístico ou capital próprio como um dos principais indicadores para escolher os seus alvos. Este rácio, que em inglês dá pelo nome de "price/book value", analisa quantas vezes o valor em bolsa reflecte o montante que resulta da diferença entre os activos de uma empresa e o seu passivo.

Na prática, é o que sobraria para os accionistas caso a companhia abrisse falência naquele momento. Sempre que o rácio é inferior a um, significa que a empresa está a negociar abaixo do seu valor contabilístico.

Uma das utilidades deste indicador é verificar se as empresas estão a negociar a desconto ou a prémio. E, no actual contexto de incerteza, surge como o favorito dos investidores para comparar a avaliação de empresas dentro do mesmo sector, em detrimento da análise da relação entre o valor em bolsa e os lucros.