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MensagemEnviado: 16/2/2009 11:23
por Celsius-reloaded
Avaiar acima do mercado porquê??

MensagemEnviado: 16/2/2009 10:07
por JCS
Dívidas forçam Manuel Fino a entregar 10% da Cimpor à Caixa

O empresário Manuel Fino, principal accionista da construtora Soares da Costa, está prestes a entregar cerca de metade da participação de 20,3% que tem na Cimpor à Caixa Geral de Depósitos (CGD), como forma de liquidar parte do empréstimo de várias centenas de milhões de euros que contraiu junto do banco público. Ao que o Negócios apurou, o investidor vai saldar parte da dívida contraída para comprar acções através da entrega de cerca de 10% da cimenteira à CGD. No entanto, o acordo de reestruturação do financiamento dá a Fino o direito de, a qualquer momento nos próximos três anos, recomprar aquela participação. Durante este período, o banco não pode vender as acções.O entendimento entre a Investifino, "holding" pessoal de Manuel Fino, e a Caixa ficou fechado na semana passada e deverá ser formalizado através de um contrato de dação em pagamento, a celebrar nos próximos dias. O acordo pressupõe que os 10% da Cimpor sejam avaliados, para efeitos desta cedência de titularidade, acima do actual valor de mercado que ronda os 250 milhões de euros, soube o Negócios.

2009/02/16 - 07:23
Fonte: Jornal de Negócios

MensagemEnviado: 29/1/2009 20:42
por nunofaustino
Conquistador Escreveu:
Nunofaustino Escreveu:Mas sim, houve muita gente que se endividou demasiado e agora ninguém pede justificações aos dirigentes dos bancos que fizeram esses empréstimos.

Um abr
Nuno


E alguém pediu justificações a quem contraiu as dividas?
Se não o fizeram aos endividados, porque haveriam de o fazer aos bancos?
Os bancos não são sociedades filantrópicas e altruístas.

Cumprimentos,


Esses já estão a pagar a dívida que têm com posses que não têm.

E os bancos não são sociedades filantrópicas, mas ultimamente parecem refugiados a pedir auxílio financeiro...

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 29/1/2009 20:29
por tiopatinhas
Há muito pessoal que anda distraído neste país à beira mar plantado...
Estes tipos não lêem o Caldeirão :?:
Quantas e quantas vezes o Mestre das barbas aqui do nosso quiosque afirmou solenemente que nunca, mesmo nunca, se deve pedir empréstimos para com esse dinheiro investir em bolsa :?: :?:
Ulisses, esse discurso já está gasto, não :?: Manda um mail a essse pessoal, antes que volte a cair no mesmo erro :mrgreen: :mrgreen:

MensagemEnviado: 29/1/2009 20:15
por scpnuno
O que eu aho preocupante neste caso, ´que o que foi dado como garantia não foram uns "borrões" ou uns "mamarrachos" como no caso do Berardo (passe a minha falta de respeito pelas obras de arte) mas as acções de uma empresa. O emprego de quase 1900 pessoas - só em empregos directos. Quase os mesmos que a Qimonda.

Acho uma total irresponsabilidade por parte dos bancos aceitarem acções como garantia. Qualquer "idiota" sabe que é uma coisa que pode valorizar ou desvalorizar. Se estes "empresários-investidores" fossem obrigados a dar como garantia dos empréstimos as suas casinhas, os seus pópos, barquinhos, aviões etc, talvez

1º Pensassem duas vezes antes de os dar como garantia e se meterem em altos voos.

2º Seria mais facil os bancos irem buscar os valores em divida sem porem em causa os empregos das pessoas

3º Os empresários fossem empresários e os especuladores - especuladores

4º Talvez se preocupassem mais com a liquidação das dividas sabendo o que estava em causa. Assim éfacil, eles sabem que os bancos não querem as acções para nada, que elas não cobrem as dividas, que vai ser negociado.

Enfim, irresponsabilidade.

Mas isto foi só um desabafo, não liguem que eu não percebo nada disto

MensagemEnviado: 29/1/2009 20:05
por Ulisses Pereira
scpnuno, foi ao encontro com a ideia que tinha.

Um cenário que me parece cada vez mais provável é que o fundo das cotações dos Bancos em Portugal possa ser feito quando estes accionistas capitularem.

Um abraço,
Ulisses

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:53
por scpnuno
Cá vai

A fonte é o jornal de negocios, em papel, comprado por mim

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:43
por CerealKiler
JCS Escreveu:Outra questão que dá que pensar é a impressionante fragilidade accionista do Banco Comercial Português.

Se olharmos para a situação critica em que se encontram Berardo, Fino, Teixeira Duarte (etc), dá que pensar caso algo corra para o pior dada a dimensão da instituição. Quase parece uma corrida para ver quem está em pior situação. Caso o banco necessite de apoio dos seus accionistas, penso que a situação irá ser algo complicada.

Pelo que se tem lido o BCP está com um conjunto alargado de accionistas incapazes de qualquer esforço financeiro, parecendo a instituição desamparada quando comparada com os seus rivais.

Dá que pensar principalmente quando penso que a crise ainda agora começou...

Cumprimentos

JCS


é essa fragilidade que o BBVA quer aproveitar para adquirir pelo menos 25% do BCP, precisa só de autorização dos reguladores. (só uma interpretãção que faço das noticias da comunicação social)

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:26
por JCS
Outra questão que dá que pensar é a impressionante fragilidade accionista do Banco Comercial Português.

Se olharmos para a situação critica em que se encontram Berardo, Fino, Teixeira Duarte (etc), dá que pensar caso algo corra para o pior dada a dimensão da instituição. Quase parece uma corrida para ver quem está em pior situação. Caso o banco necessite de apoio dos seus accionistas, penso que a situação irá ser algo complicada.

Pelo que se tem lido o BCP está com um conjunto alargado de accionistas incapazes de qualquer esforço financeiro, parecendo a instituição desamparada quando comparada com os seus rivais.

Dá que pensar principalmente quando penso que a crise ainda agora começou...

Cumprimentos

JCS

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:21
por Ulisses Pereira
Sim e por não serem sociedades filantrópicas é que se têm que preocupar com as perdas que estão a ter e algumas delas resultantes do crédito mal parado e do investimento em outras instituições completamente dizimadas pelas crise do "subprime".

Nunca me verão a defender que a culpa do endividamenteo excessivo de alguém é dos Bancos. Mas que, a partir desta crise, esse passa a ser também um problema dos Bancos não tenho a menor dúvida.

Um abraço,
Ulisses

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:07
por Conquistador
Mas sim, houve muita gente que se endividou demasiado e agora ninguém pede justificações aos dirigentes dos bancos que fizeram esses empréstimos.

Um abr
Nuno[/quote]

E alguém pediu justificações a quem contraiu as dividas?
Se não o fizeram aos endividados, porque haveriam de o fazer aos bancos?
Os bancos não são sociedades filantrópicas e altruístas.

Cumprimentos,

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:07
por Ulisses Pereira
Completamente de acordo em tudo. Acrescento apenas uma ideia minha para responder à tua pergunta. Por que é que ninguém é responsabilizado? Porque, infelizmente, era prática generalizada.

Se o "Bear market" continuar, começarão a aparecer situações deste género muito complicadas.

Um abraço,
Ulisses

MensagemEnviado: 29/1/2009 19:02
por nunofaustino
Ulisses Pereira Escreveu:scpnuno, claro que sim.

Nuno, não sabes o grau de imprudência. Não sabes o valor que foi dado como garantia. E eu pergunto-te: Alguém foi castigado pelos créditos à habitação concedidos a algumas pessoas com um risco de não cumprimento grande?

Um abraço,
Ulisses


Tens razão... não sei as condições específicas. Mas quando se empresta dinheiro para investir na bolsa o valor que tem de ser dado como garantia tem de ser superior (em %) do que o valor que se dá para comprar uma casa. E o valor da perda do Berardo, TDU, Fino, implica que alguns deles estão em situação muito complicada (para não dizer crítica) devido à queda das cotações onde investiram...

Mas sim, houve muita gente que se endividou demasiado e agora ninguém pede justificações aos dirigentes dos bancos que fizeram esses empréstimos.

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 29/1/2009 18:55
por Ulisses Pereira
scpnuno, claro que sim.

Nuno, não sabes o grau de imprudência. Não sabes o valor que foi dado como garantia. E eu pergunto-te: Alguém foi castigado pelos créditos à habitação concedidos a algumas pessoas com um risco de não cumprimento grande?

Um abraço,
Ulisses

MensagemEnviado: 29/1/2009 18:20
por nunofaustino
hum... alguém foi "castigado" pela imprudência na atribuição destes empréstimos e, mais importante ainda, nas condições em que estes empréstimos foram mantidos até agora?

Um abr
Nuno

MensagemEnviado: 29/1/2009 18:14
por scpnuno
Ulisses (ou outro administrador) - posso colocar aqui um scanner da noticia completa? Está aqui a haver alguns mal entendidos

MensagemEnviado: 29/1/2009 14:07
por artista_
Ou seja, é mais um caso idêntico ao do comendador Berardo... Não sei até que ponto não houve alguma falta de cuidado com esses créditos, embora há ano e meio fosse difícil prever que teriamos uma crise tão grave!

abraços

artista

MensagemEnviado: 29/1/2009 13:37
por MNFV
Ulisses, tens toda a razão.
Obrigado pelo esclarecimento

MensagemEnviado: 29/1/2009 13:29
por Ulisses Pereira
mnfv, apenas um esclarecimento. A minha leitura da notícia é de que essas acções já teriam sido compradas e o que se está a renegociar são os créditos concedidos para a quisição dessas acções no passado.


Um abraço,
Ulisses

Fino ultima acordo com CGD sobre crédito para acções

MensagemEnviado: 29/1/2009 11:38
por MNFV
Para mim esta noticia levanta duas questões:

- A CGD não devia estar mais preocupada em injectar dinheiro na economia do que na carteira de acções pessoal de um cidadão comúm?

- Ao surgir a noticia das acções que o Fino quererá comprar, a CMVM não devia investigar esta situação como tentativa de manipulação de mercado?


«Manuel Fino está a ultimar negociações com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) relativamente aos créditos contraídos pela sua "holding" pessoal, Investifino, para adquirir acções, designadamente do Banco Comercial Português (BCP), da Soares da Costa e da Cimpor. »

in http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=351618