Elias,
Além disso, como referi no post inicial, se o objectivo da empresa fosse reduzir a quantidade de papel, já teria começado a emitir facturas em papel reciclado
Para quem não sabe, o papel reciclado deixa muito mais pó que o papel novo, apesar de terem melhorado a qualidade do papel reciclado ainda não é possível utiliza-lo nas impressoras de alto débito, ou seja tudo o que é extracto bancários e facturas de serviços massificados, como EDP, telefone, etc....
Há poucos anos, os fabricantes de impressoras laser não davam garantia às mesmas se o papel utilizado fosse o reciclado, actualmente já há fabricantes que não colocam obstáculos à sua utilização, mas estamos a falar de impressoras de gama baixa, nada do que se utiliza para imprimir extractos bancários ou facturas da agua, electricidade, etc....
Há quem olhe para uma garrafa meia e diga que esta está meio cheia e há quem diga que está meio vazia. No caso das toalhas de hotel, tu pensas que estás a ser manipulado, utilizando o “verde” como argumento para aumentar os lucros dos mesmos, eu penso de maneira diferente, penso que se eles diminuírem os custos podem fazer melhores preços para os consumidores e ainda permite atenuar o desgaste que fazemos ao meio ambiente, como vês são 2 perspectivas diferentes sobre o mesmo facto.
Não abdico de nada para ser mais verde, faço separação do lixo porque tenho condições para o fazer, separo as garrafas plásticas porque há uma campanha em favor de instituições de deficientes que recebe cadeiras de rodas e outros equipamentos em troca de tampas plásticas, que funciona como podem verificar:
Na sequência da 1ª Assembleia-Geral da Associação Tampa Amiga, vem a Comissão Instaladora comunicar o seguinte a todos os interessados.
A missão da Associação Tampa Amiga é a divulgação da ideia da recolha de tampas de plástico, cujo valor é convertido em material ortopédico. Durante os últimos anos, assistiu-se por todo o país, incluindo as ilhas, a variados movimentos de solidariedade, baseados nesta ideia, tendo-nos chegado centenas de cartas, já para não falar das tentativas de contacto por e-mail, que acabámos por desactivar, por falta de capacidade de resposta da nossa parte.
O facto da Associação ter sido criada sem meios próprios, e uma vez que todo o dinheiro gerado pelas acções de solidariedade de recolha de tampas estar a ser gerido pelas empresas de Recolha e Valorização de Resíduos, sem passar pela Associação, fez com que a Associação nunca tivesse conseguido criar uma estrutura material e humana que lhe permitisse dar resposta às inúmeras solicitações. Por outro lado, a forma completamente exponencial como as acções de solidariedade de recolha de tampas se multiplicou por todo o país, nunca foi acompanhada com um aumento dos meios da Associação, nem em termos de patrocinadores, que foram inexistentes, como ao nível de associados, que era à data da realização da assembleia, de apenas 21.
As acções de solidariedade de recolha de tampas para reverter em material ortopédico dependem neste momento da adesão de um sistema de Recolha e Valorização de Resíduos, pois são estas empresas que recebem um valor subsidiado pela Sociedade Ponto Verde, à volta dos 500-600€ por tonelada de tampas. Um particular, ou outra entidade sem protocolo com a Sociedade Ponto Verde, não consegue receber valores desta ordem, e não consegue rentabilizar custos de estrutura e transporte, pois as empresas recicladoras pagam bastante menos a tonelada. A Sociedade Ponto Verde recebe eco-taxas dos produtores de garrafas de plástico, e depois utiliza essas verbas para subsidiar as actividades de recolha e valorização, das empresas com as quais tem protocolos. Ou seja, sempre que uma destas empresas de Recolha e Valorização de Resíduos quiser aderir à campanha, é possível realizá-la. Sempre que estas empresas não queiram aderir, não é possível ter a campanha a funcionar.
O centro de tudo são portanto estas empresas, e não a Associação.
Sentimos que fizemos o que nos foi possível, e que apesar de tudo conseguimos dinamizar este movimento, tendo contribuindo directa ou indirectamente para a entrega de dezenas de cadeiras de rodas e outro material ortopédico a pessoas carenciadas. No entanto, e postos perante uma Assembleia-Geral onde apenas compareceram os próprios membros da Comissão instaladora, não nos resta outra opção senão a de encerrar a actividade da Associação, esperando que os movimentos de solidariedade continuem, sempre que as empresas de Recolha e Valorização de Resíduos assim o desejarem e permitirem.
O facto de a Associação deixar de existir não implica que os movimentos e campanhas de recolha de tampas terminem. Apenas implica que um dos interlocutores, que nunca conseguiu ser o principal, deixa de existir.
A todos os interessados em continuar a campanha, pedimos que contactem a empresa de Recolha e Valorização de Resíduos da vossa zona, e proponham-lhes a ideia. Esta actividade é interessante para eles: ajuda nos objectivos de recolha e de ensino e sensibilização à população relativamente à reciclagem, ao mesmo tempo que a imagem da empresa é associada positivamente a uma causa social, ao oferecerem material ortopédico aos mais carenciados na comunidade em que se inserem.
Sou presidente da AP de um agrupamento de escolas com 2200 alunos, normalmente aparecem 20 pais, em 4400 possíveis ou seja se não se preocupam com o futuro dos filhos, porque vão preocupar-se com o futuro do planeta? A sorte dos nossos filhos é que somos só 10 milhões, ou seja uma minoria na Europa, logo com um pouco de sorte, por muita **** que façamos talvez eles (os nossos filhos) se safem....
- vou de autocarro em vez de carro (para reduzir as emissões de combustível); levo 50 minutos em vez de 20 minutos a chegar ao trabalho
Eu trabalho a 100 km do meu local de residência, antes ia de carro, agora vou de transportes públicos, antes demorava 1h10m agora demoro 1h:35m, só em combustível, portagens e pneus poupo 5000 € por ano, mas alem disso deixei de apanhar multas por excesso de velocidade e na pratica ganhei tempo já que vou a ler ou a dormir ou a tratar de assuntos por telemóvel, para mim, viva os transportes públicos!!!.
- envio um e-mail para uma empresa em vez de uma carta (para poupar papel); a mailbox não é lida e a minha mensagem não chega ao destino
O facto de enviares uma carta não é garantia que ela seja lida ou que chegue a quem de direito, não consigo descortinar vantagens em enviar uma carta em vez de enviar um email, pelo contrario, demora mais tempo a chegar ao destino (nem sempre chega) e é mais caro para ti. Eu envio email em vez de cartas porque é mais eficaz e eficiente.
- faço uma “vaquinha” com um vizinho para irmos juntos de carro (poluindo metade do que irmos em carros separados); deixo de ter flexibilidade horária para dispor do meu tempo, logo perco em eficiência
Na minha opinião só se justifica esse tipo de atitudes quando as vantagens são superiores às desvantagens, compete a cada um decidir, conheço pessoas que o fazem para poupar dinheiro e não para ser amigo do ambiente.
- faço as minhas compras de supermercado pela Internet (para não gastar gasolina a ir ao supermercado); demoro duas horas a compor o carrinho em vez dos 20-30 minutos que levo habitualmente e ainda pago mais pelo serviço; e ainda fico com uma carga de nervos do caraças
Conheço muitas pessoas que pensam exactamente o contrário de ti, fazem as compras pela Internet porque poupam tempo e dinheiro, só não faço o mesmo porque não tenho esse serviço na minha zona de residência.
- faço as minhas transferências bancárias pela Internet (para não ter perder tempo a ir ao banco); se for feita depois das 15 horas só é considerada como sendo no dia seguinte, ao passo que se for ao balcão consigo, em certos balcões, fazê-lo até às 17 horas ou mais.
Eu faço tudo pela Internet, permite-me poupar tempo e os custos de ter que ir ao banco.
- ligo para o serviço de apoio a clientes para esclarecer uma dúvida qualquer (para não ter de ir à loja e não gastar combustível) e fico em espera meia hora, a pagar a chamada, sem saber quantas pessoas estão à minha frente, fazendo-me perder o meu tempo.
Meia hora nunca fiquei mas garanto-te que gastas menos em telefone do que ir de carro e poupas tempo.
- e por fim ainda há o caso das facturas electrónicas que referi no início deste post, em que estou a poupar uma folha de papel e a perder em eficiência (e a aumentar em custos)
Pois, eu facturas electrónicas não tenho, vivo na província e os serviços municipalizados ainda não tem dessas modernices, mas extractos bancários já é tudo em formato digital, poupo imenso tempo a arquivar nas pastas (no computador), não ocupa espaço e tenho a vantagem quando mudo de casa, não ter que levar umas “toneladas” de papel atrás.. (não mudo todos os dias de casa, mas quando mudei da ultima vez, só em papel, foi uma trabalheira....
Sobre os serviços informatizados é uma maravilha, nunca mais entrei numa repartição de finanças, fila e filas enormes, horas desperdiçadas, etc...viva a informatização dos serviços, é fantástico o tempo que poupamos, eu poupo, tudo o que posso faço pela net ou por email, bilhetes de avião, férias, viagens, simulações de custos, etc, etc...
Na década de 80 estive na Suiça, nessa época já eles tinham os sacos para a **** dos cães, não vi policia nenhum atrás deles e vi eles apanharem a **** com os sacos, também vi umas caixas de jornais em que as pessoas tiravam o jornal e depois colocavam a moeda, fiquei espantado e pensei, somos mesmo bárbaros.....
Como expliquei no inicio quando uma garrafa está meia, há quem considere que está meio cheia, há quem considere que está meio vazia..
Um abraço
Alexandre Santos