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Espanha e Portugal em recessão até 2011
Economia20/01/09, 01:00
OJE
Portugal vai manter-se em recessão até 2011, sendo aliás, a par com Espanha, os dois únicos países da Zona Euro a somarem dois anos consecutivos com um crescimento negativo do Produto Interno Bruto (PIB). Nas suas previsões económicas intercalares, ontem apresentadas em Bruxelas, a Comissão Europeia indica para 2009 uma contracção da economia portuguesa de 1,6%, o dobro do admitido no cenário macro-económico com que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, preparou o Orçamento de Estado suplementar e a actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento. Em 2010, o PIB recuará 0,2%, apesar de na segunda metade deste ano já se sentirem sinais de recuperação.
Os dois anos de recessão serão marcados pela subida do défice público, por um aumento do desemprego e uma descida da inflação. Bruxelas adianta que o arrefecimento da economia já se fazia sentir desde 2007, devido ao arrefecimento do investimento privado e das exportações.
A Comissão refere que o pacote de estímulo orçamental do Governo deverá contribuir para o aumento do PIB, sobretudo do investimento. De acordo com as estimativas de Bruxelas, o pacote terá um impacto de 0,8% no PIB, a que se somarão mais 0,45% do PIB em apoios comunitários.
Os custos com o pacote de estímulo, o aumento dos subsídios de de-semprego, a baixa das receitas fiscais e o aumento dos encargos com a dívida pública, terão um impacto fortíssimo sobre o défice orçamental, que mais do que duplicará num ano, subindo de 2,2% do PIB, em 2008, para 4,6%, no final de 2009. A dívida pública, por seu lado, subirá para 68,2% do PIB, em 2009 e chegará aos 71,7%, no ano seguinte, um nível recorde histórico. A desaceleração da actividade económica atirará a taxa de desemprego de 7,8% para 8,8% em 2009, e para 9,1% em 2010.
Nas suas projecções intercalares, Bruxelas estima que o PIB conjunto das 16 economias da Zona Euro recue 1,9%, este ano, marcando a primeira recessão desde o arranque da moeda única europeia há dez anos. Para o conjunto dos 27 estados-membros da União Europeia (UE), a quebra será de 1,8%, este ano. Dos países do euro, apenas cinco - Grécia, Chipre, Malta, Eslováquia e Eslovénia - não entrarão em recessão em 2009.
Espanha e Portugal em recessão até 2011
Economia20/01/09, 01:00
OJE
Portugal vai manter-se em recessão até 2011, sendo aliás, a par com Espanha, os dois únicos países da Zona Euro a somarem dois anos consecutivos com um crescimento negativo do Produto Interno Bruto (PIB). Nas suas previsões económicas intercalares, ontem apresentadas em Bruxelas, a Comissão Europeia indica para 2009 uma contracção da economia portuguesa de 1,6%, o dobro do admitido no cenário macro-económico com que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, preparou o Orçamento de Estado suplementar e a actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento. Em 2010, o PIB recuará 0,2%, apesar de na segunda metade deste ano já se sentirem sinais de recuperação.
Os dois anos de recessão serão marcados pela subida do défice público, por um aumento do desemprego e uma descida da inflação. Bruxelas adianta que o arrefecimento da economia já se fazia sentir desde 2007, devido ao arrefecimento do investimento privado e das exportações.
A Comissão refere que o pacote de estímulo orçamental do Governo deverá contribuir para o aumento do PIB, sobretudo do investimento. De acordo com as estimativas de Bruxelas, o pacote terá um impacto de 0,8% no PIB, a que se somarão mais 0,45% do PIB em apoios comunitários.
Os custos com o pacote de estímulo, o aumento dos subsídios de de-semprego, a baixa das receitas fiscais e o aumento dos encargos com a dívida pública, terão um impacto fortíssimo sobre o défice orçamental, que mais do que duplicará num ano, subindo de 2,2% do PIB, em 2008, para 4,6%, no final de 2009. A dívida pública, por seu lado, subirá para 68,2% do PIB, em 2009 e chegará aos 71,7%, no ano seguinte, um nível recorde histórico. A desaceleração da actividade económica atirará a taxa de desemprego de 7,8% para 8,8% em 2009, e para 9,1% em 2010.
Nas suas projecções intercalares, Bruxelas estima que o PIB conjunto das 16 economias da Zona Euro recue 1,9%, este ano, marcando a primeira recessão desde o arranque da moeda única europeia há dez anos. Para o conjunto dos 27 estados-membros da União Europeia (UE), a quebra será de 1,8%, este ano. Dos países do euro, apenas cinco - Grécia, Chipre, Malta, Eslováquia e Eslovénia - não entrarão em recessão em 2009.