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Caldeirão da Bolsa

Portugal deverá viver recessão "severa" em 2009

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

JPMorgan prevê queBCP, BES e BPI precisem de 3,1 mil milhões

por Açor3 » 19/1/2009 13:03

Corta previsões de lucros e baixa "targets"
JPMorgan prevê que BCP, BES e BPI precisem de 3,1 mil milhões de euros
O JPMorgan acredita que os três maiores bancos nacionais cotados, o BCP, o BES e o BPI, vão necessitar de um máximo de 3,1 mil milhões de euros para fortalecerem os rácios de solvabilidade, sendo a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira aquela que suscita maior preocupação ao banco de investimento norte-americano.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


O JPMorgan acredita que os três maiores bancos nacionais cotados, o BCP, o BES e o BPI, vão necessitar de um máximo de 3,1 mil milhões de euros para fortalecerem os rácios de solvabilidade, sendo a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira aquela que suscita maior preocupação ao banco de investimento norte-americano.

“Estamos preocupados com as posições de capital dos bancos portugueses, receando que não seja fortes o suficiente para lidarem com o actual ambiente” económico, referem os analistas Ignacio Cerezo e Andrea Unzueta, do JPMorgan, numa nota de “research” sectorial emitida hoje, a que o Negócios teve acesso.

O BES apresenta um “core tier 1” de 5,5%, o BCP de 6,1% e o BPI de 7%, segundo o banco de investimento. Nesta base, “advogamos uma recapitalização generalizada dos bancos portugueses”, salienta.

O JPMorgan estima “as necessidades de capital em 850 milhões a 1,6 mil milhões de euros para o BCP, entre 850 milhões e 1,2 mil milhões para o BES e cerca de 350 milhões para o BPI”.

Queda de 26% dos lucros ao ano até 2011

Na mesma nota de investimento, o JPMorgan efectuou um corte de 55% a 70% nas estimativas de resultados do BCP, BES e BPI. Assim, o banco norte-americano prevê uma quebra acentuada dos lucros das três instituições financeiras cotadas nacionais.

Antecipa uma descida média anual de 26% nos resultados líquidos agregados, entre 2008 e 2011, como reflexo do “anémico crescimento na concessão de crédito, queda na margem financeira e do aumento gradual do crédito malparado”.

“Targets” descem e BCP com margem para cair

Com base neste cenário, os analistas Ignacio Cerezo e Andrea Unzuet reviram as avaliações atribuídas a cada um dos três bancos. As recomendações mantiveram-se, mas os “targets” caíram, sendo o BCP o único a apresentar potencial de queda face à cotação actual.

O novo preço-alvo para as acções do liderado por Carlos Santos Ferreira é de 0,71 euros, o que compara com os anteriores 1,25 euros, e a cotação actual de 0,81 euros. O BCP tem potencial para cair 12,35%, sendo “o menos preferido” do JPMorgan para quem os títulos “não incluem o provável aumento de capital”.

A avaliação do BPI, “a nossa preferência”, foi a que sofreu a maior redução, mas o “target” continua a conferir margem de progressão de 7,78% face ao novo preço-alvo de 3,70 euros. O BES, apresenta um potencial de subida de quase 30%, apesar do corte de 37,5% do “target” para 8,00 euros.

Banco "Target" "Target" anterior Var. Cotação Potencial Recomendação
BCP 0,71 € 1,25 € -43,2% 0,81 € -12,35% "Underweight"
BES 8,00 € 12,80 € -37,5% 6,17 € 29,66% Neutral
BPI 1,80 € 3,70 € -51,4% 1,67 € 7,78% Neutral
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por Açor3 » 19/1/2009 12:53

Portugal e Espanha são os únicos países que vão permanecer em terreno negativo em 2010


19/01/2009


A crise económica vai arrastar a larga maioria dos países europeus para terreno negativo neste ano.

Mas, segundo as novas previsões da Comissão Europeia, a recuperação – que deverá começar a ser sentida a partir do segundo semestre – será particularmente lenta em Portugal e Espanha. De acordo com as novas previsões de Bruxelas, os países ibéricos serão mesmo os únicos da Zona Euro que permanecerão em terreno negativo em 2010.

Para ambos, a nova previsão é de uma contracção de 0,2%, que compara com um crescimento médio da área do euro de 0,4%.
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por fosgass » 19/1/2009 12:37

Há coisas que me deixam preplexo... então numa economia como a portuguesa só há 8% de desempregados??? Querem-me convencer que dos 5 milhões de activos em Portugal, só 400mil é que não têm emprego? e os 40 mil emigrantes em espanha, contam para que lado? e pessoas como eu, que tiveram que emigrar recentemente? eu não duvido que o desemprego real em Portugal ultrapasse, há muito, os 10%!!

2009 vai ser o ano do acelerar do fecho das empresas têxteis (mais 150k novos desempregados), da Quimonda (mais 2000) e de outras empresas que nunca deram lucro... agora imaginem o impacto no PIB!

Estes números são todos a fingir porque não estão neles reflectidos os problemas estruturais da nossa economia - a começar na taxa de desemprego que só conta com aqueles que estão inscritos o IEFP... e os outros?
 
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por Açor3 » 19/1/2009 11:54

PIB contrai 1,6% em 2009 e desemprego sobe para 8,8%
Bruxelas antecipa que Portugal recue o dobro do previsto pelo Governo (act)
A Comissão Europeia reviu hoje em forte baixa as suas previsões para a economia portuguesa, antecipando uma contracção severa de 1,6% do Produto Interno Bruto, quando ainda em Novembro esperava um crescimento, ainda que residual, de 0,1%. Este novo valor significa que Bruxelas espera Portugal recue este ano o dobro dos 0,8% esperados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.

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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt


A Comissão Europeia reviu hoje em forte baixa as suas previsões para a economia portuguesa, antecipando uma contracção severa de 1,6% do Produto Interno Bruto, quando ainda em Novembro esperava um crescimento, ainda que residual, de 0,1%. Este novo valor significa que Bruxelas espera Portugal recue este ano o dobro dos 0,8% esperados pelo Governo e pelo Banco de Portugal.

As novas previsões do Executivo comunitário, actualizadas a título extraordinário devido à acelerada degradação da conjuntura internacional, revêem também significativamente em alta os números para o desemprego – em Novembro, Bruxelas antecipava um taxa de 7,9%, agora fala de 8,8% – e dos valores para o défice, que passam de 2,8% para 4,6%.

Em ambos os casos, as previsões da Comissão são muito mais desfavoráveis do que as do Governo (ver tabela). Quanto à evolução dos preços, Bruxelas prevê uma forte desaceleração da taxa de inflação, que deverá situar-se em 1%, mas, ainda assim, não antecipa o cenário de deflação.

Recorde-se que a "Economist Intelligence Unit" (EIU), que organiza hoje uma conferência em Lisboa com a participação do primeiro-ministro, José Sócrates, converteu-se na semana passada na primeira instituição a fazer uma previsão de sinal negativo para a evolução média dos preços, ao antecipar uma deflação de 0,3% para o ano de 2009 - o que, a concretizar-se, será um facto inédito nos anais da economia portuguesa.

Desemprego em máximos desde a adesão à UE

As previsões intercalares para 2009-2010 publicadas hoje, em Bruxelas, são menos negras do que as da EIU. Ainda assim, e mais uma vez ao contrário do Governo, a Comissão espera que a economia portuguesa se mantenha em terreno negativo pelo menos até 2010, ano em que a economia se contrairá 0,2%.

Em consequência, o desemprego continuará a agravar-se para atingir 9,1% da população activa, atingindo o valor mais altos desde, pelo menos, a entrada de Portugal na então-CEE, em 1986.

Já o défice orçamental, deverá em 2010 sofrer uma ligeira correcção, de duas décimas, para 4,6%.

Sublinhe-se, porém, que estas novas as previsões de Bruxelas não tomaram em consideração a proposta de Orçamento Suplementar para 2009 e a revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento português (PEC) apresentadas na última sexta-feira pelo Governo, segundo avança a agência Lusa, citando uma fonte comunitária.

Previsões para Portugal 2009
Comissão Europeia "Economist" OCDE Governo
novas anteriores
PIB -1,6% 0,1% -2% -0,2% -0,8%
Desemprego 8,8% 7,9% 8,9% 8,5% 8,5%
Inflação 1% 2,3% -0,3% 1,3% 1,2%
Défice orçamental* 4,6% 2,8% 4,5% 2,9% 3,9%

* em % do PIB
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Penso que não nos devemos alhear

por mcarvalho » 18/1/2009 16:28

dos actos eleitorais embora farto deste vigaristas todos

Os que não forem filiados, tenham compromissos, ou não recebam luvas dos partidos devem distribuir os votos por todos
 
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por mfsr1980 » 18/1/2009 15:09

É uma realidade muito dura! Contráriamente ao pensamento predominante, eu acho que o PS nem maioria absoluta nem maioria relativa irá ter!

Abraço de
Miguel Rodrigues
 
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por limpaesgotos » 18/1/2009 12:53

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=123412

Portugal

2009 será ano de deflação e com défice público de 4,5% - Economist

Portugal vai ter um ano de deflação em 2009, com os preços a caírem 0,3 por cento, perspectivam os especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU), e o défice público deve subir para 4,5 por cento do PIB

De acordo com relatório sobre a economia portuguesa divulgado sexta-feira pelo EIU (especialistas pertencentes ao grupo editorial que detém a revista britânica The Economist), em 2008 a taxa de inflação será de 2,6 por cento, valor que deve baixar para menos 0,3 por cento em 2009 (ver tabela).

Imagem

Essa descida dos preços não deverá prolongar-se para 2010, altura em que a taxa de inflação média deve subir para 1,8 por cento, segundo os mesmos analistas.

«A inflação irá continuar a cair na primeira metade de 2009 e nós perspectivamos uma deflação suave de 0,3 por cento para o conjunto de 2009», pode ler-se no relatório. A justificar essa deflação (conceito que ilustra uma queda generalizada e continuada dos preços e considerado perigoso porque leva ao adiamento das decisões de compra por parte dos consumidores, limitando a actividade económica) deve estar a fraqueza da procura e os efeitos de base do preço do petróleo (estes últimos estiveram muito elevados em 2008, um cenário que não se deve repetir em 2009).

Ao nível das contas públicas, o défice orçamental deve ficar em 2009 nos 4,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima do limite de 3,0 por cento do Pacto de Estabilidade e Crescimento, para no ano seguinte voltar a deteriorar-se para 4,8 por cento.

O governo perspectiva um défice de 3,9 por cento para 2009 e de 2,9 por cento para 2010. Este e o próximo ano serão de recessão em Portugal, refere ainda o EIU, com a economia a contrair-se 2,0 por cento em 2009 e 0,1 por cento em 2010, penalizada pela queda da procura interna (consumo e investimento) e das exportações.

Estas previsões foram publicadas antes do governo rever em baixa o seu cenário macroeconómico, mas continuam a ser mais pessimistas que as do Executivo. Na sexta-feira ao início da noite, o governo anunciou que espera uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8 por cento em 2009 e um crescimento de 0,5 por cento em 2010.

Também ao nível do desemprego o EIU é mais pessimista que o governo: a taxa deve subir este e no próximo ano para 8,8 e 9,0 por cento, respectivamente, valores abaixo das previsões de 8,5 e 8,2 por cento do Executivo.

O défice externo, medido pelo saldo da balança corrente, deve melhorar para 8,5 por cento do PIB em 2009 e para 8,2 por cento em 2010.

Do ponto de vista político, os analistas do Economist acreditam no aumento da instabilidade política, com o PS a ganhar as legislativas mas sem maioria absoluta e com a «deterioração» das relações entre o governo e Presidente da República.
Cumprimentos.


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Portugal deverá viver recessão "severa" em 2009

por Açor3 » 18/1/2009 12:05

18.01.2009 - 10h17
Por Lusa
A economia portuguesa deverá viver uma recessão "severa" este ano, a par de um "exigente" ciclo eleitoral, antecipam especialistas do Economist Intelligence Unit (EIU) que participam amanhã numa conferência em Lisboa com empresários e membros do Governo.

O Economist, que organiza até terça-feira a quarta mesa redonda empresarial com o Executivo português, considera que Portugal tem de enfrentar em 2009 um desafio duplo: a "recessão económica severa" e o "ciclo eleitoral exigente", pode ler-se na página de Internet do Economist Intelligence Unit (EIU), equipa de técnicos que pertence no grupo editorial do Economist.

Para este ano estão marcadas eleições legislativas, autárquicas e para o Parlamento Europeu.

Segundo o relatório do Economist, a economia portuguesa deverá contrair-se 2,0 por cento em 2009 e 0,1 por cento em 2010.

Os analistas do EIU antecipam que o governo de Sócrates centre este ano a sua actividade em medidas de amortecimento da crise, a caminho das eleições.

O PS deverá voltar a sair vencedor das eleições legislativas, mas desta vez sem a maioria absoluta, numa altura em que o maior partido da oposição, o PSD, continua a esforçar-se por aparecer como um "adversário sério", segundo os analistas do Economist.

Segundo os analistas, a consolidação orçamental conseguida em Portugal nos últimos tempos será provavelmente anulada em 2009 e 2010, dado o abrandamento da economia, com o défice orçamental a subir para os 4,5 por cento do PIB este ano e para os 4,8 por cento em 2010, ultrapassando por dois anos o limite dos 3,0 por cento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Tal como habitualmente, o encontro organizado pelo Economist será à porta fechada, tendo como tema este ano "Construir uma economia baseada no conhecimento".

O impacto da crise mundial em Portugal, as qualificações dos trabalhadores portugueses e a possibilidade de Portugal se tornar num centro de investigação, desenvolvimento e inovação serão alguns dos assuntos em cima da mesa, bem como a competitividade da economia portuguesa e as políticas prioritárias do Governo para este ano.

O primeiro-ministro afirmou no início de Dezembro que, em consequência das políticas de investimento realizadas ao longo dos últimos três anos, Portugal gastou 1,18 por cento do PIB em ciência e que o sector privado ultrapassou pela primeira vez o Estado no investimento total nesta área.

Da lista de participantes na conferência do Economist fazem parte diversos membros do Governo (o primeiro-ministro e os ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Economia e Inovação, e o secretário de Estado do Orçamento) e o governador do Banco de Portugal.

No rol de empresários encontram-se ainda responsáveis da Sonae, Alcatel, BES, Mota Engil, Iberol e da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), entre outros.

O Economist Conferences, organizador da mesa redonda, pertence ao grupo Economist, que publica a revista britânica "The Economist".
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