
Melhor emprego do mundo ao alcance de portuguesa
LUÍS GALVÃO, no Canadá
Turismo. Christine Estima faz parte da 'short list' de 50 candidatos
Seis meses a tomar conta de uma ilha na Austrália valem 60 mil euros
Christine Estima faz parte do lote de 50 finalistas candidatos ao melhor emprego do mundo. Nascida em Toronto, de ascendência portuguesa e libanesa e actualmente a residir em Londres, a jovem espera passar seis meses na ilha de Hamilton, na Austrália, a mergulhar, fazer vela, escrever blogues, e promover o turismo no paradisíaco local - e ser (bem) paga para isso.
A decisão de participar no concurso foi encorajada por amigos que viram o anúncio e acharam que ela seria a pessoa ideal para o trabalho. Soube ser finalista a 2 de Março, o dia em que completou 28 anos.
Para se fazer notar entre os 30 mil concorrentes ao emprego, Christine criou e interpretou uma espécie de rap onde se refere às suas experiências de viajante, vegetariana, escritora e amante da Natureza. O vídeo tem a duração de apenas um minuto e dá nas vistas pela ausência de efeitos especiais, sonoros ou visais: é apenas ela a falar, rimando, para a câmara. Esta foi aliás uma decisão dela, de fazer um vídeo de aspecto amador, e de tentar captar a atenção dos espectadores usando apenas as suas palavras e uns adereços que de tão simples se tornam cómicos.
Tendo ganho o gosto pela aventura desde que ganhou uma viagem de Interail em 2005, visitou desde então o Médio Oriente, a Europa de Leste e a Ocidental, a América do Sul e as Caraíbas.
Desde que se mudou para a Inglaterra, decidiu estreitar os laços com Portugal, tendo conseguido recentemente a sua naturalização e o almejado passaporte. A grande vantagem é que pode agora trabalhar muito mais à vontade na Europa, livre das anteriores restrições resultantes de ter apenas um visto de trabalho; num texto recente no seu blogue em que descreve as peripécias de ganhar dupla cidadania, diz que valeu a pena porque agora "se um dia acordar e me apetecer ser polaca, posso mudar-me para a Polónia".
Autora de contos e peças de teatro, trabalhou também como jornalista freelancer na área de cultura (crítica de cinema, música e livros) e de viagens. Além desta experiência de escrita, que será com certeza útil para os textos que terá de escrever (caso ganhe, claro) acerca da ilha, tem ainda um blogue que dá pelo nome de The Spadina Monologues (Spadina é o nome de uma avenida de Toronto, e rima com o título da peça The Vagina Monologues). Como seria de esperar, um dos mais recentes textos menciona o facto de estar no grupo de finalistas, e apela ao voto na sua "candidatura".
Christine tem também em seu favor o facto de ter experiência em frente das câmaras, já que participou no controverso reality show inglês Quando as Mulheres É Que Mandam, que descreveu como "um teste sociológico". Neste programa televisivo as mulheres davam ordens e os homens obedeciam - sendo que aos homens que participaram não foi dito antecipadamente que essas eram as regras do jogo.
A jovem luso-canadiana, por seu lado, sabe muito bem o que fazer se ganhar o emprego: com os mais de 60 mil euros (123 mil dólares australianos) tenciona continuar a viajar pelo mundo fora, um mundo que descreve como "a minha loja de brinquedos".
DN
LUÍS GALVÃO, no Canadá
Turismo. Christine Estima faz parte da 'short list' de 50 candidatos
Seis meses a tomar conta de uma ilha na Austrália valem 60 mil euros
Christine Estima faz parte do lote de 50 finalistas candidatos ao melhor emprego do mundo. Nascida em Toronto, de ascendência portuguesa e libanesa e actualmente a residir em Londres, a jovem espera passar seis meses na ilha de Hamilton, na Austrália, a mergulhar, fazer vela, escrever blogues, e promover o turismo no paradisíaco local - e ser (bem) paga para isso.
A decisão de participar no concurso foi encorajada por amigos que viram o anúncio e acharam que ela seria a pessoa ideal para o trabalho. Soube ser finalista a 2 de Março, o dia em que completou 28 anos.
Para se fazer notar entre os 30 mil concorrentes ao emprego, Christine criou e interpretou uma espécie de rap onde se refere às suas experiências de viajante, vegetariana, escritora e amante da Natureza. O vídeo tem a duração de apenas um minuto e dá nas vistas pela ausência de efeitos especiais, sonoros ou visais: é apenas ela a falar, rimando, para a câmara. Esta foi aliás uma decisão dela, de fazer um vídeo de aspecto amador, e de tentar captar a atenção dos espectadores usando apenas as suas palavras e uns adereços que de tão simples se tornam cómicos.
Tendo ganho o gosto pela aventura desde que ganhou uma viagem de Interail em 2005, visitou desde então o Médio Oriente, a Europa de Leste e a Ocidental, a América do Sul e as Caraíbas.
Desde que se mudou para a Inglaterra, decidiu estreitar os laços com Portugal, tendo conseguido recentemente a sua naturalização e o almejado passaporte. A grande vantagem é que pode agora trabalhar muito mais à vontade na Europa, livre das anteriores restrições resultantes de ter apenas um visto de trabalho; num texto recente no seu blogue em que descreve as peripécias de ganhar dupla cidadania, diz que valeu a pena porque agora "se um dia acordar e me apetecer ser polaca, posso mudar-me para a Polónia".
Autora de contos e peças de teatro, trabalhou também como jornalista freelancer na área de cultura (crítica de cinema, música e livros) e de viagens. Além desta experiência de escrita, que será com certeza útil para os textos que terá de escrever (caso ganhe, claro) acerca da ilha, tem ainda um blogue que dá pelo nome de The Spadina Monologues (Spadina é o nome de uma avenida de Toronto, e rima com o título da peça The Vagina Monologues). Como seria de esperar, um dos mais recentes textos menciona o facto de estar no grupo de finalistas, e apela ao voto na sua "candidatura".
Christine tem também em seu favor o facto de ter experiência em frente das câmaras, já que participou no controverso reality show inglês Quando as Mulheres É Que Mandam, que descreveu como "um teste sociológico". Neste programa televisivo as mulheres davam ordens e os homens obedeciam - sendo que aos homens que participaram não foi dito antecipadamente que essas eram as regras do jogo.
A jovem luso-canadiana, por seu lado, sabe muito bem o que fazer se ganhar o emprego: com os mais de 60 mil euros (123 mil dólares australianos) tenciona continuar a viajar pelo mundo fora, um mundo que descreve como "a minha loja de brinquedos".
DN