Sobre preço-alvo
JPMorgan corta EDP Renováveis de "neutral" para "underweight"
O JPMorgan desceu a recomendação atribuída à EDP Renováveis de "neutral" para "underweight", na sequência do forte desempenho do título nas últimas semanas e que o colocou a negociar com um desconto de 8% face ao preço-alvo atribuído para o final de 2009. O banco de investimento reviu em alta a avaliação da companhia dos anteriores 6,20 euros para 6,30 euros.
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Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
O JPMorgan desceu a recomendação atribuída à EDP Renováveis de “neutral” para “underweight”, na sequência do forte desempenho do título nas últimas semanas e que o colocou a negociar com um desconto de 8% face ao preço-alvo atribuído para o final de 2009. O banco de investimento reviu em alta a avaliação da companhia dos anteriores 6,20 euros para 6,30 euros.
O JPMorgan avança numa nota de investimento de hoje que 40% do EBITDA da empresa liderada por Ana Maria Fernandes provém dos Estados Unidos, o que justifica que a EDP Renováveis tenha beneficiado com o plano de estímulos de Obama.
“Acreditamos que o mercado está a ignorar a relativamente elevada exposição aos instáveis preços de energia e a mais elevada alavancagem do grupo face à Iberdrola Renovables e à EDF”, acrescenta o banco.
“O título negoceia actualmente a um desconto de 8% face ao nosso preço-alvo baseado no método da soma-das-partes de 6,30 euros por acção para Dezembro de 2009 (antes era de 6,20 euros), o que compara com a média de 33% do sector”, avança a equipa de “research” do JPMorgan.
“A menos que os detalhes [sobre o plano de estímulos de Obama para as energias renováveis] sejam radicalmente mais generosos do que as primeiras notícias sugeriram, esperamos que o título sofra um “sell-off” após a confirmação dos planos”, frisam os analistas do JPMorgan.
O banco de investimento acrescenta que desceu as previsões de EBITDA para o final do ano em 8%.
Numa nota de investimento sobre as “utilities” europeias, o JPMorgan sublinha que as renováveis superaram, no geral, em 25%, a “performance” das “utilities” desde meados de Novembro, impulsionadas pelas expectativas de planos de estímulos e da reabertura dos mercados de crédito.
O banco de investimento acrescenta que tendo em conta as avaliações, a exposição a preços de energia mais baixos em 2009 e a perspectiva de “venda” após a confirmação das notícias do plano de estímulos norte-americanos e os factores de utilização do quarto trimestre de 2008, ficou mais conservador quanto ao sector.
A Iberdrola Renovables é considerada pelo JPMorgan como o “player” preferido justificando que esta companhia “oferece a melhor combinação de histórico, diversificação e compromisso contínuo com o fornecimento”.
As acções da EDP Renováveis seguiam a desvalorizar 0,70% para os 5,71 euros.
Cumps.