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Enviado:
27/12/2008 18:51
por vset
Vivam,
quando é desvantajoso ter dinheiro em depósitos em vez de bens?
Em deflacção?
Cumprimentos!
Que fazer ao dinheiro em plena crise?

Enviado:
26/12/2008 11:23
por Açor3
QUE FAZER AO DINHEIRO EM PLENA CRISE?
PEDRO FERREIRA ESTEVES
Perspectivas. Antecipar as melhores opções de poupança durante 2009 é um exercício difícil, em plena crise económica grave e numa altura em que os efeitos do 'congelamento' do crédito continuam a fazer-se sentir. Ainda assim, quem dispõe de dinheiro tem de fazer escolhas. E há algumas opções
'Casos' na banca mudaram a relação com os clientes
O próximo ano oferece um conjunto de desafios a quem tiver de tomar decisões de poupança. Onde aplicar o dinheiro, quando o fazer, como investir, são questões de resposta difícil, num período marcado por uma recessão de contornos ainda desconhecidos e na ressaca de uma crise de confiança no sector financeiro. Apesar de as regras de sempre ganharem uma importância acrescida, a mudança mais estrutural prende-se com a relação que as instituições vão passar a ter com os clientes .
Para além das alterações impostas pelos reguladores - um efeito dos diversos problemas de clareza que afectam o sector português de poupança -, a crise financeira e, sobretudo, os diversos "casos" que essa crise provocou, vão equilibrar as forças entre aforrador e banco. "A forma como se resolver a crise de confiança entre bancos e clientes é que ditará as melhores soluções para investir", explicou ao DN um responsável do sector financeiro, que pediu para não ser identificado.
Isto é, os bancos vão adaptar-se ao que os clientes estiverem dispostos a fazer, em vez de tentarem vender-lhes as soluções mais interessantes para a sua própria gestão interna. Numa altura em que a confiança nas instituições financeiras está abalada, cabe-lhes a função de convencer os clientes a voltarem a confiar-lhes o dinheiro. Para um gestor de carteiras de um grande banco português, "nada vai ser como antes desta crise, os bancos vão ser obrigados a ser mais transparentes".
Mas essa mudança de paradigma na relação com o banco traz também responsabilidades acrescidas para os aforradores. "A crise que se vive também é, em parte, da responsabilidade de quem confiou cegamente nos bancos para dar elevados retornos com baixo risco. A pressão para obter resultados era forte e ajudou a provocar os problemas que conhecemos", acrescentou o mesmo gestor de activos.
Descida da Euribor muda tudo
Com o peso das decisões a transferir-se gradualmente para os clientes, que soluções há, então, ao seu dispor num ano tão imprevisível como 2009? Numa sondagem feita por vários gestores de investimento do mercado português, as opções dividem-se temporalmente. Numa primeira fase - que coincidirá com o fecho do primeiro trimestre, início do segundo - a liquidez continua a dominar.
"O ideal, nessa fase, é continuar a aproveitar as taxas mais altas dos depósitos a prazo, resultantes ainda da forte concorrência entre os bancos para captar recursos" resumiu Diogo Cunha, do Banco BIG.
Este período irá durar enquanto o preço do dinheiro continuar elevado. Algo que nem a forte e vincada descida das Euribor está a reflectir (trata-se sobretudo de um efeito das injecções em massa de dinheiro pelos bancos).
No entanto, a descida das Euribor é uma realidade que irá alterar o paradigma dos últimos anos no mercado de aforro. Os depósitos acabarão por perder o fulgor que apresentam agora e produtos como os certificados de aforro também sofrerão consequências nos seus rendimentos.
Nessa altura - que poderá surgir em pleno Verão ou, se a crise perdurar, só no final do ano ou início do próximo -, as acções passarão a ser olhadas de outra forma pelos investidores.
Independentemente das opções, uma ideia deve presidir a todas as decisões dos investidores: adaptar as escolhas ao perfil de risco, à idade, ao futuro profissional e aos objectivos de poupança. Porque pode haver soluções melhores, mas nenhuma é universal.