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MensagemEnviado: 17/12/2008 23:46
por MarcoAntonio
Já agora, fica aqui uma intervenção do PSG do Negócios que hoje no Jornal da Tarde tentava explicar isto mesmo de como, através da baixa da taxa, se está a tentar combater (ou evitar) uma possível deflacção.

De notar que a baixa da taxa (que por si promove o consumo e convida ao investimento via crédito) não ocorre isolada. Simultaneamente o FED está a "inundar" a economia de dolars para forçar a inflacção...

Ao mesmo tempo, isto está a fazer com que o Dolar desvalorize (resultado: dolar vale menos, produtos saiem mais caros "em dolars").


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=345766

MensagemEnviado: 17/12/2008 20:19
por RiscoCalculado
Já agora um gráfico da Effective Fed Funds rate:

Imagem

http://research.stlouisfed.org/fred2/series/DFF

na realidade as taxas efectivas já se encontravam bem abaixo da target rate há algum tempo e a FED apenas se limitou a "reconhecer" o que já estava a acontecer.


Como tinha dito, a parte mais significativa da intervenção de ontem diz respeito à intervenção planeada (compras) nos mercados de:

agency debt, mortgage-backed securities
e
longer-term Treasury securities

MensagemEnviado: 17/12/2008 18:52
por EuroVerde
salvadorveiga Escreveu:"If Americans ever allow banks to control the issue of their currency, first by inflation and then by deflation, the banks will deprive the people of all property until their children will wake up homeless."~ Thomas Jefferson


Mas continuo a acredito que o Citi não vai à falência!
Não o vão deixar cair.

MensagemEnviado: 17/12/2008 18:17
por salvadorveiga
"If Americans ever allow banks to control the issue of their currency, first by inflation and then by deflation, the banks will deprive the people of all property until their children will wake up homeless."~ Thomas Jefferson

Caro Beatles

MensagemEnviado: 17/12/2008 15:31
por Bullet23
beatles Escreveu:Aceito a tua justificação e lanço uma pergunta.
Explica p.f. então quais seriam na tua opinião as medidas adequadas para combater esta crise que à semlhança das medidas abruptas que criticas é uma crise violenta, abrupta de dimensões historicamente colossais


O problema é que ninguém sabe!
O próprio Bernake cada vez que baixa juros diz, espero que isto sirva para estancar o problema. O que aconteçe é que passado pouco tempo lá estão eles a baixar juros novamente e com a mesma conversa.
Eles devem estar entre a espada e a parede!
E provavelmente nós também....
Dá uma vista de olhos sobre este link:

http://www.marketoracle.co.uk/Article7737.html


Cumprimentos

MensagemEnviado: 17/12/2008 15:28
por EuroVerde
A longo prazo eu estou muito optimista em relação às bolsas. O EUA são muito flexiveis e dinamicos, a rapidez em baixar juros ao longo de 2008 vai aliviar imenso a economia e portanto é quase por um tris que isto não vai tomar o mesmo caminho que o Japão na decada passada. Acredito numa boa retoma a começar no final de 2009.

Jim Rogers diz que vai ver-se livre de dólares. Warren Buffett não os abandona nem por nada.

Re: Deflação

MensagemEnviado: 17/12/2008 15:17
por MarcoAntonio
petrius Escreveu:A minha opinião é a seguinte: com taxas tão baixas, próximas do zero, não estaremos a abrir uma porta a uma perigosíssima deflação?

Não foi isso que aconteceu no Japão, na década passada e ainda acontece?

Parece-me que há receio no BCE eu baixar as taxas abaixo dos 2%, por esses mesmos motivos!

É preferivel alguma inflação do que deflação.Esta significa uma estagnação dos preços que afugenta o investimento.Ninguém investe quando os preços estão consecutivamente a caír.Porque é que eu vou comprar hoje se amanhã estará mais barato?

Cumprimentos para todos.


A baixa da taxa de juro tenta evitar uma deflacção.

A deflacção poderá resultar da quebra do consumo e consequente disparar da taxa de desemprego que poderia fazer entrar a economia numa espécie de ciclo-vicioso onde quebra de consumo nuns sectores, provoca despedimento, o que por sua vez acaba por se reflectir em mais quebra de consumo no mesmo e noutros sectores, provocando mais despedimentos, etc.

À medida que o consumo vai retraindo, os preços vão baixando (na tentativa/desespero de vender bens/serviços) mas com o crescimento do desemprego isso não é suficiente.

Ao baixar a taxa de juro pretende-se que as famílias e as empresas tenham maior desafogo (maior liquidez, seja por pagarem menos nos créditos actuais seja pela maior facilidade e menor custo/risco em contrair novos) evitando/atenuando as fortes quebras no consumo que já se começam a verificar e portanto mantendo assim a economia animada e evitar as falências, despedimentos em massa, etc.

Pelo menos a intenção é essa. Se vai resultar ou não, é outra coisa...


Neste momento a inflacção está acima da taxa de juro (directora) tanto quanto sei.

Deflação

MensagemEnviado: 17/12/2008 15:12
por katanga
A minha opinião é a seguinte: com taxas tão baixas, próximas do zero, não estaremos a abrir uma porta a uma perigosíssima deflação?

Não foi isso que aconteceu no Japão, na década passada e ainda acontece?

Parece-me que há receio no BCE eu baixar as taxas abaixo dos 2%, por esses mesmos motivos!

É preferivel alguma inflação do que deflação.Esta significa uma estagnação dos preços que afugenta o investimento.Ninguém investe quando os preços estão consecutivamente a caír.Porque é que eu vou comprar hoje se amanhã estará mais barato?

Cumprimentos para todos.

MensagemEnviado: 17/12/2008 13:32
por JCS
cest Escreveu:Mais a sério, parece-me a mim tambem esta uma medida de desespero, depois das injecções de capital no sistema financeiro e das descidas das taxas de juro já nada mais há a fazer se não esperar, penso eu. As medidas vão fazer efeito mas a longo prazo, até lá é só ir sofrendo e pronto. Ou não?...


Quando já não se conseguir actuar na liquidez através das taxas de juros começa-se a imprimir moeda (Bernanke's Printing Machine) inundando o mercado com mais dollars e fazendo desvalorizar ainda mais a moeda. Ou seja os EUA vão perder imenso poder de compra através da inflação que importam devido às outras divisas se tornarem mais "caras"...

Vai ser uma longa luta até voltarem a reequilibrar aquelas contas que têm vindo a suportar centenas de bilioes em guerras, Bancos falidos e agora sector automovel falido. Vai durar muitissimo esta crise...

Não creio que na nossa geração os EUA voltem a ser uma potência económica. O mundo encontra-se em plena mudança, e o que foi não voltará a ser... tão cedo...

JCS

MensagemEnviado: 17/12/2008 13:12
por lmmj
Deixo aqui uma opinião do dia 15 à bloomberg do investidor americano Jim Rogers, referindo que está a vender todos os dólares pois o dólar está condenado! E que está a comprar commodities e a investir na ÁSIA...

http://br.youtube.com/watch?v=7o1fvZIF4oM

MensagemEnviado: 17/12/2008 12:38
por cest
Bom dia a todos, gostaria só de deixar aqui uma pergunta aos mais experientes.

Depois de as taxas chegarem a zero baixa-se o quê? lol. as calças? (leia-se os mercados).

Mais a sério, parece-me a mim tambem esta uma medida de desespero, depois das injecções de capital no sistema financeiro e das descidas das taxas de juro já nada mais há a fazer se não esperar, penso eu. As medidas vão fazer efeito mas a longo prazo, até lá é só ir sofrendo e pronto. Ou não?...

MensagemEnviado: 17/12/2008 12:06
por JCS
artista Escreveu:Há pouco passou-me algo pela cabeça que já me passou há uns meses mas que ultimanente até se tinha desvanecido. "Será que isto é o princípio do fim dos EUA como a grande superpotência do mundo?!"

abraços

Artista


Deixo aqui vários links de uma palestra do Marc Faber na Eslovénia acerca de tudo o que está a acontecer nos EUA e no mundo. Fala muito da "printing machine" do Bernanke. Vejam as várias partes (8).

Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=vsy2t_JBBsM

Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=2c57P0VycQA

Parte 3:
http://www.youtube.com/watch?v=TROY7vDmsR0

Parte 4:
http://www.youtube.com/watch?v=22qapEA8ops

Parte 5:
http://www.youtube.com/watch?v=r7I-Dwh69lc

Parte 6:
http://www.youtube.com/watch?v=LppSEEdpc8U

Parte 7:
http://www.youtube.com/watch?v=93GB3qzFDAI

Parte 8:
http://www.youtube.com/watch?v=qMfHAKNo57o



Cumprimentos

JCS

MensagemEnviado: 17/12/2008 11:14
por mcarvalho
Mercados europeus invertem tendência e recuam mais de 1%


17/12/2008


A bolsa nacional e os restantes mercados europeus inverteram a tendência de subida penalizados pela forte queda da moeda norte-americana. O dólar está em queda face ao euro pela sexta sessão consecutiva tendo atingido o nível mais baixo das últimas 11 semanas após o corte de juros nos Estados Unidos.

Esta queda penaliza as empresas europeias expostas ao mercado norte-americano, como a Novartis, que gera mais de 40% das suas receitas nos Estados Unidos e a EADS, dona da Airbus, que realiza 20% das suas vendas do outro lado do Atlântico.

Com a queda do dólar, os mercado europeus já anularam os ganhos registados no início da sessão, ainda a beneficiarem com a redução de juros nos Estados Unidos.

A maioria dos mercados europeus segue já a perder mais de 1%, à excepção do PSI-20 que recua 0,21%. Os futuros norte-americanos recuam mais de 2%. O mercado considera agora que o corte de juros nos Estados Unidos não vai ser suficiente para estimular a economia.

Um dos mercado que mais cai é o francês CAC 40 penalizado pela queda superior a 18% do BNP Paribas. O banco – que perdeu 350 milhões de euros devido ao escândalo Madoff - anunciou ontem prejuízos antes de impostos de 710 milhões de euros nos primeiros 11 meses do ano. O BNP deverá reduzir 800 postos de trabalho.

O Deutsche Bank recua mais de 9%, o HSBC e o Société Generale perdem mais de 5%.

A bolsa nacional está a ser pressionada pelos títulos do BCP, que recuam 0,74% para os 0,804 euros, e da Brisa, que perdem 0,85% para os 5,275 euros. O Morgan Stanley cortou a recomendação da concessionária para "underweight".

Ainda no sector bancário, o BES desvaloriza 0,5% para os 6,159 euros e o BPI avança 0,07% para os 1,379 euros.

A impedir maiores quedas segue a Jerónimo Martins, com um ganho de 0,71% para os 4,099 euros e a Portugal Telecom que avança 0,15% para os 6,14 euros.

Ainda no sector das telecomunicações, a Zon avança 0,05% para os 3,642 euros e a Sonaecom perde 0,5% para os 0,995 euros.

MensagemEnviado: 17/12/2008 11:09
por mcarvalho
Receio com queda da libra impediu BoE de cortar os juros em mais de 100 pontos base


17/12/2008


O Banco de Inglaterra reduziu os juros em 100 pontos base para o valor mais baixo desde 1951, na reunião de 4 de Dezembro, e só não foi mais agressivo devido aos receios de que tal medida afectasse ainda mais o valor da libra.

De acordo com as minutas da reunião que ocorreu no início deste mês, os nove membros do comité de politica monetária do Banco de Inglaterra decidiram por unanimidade cortar os juros para 2%.

Ainda assim, foi equacionado um movimento mais agressivo. “Dada a significativa probabilidade de forte baixa na inflação a médio prazo, um corte de pelo menos 100 pontos base era necessário”, referem as minutas, acrescentando que uma redução superior à efectuada “seria justificável pela escala dos riscos de descida da inflação”.

Porém, um corte de mais de 100 pontos base, ou um ponto percentual, poderia penalizar em demasia a moeda britânica, bem como “minar a confiança na economia de uma forma mais acentuada”, refere a mesma fonte. Os mercados tinham já incorporado um corte de 100 pontos e “havia o risco de, se fossemos mais além, causar uma queda escessiva na taxa de câmbio”.

A libra tem desvalorizado fortemente nas últimas sessões e atingiu mesmo o valor mais baixo de sempre face ao euro, depois de o governador do Banco de Inglaterra, Mervin King, ter adiantado que a inflação iria descer abaixo dos 1% e a economia registar um crescimento negativo.

Desde Outubro a taxa de juro do Reino Unido já desceu 100 pontos base e os economistas apontam para uma redução de 50 pontos base, para 1,5%, na próxima reunião de 8 de Janeiro.

MensagemEnviado: 17/12/2008 9:15
por - GOE -
carrancho Escreveu:
- GOE - Escreveu:
Estamos a falar de algo semelhante à grande depressão de 1929 que só não é igual ou pior devido às intervenções "violentas" dos bancos centrais..


GOE,

Que sem essas intervenções o estado da economia mundial actual estaria em pior situação não duvido, o que temos assistido é não serem suficientes para inverter, nem tão pouco travar, a tendência de deterioração. Isto é o passado e presente.
O que todos queremos saber é se elas vão acabar por surtir o efeito desejado ou não. Temo que, se os resultados não forem os esperados, a crise não só não seja travada mas elevada a proporções bíblicas.

Espero sinceramente que o antibiótico do mcarvalho não seja forte de mais matando o doente sem lhe dar possibilidade de lutar contra a doença.

Abraço,

Carrancho


Caro Carrancho, se estas medidas terão efeito e quais as suas consequências só o saberemos infelizmente mais tarde..

A mim parece-me consensual que é necessária uma intervenção forte, tendo em conta que esta crise é especialmente complicada, requer também medidas diferentes..

As taxas perto de 0 em teoria estimularão o investimento e o retorno do ciclo de crédito, mas o problema é a falta de confiança e o medo existente neste mercado, que pode simplesmente deixar isto parado apesar do dinheiro estar barato..

Na minha óptica de visão penso que esta falta de confiança se tornará fatal para um desenvolvimento económico sustentado nos próximos tempos..

Parece-me que o caminho que estamos a percorrer neste momento é o da deflação, que posteriormente se poderá tornar numa hiperinflação no caso da reacção dos bancos centrais ser tardia..

MensagemEnviado: 17/12/2008 2:42
por artista_
Bom como parece que não está por aqui nenhum expert nestas questões não me vou inibir de mandar também um bitaite, é só mesmo para o ar... pode ser que alguém apanhe :)

Há pouco passou-me algo pela cabeça que já me passou há uns meses mas que ultimanente até se tinha desvanecido. "Será que isto é o princípio do fim dos EUA como a grande superpotência do mundo?!"

A versão mais pessimista é aquela do nosso ministro da economia "Meus amigos acabaram os tempos de prosperidade"... vou já pá terrinha plantar umas couves e batatas!! :(

abraços

artista

PS: Com este desabafo já me posso ir deitar descansado :)

MensagemEnviado: 17/12/2008 2:14
por tiagopt2
Este post é uma reflexão sobre o dia de hoje e sobre as preocupações que me assolam o pensamento. Como a macro-economia não é o meu forte, aviso desde já que esta opinião é muito pessoal e pouco científica. Perdoem-me se por algum motivo faltar à verdade dos factos.
Hoje aconteceu algo histórico nos EUA. A FED baixou a taxa de referência para 0,25%, o que é um recorde. Tanto pelo baixo valor como pela rapidez da descida.
Para os que ainda percebem menos disto que eu, vou tentar explicar o significado de tal medida: No fundo, a ideia é emprestar dinheiro praticamente a custo zero para desenvolver a economia. Em teoria, isto aumenta o consumismo e consequentemente aumenta a facturação das empresas. Parece uma medida de excelência, mas infelizmente tem efeitos secundários. Se o dinheiro é emprestado quase de graça, os bancos praticamente não pagam juros sobre os depósitos. Se não há juros, para quê poupar e pensar no futuro? O típico americano normalmente segue uma destas três opções:
- Aplica o seu dinheiro nas T-bills, que estão actualmente com um retorno a tender para o negativo;
- Investe em aplicações de maior risco, como o mercado accionista;
- Esturra o dinheiro e estimula o consumo;

Estas duas últimas opções vão fazer com que a economia se desenvolva, através do investimento directo ou indirecto. À primeira opção, já voltaremos.

O Japão
Do passado temos o exemplo do Japão, que também optou por esse caminho e nem por isso teve grandes resultados. Passados mais de dez anos as taxas de juro ainda estão perto de zero e os efeitos positivos sobre o Nikkei são relativos.
Desse marcante exemplo, penso que a FED tirou uma importante lição. Enquanto o Japão demorou 4 anos a baixar as taxas até próximo do zero, a FED fê-lo em apenas um ano. Daí podemos tirar uma de duas conclusões:
- A economia Americana está muito pior do que a Japonesa estava e era impossível aguentar 4 anos até se chegar ao nível em que as taxas se encontram;
- Se no Japão os 4 anos diluíram o efeito da baixa, e se era para baixar, então optou-se pelo tratamento de choque.

Eu vou mais por esta segunda opção (embora acredite que a actual crise seja muito mais grave do que a Japonesa). Há cerca de duas semanas atrás, quando tinha posições curtas sobre o SP500, disse que me livraria delas antes do dia de hoje. Houve um motivo para o fazer. Pela primeira vez, os membros da FED reorganizaram-se de forma a prolongarem a reunião por dois dias, ao contrário do previsto. Foi claro para mim nessa altura que essa reorganização acontecera porque iria ser tomada uma medida importante e inovadora de estímulo económico. Fosse ela qual fosse.
Estando a taxa em 1%, tenho de concordar que a probabilidade de o mercado animar com um corte surpresa de 0,75% é muito superior à probabilidade de animar com um corte de 0,5%, deixando no ar a possibilidade de mais outro corte.

É bastante possível que assistamos agora finalmente ao tal rally, a um verdadeiro rally, que pode levar o SP500 até aos 1000 pontos. Poderemos começar a falar de bull market? Na minha modesta opinião, não! O mercado está animado, os números secularmente negativos foram esquecidos. Mas esquecer algo não faz com que isso desapareça. Nem os seus efeitos.

Regressemos às T-bills. Como eu disse lá acima, as T-bills estão com um retorno a tender para o negativo. Isto quer dizer que os investidores estão a pagar para terem o dinheiro guardado! Esta é a prova mais real da actual aversão ao risco do smart money. Era sabido, esperado, que a taxa de referência acabasse por ir para perto de zero. Se eles o sabiam e mesmo assim preferem pagar para ter o dinheiro seguro, porque havemos de nós, na nossa pequenez, contrariar a força do verdadeiro dinheiro?
De qualquer forma, este é um dado a ter em atenção. Quando o smart money se começar a mobilizar para os mercados, será provavelmente altura de entrar. Porque se o mercado for irracional o suficiente para avançar com um novo bull market, não vamos contrariar a tendência!

O futuro do dólar
Eis uma moeda que eu não queria ter em carteira neste momento. Depois de TODAS as medidas que já foram implementadas, não só os sucessivos cortes na taxa de referência, parece-me que o dólar se continua a aguentar estranhamente bem. Provavelmente isso será explicado pelo regresso de capital investido no estrangeiro. Tudo bem, aceito essa teoria. Mas, e quando esse retorno terminar? O que vai acontecer? Com as máquinas de imprimir dinheiro a funcionar a todo o gás, o dólar não pode aguentar por muito tempo. A sua desvalorização é inevitável.
Sendo as commodities o natural refúgio contra a inflação, eu apostaria no Ouro como o que mais irá beneficiar com este dólar minado.
Quanto à Europa, vamos ver o que acontece. Esta doença contagiosa está espalhada por todo o lado, não se conhecem ainda em profundidade todos os efeitos que dela poderão advir. O melhor é ficarmos atentos e, sobretudo, sempre de pé atrás...

MensagemEnviado: 17/12/2008 2:03
por artista_
beatles Escreveu:Também concordo com o Miclas e com a Pata (embora ela pense o contrário!!!)
Gostava era que alguém dissesse o que deveria ser feito em vez de cortes sucessivos e abruptos nas taxas de juro.


Oh meu amigo, se alguém aqui tivesse sequer uma idéia do que fazer estávamos nós bem, ou não porque se calhar também não adiantaria muito...

A nós não nos compete perceber o que se deve ou não fazer, não temos formação nem conhecimentos suficientes para isso, e se tivéssemos não nos competeria a nós decidir as medidas a levar a cabo...

Assim o que nós podemos e devemos fazer é tentar interpretar os sinais que estão ao nosso dispor...

abraço

artista

MensagemEnviado: 17/12/2008 1:34
por carrancho
- GOE - Escreveu:
Estamos a falar de algo semelhante à grande depressão de 1929 que só não é igual ou pior devido às intervenções "violentas" dos bancos centrais..


GOE,

Que sem essas intervenções o estado da economia mundial actual estaria em pior situação não duvido, o que temos assistido é não serem suficientes para inverter, nem tão pouco travar, a tendência de deterioração. Isto é o passado e presente.
O que todos queremos saber é se elas vão acabar por surtir o efeito desejado ou não. Temo que, se os resultados não forem os esperados, a crise não só não seja travada mas elevada a proporções bíblicas.

Espero sinceramente que o antibiótico do mcarvalho não seja forte de mais matando o doente sem lhe dar possibilidade de lutar contra a doença.

Abraço,

Carrancho

MensagemEnviado: 17/12/2008 1:12
por mcarvalho
permitam-me o paralelismo

"Para grandes males grandes remédios"

Se a situação é grave o antibiótico tem que ser potente

é preferível que fiquem algumas sequelas do que o doente morra por o antibiótico ter sido fraquinho para não ter efeitos secundários...

Oa americanos , em situações de crise, normalmente actuam e depois pensam..
os europeus pensam, pensam , pensam e depois nem vale a pena actuar

quantos aos Japoneses.. conheço mal .. sei que são pequeninos , disciplinados e trabalham para o Japão

um abraço

mcarvalho

ps. Esperemos que um dia mais tarde a história não dê razão a Bush

MensagemEnviado: 17/12/2008 1:07
por MarcoAntonio
MarcoAntonio Escreveu:
tiagopt Escreveu:Soa mesmo a desespero... Vamos ver o que acontece quando se acabarem os cartuchos!


Já não acabaram?
:mrgreen:

No cano está agora um cartuchinho de pólvora seca!

A menos que estejam a ponderar pagar às pessoas para contrairem crédito (ou cobrar a quem deposita). Bom, na prática já o estão a fazer...


:wink:

...

MensagemEnviado: 17/12/2008 1:06
por MAV8
Qualquer dia estamos a pagar para ter dinheiro no banco e a receber pelas dividas contraidas!!!!!!!!!

lol

MensagemEnviado: 17/12/2008 1:05
por tiagopt2
Excelente trabalho, Bala! Era mesmo isso que eu procurava :)

MensagemEnviado: 17/12/2008 1:02
por mcarvalho
Corte de juros da Fed estimula bolsas americanas


16/12/2008


As bolsas norte-americanas encerraram em forte alta, estimuladas pela decisão da Reserva Federal de descer a taxa de juro para um intervalo entre 0% e 0,25%. A autoridade monetária afirmou que vai usar "todos os instrumentos disponíveis" para estimular a economia norte-americana.

O Dow Jones terminou a subir 4,21%, fixando-se nos 8.924,86 pontos. O índice tecnológico Nasdaq marcou 1.589,89 pontos, com uma valorização de 5,41%.

O S&P 500 avançou 5,13%, conseguindo voltar a superar o patamar dos 900 pontos, ao fechar nos 913,14 pontos.

As acções do *Goldman Sachs* dispararam 15%, os títulos do Citigroup avançaram 9,8% e os do JPMorgan subiram 11% após ser conhecido que a Fed reduziu os juros para um intervalo entre 0% e 0,25%.


O Goldman esteve também a ser impulsionado por a sua primeira perda trimestral como entidade pública ter sido menor do que a estimativa de alguns analistas, sublinhou a Bloomberg.

A Boeing e a Intel subiram mais de 5,3%, numa sessão em que os 10 grupos industriais do Standard & Poor’s registaram valorizações superiores a 1%. O maior ganho foi o do grupo dos títulos financeiros, com um avanço de quase 10%.


Ben Bernanke assinalou ainda que a Fed vai usar "todos os instrumentos disponíveis" para estimular a economia e que as taxas vão "permanecer num nível excepcionalmente baixo durante algum tempo".

Veja também:

As cotações dos principais índices

A evolução das acções do Dow Jones e Nasdaq 100

MensagemEnviado: 17/12/2008 0:42
por Bala
Conseguí!

É um pouco "artesanal", mas já da para demonstrar o que me vêm na mente (as vezes é cada cena...)

O que eu pretendia traçar era um paralelismo entre a crise hipotecária japonesa e a consequente estagflação, com a actual situação nos states.

O que me surpreende é que o Japão demorou 4 anos a atingir a taxa de juro quase nula, enquanto os estados unidos foram la num ano :shock:

Nem sei se isto é bom sinal, ou é de que a situação é ainda pior, mas se o paralelismo se concretizar, temos um grande aliviar antes de mais quedas :idea:


Abraço e bons trades...
O Bala
PS: segundo a informação que eu tenho, a taxa de juro no Japão ainda continua nos valores perto de zero.