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Re: Grandes fortunas devem ser taxadas para apoio aos pobres

MensagemEnviado: 27/12/2008 10:23
por Woodhare
Pata-Hari Escreveu:hmm, a aplicação do principio do "acabe-se com os ricos" ao invés do "acabe-se com os pobres"? onde é que eu já vi isto? porquê que ninguém fala em criar estruturas de produção e em educar trabalhadores para produzirem mais e melhor? porquê que a culpa da pobreza continua a estar em quem consegue produzir e gerar riqueza e não na incapacidade de produção da maior parte da população? é extraordinário.

A fonte é o público.






Pata-Hari esses eram os grandes objectivos do PCP mas ninguém os deixou levar a cabo. Refiro-me às estruturas de produção e educar os trabalhadores para serem mais produtivos.

Eu não consigo deixar de acreditar que o grande sonho de Estado para um português é um governo que o formate para ser qualquer coisa e depois lhe dê um emprego nessa qualquer coisa. O nosso modelo ideal de Estado anda algures entre o Admirável Mundo Novo e o Animal Farm. Aquilo que é um pesadelo para os autores Anglo-Saxónicos é a nossa Utopia.

O problema para mim é que se continua a procurar uma solução governamental para o problema. Na Idade Média em que não havia mobilidade de classes havia caridade para os pobres não ficarem demasiado descontentes, hoje quando já era suposto haver mobilidade tenho a impressão que ainda não andamos muito longe disso.

Nos EUA um pobre é alguém que ganha menos de 9000 e tal dólares por ano quase 10000.

Identifico-me mais com esta visão das coisas:
The liberal champions of equality under the law were fully aware of the fact that men are born unequal and that it is precisely their inequality that generates social cooperation and civilization. Equality under the law was in their opinion not designed to correct the inexorable facts of the universe and to make natural inequality disappear. It was, on the contrary, the device to secure for the whole of mankind the maximum of benefits it can derive from it. Henceforth no man-made institutions should prevent a man from attaining that station in which he can best serve his fellow citizens.

Ludwig von Mises

MensagemEnviado: 24/12/2008 16:18
por marianonunes
marianonunes Escreveu:Sim... o que o nosso governo precisa é de dinheiro.

Tirem-no a pessoas que o conseguiram por mérito próprio ou por mérito dos seus antepassados e dêem ao governo que o gasta tão bem gasto.

Pode ser que ele dê uns magalhães a uns arrumadores ou faça uns novos traçados de TGV. Não existe por aí uma Expo ou Euro ao qual nos candidatar-mos?



LTCM Escreveu:
marianonunes Escreveu:Não existe por aí uma Expo ou Euro ao qual nos candidatar-mos?


Já que é para a demagogia :arrow: Mundial de Futebol a meias com Espanha. :mrgreen:




Futebol
Federação espanhola confirma candidatura conjunta com Portugal ao Mundial 2018
Portugal vai concorrer, em conjunto com Espanha, à realização do Campeonato Mundial de Futebol, em 2018. A confirmação foi dada hoje pela Federação Espanhola de Futebol.
Patrícia Silva Dias
patriciadias@mediafin.pt

Portugal vai concorrer, em conjunto com Espanha, à realização do Campeonato Mundial de Futebol, em 2018. A confirmação foi dada hoje pela Federação Espanhola de Futebol.

Os dois países ibéricos enfrentam a concorrência de Inglaterra, Austrália e do grupo constituído pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo. A decisão será anunciada em Dezembro de 2010.

Portugal nunca realizou num campeonato a nível mundial, enquanto Espanha foi anfitriã por uma vez.

in jornal de negócios

MensagemEnviado: 15/12/2008 7:58
por Pata-Hari
Quando se fala em pobreza, não se fala em montantes acima de 1200 euros, suficientes para abrir negócios ou para colocar filhos aqui ou acolá (estou a ver uma sugestão de que o ensino privado é uma escolha melhor que o público e que deveria ser subsidiado?). Não é disso que se está a falar quando se fala em pobreza.

MensagemEnviado: 15/12/2008 2:37
por Panizzi
MarcoAntonio Escreveu:
Atomez Escreveu:Basta fazer umas contas muito simples para ver porquê.


O problema das contas é precisamente serem demasiado simples...


Atomez Escreveu:Considerando que as 100 maiores fortunas de Portugal valem 32 mil milhões de Euros e que em Portugal há 2 milhões de pobres quer dizer que se esses ricos fossem totalmente expropriados e a sua riqueza distribuida pelos pobres, digamos 400 € por mês a cada um isso dava para os sustentar durante 3 anos e 4 meses.


Os pobres ou menos ricos não partem do zero (de rendimento zero)...

Aliás, já houve um longo debate aqui no passado (na altura foi sobre os índices de pobreza na europa e nos estados unidos) onde se constatou que montantes relativamente pequenos em determinadas faixas de vencimento são muito importantes.

Exemplificando: para quem tem um vencimento de 1.200 euros por mês, 200 euros mais são um valor bastante importante ao passo que para quem tem um vencimento de 4.000 euros, 200 euros a menos ou 300 euros que seja têm um impacto bastante reduzido (na qualidade de vida).

São pequenos montantes em cima dos valores existentes que podem fazer a grande diferença: a diferença entre poder colocar o filho aqui ou acolá se se verificar que tem capacidade para fazer determinada coisa; a capacidade para acumular o montante X para abrir/iniciar a empresa Y onde achamos que poderemos ser competentes, etc, etc, etc.

Quando aqui se falou em redistribuir a riqueza (obviamente redistribuir parte da riqueza) com um objectivo e finalidade bem explícitos, começa a surgir um discurso "absolutista" de que se trata de uma medida para acabar totalmente com os pobres (e que inevitavelmente falharia nesse propósito específico) ou sustentar os absolutamente pobres.


É desvirtuar por completo o debate de ideias porque não se falou em nada disso nem se propôs semelhante coisa...


Quem conseguir perceber o que disse o MarcoAntonio , penso que percebe tudo o que está aqui em causa e a utilidade disto.

Esta até é uma forma de dinamizar uma economia.Se por um lado os ricos para compensar/amenizar essa taxa podem comecar a produzir mais ( verdade seja dita , são estes senhores que produzem e não uma pessoa que recebe um salário mínimo ) , por outro criam uma motivação-extra nas classes mais baixas.

Repare-se que existe em Portugal uma grande dificuldade para as pessoas de menos posses , mesmo as que trabalham uma vida inteira , verem esse trabalho reflectido num aumento SIGNIFICATIVO da sua qualidade de vida.

É essa ausência de impacto que leva á desmotivação.

O reflexo na qualidade de vida poderia acontecer com esses 200 ou 300 euros a mais que o MarcoAntonio falou.

Agora , se Portugal tem mecanismos e "personalidade" para fazer alguma coisa do tipo ... isso são outros 100.

(Pronto , ok ... sou eu a sonhar. )

MensagemEnviado: 15/12/2008 1:08
por MarcoAntonio
Apoiar ou propor apoiar os pobres (menos ricos) não é o mesmo que sugerir que se pretende acabar de todo com a pobreza. A questão de redisitribuição da riqueza não é (necessariamente) uma questão de eliminar a pobreza em absoluto.

E portanto, não é por uma medida não atingir um objectivo ao qual nem sequer se propõe que deixa de ser uma medida útil ou interessante.

Além do mais, o debate já ultrapassou bastante o ambito do post original e ainda mais o ambito do título do topico. Pelo que mesmo que o título dissesse o que sugeres, por esta altura o tópico já vai com um debate muito mais alargado onde foram introduzidos pontos de vista que valem só por si (digo eu)...

MensagemEnviado: 15/12/2008 0:54
por mais_um
MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:Se não der muito trabalho, expliquem-me como esse dinheiro vai acabar com os pobres, é que nem os paises nordicos ainda conseguiram acabar com os pobres e por isso estou curiosissimo em saber como vamos conseguir faze-lo.


Eu também estou curiosíssimo, na medida em que ninguém sugeriu tal coisa.

Só posso concluir que não percebeste patavina do que se escreveu...


Boas!

Humm...parece-me que o titulo do comentário é: "Grandes fortunas devem ser taxadas para apoio aos pobres"

Deduzi que o apoio aos pobres era para tentar acabar com a pobreza, pelas tuas palavras deduzo que o objectivo deve ser outro, se não te ocupar muito tempo, podes explicar qual é o objectivo de tal medida?

Obrigado,

Alexandre Santos

MensagemEnviado: 14/12/2008 23:58
por LTCM
marianonunes Escreveu:Não existe por aí uma Expo ou Euro ao qual nos candidatar-mos?


Já que é para a demagogia :arrow: Mundial de Futebol a meias com Espanha. :mrgreen:

MensagemEnviado: 14/12/2008 23:27
por marianonunes
Sim... o que o nosso governo precisa é de dinheiro.

Tirem-no a pessoas que o conseguiram por mérito próprio ou por mérito dos seus antepassados e dêem ao governo que o gasta tão bem gasto.

Pode ser que ele dê uns magalhães a uns arrumadores ou faça uns novos traçados de TGV. Não existe por aí uma Expo ou Euro ao qual nos candidatar-mos?

MensagemEnviado: 14/12/2008 23:23
por atomez
A questão das taxas e impostos especiais sobre fortunas é totalmente irrelevante para "resolver" o problema da pobreza. Por mais voltas que se dê esse dinheiro nunca iria chegar para reduzir a pobreza a médio e longo prazo.

Um exemplo -- na Irlanda o imposto sobre rendimentos é muito simples: 20% até aos 40.000 €/ano e 40% daí em diante. Quer dizer, quem ganhar 80.000 paga 30%.

E a Irlanda já é o país do mundo com o maior rendimento per capita (excluindo alguns pequenos países com petróleo ou paraísos fiscais)

MensagemEnviado: 14/12/2008 23:11
por MarcoAntonio
Atomez Escreveu:Basta fazer umas contas muito simples para ver porquê.


O problema das contas é precisamente serem demasiado simples...


Atomez Escreveu:Considerando que as 100 maiores fortunas de Portugal valem 32 mil milhões de Euros e que em Portugal há 2 milhões de pobres quer dizer que se esses ricos fossem totalmente expropriados e a sua riqueza distribuida pelos pobres, digamos 400 € por mês a cada um isso dava para os sustentar durante 3 anos e 4 meses.


Os pobres ou menos ricos não partem do zero (de rendimento zero)...

Aliás, já houve um longo debate aqui no passado (na altura foi sobre os índices de pobreza na europa e nos estados unidos) onde se constatou que montantes relativamente pequenos em determinadas faixas de vencimento são muito importantes.

Exemplificando: para quem tem um vencimento de 1.200 euros por mês, 200 euros mais são um valor bastante importante ao passo que para quem tem um vencimento de 4.000 euros, 200 euros a menos ou 300 euros que seja têm um impacto bastante reduzido (na qualidade de vida).

São pequenos montantes em cima dos valores existentes que podem fazer a grande diferença: a diferença entre poder colocar o filho aqui ou acolá se se verificar que tem capacidade para fazer determinada coisa; a capacidade para acumular o montante X para abrir/iniciar a empresa Y onde achamos que poderemos ser competentes, etc, etc, etc.

Quando aqui se falou em redistribuir a riqueza (obviamente redistribuir parte da riqueza) com um objectivo e finalidade bem explícitos, começa a surgir um discurso "absolutista" de que se trata de uma medida para acabar totalmente com os pobres (e que inevitavelmente falharia nesse propósito específico) ou sustentar os absolutamente pobres.


É desvirtuar por completo o debate de ideias porque não se falou em nada disso nem se propôs semelhante coisa...

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:52
por MarcoAntonio
mais_um Escreveu:Se não der muito trabalho, expliquem-me como esse dinheiro vai acabar com os pobres, é que nem os paises nordicos ainda conseguiram acabar com os pobres e por isso estou curiosissimo em saber como vamos conseguir faze-lo.


Eu também estou curiosíssimo, na medida em que ninguém sugeriu tal coisa.

Só posso concluir que não percebeste patavina do que se escreveu...

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:51
por MikeCorp
mais_um Escreveu:Boas!

Desculpem mas não resiti.... :roll: :roll:

As grandes fortunas devem pagar um imposto extra? É disso que estamos a falar? Para mim, as grandes fortunas, são pessoas que tem muito dinheiro/bens, adquiridos por herança ou pelo fruto de "investimentos", supostamente já pagaram os impostos respectivos, por isso depreendo que vocês estão a defender mais um imposto, já agora sugerem que esse imposto deva ser de que valor? E a partir de que valor de patrimonio devem pagar esse imposto extra?

Se não der muito trabalho, expliquem-me como esse dinheiro vai acabar com os pobres, é que nem os paises nordicos ainda conseguiram acabar com os pobres e por isso estou curiosissimo em saber como vamos conseguir faze-lo.

Esta ideia de tirar aos ricos para dar aos pobres é mais uma ideia demagogica de uns quantos iluminados, que normalmente pouco fazem na vida, alem de viver à conta do trabalho dos outros.

Distribuição de riqueza, é uma coisa, acabar com a pobreza é outra, podemos fazer melhor na distribuição de riqueza, mas isso não vai acabar com a pobreza, quem não quer trablhar, vai continuar a não querer trabalhar.

Um abraço

Alexandre Santos


Estas trocas de ideias são sempre óptimas. A sério, estamos todos de parabéns, aqui discutem-se ideias interessantíssimas.

Voltando ao assunto que mais interessa, ninguém quer acabar com os pobres. A ideia é claro não ter ninguém abaixo do nível de probeza mínimo, mas tal é virtualmente impossível. Infelizmente ou não, os pobres são um resultado natural da economia e da sociedade.

Abraço

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:47
por MikeCorp
Marco devo dizer que compreendo o que a Pata quer dizer. Já alertei várias vezes para o extremismo que uma crise como estas pode trazer. Aliás, pode-se já verificar que pessoas como o Louçã ou Jerónimo de Sousa têm vindo a aumentar a sua popularidade, algo que considero chocante atendendo à pobreza da sua (falta) de ideias. Taxar mais os ricos nesta altura apenas irá minimizar os problemas, ou melhor, até os aumentará. Muitos irão colocar o seu dinheiro e os seus investimentos em países mais "compreensíveis". Atenção, não quero dizer com isto que eles até devam pagar menos impostos ou terem mais facilidades.. A questão aqui é o facto de estarmos a monesprezar o problema em questão: a Desigualdade gritante em Portugal. Taxar mais os ricos constitui apenas uma fuga para a frente, em vez de se atacar o problema em si.
É um pouco como a ideia de ir melhorar os edíficios das escolas quando esse não é o cerne da questão, a verdadeira questão nesse caso específico é o quão fraco é o ensino (ai divido a culpa entre pais,professores e...alunos).
A solução passaria por eliminar o que é possível dessa desigualdade. Algumas medidas são bastante óbvias, embora não fáceis de aplicar:

1. Acabar com os jobs for the boys na função pública. Para tal bastaria acabar com a ideia ridícula que ,cada vez que se muda o executivo, todo o staff restante deve também mudar;
2. Acabar com as cunhas no Estado. Torná-lo um crime mais sério, vigiar mais (não, não sei como se faria), não permitir que se contratem amigos sem experiência no cargo;
3. Promover mais os primeiros empregos, em vez de se descontar nos impostos actividades pró-ambiente, uma empresa teria um considerável desconto nos impostos se oferecesse estágios de verão ou estágios profissionais a quem não tenha qualquer experiência profissional até então;
4.Criar mais bolsas para os melhores alunos. As que existem são poucas e, muitas vezes, os melhores em capacidades são aqueles que menos têm.

Enfim...não estou inspirado hoje mas com certeza que muitos de vós têm interessantes ideias. Existem diversas formas de "despromover" a desigualdade social. O importante é ter noção que tal não se faria de um dia para o outro, são medidas que demoram o seu tempo, tal como o investimento na educação. Mais impostos sobre os ricos não e uma solução eficiente. Obriguem-nos antes a ser empreendedores:
1. Dão bolsas logo descontos;
2. Criam novos produtos/serviços logo descontos;
3.etc

Espero ter explicado tudo como deve ser, nestas questões complexas deixo a paixão falar mais alto. E parabéns Marco pelas ideias expostas, para além de um conteúdo de excelência estão também muito bem formuladas e explicadas.

Um grande Abraço

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:46
por atomez
Essa ideia que "Grandes fortunas devem ser taxadas para apoio aos pobres" é uma das maiores vigarices que por aí circulam!

Basta fazer umas contas muito simples para ver porquê.

Considerando que as 100 maiores fortunas de Portugal valem 32 mil milhões de Euros e que em Portugal há 2 milhões de pobres quer dizer que se esses ricos fossem totalmente expropriados e a sua riqueza distribuida pelos pobres, digamos 400 € por mês a cada um isso dava para os sustentar durante 3 anos e 4 meses.

Já nem entro em conta que grande parte dessas fortunas está em propriedades, acções e outros bens que teriam de ser vendidos para realizar dinheiro, e ao serem postos à venda de um dia para o outro o seu valor caia por aí abaixo.

E depois desses 3 anos e 4 meses fazia-se o quê?

Já não havia mais ricos e ia-se buscar o dinheiro onde? Ou deixavam-se os pobres a morrer à fome?

Era transformar este país numa Coreia do Norte ou Zimbabwe... até já os comunistas chineses se deixaram dessas ideias porque bem viram o que aconteceu à União Soviética!!!

Cada um de nós é que gera a sua própria riqueza. O Estado não tem nada que andar a redistribuir riquezas, a não ser nos casos em que as pessoas não tenham real capacidade física ou mental para o fazer elas próprias.

Já agora aqui fica a lista das 20 maiores fortunas nacionais:

1 Américo Amorim € 3.106M
2 Belmiro de Azevedo € 1.722M
3 José de Mello € 1.196M
4 Joe Berardo € 882M
5 João Pereira Coutinho € 815M
6 Luís da Silva e Maria da Silva € 757M
7 Maria do Carmo Espírito Santo Silva € 754M
8 Família Mello € 753M
9 Alexandre Soares dos Santos € 739M
10 Horácio Roque € 726M
11 Salvador Caetano € 681M
12 Álvaro Pinho da Costa Leite € 487M
13 Família Matos Gil € 433M
14 João Nuno Macedo Silva € 433M
15 Dionísio Pestana € 407M
16 Manuel Rui Azinhais Nabeiro € 379M
17 Ilídio Pinho € 343M
18 Humberto Pedrosa € 343M
19 Manuel Fino € 334M
20 Manuel Champalimaud € 332M

Fonte: Revista Exame (11-09-2008)

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:41
por mais_um
Boas!

Desculpem mas não resiti.... :roll: :roll:

As grandes fortunas devem pagar um imposto extra? É disso que estamos a falar? Para mim, as grandes fortunas, são pessoas que tem muito dinheiro/bens, adquiridos por herança ou pelo fruto de "investimentos", supostamente já pagaram os impostos respectivos, por isso depreendo que vocês estão a defender mais um imposto, já agora sugerem que esse imposto deva ser de que valor? E a partir de que valor de patrimonio devem pagar esse imposto extra?

Se não der muito trabalho, expliquem-me como esse dinheiro vai acabar com os pobres, é que nem os paises nordicos ainda conseguiram acabar com os pobres e por isso estou curiosissimo em saber como vamos conseguir faze-lo.

Esta ideia de tirar aos ricos para dar aos pobres é mais uma ideia demagogica de uns quantos iluminados, que normalmente pouco fazem na vida, alem de viver à conta do trabalho dos outros.

Distribuição de riqueza, é uma coisa, acabar com a pobreza é outra, podemos fazer melhor na distribuição de riqueza, mas isso não vai acabar com a pobreza, quem não quer trablhar, vai continuar a não querer trabalhar.

Um abraço

Alexandre Santos

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:37
por Pata-Hari
A razão principal da igualidade nos paises nórdicos tem a ver sobretudo com os bons níveis de educação, a baixa corrupção e a maior igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Os impostos ajudam, naturalmente e sobretudo porque são aplicados a todos, mas têm efeitos perversos fazendo com que gente que opta por partir para ficar com o mesmo rendimento disponivel que todos os outros que são menos bons.

Os ricos não geram riqueza?

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:35
por lareco
Então quem gera riqueza tu?
Foste tu que anos a fio levantas-te as duas da manhã para ir ao mercado abastecedor vender fruta?
Foste tu que apanhou calos e tendinites nos dedos por coser?
Será que tu apanhaste chuva a descarregar camiões?

Pois é facil falar e ser solidario com os "pobres" quando se está bem.
Mas os ricos nunca foram sempre ricos.


Agora se falarem dos ricos deputados afins que enriqueceram com Lobbies ai até posso ser solidario.

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:32
por Crómio
Infelizmente a competência só por si não nos coloca nos locais que merecemos. Existem outros obstáculos económicos, políticos e sociais e quanto mais elitista for uma sociedade, mais fechada sobre si ficará e menores capacidades de evoluir e se adaptar a novas circunstâncias terá...

Por isso, a (re)distribuição de riqueza é um mecanismo também essencial para (re)descobrir quem tem capacidade empreendedora ou não ao longo do tempo.

Penso que esse seja um dos pensamentos por detrás dos impostos nos países nórdicos, onde a riqueza é mais distribuída, onde a pobreza é praticamente uma opção.

Estou com o bonie, belo resumo.

Abraço

Ah pois disse.

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:25
por bboniek33
Mas o mais dificil de dizer ee precisamente o Obvio. E faze-lo de forma linear, sem rebuscados. Penso que acabou de escrever umas linhas soberbas, obviamente soberbas. :clap:

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:22
por Pemides
MarcoAntonio Escreveu:O teu discurso é cada vez mais rígido no sentido de que os ricos devem ser protegidos pela única e exclusiva razão de que são ricos e existem.


Eu não acho que devam ser protegidos. Simplesmente acho que não devam ser perseguidos, que é o tema que deu origem a este tópico :wink:

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:21
por MarcoAntonio
Pata-Hari Escreveu:Marco, os ricos não são ricos por acaso.


MarcoAntonio Escreveu:Que mudem...

Pois Portugal, com uma das maiores diferenças salariais entre classe alta e baixa da Europa, está a divergir do resto da Europa.

Os ricos e (pseudo) empreendedores estão a colocar Portugal cada vez mais na cauda da Europa.

Pois então que mudem para lá (talvez se surpreendam muitos deles ao chegar lá e não conseguir competir com os ricos de lá)...


A criação de riqueza deve ser um processo natural e não algo que deve ser protegido "per si". Só porque se é rico, não se é necessariamente um (bom) empreendedor. E se dúvidas há, basta olhar para o estado do país e para o rumo que leva em termos de crescimento económico e evolução da qualidade de vida quando comparado com o resto da Europa, precisamente num dos países onde os ricos são mais favorecidos!

Conclusão: ou este sistema não funciona ou temos os ricos errados (genericamente falando, claro está).



Não nos podemos esquecer por exemplo dos índices de corrupção existentes em Portugal por exemplo como indicado por estudos internacionais de entidades credíveis e aqui a capacidade financeira individual também desempenha um papel importante pois ela poderá ajudar (ou não) a suplantar determinados obstáculos, sustentando a iniciativa e persistência individual.

Infelizmente a competência só por si não nos coloca nos locais que merecemos. Existem outros obstáculos económicos, políticos e sociais e quanto mais elitista for uma sociedade, mais fechada sobre si ficará e menores capacidades de evoluir e se adaptar a novas circunstâncias terá...

Por isso, a (re)distribuição de riqueza é um mecanismo também essencial para (re)descobrir quem tem capacidade empreendedora ou não ao longo do tempo.


E quanto mais atrasado está um país (ou mais se afasta dos países próximos) mais tal faz sentido porque é um sintoma claro de que é preciso redescobrir sangue novo!

Porque a riqueza pode obter-se e manter-se por diversos meios. A sua existência não é um sinal inequívoco de competência!

Só se quisermos ser naifs e entender que não existe corrupção, ilegalidade, imoralidade, injustiça social ou mesmo repressão social de qualquer tipo!

Seria verdade num país (mundo) perfeito...

Não é verdade num país real.







bboniek00 Escreveu:Tiro o chapeu aa sua analise, Marco Antonio !


Obrigado Boniek.

Embora, sinceramente, eu me incline para dizer que me limitei a dizer o óbvio...

Canguru...

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:20
por lareco
Gostava de saber que empresas tu conheces verdadeiramente?
Claro que existe muita "pobreza" de espirito de muitos patrões mas garanto-te que muito dos empregados tambem são muito "pobres" de espirito...
A realidade que alguns mostram como o bloco de esquerda e o partido comunista é de rir.
Conheço empresários de texteis e calçado que são honestos e dignos de o ser.
Já alguma vez viram o louça ou o do pctp em felgueira,oliveira do hospital,santa maria de lamas,esmoriz,vila do conde,mangualde.....não!!
Agora canguru quando quiseres falar do que conheces na verdade(com casos concretos)e não do que se "ouve" na tv.
Ai eu lanço a discussão casos concretos não balelas...de pseu-jornalistas que so procuram a miséria essa existe em todo o mundo.
Vamos deixar de ser miseralista e passarem a ser verdadeiros. Muitos têm dinheiro porquê trabalharam muito...e não porque exploram.


P.S-Quero casos concretos de exploradores e não balelas.

O minha cara Pata-Hari...

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:19
por bboniek33
Mas de onde vem essa peregrina ideia de que os ricos geram emprego ? Seraa da mesma fonte que acredita na Raca Superior ? Seraa por Revelacao ? Pense melhor (permita-me) que ha ricos que nao fazem nada. Eu disse NADA.

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:15
por Pata-Hari
Marco, os ricos não são ricos por acaso. Os que o são por acaso, rapidamente deixam de o ser. E foram taxados pelo menos tanto quanto os outros, com a vantagem de que geraram riqueza em torno deles quanto mais não seja gerando emprego. Esta ideia enraizada de que o mal do mundo existe porque existem ricos é aterradora!

Nota ainda uma coisa, o imposto sobre fortunas não afecta apenas quem tu pensas. Pode também aplicar-se a ti. Em frança, o imposto sobre fortunas aplica-se, por exemplo a alguém que tenha uma casa acima de 250 mil euros (se não estou em erro é esse o montante). Essas pessoas pagam todos anos, por essa casa, mais impostos.

Tiro o chapeu aa sua analise, Marco Antonio !

MensagemEnviado: 14/12/2008 22:15
por bboniek33
MarcoAntonio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:E digo-te mais: se a ideia é termos a mesma carga fiscal cá do que nos países onde existe imposto sobre fortuna, então talvez faça sentido que quem tem fortunas se mude mesmo para lá, para onde a estrutura social funciona (algo que cá não há). Pelo mesmo preço, opta-se pela melhor escolha. E quem paga imposto sobre fortuna, pode optar.


Que mudem...

Pois Portugal, com uma das maiores diferenças salariais entre classe alta e baixa da Europa, está a divergir do resto da Europa.

Os ricos e (pseudo) empreendedores estão a colocar Portugal cada vez mais na cauda da Europa.

Pois então que mudem para lá (talvez se surpreendam muitos deles ao chegar lá e não conseguir competir com os ricos de lá)...


A criação de riqueza deve ser um processo natural e não algo que deve ser protegido "per si". Só porque se é rico, não se é necessariamente um (bom) empreendedor. E se dúvidas há, basta olhar para o estado do país e para o rumo que leva em termos de crescimento económico e evolução da qualidade de vida quando comparado com o resto da Europa, precisamente num dos países onde os ricos são mais favorecidos!

Conclusão: ou este sistema não funciona ou temos os ricos errados (genericamente falando, claro está).



Não nos podemos esquecer por exemplo dos índices de corrupção existentes em Portugal por exemplo como indicado por estudos internacionais de entidades credíveis e aqui a capacidade financeira individual também desempenha um papel importante pois ela poderá ajudar (ou não) a suplantar determinados obstáculos, sustentando a iniciativa e persistência individual.

Infelizmente a competência só por si não nos coloca nos locais que merecemos. Existem outros obstáculos económicos, políticos e sociais e quanto mais elitista for uma sociedade, mais fechada sobre si ficará e menores capacidades de evoluir e se adaptar a novas circunstâncias terá...

Por isso, a (re)distribuição de riqueza é um mecanismo também essencial para (re)descobrir quem tem capacidade empreendedora ou não ao longo do tempo.


E quanto mais atrasado está um país (ou mais se afasta dos países próximos) mais tal faz sentido porque é um sintoma claro de que é preciso redescobrir sangue novo!

Porque a riqueza pode obter-se e manter-se por diversos meios. A sua existência não é um sinal inequívoco de competência!

Só se quisermos ser naifs e entender que não existe corrupção, ilegalidade, imoralidade, injustiça social ou mesmo repressão social de qualquer tipo!

Seria verdade num país (mundo) perfeito...

Não é verdade num país real.