Treinar o medo para não cair como os Mercados
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Re: TREINAR O MEDO PARA NÃO CAIR COMO OS MERCADOS
Nyk Escreveu:A melhor decisão está por isso na capacidade de conjugar toda a informação disponível e acrescentar ainda a "sensibilidade subjectiva" do trader para encontrar algures a melhor opção de investimento. E aguardar que o mercado lhe dê razão. Ou não. A espera, por mais curta que seja, dá medo. Não há estatística, conhecimento do mercado ou treino que consiga vencê- -lo: "Talvez se vá conseguindo iludir, disfarçar ou dominar em aparência."
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Crómio, talvez tenha interpretado mal o fragmento na parte em que se fala em aguardar, lendo melhor não é claro que esse "aguardar" implique manter posições até o mercado nos dar razão, de qualquer forma continuo a achar que faltou falar nas frequência com que tem de se anular decisões com perdas, algo que só está subentendido quando antes se fala em que não se acertam sempre na decisão, ou quando se fala no erros...
abraço
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Olá artista,
Também gostei do artigo, as frases que citaste e os comentários, concordo com eles, apesar de ultimanente andar a fazer decisões intraday.
Em relação ao mercado dar razão... ou não, acho que todos os trades que fazemos estão sujeitos a essa "avaliação implacável" do mercado.
Nessa altura ou o stop dispara ou estamos em profit.
Não acho que seja paradoxal, ou sendo, a nossa vida por aqui (nos mercados) também o é...
Como diria a grande trader de Caneças: "estar vivo é o contrário de estar morto..."
O artigo esteve sempre na onda da psicologia do trading e não me parece mal não ter falado de stops pois quem os conhece, reconhece-os no artigo, quem os não conhece entende o artigo perfeitamente.
Abraço e Bom fim de semana
Também gostei do artigo, as frases que citaste e os comentários, concordo com eles, apesar de ultimanente andar a fazer decisões intraday.
Em relação ao mercado dar razão... ou não, acho que todos os trades que fazemos estão sujeitos a essa "avaliação implacável" do mercado.
Nessa altura ou o stop dispara ou estamos em profit.
Não acho que seja paradoxal, ou sendo, a nossa vida por aqui (nos mercados) também o é...
Como diria a grande trader de Caneças: "estar vivo é o contrário de estar morto..."

O artigo esteve sempre na onda da psicologia do trading e não me parece mal não ter falado de stops pois quem os conhece, reconhece-os no artigo, quem os não conhece entende o artigo perfeitamente.
Abraço e Bom fim de semana
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Mitos e mais mitos...
Teorias da treta. Observamos todos os dias as «razões» por que as bolsas sobem ou desce.Aí está tudo dito...
Poderias explicar melhor quais são as teorias da treta e os mitos?
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Re: TREINAR O MEDO PARA NÃO CAIR COMO OS MERCADOS
É um texto interessante, embora não concorde com algumas coisas! Citei alguns fragmentos que achei mais interessantes, pode diferentes razões...
Qualquer que seja o tipo de investidor penso que este o uso desta estratégia será sempre produtiva...
Isto é exactamente o que faço, raramente tomo decisões com os mercados abertos, elas já estão estabelecidas anteriormente, "se este título fizer isto entro aqui com um stop ali..."
Esta parte parece-me um autêntico paradoxo, Faltou aqui falar de algo que isso sim me parece o mais importante, a capacidade de perceber quando se está enganado e agir em conformidade... no fundo faltou falar nos stops, ainda pensei que se falasse nisso a seguir mas não!!!
bom fim-de-semana
artista
Nyk Escreveu:...o erro se transforma num potencial trunfo: "Anoto num caderno onde e quando errei." O registo contínuo tem uma utilidade específica - identificar, mais uma vez, um padrão de comportamento associado ao erro. Vício diagnosticado é vício eliminado.
Qualquer que seja o tipo de investidor penso que este o uso desta estratégia será sempre produtiva...
Nyk Escreveu:"Geralmente não tomo decisões com o mercado a funcionar"...As estratégias são preparadas depois do fecho das bolsas. Quando não está sujeito às influências do sobe e desce das cotações. A maioria dos planos é desenhada com base nos históricos das bolsas.
Isto é exactamente o que faço, raramente tomo decisões com os mercados abertos, elas já estão estabelecidas anteriormente, "se este título fizer isto entro aqui com um stop ali..."
Nyk Escreveu:A melhor decisão está por isso na capacidade de conjugar toda a informação disponível e acrescentar ainda a "sensibilidade subjectiva" do trader para encontrar algures a melhor opção de investimento. E aguardar que o mercado lhe dê razão. Ou não. A espera, por mais curta que seja, dá medo. Não há estatística, conhecimento do mercado ou treino que consiga vencê- -lo: "Talvez se vá conseguindo iludir, disfarçar ou dominar em aparência."
Esta parte parece-me um autêntico paradoxo, Faltou aqui falar de algo que isso sim me parece o mais importante, a capacidade de perceber quando se está enganado e agir em conformidade... no fundo faltou falar nos stops, ainda pensei que se falasse nisso a seguir mas não!!!
bom fim-de-semana
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Mitos e mais mitos...
Teorias da treta. Observamos todos os dias as «razões» por que as bolsas sobem ou desce.Aí está tudo dito...
Depois o resultado com o dinheiro dos outros é sempre fácil justificar.
Vejam-se os concelhos dos gerentes de contas, alguns naturalmente, os coerentes aconselham depósitos os «banqueiros» aconselham outros produtos de resultados duvidosos.
Não fossem os Stop.s mecânicos o que caí em 15 meses cairia em 30 meses.
Enfim...
Rmartins
Teorias da treta. Observamos todos os dias as «razões» por que as bolsas sobem ou desce.Aí está tudo dito...
Depois o resultado com o dinheiro dos outros é sempre fácil justificar.
Vejam-se os concelhos dos gerentes de contas, alguns naturalmente, os coerentes aconselham depósitos os «banqueiros» aconselham outros produtos de resultados duvidosos.
Não fossem os Stop.s mecânicos o que caí em 15 meses cairia em 30 meses.
Enfim...
Rmartins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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- Registado: 5/11/2002 9:23
Treinar o medo para não cair como os Mercados
TREINAR O MEDO PARA NÃO CAIR COMO OS MERCADOS
KÁTIA CATULO
Corretores da bolsa. Dormem pouco, trabalham horas a fio e vivem entre os fusos das bolsas europeias, americanas e asiáticas. São rápidos a agir, apesar de os recentes 'crashs' nos mercados financeiros terem acelerado ainda mais as transacções, decididas em dois ou três minutos. Treinados para manter o sangue- -frio e enfrentar o sobe e desce dos preços, o seu universo pode parecer frio e calculista. Pura ilusão. Atrás dos gráficos e dos indicadores escondem-se medos, ganância, euforia ou desalento. Estados de alma que arruinam ou geram grandes oportunidades de negócio
Nervos, hesitação e 'stress' combatem-se com disciplina
O medo é uma sucessão de números traduzido num gráfico que sobe e desce à mínima flutuação. "Após as recentes quedas nos mercados mundiais, o receio dos investidores está entre sete e oito vezes superior face aos índices do ano passado." João Maria Cotrim, trader do Banco BIG, desfez o mito - os estados de alma são, afinal, equações matemáticas, fórmulas utilizadas nas finanças, dados estatísticos. Haverá sempre os que se recusam a admitir isso. Os que dizem ser deformação profissional dos corretores que trabalham nas bolsas de valores. Pode até ser. Mas quem vive dos mercados não tem outra saída.
De tanto analisar subidas do PSI-20, desvalorizações do Down Jones ou recuos do Nasdaq, descobriram que "todo o comportamento tem um padrão", diz João Queiroz, da sociedade corretora L. J. Carregosa. Esqueçam, portanto, a velha história do individualismo, de que cada homem ou mulher é um ser singular. Nada disso faz sentido quando se quer saber para que direcção vai o mercado. Todos os gestos revelam métricas, que se repetem por ciclos e se reflectem nos mercados. Decifrá-las é parte do caminho para antecipar cada oscilação.
Mais do que habilidade é uma questão de treino. Mudar a cabeça em função do mercado. Pensar e agir tão rapidamente quanto as flutuações dos preços. Tantas as vezes quantas as necessárias. Cada corretor joga num tabuleiro com quatro monitores carregados de indicadores, diagramas e algarismos: "Dois ecrãs servem de plataformas de transacções financeiras e os restantes fornecem informações 'macro' e 'micro'", esclarece João Queiroz. Em três minutos - muitas vezes menos - cruzam-se os dados, assimila-se a informação e o resultado está pronto a servir - num chat da Net, por telefone, através de um sms. O que demorar menos a chegar ao cliente.
Os crashs das bolsas aceleraram ainda mais as transacções. "Uma descida de dois ou três pontos das cotações era uma surpresa para os investidores", explica o corretor de 40 anos. Hoje, podem descer cinco e seis vezes mais, que é mera rotina: "As realidades têm durações mais limitadas no tempo." Estão sempre a mudar e obrigam a rever estratégias. A toda a hora: "Antes duravam duas e três semanas e agora têm de ser reequacionadas ao fim de dois dias."
As recentes quedas surpreenderam até os que conhecem os mercados financeiros há mais de duas décadas: "Não tenho memória de uma situação tão instável, marcada por tão grande quebra de preços", conta Mário Azevedo, que começou em 1986 na Bolsa de Valores do Porto e gere actualmente o mercado de capitais e negociação do Finibanco.
Adaptar-se às novas rotinas não é um quebra-cabeças para um corretor. A disciplina é o método quase infalível que aparece em todos os manuais usados pelos operadores da bolsa. Serve para combater o medo, a hesitação e os nervos atiçados. E é aprendizagem que não leva muito tempo a adquirir. "Ao fim de um ano estamos aptos a eliminar o ruído", diz Queiroz. E a entrincheirarem- -se na análise para não serem arrastados pelo optimismo ou pessimismo dos mercados.
Emoções em diagrama
A partir daí estudam as suas emoções como se de um diagrama se tratasse: "Identificamos as nossas zonas de conforto e desconforto para sabermos em que terrenos nos movimentamos melhor." Sempre que necessário, recorre-se aos colegas para uma terapia instantânea de grupo. E, por fim, tentam traçar uma fronteira entre o trabalho e a vida privada, que nem sempre respeitam: "Por vezes não resisto e acordo a meio da madrugada para espreitar a abertura das bolsas asiáticas."
Separar o plano profissional do pessoal será sempre o maior fracasso do corretor. "Diria que esse distanciamento ocorre menos por via natural e terá de ser forçado por mim próprio", confessa Mário Azevedo. Desligar o interruptor é exigir demasiado. É pedir para se esquecer que trabalha sobre uma realidade que avança ou recua a qualquer hora e usa os fusos dos mercados europeus, americanos ou asiáticos para acabar com qualquer ilusão de estabilidade: "Se por qualquer motivo não conseguir estar in loco no arranque de uma sessão de bolsa, sinto-me desconfortável a acompanhá-la a partir daí até seu ao fecho."
A espontaneidade desempenha portanto um papel determinante no equilíbrio emocional do corretor e, por isso, há que a programar ao longo do dia. Injecta-se nas rotinas de trabalho, tal como faz o Estado quando aumenta o capital das grandes empresas em risco. "Durante a hora do almoço evitamos falar de tudo o que esteja relacionado com a nossa actividade e todos nós temos consciência de que é impossível estar a operar em permanência no mercado", diz João Queiroz.
Qualquer elemento perturbador é abortado à nascença. Nem um ou mais falhanços são suficientes para derrubar a disciplina do corretor: "Em cada cinco decisões, duas estão incorrectas." A estatística sobrepõe-se ao fracasso. E até o erro se transforma num potencial trunfo: "Anoto num caderno onde e quando errei." O registo contínuo tem uma utilidade específica - identificar, mais uma vez, um padrão de comportamento associado ao erro. Vício diagnosticado é vício eliminado.
Nem tudo se programa. Haverá sempre a tensão de saber agir no momento certo. Sem hesitar: "As melhores decisões acontecem quando os mercados estão extremados." É o momento das grandes oportunidades e as alturas em que o stress dispara: "Mas é uma pressão construtiva." O trader da L. J. Carregosa é dependente da adrenalina. Aprendeu a usar a substância com peso e medida. Sabe que tem ao seu dispor uma quantidade limitada para racionar ao longo do dia: "Posso esgotá-la ou não, mas nunca vou ao fundo da reserva." Fica apenas fora de controle o que ninguém consegue manipular: "Por vezes tenho dificuldade em dormir." Mas até as suas insónias têm um padrão de comportamento: "Uma ou duas vezes por semana, no máximo." Sobretudo aos sábados e domingos: "Quando não estou a trabalhar."
Erros cíclicos
João Maria Cotrim, da área de corretagem do Banco BIG, prefere colocar-se acima das pressões. "Geralmente não tomo decisões com o mercado a funcionar", conta o trader de 35 anos. Criou regras próprias e esforça-se todos os dias por as cumprir. As estratégias são preparadas depois do fecho das bolsas. Quando não está sujeito às influências dos clientes nem ao sobe e desce das cotações. A maioria dos planos é desenhada com base nos históricos das bolsas.
O que aconteceu ao longo das últimas semanas mostra-lhe as pistas que o orientam no dia- -a-dia. Está atento às reacções dos preços - descobre onde estão as quedas, as subidas, as tendências ou as inversões do mercado - e procura as melhores oportunidades de negócio. É vício que tem desde estudante do curso de Matemática. Desde que um professor da faculdade usou um exemplo de mercados financeiros para demonstrar uma previsão.
Bastou isso para desatar a coleccionar e a examinar à lupa todos os registos das bolsas mundiais. De cada vez que olhou para trás concluiu o mesmo: "Os homens cometem sempre os mesmos erros." Repetem-nos ao longo de anos, décadas e séculos. "Estudar o comportamento dos mercados começou por ser um hobby, mas fui percebendo que acertava com frequência", conta João Maria. A curiosidade deu então lugar ao profissionalismo.
Há dez anos que conhece bem as bolsas europeias, americanas e asiáticas e, por isso, a grande pressão não é saber para onde vai mercado: "Durante o dia, e quando é preciso, tomo decisões pontuais, mas as estratégias de fundo são pensadas na véspera." Não são, portanto, as reacções do mercado que lhe provocam a maior angústia.
São os clientes que o obrigam a abdicar das suas convicções: "A última palavra é sempre do investidor." Mesmo quando há grandes probabilidades de estarem errados. Convencê-los a sair do mercado quando o futuro parece uma miragem optimista ou aconselhá-los para não fugirem das bolsas quando o caminho não é promissor é tarefa que João Maria tem dificuldade em levar até ao fim: "Uma das fases mais angustiantes que atravessei foi em Outubro do ano passado."
O mês em que os índices das bolsas escalaram até máximos históricos. O trader do Banco BIG pressentiu o pior e investiu toda a sua energia a tentar persuadir os clientes a fazer uma retirada estratégica. Usou argumentos, telefonou, marcou reuniões e entupiu o correio electrónico dos investidores, que receberam mails até na véspera de Natal. Um ano mais tarde, as bolsas tiveram as maiores quedas da história moderna.
Contra-corrente
O esforço repete-se hoje, mas no sentido inverso. "Tento agora que não fujam dos mercados." É uma batalha constante contra um "sentimento generalizado" e é essa a sua maior frustração: "Custa-me mais deixar escapar oportunidades do que concluir que afinal estava errado." E esforça-se para aguentar firme quando está tudo contra ele. Rema ao contrário da tendência dos investidores: "Passar a minha mensagem sem parecer desenquadrado e correndo ainda o risco de estar errado é o mais desgastante nesta profissão."
Quem ganha e perde dinheiro nas bolsas nem sempre mantém a lucidez. Para os que não estão treinados, a bolsa tem personalidade própria. Num minuto é o melhor amigo do investidor e oferece tudo o que sempre quis, noutro, um adversário que lhe puxa o tapete debaixo dos pés. Ou se é contaminado por tanta generosidade ou arrastado pela vingança de querer resgatar o que o mercado tirou: "Boa parte dos investidores perde a capacidade de decidir quando entrar, quanto tempo ficar e em que condições sair, apesar das horas consecutivas que têm para tomar qualquer uma destas decisões."
Esse mesmo investidor, no entanto, já não é o mesmo de há uma década. Acabaram-se os dias do cliente sentado em cima de uma pilha de acções. À espera da sua sorte. São predadores e usam todas os instrumentos para triunfar. "Subscrevem os canais de Internet e têm acesso a tudo o que se passa nos mercados", conta João Queiroz. Por vezes até invertem os papéis: "Em algumas circunstâncias são as nossas fontes de informação." Tornaram-se cautelosos e aprenderam a avaliar o risco: "Reservam parte do capital para investir no mercado sem que isso comprometa todo o património." Antes investiam só num activo. Apostavam tudo num cavalo. Hoje jogam em várias frentes (acções, fundos cotados, futuros, etc.) para minimizar o risco.
"O grau de profissionalismo dos nossos clientes é tão elevado que, por vezes, recorrem a máquinas que tomam decisões por eles", conta o trader da L .J. Carregosa. Algoritmos concebidos por matemáticos ou físicos que, ao copiarem modelos neuronais, absorvem até a subjectividade dos mercados. Modelos que indicam quando entrar, quando sair, quando arriscar. São eficientes a gerar dinheiro, mas têm esperança de vida limitada - entre três e seis meses.
As mutações dos mercados obrigam a que os aparelhos tenham de ser ciclicamente calibrados. Será o fim do corretor da bolsa? Não, garante João Queiroz: "O refinamento nas decisões é a mais-valia das máquinas, mas a última palavra é sempre a nossa."
Tiro pela culatra
Por mais rigorosas que sejam as tecnologias ou por mais disciplinados que se tornem os traders, nada garante uma previsão infalível. As flutuações dos mercados continuarão a ter sempre doses imprevisíveis de mistério. "A cotação de um qualquer activo em bolsa é determinada por uma multiplicidade de factores", avisa Mário Azevedo.
Não basta dominar a situação financeira do mercado nem estudar os padrões repetitivos da evolução dos preços. Nada disso oferece total segurança. Haverá sempre qualquer coisa que escapa: "A racionalidade limitada das decisões dos investidores parece ser hoje mais determinante." Quando menos se espera, surge um tiro pela culatra. Emoções ou erros de percepção que deitam por terra tudo aquilo que máquina ou homem tentaram antecipar.
A melhor decisão está por isso na capacidade de conjugar toda a informação disponível e acrescentar ainda a "sensibilidade subjectiva" do trader para encontrar algures a melhor opção de investimento. E aguardar que o mercado lhe dê razão. Ou não. A espera, por mais curta que seja, dá medo. Não há estatística, conhecimento do mercado ou treino que consiga vencê- -lo: "Talvez se vá conseguindo iludir, disfarçar ou dominar em aparência."
A chave para sobreviver nos mercados está sobretudo no autocontrolo: "Mais do que conviver com a dificuldade de atingir metas ou objectivos ambiciosos, é preciso moderar as oscilações das emoções." Mas, adverte o gestor do Finibanco, moderar não é anular os estados de alma: "Apenas nos esforçamos por os esconder."
A única certeza que têm é a de que às 07.30 estão nos escritórios. "Tudo o resto vai variando dependendo dos dias", conta João Maria Cotrim. Há reuniões de equipa, análise das notícias do dia, estudos de mercado, controlo das contas correntes dos clientes, execuções de oferta de bolsas e muitas outras tarefas que se prolongam "pela noite dentro ou por local incerto", explica Mário Azevedo.
Etapas queimadas
Mas há outras rotinas que entretanto se instalaram nas sociedades corretoras desde as recentes quebras nos mercados. Há pouco menos de seis meses, havia tempo para reuniões da manhã. "Tínhamos o hábito de discutir as notícias que pudessem produzir maior impacto na abertura das bolsas", recorda João Queiroz. Hoje, essa é uma etapa queimada. A tarefa vem feita. De casa e a caminho do trabalho.
No escritório, no apartamento, a partir do smartphone, o corretor da L. J. Carregosa está ligado à bolsa e, às 07.30, sentado na sua secretária a debitar inputs no sistema: "Destaco a informação mais importante para o cliente, hierarquizando-a segundo o seu grau de relevância." As reuniões, essas, foram transferidas para meio da manhã, altura em que se faz o "ponto de situação" antes de a bolsa americana entrar em cena, ao meio-dia.
Adaptar-se às mudanças é algo que se foi habituando com frequência. Basta dizer que João Queiroz começou na corretagem em 1994 - ano em que as novas tecnologias viraram do avesso os métodos de trabalho dos operadores de bolsa. A Internet acabou com a maioria das conversas por telefone, aboliu as transacções no floor da Bolsa de Valores de Lisboa (espaço reservado aos operadores e investidores) e simplificou com um clique no rato as ordens de compra e venda executadas a partir do escritório.
Pertence ao passado o exército de corretores necessários para orientar um punhado de investidores. Na L. J. Carregosa chegaram a ser cerca de 50 traders, cada um com uma dúzia de clientes: "Hoje é o inverso." Um operador tem em média meia centena de clientes e cada um deles exige tudo do corretor: "Gerir o risco, transmitir a expectativa e a incerteza do mercado."
É esforço em permanência e jornadas de trabalho quase contínuas. Nada disso os impede de continuarem ligados aos mercados financeiros por opção própria. Só esperam que não seja à custa daquela máxima que todos associam às estrelas do rock - live fast and die young (do inglês, vive depressa e morre jovem). Há sempre um desejo secreto de "viver não tão depressa e morrer mais tarde", confidencia Mário Azevedo.
http://dn.sapo.pt/2008/12/13/economia/t ... ercad.html
KÁTIA CATULO
Corretores da bolsa. Dormem pouco, trabalham horas a fio e vivem entre os fusos das bolsas europeias, americanas e asiáticas. São rápidos a agir, apesar de os recentes 'crashs' nos mercados financeiros terem acelerado ainda mais as transacções, decididas em dois ou três minutos. Treinados para manter o sangue- -frio e enfrentar o sobe e desce dos preços, o seu universo pode parecer frio e calculista. Pura ilusão. Atrás dos gráficos e dos indicadores escondem-se medos, ganância, euforia ou desalento. Estados de alma que arruinam ou geram grandes oportunidades de negócio
Nervos, hesitação e 'stress' combatem-se com disciplina
O medo é uma sucessão de números traduzido num gráfico que sobe e desce à mínima flutuação. "Após as recentes quedas nos mercados mundiais, o receio dos investidores está entre sete e oito vezes superior face aos índices do ano passado." João Maria Cotrim, trader do Banco BIG, desfez o mito - os estados de alma são, afinal, equações matemáticas, fórmulas utilizadas nas finanças, dados estatísticos. Haverá sempre os que se recusam a admitir isso. Os que dizem ser deformação profissional dos corretores que trabalham nas bolsas de valores. Pode até ser. Mas quem vive dos mercados não tem outra saída.
De tanto analisar subidas do PSI-20, desvalorizações do Down Jones ou recuos do Nasdaq, descobriram que "todo o comportamento tem um padrão", diz João Queiroz, da sociedade corretora L. J. Carregosa. Esqueçam, portanto, a velha história do individualismo, de que cada homem ou mulher é um ser singular. Nada disso faz sentido quando se quer saber para que direcção vai o mercado. Todos os gestos revelam métricas, que se repetem por ciclos e se reflectem nos mercados. Decifrá-las é parte do caminho para antecipar cada oscilação.
Mais do que habilidade é uma questão de treino. Mudar a cabeça em função do mercado. Pensar e agir tão rapidamente quanto as flutuações dos preços. Tantas as vezes quantas as necessárias. Cada corretor joga num tabuleiro com quatro monitores carregados de indicadores, diagramas e algarismos: "Dois ecrãs servem de plataformas de transacções financeiras e os restantes fornecem informações 'macro' e 'micro'", esclarece João Queiroz. Em três minutos - muitas vezes menos - cruzam-se os dados, assimila-se a informação e o resultado está pronto a servir - num chat da Net, por telefone, através de um sms. O que demorar menos a chegar ao cliente.
Os crashs das bolsas aceleraram ainda mais as transacções. "Uma descida de dois ou três pontos das cotações era uma surpresa para os investidores", explica o corretor de 40 anos. Hoje, podem descer cinco e seis vezes mais, que é mera rotina: "As realidades têm durações mais limitadas no tempo." Estão sempre a mudar e obrigam a rever estratégias. A toda a hora: "Antes duravam duas e três semanas e agora têm de ser reequacionadas ao fim de dois dias."
As recentes quedas surpreenderam até os que conhecem os mercados financeiros há mais de duas décadas: "Não tenho memória de uma situação tão instável, marcada por tão grande quebra de preços", conta Mário Azevedo, que começou em 1986 na Bolsa de Valores do Porto e gere actualmente o mercado de capitais e negociação do Finibanco.
Adaptar-se às novas rotinas não é um quebra-cabeças para um corretor. A disciplina é o método quase infalível que aparece em todos os manuais usados pelos operadores da bolsa. Serve para combater o medo, a hesitação e os nervos atiçados. E é aprendizagem que não leva muito tempo a adquirir. "Ao fim de um ano estamos aptos a eliminar o ruído", diz Queiroz. E a entrincheirarem- -se na análise para não serem arrastados pelo optimismo ou pessimismo dos mercados.
Emoções em diagrama
A partir daí estudam as suas emoções como se de um diagrama se tratasse: "Identificamos as nossas zonas de conforto e desconforto para sabermos em que terrenos nos movimentamos melhor." Sempre que necessário, recorre-se aos colegas para uma terapia instantânea de grupo. E, por fim, tentam traçar uma fronteira entre o trabalho e a vida privada, que nem sempre respeitam: "Por vezes não resisto e acordo a meio da madrugada para espreitar a abertura das bolsas asiáticas."
Separar o plano profissional do pessoal será sempre o maior fracasso do corretor. "Diria que esse distanciamento ocorre menos por via natural e terá de ser forçado por mim próprio", confessa Mário Azevedo. Desligar o interruptor é exigir demasiado. É pedir para se esquecer que trabalha sobre uma realidade que avança ou recua a qualquer hora e usa os fusos dos mercados europeus, americanos ou asiáticos para acabar com qualquer ilusão de estabilidade: "Se por qualquer motivo não conseguir estar in loco no arranque de uma sessão de bolsa, sinto-me desconfortável a acompanhá-la a partir daí até seu ao fecho."
A espontaneidade desempenha portanto um papel determinante no equilíbrio emocional do corretor e, por isso, há que a programar ao longo do dia. Injecta-se nas rotinas de trabalho, tal como faz o Estado quando aumenta o capital das grandes empresas em risco. "Durante a hora do almoço evitamos falar de tudo o que esteja relacionado com a nossa actividade e todos nós temos consciência de que é impossível estar a operar em permanência no mercado", diz João Queiroz.
Qualquer elemento perturbador é abortado à nascença. Nem um ou mais falhanços são suficientes para derrubar a disciplina do corretor: "Em cada cinco decisões, duas estão incorrectas." A estatística sobrepõe-se ao fracasso. E até o erro se transforma num potencial trunfo: "Anoto num caderno onde e quando errei." O registo contínuo tem uma utilidade específica - identificar, mais uma vez, um padrão de comportamento associado ao erro. Vício diagnosticado é vício eliminado.
Nem tudo se programa. Haverá sempre a tensão de saber agir no momento certo. Sem hesitar: "As melhores decisões acontecem quando os mercados estão extremados." É o momento das grandes oportunidades e as alturas em que o stress dispara: "Mas é uma pressão construtiva." O trader da L. J. Carregosa é dependente da adrenalina. Aprendeu a usar a substância com peso e medida. Sabe que tem ao seu dispor uma quantidade limitada para racionar ao longo do dia: "Posso esgotá-la ou não, mas nunca vou ao fundo da reserva." Fica apenas fora de controle o que ninguém consegue manipular: "Por vezes tenho dificuldade em dormir." Mas até as suas insónias têm um padrão de comportamento: "Uma ou duas vezes por semana, no máximo." Sobretudo aos sábados e domingos: "Quando não estou a trabalhar."
Erros cíclicos
João Maria Cotrim, da área de corretagem do Banco BIG, prefere colocar-se acima das pressões. "Geralmente não tomo decisões com o mercado a funcionar", conta o trader de 35 anos. Criou regras próprias e esforça-se todos os dias por as cumprir. As estratégias são preparadas depois do fecho das bolsas. Quando não está sujeito às influências dos clientes nem ao sobe e desce das cotações. A maioria dos planos é desenhada com base nos históricos das bolsas.
O que aconteceu ao longo das últimas semanas mostra-lhe as pistas que o orientam no dia- -a-dia. Está atento às reacções dos preços - descobre onde estão as quedas, as subidas, as tendências ou as inversões do mercado - e procura as melhores oportunidades de negócio. É vício que tem desde estudante do curso de Matemática. Desde que um professor da faculdade usou um exemplo de mercados financeiros para demonstrar uma previsão.
Bastou isso para desatar a coleccionar e a examinar à lupa todos os registos das bolsas mundiais. De cada vez que olhou para trás concluiu o mesmo: "Os homens cometem sempre os mesmos erros." Repetem-nos ao longo de anos, décadas e séculos. "Estudar o comportamento dos mercados começou por ser um hobby, mas fui percebendo que acertava com frequência", conta João Maria. A curiosidade deu então lugar ao profissionalismo.
Há dez anos que conhece bem as bolsas europeias, americanas e asiáticas e, por isso, a grande pressão não é saber para onde vai mercado: "Durante o dia, e quando é preciso, tomo decisões pontuais, mas as estratégias de fundo são pensadas na véspera." Não são, portanto, as reacções do mercado que lhe provocam a maior angústia.
São os clientes que o obrigam a abdicar das suas convicções: "A última palavra é sempre do investidor." Mesmo quando há grandes probabilidades de estarem errados. Convencê-los a sair do mercado quando o futuro parece uma miragem optimista ou aconselhá-los para não fugirem das bolsas quando o caminho não é promissor é tarefa que João Maria tem dificuldade em levar até ao fim: "Uma das fases mais angustiantes que atravessei foi em Outubro do ano passado."
O mês em que os índices das bolsas escalaram até máximos históricos. O trader do Banco BIG pressentiu o pior e investiu toda a sua energia a tentar persuadir os clientes a fazer uma retirada estratégica. Usou argumentos, telefonou, marcou reuniões e entupiu o correio electrónico dos investidores, que receberam mails até na véspera de Natal. Um ano mais tarde, as bolsas tiveram as maiores quedas da história moderna.
Contra-corrente
O esforço repete-se hoje, mas no sentido inverso. "Tento agora que não fujam dos mercados." É uma batalha constante contra um "sentimento generalizado" e é essa a sua maior frustração: "Custa-me mais deixar escapar oportunidades do que concluir que afinal estava errado." E esforça-se para aguentar firme quando está tudo contra ele. Rema ao contrário da tendência dos investidores: "Passar a minha mensagem sem parecer desenquadrado e correndo ainda o risco de estar errado é o mais desgastante nesta profissão."
Quem ganha e perde dinheiro nas bolsas nem sempre mantém a lucidez. Para os que não estão treinados, a bolsa tem personalidade própria. Num minuto é o melhor amigo do investidor e oferece tudo o que sempre quis, noutro, um adversário que lhe puxa o tapete debaixo dos pés. Ou se é contaminado por tanta generosidade ou arrastado pela vingança de querer resgatar o que o mercado tirou: "Boa parte dos investidores perde a capacidade de decidir quando entrar, quanto tempo ficar e em que condições sair, apesar das horas consecutivas que têm para tomar qualquer uma destas decisões."
Esse mesmo investidor, no entanto, já não é o mesmo de há uma década. Acabaram-se os dias do cliente sentado em cima de uma pilha de acções. À espera da sua sorte. São predadores e usam todas os instrumentos para triunfar. "Subscrevem os canais de Internet e têm acesso a tudo o que se passa nos mercados", conta João Queiroz. Por vezes até invertem os papéis: "Em algumas circunstâncias são as nossas fontes de informação." Tornaram-se cautelosos e aprenderam a avaliar o risco: "Reservam parte do capital para investir no mercado sem que isso comprometa todo o património." Antes investiam só num activo. Apostavam tudo num cavalo. Hoje jogam em várias frentes (acções, fundos cotados, futuros, etc.) para minimizar o risco.
"O grau de profissionalismo dos nossos clientes é tão elevado que, por vezes, recorrem a máquinas que tomam decisões por eles", conta o trader da L .J. Carregosa. Algoritmos concebidos por matemáticos ou físicos que, ao copiarem modelos neuronais, absorvem até a subjectividade dos mercados. Modelos que indicam quando entrar, quando sair, quando arriscar. São eficientes a gerar dinheiro, mas têm esperança de vida limitada - entre três e seis meses.
As mutações dos mercados obrigam a que os aparelhos tenham de ser ciclicamente calibrados. Será o fim do corretor da bolsa? Não, garante João Queiroz: "O refinamento nas decisões é a mais-valia das máquinas, mas a última palavra é sempre a nossa."
Tiro pela culatra
Por mais rigorosas que sejam as tecnologias ou por mais disciplinados que se tornem os traders, nada garante uma previsão infalível. As flutuações dos mercados continuarão a ter sempre doses imprevisíveis de mistério. "A cotação de um qualquer activo em bolsa é determinada por uma multiplicidade de factores", avisa Mário Azevedo.
Não basta dominar a situação financeira do mercado nem estudar os padrões repetitivos da evolução dos preços. Nada disso oferece total segurança. Haverá sempre qualquer coisa que escapa: "A racionalidade limitada das decisões dos investidores parece ser hoje mais determinante." Quando menos se espera, surge um tiro pela culatra. Emoções ou erros de percepção que deitam por terra tudo aquilo que máquina ou homem tentaram antecipar.
A melhor decisão está por isso na capacidade de conjugar toda a informação disponível e acrescentar ainda a "sensibilidade subjectiva" do trader para encontrar algures a melhor opção de investimento. E aguardar que o mercado lhe dê razão. Ou não. A espera, por mais curta que seja, dá medo. Não há estatística, conhecimento do mercado ou treino que consiga vencê- -lo: "Talvez se vá conseguindo iludir, disfarçar ou dominar em aparência."
A chave para sobreviver nos mercados está sobretudo no autocontrolo: "Mais do que conviver com a dificuldade de atingir metas ou objectivos ambiciosos, é preciso moderar as oscilações das emoções." Mas, adverte o gestor do Finibanco, moderar não é anular os estados de alma: "Apenas nos esforçamos por os esconder."
A única certeza que têm é a de que às 07.30 estão nos escritórios. "Tudo o resto vai variando dependendo dos dias", conta João Maria Cotrim. Há reuniões de equipa, análise das notícias do dia, estudos de mercado, controlo das contas correntes dos clientes, execuções de oferta de bolsas e muitas outras tarefas que se prolongam "pela noite dentro ou por local incerto", explica Mário Azevedo.
Etapas queimadas
Mas há outras rotinas que entretanto se instalaram nas sociedades corretoras desde as recentes quebras nos mercados. Há pouco menos de seis meses, havia tempo para reuniões da manhã. "Tínhamos o hábito de discutir as notícias que pudessem produzir maior impacto na abertura das bolsas", recorda João Queiroz. Hoje, essa é uma etapa queimada. A tarefa vem feita. De casa e a caminho do trabalho.
No escritório, no apartamento, a partir do smartphone, o corretor da L. J. Carregosa está ligado à bolsa e, às 07.30, sentado na sua secretária a debitar inputs no sistema: "Destaco a informação mais importante para o cliente, hierarquizando-a segundo o seu grau de relevância." As reuniões, essas, foram transferidas para meio da manhã, altura em que se faz o "ponto de situação" antes de a bolsa americana entrar em cena, ao meio-dia.
Adaptar-se às mudanças é algo que se foi habituando com frequência. Basta dizer que João Queiroz começou na corretagem em 1994 - ano em que as novas tecnologias viraram do avesso os métodos de trabalho dos operadores de bolsa. A Internet acabou com a maioria das conversas por telefone, aboliu as transacções no floor da Bolsa de Valores de Lisboa (espaço reservado aos operadores e investidores) e simplificou com um clique no rato as ordens de compra e venda executadas a partir do escritório.
Pertence ao passado o exército de corretores necessários para orientar um punhado de investidores. Na L. J. Carregosa chegaram a ser cerca de 50 traders, cada um com uma dúzia de clientes: "Hoje é o inverso." Um operador tem em média meia centena de clientes e cada um deles exige tudo do corretor: "Gerir o risco, transmitir a expectativa e a incerteza do mercado."
É esforço em permanência e jornadas de trabalho quase contínuas. Nada disso os impede de continuarem ligados aos mercados financeiros por opção própria. Só esperam que não seja à custa daquela máxima que todos associam às estrelas do rock - live fast and die young (do inglês, vive depressa e morre jovem). Há sempre um desejo secreto de "viver não tão depressa e morrer mais tarde", confidencia Mário Azevedo.
http://dn.sapo.pt/2008/12/13/economia/t ... ercad.html
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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