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MensagemEnviado: 18/12/2008 20:31
por Qualnhick
Pata-Hari Escreveu:qualnhick, aquilo era a portaria da emissão do BCP, não me dizia que o aval era para esse fim, não era a portaria do próprio aval. O que queres, não fiquei convencida. E parece que haverá quem concorde comigo.


Eu por mim desisto ...
Quanto a haver pessoas que concordam contigo, tb não tenho duvidas relativamente a isso. Basta, alias, perguntar a qualquer gestor bancario ...

MensagemEnviado: 18/12/2008 19:36
por savatage
a taxa q mq deram para o deposito foi de 2.5 %.

MensagemEnviado: 18/12/2008 19:32
por CerealKiler
savatage Escreveu:vou deixar o meu exemplo.
para me autorizar um descoberto de modo a funcionar como fundo de maneio para uma pequena empresa q tenho ,fui obrigado a depositar valor igual numa conta pessoal ficando penhorado como garantia.
ainda me cobram 13 %
era isso ou sopas.
banco montepio geral


13% ? e quanto é que te remuneram ? isso deve ser da pré-história.,

A imparidade nas operações compensadas, o pior que conhecia era de 2% (4 aplicação-6conta caucionada.)

MensagemEnviado: 18/12/2008 19:30
por savatage
vou deixar o meu exemplo.
para me autorizar um descoberto de modo a funcionar como fundo de maneio para uma pequena empresa q tenho ,fui obrigado a depositar valor igual numa conta pessoal ficando penhorado como garantia.
ainda me cobram 13 %
era isso ou sopas.
banco montepio geral

MensagemEnviado: 18/12/2008 19:16
por MarcoAntonio
Marta, o que se lê é o seguinte:


1 - Autorizo a concessão da garantia pessoal do Estado para cumprimento das obrigações de capital e juros no âmbito do empréstimo obrigacionista em questão a emitir pelo Banco Comercial Português, S. A. nas condições constantes da ficha técnica anexa.

E na ficha técnica as condições estão explícitas.

Finalidade - manter uma estrutura de financiamente equilibrada no ambito do programa de financiamente para 2008 e assegurar o desenvolvimento da actividade de concessão de crédito a particulares e a empresas, em especial a pequenas e médias empresas.


Também já estive a ler a lei que serve de base a estas Garantias e o Estado tem base legal para retirar as Garantias caso não cumpram as condições para que foi dada.

Não estou a dizer que o Estado o vai fazer, na verdade estou convencidíssimo que não o vai fazer, que se fai ficar pela pressão sobre os Bancos para que estes usem o dinheiro para os fins que lhe foi dado e para os fins para que o pediram!


Mais uma vez, isto está tão cristalino que até magoa...

Também devo dizer que entendo que os Bancos possam ainda não ter condições para reabrirem o crédito (por não terem ainda o capital disponível). Mas a pressão faz sentido e continuam os relatos e notícias que sustentam o muito que aqui se disse: neste momento o crédito está "fechadíssimo".


Os Bancos que recorreram à Garantia podem não estar a reabri-lo agora, mas terão de reabri-lo (facilita-lo bastante face ao que estão a fazer neste momento) caso contrário terão de prestar contas. E a pressão é justificadíssima pois a garantia foi-lhes dada expressamente para estes fins e eles manifestaram oralmente (via média) e por escrito (como aqui se vê) que é para esse fim (ou pelo menos, um dos fins).

Os Bancos para obter a garantia tinham de apresentar um processo ao Banco de Portugal que descrevia a situação do Banco e o que pretendiam fazer com o capital obtido.

MensagemEnviado: 18/12/2008 19:06
por Pata-Hari
qualnhick, aquilo era a portaria da emissão do BCP, não me dizia que o aval era para esse fim, não era a portaria do próprio aval. O que queres, não fiquei convencida. E parece que haverá quem concorde comigo.

MensagemEnviado: 18/12/2008 18:27
por Qualnhick
Pata-Hari Escreveu:Olhem, é uma opinião, mais uma.


Depois de teres dito isto:

Pata-Hari Escreveu:Qualnhick, manda a portaria para eu me calar. Quero ver isso escrito


E de te terem mostrado a portaria o minimo que eu esperava da tua parte era dizeres ok, têm razão, enganei-me !
Mas aí na banca devem ter umas maquinas de lavar cerebros muito avançadas ...

MensagemEnviado: 18/12/2008 18:10
por Pata-Hari
Olhem, é uma opinião, mais uma.

Pedro Santos Guerreiro
Crédito bem parado
psg@mediafin.pt

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A banca sempre teve as costas largas. Agora, tem também a consciência pesada e os bolsos vazios. Mas mesmo assim, a ameaça do Governo de retirar as garantias aos bancos, se não derem crédito às empresas, só tem uma classificação: é ridícula.


A falta de crédito é das principais ameaças à economia. E leva a medidas tão radicais como a taxas de juro zero nos Estados Unidos. Há projectos parados em Portugal por falta de financiamento, da grande estrada ao pequeno empório; há negócios economicamente viáveis que enfrentam o abismo porque o cliente deixou de pagar e o banco de emprestar. Compreende-se, assim, o sufoco reivindicativo das empresas.

O que não se aceita é que o Governo deite demagogia para a fogueira e incendeie a já minada credibilidade dos banqueiros. Era o que faltava o Estado retirar garantias, assim troando ao mundo que os bancos portugueses não prestam. Nem eles nem o próprio Governo, que assim ficaria um avalista incredível. Se uma garantia de Estado pode ser retirada, não é uma garantia. E nesse caso, quem dá garantia à garantia de José Sócrates?

Aliás: se os bancos vivem de emprestar dinheiro, por que razão não haverão de querer emprestá-lo? Porque lhes exigiram que se contivessem. E porque não o têm nos seus cofres.

Vítor Constâncio pediu no Verão aos presidentes dos bancos que passassem a conceder menos crédito, de modo a fortalecerem os balanços. Os rácios mínimos de capital apertaram, o que na prática significa emprestar menos. E ainda ontem Sócrates falou na necessidade de os bancos se capitalizarem, o que vai dar ao mesmo. Exigir uma coisa e o seu contrário ou é esquizofrenia ou é demagogia.

O mercado de financiamento está quase fechado. Ninguém empresta dinheiro a bancos sem garantias e, mesmo para quem as tem, há um rateio à escala global. O único banco que usou garantias foi a Caixa, que tentou obter dois mil milhões, conseguiu apenas 1,2 mil milhões e a um custo elevado. Claro que a Caixa tem uma vantagem inesgotável: tem dez milhões de accionistas a quem não perguntam nem informam o que lhes fazem ao dinheiro. Venha mais um aumento de capital, mil milhões.

Para que servirá este dinheiro na Caixa? "Para financiar a economia e melhorar os rácios". Não podem ser mais específicos? Já serviu para o BPN, para o BPP, para estradas. É para financiar os grandes investimentos público-privados? Para acudir às proscritas PME? Para comprar instituições?

Os bancos estão a privilegiar os refinanciamentos dos contratos que já existem, sobrando pouco para novas aventuras. A opção é não deixar cair os actuais endividados, ampliando-lhes prazos de pagamento, para conter o mal parado, que afunda clientes e nisso arrasta o próprio banco. Há em 2009 quase 12 mil milhões que têm de ser refinanciados pelos bancos portugueses.

O Governo pode esconjurar o capitalismo sem freio, mas em vez de crucificar os maiores bancos portugueses devia elogiar a sua resistência às loucuras que afundaram o sistema financeiro. Digam lá o que disserem, CGD, BES, BCP, BPI e Totta não tinham "subprime" e pouco tinham de Madoff. Basta comparar com os tão elogiados bancos espanhóis, que estão a perder milhões com fraudes alheias, para ver como não assumir riscos não foi uma omissão, mas uma opção.

É bizarro, mas o Governo opta por salvar bancos que se portaram mal e criticar bancos que se portaram bem. Melhor faria se guardasse as lições de moral para si mesmo. E supervisionasse o que aí vem: é que depois das ocultações mais ou menos criminosas, primeiro em "holdings" e depois com activos, está na cara que se seguem engenharias para esconder passivos e malparados. Vai preparar-se agora ou espantar-se depois?


MensagemEnviado: 17/12/2008 17:18
por RCF
Caros colegas do caldeirão, aproveito o facto de se estar a discutir a intervenção do estado neste aspecto especifico da actividade economica para alargar a discussão ao papel do estado no conjunto economia.

Penso ser essencial ao debater este assunto fazer uma distinção entre duas funções que são completamente distintas mas que usualmente e erradamente são vistas como sendo a mesma, a função de criação de riqueza e a função de distribuição da riqueza.
A primeira, a função de criação de riqueza é a função do sector privado e a segunda, a função de distribuição da riqueza, é a função do estado.

Um dos maiores problemas da nossa economia, se não o maior, é que esta distinção não é feita, o estado pretende desempenhar um papel de criador de riqueza- coisa que não sabe fazer nem há registo histórico de alguma vez o ter conseguido- intervindo no mercado, criando distorções, obstruindo os privados (estes sim os verdadeiros criadores de riqueza) de realizarem, asfixiando a economia e a livre iniciativa. Conseguindo com tudo isto unicamente gerar estgnação e escassez e colocando-se assim na impossibilidade de realizar aquela que é de facto a sua função- a de distribuidor da riqueza- pelo facto de por via da sua actuação anterior não existir riqueza para distribuir.

Em apoio desta tese remeto-me á experiência histórica , se analisarmos os ultimos cinquenta anos verificamos que os anos de maior crescimento correspondem a épocas de liberalização economica- 2ª metade da decada de 50 e decada de 60 em que a nossa entrada na EFTA forçou uma forte liberalização economica e 2ª metade da decada de 80 em que a entrada na CEE teve o mesmo efeito.

Note-se quando falo de liberalização economica falo de deixar o mercado desenvolver-se naturalmente não estou a falar de retirar direitos sociais aos cidadãos, nem a liberalização economica tem de corresponder a isso, muito pelo contrário, mais mercado para gerar mais riqueza para atribuir mais direitos aos cidadãos.
Se analisarmos alguns paises que são visto mundialmente como referências de bem-estar e progresso social- Suiça, Holanda, Suecia- as respectivas lideranças politicas ao longo da segunda metade do seculo xx e até hoje têm sido lideranças conscientes destes dois planos e de quem são os seus naturais executores, os privados na criação de riqueza e o estado na redistribuição da riqueza (e bem longe de qualquer tentação de intervencionismo economico).
Penso que no nosso pais enquanto não estivermos plenamente convencidos desta realidade não conseguiremos sair da armadilha em que nos encontramos e que tem toda a probabilidade de se vir a acentuar na medida em que o principal sustentaculo da nossa economia nos ultimos anos- o crédito externo- se está a tornar escasso.

Cumprimentos,
RCF.

MensagemEnviado: 17/12/2008 15:25
por karnuss
Aqui está o Despacho relativo às Garantias dadas ao BCP publicado em DR, para esclarecer de vez as dúvidas

MensagemEnviado: 17/12/2008 15:09
por MarcoAntonio
É um mero artigo de opinião (com o qual no geral até concordo nos casos dos Bancos que não recorreram às Garantidas do Estado) mas que portanto não muda nada sobre a minha opinião sobre o assunto.

MensagemEnviado: 17/12/2008 14:54
por Pata-Hari
Qualnhick, manda a portaria para eu me calar. Quero ver isso escrito.


Camilo Lourenço
Para que servem os bancos?
camilolourenco@gmail.com

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A resposta é óbvia. Ou não? Ao ouvir o primeiro-ministro pedir aos bancos para voltarem a conceder crédito às empresas, fiquei com dúvidas. Porque, ou Sócrates pensa que os bancos pertencem ao Estado, ou não deve estar esclarecido quanto à sua função...


A resposta é óbvia. Ou não? Ao ouvir o primeiro-ministro pedir aos bancos para voltarem a conceder crédito às empresas, fiquei com dúvidas. Porque, ou Sócrates pensa que os bancos pertencem ao Estado, ou não deve estar esclarecido quanto à sua função... Todos sabemos que, nas duas últimas décadas, os bancos aprenderam coisas novas. Algumas tão interessantes que até ajudaram a economia. Outras nem tanto. Por isso, é bom que não sejam os governantes a encorajar a banca a fazer o que não deve.

Vejamos: a principal função dos bancos é proteger os depósitos. Esse valor deve estar acima de todos os outros. Inclusive da concessão de crédito. Por isso, quando os bancos não emprestam dinheiro é capaz de ser por uma boa razão. Nomeadamente porque não estão seguros de vir a recuperar o dinheiro que lhes foi confiado. Em qualquer manual de gestão, esta é uma atitude sensata.

É claro que podemos perguntar o que aconteceu para, de um momento para o outro, os bancos terem cortado o crédito a empresas saudáveis, cuja sobrevivência pode ser afectada por problemas de tesouraria. A resposta é conhecida: a crise financeira elevou a desconfiança a um grau nunca visto desde 1929. Enquanto essa desconfiança (exacerbada pela falta de tacto da classe política) não desaparecer, o mundo continuará de pernas para o ar. Se o Estado quer fazer alguma coisa, pode começar por encurtar o prazo de pagamento às empresas. Isso sim, ajudava muito.

MensagemEnviado: 17/12/2008 14:18
por carrancho
Governo pode retirar garantias se banca não conceder crédito às empresas (act.)


17/12/2008


O ministro das Finanças salientou hoje que as garantias dadas aos bancos têm que ter impacto real na economia, sob pena de serem retiradas. “Em última instância, em caso extremo, se o aval dos bancos não se traduzir em crédito à economia, devemos questionar se no futuro vale a pena o Estado continuar com este esforço”, afirmou Teixeira dos Santos hoje de manhã na Comissão de Economia e Finanças, no Parlamento.

O Ministro sublinhou ainda que “o Estado terá de velar pelo cumprimento dos pressupostos da garantia, como está na portaria”.

Ontem, Teixeira dos Santos já tinha afirmado que, no limite, o Governo pode vir a retirar as garantias que deu à banca se as instituições não fizerem chegar o crédito às empresas.

Questionado pelos jornalistas à saída de um jantar organizado pelo Clube do Chiado, em Lisboa, sobre a possibilidade de o Estado vir a retirar as garantias que deu à banca no âmbito da actual crise financeira, Fernando Teixeira dos Santos disse que esse "poderá ser um cenário extremo".

"Havendo incumprimento das condições da garantia", esse é um cenário que se poderá verificar, clarificou o ministro.

O governo disponibilizou em Novembro um pacote de 20 mil milhões de euros de garantias à banca, para as instituições conseguirem obter mais facilmente financiamento no exterior e, assim, continuarem a fazer escoar o financiamento para as empresas e para as famílias.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças já tinham feito um apelo à banca para que esta emprestasse mais dinheiro às empresas, de forma a reabilitar a economia portuguesa, numa altura em que se multiplicam as queixas de que, apesar das linhas de crédito abertas, o financiamento continua a não chegar às empresas.

"Temos que exigir aos bancos, com base nas garantias", que emprestem dinheiro às empresas, acrescentou hoje Teixeira dos Santos, notando que é preciso "recordar-lhes que obtiveram garantias para concederem crédito".

Quanto à possibilidade da Caixa Geral de Depósitos vir a servir como braço do Estado para fazer chegar o crédito às empresas, o ministro das Finanças admitiu que o executivo está a "usá-la para fazer" pressão sobre o mercado.

"A Caixa é uma instituição que está presente no mercado mas tem consciência das suas responsabilidades; é solidária com o Governo em assegurar o financiamento às empresas", disse Teixeira dos Santos.

"Quando tudo corria bem [no sistema financeiro], os bancos fidelizavam os seus clientes; será que os bancos não têm [agora] também que ser fiéis aos seus clientes?"., questionou o governante.


MensagemEnviado: 17/12/2008 14:18
por Qualnhick
Pata-Hari Escreveu:Marco, esse comentário do Ministro é falacioso. Mais uma vez, esticam-se. Os bancos que recorreram precisavam de liquidez e não era para novo negócio, era mesmo para o negócio corrente!

A resposta a esse comentário está no artigo do camilo lourenço, no negócios (ao qual não consigo aceder, o site dá-me erro). Se alguém conseguir colocar, seria excelente.


Ó Pata, depois do ministro das finanças já ter dito por varias vezes que o aval foi dado para os bancos continuarem a ceder credito à economia, depois das declarações de hoje do ministro clarissimas, só mesmo por teimosia é que continuas a defender a tua posição.

MensagemEnviado: 17/12/2008 14:15
por limpaesgotos
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1024076

2008-12-17 07:41

Crise

Governo admite retirar garantias aos bancos

Isto, se as instituições não fizerem chegar crédito às empresas.

O Governo aprovou, sábado, um plano de combate à crise que prevê medidas adicionais para o emprego, investimento e empresas. A oposição diz que os mais de 2 mil milhões de euros que vai custar vão fazer subir o défice do próximo ano, mas o ministro das finanças não concorda.

«Não sei que contas é que a oposição faz para dizer que o défice está acima de 3%. Eu sei é que o défice será, com as medidas adicionais, de 3%», garante Teixeira dos Santos.

Questionado sobre a necessidade de um orçamento rectificativo, Teixeira dos Santos esclarece que, nesta altura, não faz sentido pensar na hipótese.

«Falar em rectificação não me parece UE seja a palavra adequada. Rectificar o quê? Só quando as coisas correm mal, quando há derrapagem das contas. Não é o caso. Nem sequer começámos a executar o orçamento», acrescenta o ministro das Finanças.

À saída de um jantar no clube do Chiado, o ministro admitiu ainda que o governo pode vir a retirar as garantias que deu à banca se as instituições bancárias não fizerem chegar crédito as empresas.

MensagemEnviado: 17/12/2008 13:07
por Pata-Hari
Para mim também está claro.

MensagemEnviado: 17/12/2008 12:36
por MarcoAntonio
Pata-Hari Escreveu:Olha, procura o artigo do camilo lourenço.


Marta, o artigo do Camilo Lourenço não me fará mudar de ideias quanto a algo que está tão claro e sobre o qual eu já li tanto. Mas lerei o artigo, em todo o caso (agora, o que quero sublinhar é que não é um artigo de opinião no meio de tanta coisa que me fará alterar de opinião perante algo que está tão claro).

MensagemEnviado: 17/12/2008 12:34
por Pata-Hari
Olha, procura o artigo do camilo lourenço.

MensagemEnviado: 17/12/2008 12:32
por MarcoAntonio
Pata-Hari Escreveu:Marco, esse comentário do Ministro é falacioso. Mais uma vez, esticam-se. Os bancos que recorreram precisavam de liquidez e não era para novo negócio, era mesmo para o negócio corrente!


Para mim, é coerente com o que o Estado sempre disse e com o que presidentes de Bancos disseram quando concorreram à Garantia.

O presidente do BES foi muito claro, por exemplo, dizendo que era uma oportunidade para se financiarem e poderem conceder créditos (conforme já coloquei aqui no tópico). Portanto, estiveram sempre conscientes (pelo menos alguns deles) de que para que servia a Garantia...


Está cristalino quanto pode.

MensagemEnviado: 17/12/2008 12:29
por Pata-Hari
Marco, esse comentário do Ministro é falacioso. Mais uma vez, esticam-se. Os bancos que recorreram precisavam de liquidez e não era para novo negócio, era mesmo para o negócio corrente!

A resposta a esse comentário está no artigo do camilo lourenço, no negócios (ao qual não consigo aceder, o site dá-me erro). Se alguém conseguir colocar, seria excelente.

MensagemEnviado: 17/12/2008 10:57
por CerealKiler
MarcoAntonio Escreveu:
CerealKiler Escreveu:não sei poquê mas começo a gostar do trabalho deste Ministro das Finanças. Não é passivo como os restantes, tem ideias (ainda que fiquem àquem do desejado)


Bem, parece que ele andou aqui a ler o tópico e tomou de empréstimo (termo nada inocente) a tua sugestão...
:wink:


pois, ainda vamos todos para consultores do Governo.
Depois de passar esta quadra, depois do BCP e da CGD colocarem os emp. obrigacionistas quero ver se reabrem o mercado do crédito.

MensagemEnviado: 17/12/2008 10:52
por MarcoAntonio
CerealKiler Escreveu:não sei poquê mas começo a gostar do trabalho deste Ministro das Finanças. Não é passivo como os restantes, tem ideias (ainda que fiquem àquem do desejado)


Bem, parece que ele andou aqui a ler o tópico e tomou de empréstimo (termo nada inocente) a tua sugestão...
:wink:

MensagemEnviado: 17/12/2008 10:46
por CerealKiler
não sei poquê mas começo a gostar do trabalho deste Ministro das Finanças. Não é passivo como os restantes, tem ideias (ainda que fiquem àquem do desejado)

MensagemEnviado: 17/12/2008 10:06
por MarcoAntonio
Negocios Escreveu:Governo pode retirar garantias se banca não conceder crédito às empresas

O ministro das Finanças admitiu que, no limite, o Governo pode vir a retirar as garantias que deu à banca se as instituições não fizerem chegar o crédito às empresas.

O ministro das Finanças admitiu que, no limite, o Governo pode vir a retirar as garantias que deu à banca se as instituições não fizerem chegar o crédito às empresas.

Questionado pelos jornalistas à saída de um jantar organizado pelo Clube do Chiado, em Lisboa, sobre a possibilidade de o Estado vir a retirar as garantias que deu à banca no âmbito da actual crise financeira, Fernando Teixeira dos Santos disse que esse "poderá ser um cenário extremo".

"Havendo incumprimento das condições da garantia", esse é um cenário que se poderá verificar, clarificou o ministro.

O governo disponibilizou em Novembro um pacote de 20 mil milhões de euros de garantias à banca, para as instituições conseguirem obter mais facilmente financiamento no exterior e, assim, continuarem a fazer escoar o financiamento para as empresas e para as famílias.


Na segunda-feira, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças já tinham feito um apelo à banca para que esta emprestasse mais dinheiro às empresas, de forma a reabilitar a economia portuguesa, numa altura em que se multiplicam as queixas de que, apesar das linhas de crédito abertas, o financiamento continua a não chegar às empresas.

"Temos que exigir aos bancos, com base nas garantias", que emprestem dinheiro às empresas, acrescentou hoje Teixeira dos Santos, notando que é preciso "recordar-lhes que obtiveram garantias para concederem crédito".

Quanto à possibilidade da Caixa Geral de Depósitos vir a servir como braço do Estado para fazer chegar o crédito às empresas, o ministro das Finanças admitiu que o executivo está a "usá-la para fazer" pressão sobre o mercado.

"A Caixa é uma instituição que está presente no mercado mas tem consciência das suas responsabilidades; é solidária com o Governo em assegurar o financiamento às empresas", disse Teixeira dos Santos.

"Quando tudo corria bem [no sistema financeiro], os bancos fidelizavam os seus clientes; será que os bancos não têm [agora] também que ser fiéis aos seus clientes?"., questionou o governante.


MensagemEnviado: 15/12/2008 14:20
por Pata-Hari
Nota como não mencionam o aval, mencionam linhas especiais de crédito.