Este ano vão vender-se menos 75 mil casas do que em 2007
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Boas ...
Penso que todos vós têm razão.
O lucro fácil e com grande retorno, levou multidões para a construção, até muitos que não faziam a menor ideia do que isso é... Acreditem que conheço muitos casos de pessoas que hipotecaram uma boa e longa vida, em emprrendimentos falhados, e que hoje vivem numa corda bamba para manterem o pouco que lhes resta...
Contudo os tempos difícies estão longe de ter fim. Quer pela crise financeira, económica, e imobiliária, quer mesmo pelas mudanças que esta crise irá provocar...
Os bancos, vêm crescer o crédito malparado, e com a baixa liquidez, não vão favorecer o crédito... sobretudo no segmento com mais procura. As pessoas parecem acordar (algumas...) com as notícias, e ponderam em ter outra postura perante a habitação...
Quantas avaliações já eu fiz, em que o cliente, com um crédito com menos de 5 anos, pretende transferir a hipoteca, e não consegue porque o valor do imóvel é hoje inferior, restringido ainda a um financiamentoa a 90%....
Contudo, a verdadeira crise poderá ainda por surgir durante 2009, até porque a certificação energética dos edifícios, que vai ser obrigatória para todas as transacções, poderão colocar a nú as grandes "qualidades" das habitações... e quem é que quer uma casa classificada como D,E,F... quando o regulamento prevê que as novas não vão abaixo do B-...
Ainda poderá existir novidades piores das que já lemos...
Abraços,
FP

Penso que todos vós têm razão.
O lucro fácil e com grande retorno, levou multidões para a construção, até muitos que não faziam a menor ideia do que isso é... Acreditem que conheço muitos casos de pessoas que hipotecaram uma boa e longa vida, em emprrendimentos falhados, e que hoje vivem numa corda bamba para manterem o pouco que lhes resta...
Contudo os tempos difícies estão longe de ter fim. Quer pela crise financeira, económica, e imobiliária, quer mesmo pelas mudanças que esta crise irá provocar...
Os bancos, vêm crescer o crédito malparado, e com a baixa liquidez, não vão favorecer o crédito... sobretudo no segmento com mais procura. As pessoas parecem acordar (algumas...) com as notícias, e ponderam em ter outra postura perante a habitação...
Quantas avaliações já eu fiz, em que o cliente, com um crédito com menos de 5 anos, pretende transferir a hipoteca, e não consegue porque o valor do imóvel é hoje inferior, restringido ainda a um financiamentoa a 90%....
Contudo, a verdadeira crise poderá ainda por surgir durante 2009, até porque a certificação energética dos edifícios, que vai ser obrigatória para todas as transacções, poderão colocar a nú as grandes "qualidades" das habitações... e quem é que quer uma casa classificada como D,E,F... quando o regulamento prevê que as novas não vão abaixo do B-...
Ainda poderá existir novidades piores das que já lemos...
Abraços,
FP

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Quem não quer perder, o melhor é não arriscar...
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O que eu quero dizer!!
O que aconteceu é que qualquer "pacovio" sem qualquer experiência construtiva mas com um terreno de familia bem localizado fazia...Hipotecava o terreno(familia) e fazia permuta com um empreiteiro.
O banco cedia um empréstimo para a construção.
Esse empreiteiro subcontratava outro empreiteiro para lhe fazer a obra, o qual pagava tarde e a más hora(ou não).Quando realizava as escrituras pagava(parte) das dividas e usava o lucro para comprar outro terreno e iniciava-se o ciclo.
Entretanto enriquecia e usava novas obras para manter os seus subempreiteiros "ocupados e calados".
Agora não vende e as suas dívidas são enormes tanto a bancos como a subempreiteiros(cofragens,carpiteiros,pintores,pincheleiros,elevadores)e o que faz????..foge para angola ou moçambique.
O que era um bom promotor não acompanha este ciclo e hoje sofre, pois tem as mesma condições nos bancos(com dinheiro proprio cativo)que o empreiteiro "falido" e nem um nem o outro vende.
Nisto tudo quem se dana é o pequeno que sofre com a verdadeira crise na economia real.
O banco cedia um empréstimo para a construção.
Esse empreiteiro subcontratava outro empreiteiro para lhe fazer a obra, o qual pagava tarde e a más hora(ou não).Quando realizava as escrituras pagava(parte) das dividas e usava o lucro para comprar outro terreno e iniciava-se o ciclo.
Entretanto enriquecia e usava novas obras para manter os seus subempreiteiros "ocupados e calados".
Agora não vende e as suas dívidas são enormes tanto a bancos como a subempreiteiros(cofragens,carpiteiros,pintores,pincheleiros,elevadores)e o que faz????..foge para angola ou moçambique.
O que era um bom promotor não acompanha este ciclo e hoje sofre, pois tem as mesma condições nos bancos(com dinheiro proprio cativo)que o empreiteiro "falido" e nem um nem o outro vende.
Nisto tudo quem se dana é o pequeno que sofre com a verdadeira crise na economia real.
...Será..
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Re: Ah pois é...
rk0r794 Escreveu:logout Escreveu:lareco Escreveu:...os quais fomentaram construção de edificios com um deficit construtivo enorme.
O que é que queres dizer com isto?
O que esta crise tem de positivo é que vais expurgar do mercado o que é mau, inútil tóxico do mercado. No caso das construção elimonar o que de ruim neste sector, ou seja, má construção, maus empresários, lucro fácil, etc.
Também é verdade, mas nem sempre.
Em todas as "guerras" há vitimas inocentes.
Um abraço.
Nunca te é dado um desejo sem também te ser dado o poder de o realizares.Contudo,poderás ter de lutar por isso. Richard Bach "in" Ilusões.
Re: Ah pois é...
logout Escreveu:lareco Escreveu:...os quais fomentaram construção de edificios com um deficit construtivo enorme.
O que é que queres dizer com isto?
O que esta crise tem de positivo é que vais expurgar do mercado o que é mau, inútil tóxico do mercado. No caso das construção elimonar o que de ruim neste sector, ou seja, má construção, maus empresários, lucro fácil, etc.
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Re: Este ano vão vender-se menos 75 mil casas do que em 2007
Pata-Hari Escreveu:Crise económica
Este ano vão vender-se menos 75 mil casas do que em 2007
07.12.2008 - 09h06
Por Luísa Pinto
PÚBLICO (arquivo)
Em 2007, foram vendidos 275 mil imóveis em Portugal
É preciso recuar 15 anos para encontrar um nível idêntico de transacções imobiliárias em Portugal.
Publico.
Actualmente existe uma enorme agravante em relação aos 15 anos atrás.
O grau de endividamento do vendedor é muito maior, por isso, não pode esperar muito tempo para que a situação melhor.
Para muitos essa espera, mesmo que não seja muito prolongada , significa a falência.Que consequentemente vai arrastar sectores e sub-sectores
ligados aos mesmos.
Pelo menos 2009 vai ser muito complicado.
Um abraço.
Nunca te é dado um desejo sem também te ser dado o poder de o realizares.Contudo,poderás ter de lutar por isso. Richard Bach "in" Ilusões.
Ah pois é...
Eu tenho clientes com 120 apartamentos que apenas venderam 3.
Maior parte deles estão já em angola a tentar equilibrar o barco...outros no brasil.
Muitos estão afixiados pois os bancos cortaram os empréstimos ou obrigaram a reforçar garantias(que não têm)bancárias.
Muita desta crise vêm dos bancos que emprestaram dinheiro a clientes que nada tinham a ver com a construção civil...os quais fomentaram construção de edificios com um deficit construtivo enorme.
Agora na construção vai ficar quem efectivamente têm dinheiro.
Ainda bem pois o prazo médio de pagamento a fornecedores está pela hora da morte.
O governo devia era impor medidas que obriga-se esse "artista" a pagar aos seus fornecedores e subempreiterios.
Isso sim desenvolvia a economia real.
Maior parte deles estão já em angola a tentar equilibrar o barco...outros no brasil.
Muitos estão afixiados pois os bancos cortaram os empréstimos ou obrigaram a reforçar garantias(que não têm)bancárias.
Muita desta crise vêm dos bancos que emprestaram dinheiro a clientes que nada tinham a ver com a construção civil...os quais fomentaram construção de edificios com um deficit construtivo enorme.
Agora na construção vai ficar quem efectivamente têm dinheiro.
Ainda bem pois o prazo médio de pagamento a fornecedores está pela hora da morte.
O governo devia era impor medidas que obriga-se esse "artista" a pagar aos seus fornecedores e subempreiterios.
Isso sim desenvolvia a economia real.
...Será..
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Vontade de comprar até existe, o problema é a falta de dinheiro nos bancos.
A minha mulher tinha 4 negócios que envolviam mais de 1 milhão de euros, Há 1 mês, vieram todos recusados por parte dos bancos, meteu férias, não vale a pena andar com os clientes a fazer turismo imobiliário, tem que se pensar em alternativas, e até há.
A minha mulher tinha 4 negócios que envolviam mais de 1 milhão de euros, Há 1 mês, vieram todos recusados por parte dos bancos, meteu férias, não vale a pena andar com os clientes a fazer turismo imobiliário, tem que se pensar em alternativas, e até há.
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Este ano vão vender-se menos 75 mil casas do que em 2007
Crise económica
Este ano vão vender-se menos 75 mil casas do que em 2007
07.12.2008 - 09h06
Por Luísa Pinto
PÚBLICO (arquivo)
Em 2007, foram vendidos 275 mil imóveis em Portugal
É preciso recuar 15 anos para encontrar um nível idêntico de transacções imobiliárias em Portugal. Só em 1993 é que o número de imóveis vendidos esteve abaixo dos 200 mil, o que irá repetir-se este ano. Já se anda a falar de crise no sector imobiliário há pelo menos sete anos, mas nunca a queda de transacções foi tão acentuada - menos 75 mil do que em 2007.
Desde o início da década que o mercado tem vindo a reorganizar-se e a corrigir o boom imobiliário em que todos os factores concorriam para a venda das casas e a valorização dos imóveis. A crise bancária e a escassez de liquidez que se abateu sobre o sistema financeiro este ano veio agudizar os problemas.
Os números com que vai fechar o ano de 2008 ainda não são conhecidos, mas estima-se que as tendências de quebra até agora reveladas se vão acentuar no número de transacções; no entanto, começa a assistir-se a uma ligeira recuperação nos indicadores de valorização dos imóveis.
É pelo menos essa a conclusão que se pode tirar do cruzamento dos dados recolhidos pelo PÚBLICO, em matéria de valorização do mercado residencial - verificada pelo Índice Confidencial Imobiliário -, com o número de imóveis vendidos em Portugal.
O Índice Confidencial Imobiliário mede o nível de valorização do mercado residencial, através de uma metodologia que tem por referência o ano 2005 e que recorre à informação disponível no portal imobiliário LarDoceLar, do grupo Caixa Geral de Depósitos. Este portal tem registados 450 mil fogos provenientes de cerca de 1400 empresas de mediação. Apesar da convicção instalada de que o preço das casas tem vindo a descer, é mais verdadeiro afirmar que as valorizações são menos acentuadas, já que em nenhum ano, mesmo neste ciclo de retracção, as casas estiveram a valer menos em termos homólogos - apesar de estas variações anuais estarem por diversos anos abaixo da inflação.
Este índice revela que os anos em que se registaram maiores taxas de variações mensais homólogas foram os de 2000 e 2001 - respectivamente 8,3 e 7,1 por cento. O ano em que os imóveis menos se valorizaram (em termos de variação anual, medida em cada mês, pelos últimos 12 meses, comparados com os 12 meses anteriores) foi nos anos de 2003 (a taxa de valorização anual foi em média de 0,6 por cento) e 2004 (a taxa foi de 1 por cento). Durante os primeiros dez meses de 2008, a taxa de valorização anual neste índice tem mantido um crescimento constante, posicionando-se em Outubro nos 3,5 por cento (a média dos dez meses é de 2,3 por cento).
A tendência de quebra do número de imóveis transaccionados encontra também reflexo na diminuição do número de casas novas que têm vindo a ser licenciados e construídas ao longo desta década. No ano 2000, venderam-se 346 mil casas, e pediram-se licenças para construir 137 mil novos fogos. Em 2007, foram vendidos 275 mil imóveis em Portugal e foram pedidas 31 mil licenças de novos fogos. "Partiu-se de uma realidade em que o mercado do novo representava 35 por cento das vendas, e agora deve andar à volta dos 12 por cento. Tem sido uma grande alteração", comenta o presidente da Remax em Portugal.
Em entrevista ao PÚBLICO, Manuel Alvarez afirmou que as evoluções do mercado têm trazido uma grande alteração das mentalidades e dos comportamentos dos vários intervenientes, esperando-se que a actual conjuntura venha a acentuá-las.
Alvarez recorda que, em 1994, quando um estudante acabava a universidade e conseguia arranjar o primeiro emprego, não pensava logo em comprar cada. "Mas agora todos se habituaram a isso, e porque não conseguem, lá voltam a falar na crise", observa.
Publico.
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