Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
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oi,
...tu entraste no desporto em pleno inicio de BEAR...mas este é mais previsivel e o seu fundo acontece "de certeza" durante o mês de Abril - Maio.
A partir daí entra em BULL até Outubro. Nem é necessario a analise tecnica
A minha recuperação está a 95% e já tenho autorização para a pratica ...com moderação...já iniciei o Surf com resultados positivos. O "Outro" estou à espera do BULL...
Eu depois na altura indico-te a melhor altura para entrares...
PS: Tenho falado com o Gustavo e ele não está esquecido do curso....
Bjs
Pedro [/i]
...tu entraste no desporto em pleno inicio de BEAR...mas este é mais previsivel e o seu fundo acontece "de certeza" durante o mês de Abril - Maio.
A partir daí entra em BULL até Outubro. Nem é necessario a analise tecnica

A minha recuperação está a 95% e já tenho autorização para a pratica ...com moderação...já iniciei o Surf com resultados positivos. O "Outro" estou à espera do BULL...
Eu depois na altura indico-te a melhor altura para entrares...
PS: Tenho falado com o Gustavo e ele não está esquecido do curso....
Bjs
Pedro [/i]
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- Registado: 21/12/2007 23:40
Não sei se estamos a chegar ao fundo, não se vê ainda grandes sintomas disso (o mercado não reage). O que não vejo é quem ainda tenha risco, os que têm são os convictos que não saem. Não sei quem está ainda no mercado a vender.
Os hedge funds têm aquele delay entre a ordem de resgate e a liquidação que lhes permite venderem ao longo de 2/3 meses. Mas mesmo nos hedge funds as vendas devem também estar a secar...
(o desporto não tem estado grande coisa, para já só paguei... como vai o teu desporto??)
Os hedge funds têm aquele delay entre a ordem de resgate e a liquidação que lhes permite venderem ao longo de 2/3 meses. Mas mesmo nos hedge funds as vendas devem também estar a secar...
(o desporto não tem estado grande coisa, para já só paguei... como vai o teu desporto??)
Oi Pata...
Olá Pata,
No teu entender podemos estar a aproximar-nos do tal "muito falado" fundo ???
bjs
PS: Então o desporto ???
Pedro
No teu entender podemos estar a aproximar-nos do tal "muito falado" fundo ???



bjs
PS: Então o desporto ???
Pedro
- Mensagens: 30
- Registado: 21/12/2007 23:40
Re: Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
Açor3 Escreveu:Poupança
Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
Não há razão para correr riscos, garantem os bancos. E, perante a grande incerteza sobre o fim da crise, o melhor é assegurar o dinheiro num depósito a prazo ou num produto que garanta o capital. Acções? Nem pensar.
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Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt
Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt
Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
Lara Rosa
lararosa@mediafin.pt
Não arrisque. Ninguém sabe quando é que a economia e os mercados vão melhorar. Por isso, o melhor é jogar pelo seguro, colocar o seu dinheiro num depósito a prazo ou num dos produtos de capital garantido disponíveis no banco e aguardar até que as coisas melhorem. Investir em acções? Mesmo estando baratas, nem pensar. É muito cedo para estar disposto a perder dinheiro. Toda a gente sabe que o próximo ano vai ser muito mau.
Com quase toda a certeza, será esta a resposta que ouvirá do outro lado do balcão de um banco caso peça um aconselhamento profissional sobre como pôr a render o pé-de-meia que tem guardado e em que não quer mexer nos próximos cinco anos. Foi, justamente, isso que o Negócios fez.
Na qualidade de cliente particular, sem nos identificarmos como jornalistas, visitámos balcões de oito bancos diferentes, em Lisboa, e contactámos as linhas de atendimento telefónico de três instituições que operam pela Internet (ver pág. VI). O objectivo? Saber o que os bancos estão a aconselhar aos seus clientes num ambiente de crise e falta de confiança generalizada. O resultado? Grande cautela, porque a procissão da crise ainda vai no adro.
Uma tónica comum a todos os bancos: o “reinado” é dos depósitos a prazo. Nenhum dos bancos falhou na venda de um depósito. Talvez porque, como explicou o funcionário do Banif, os depósitos “podem sempre ser renovados à taxa acordada agora”. E essas estão nos valores mais altos dos últimos anos. “É uma boa oportunidade porque as taxas tendem a descer no longo prazo”, acrescentou.
Num ou noutro caso, os depósitos foram acompanhados pela recomendação de produtos que asseguram que o cliente não perderá dinheiro. Essa foi, aliás, a grande preocupação de todas as instituições.
O Banif aconselhou um dos seus seguros de capitalização com capital garantido, enquanto o Barclays sugeriu um produto estruturado, complexo, com uma valorização futura dependente de um cabaz de índices bolsistas. Porém, não há risco de o cliente perder o investimento inicial. Já o Santander apresentou uma solução de capital garantido, constituída em 95% por obrigações da Caixa Geral de Depósitos. E antes que o cliente estranhasse a escolha, a funcionária foi pronta na explicação: “O único risco era a CGD ir à falência. Mas se isso acontecer, é porque vão todos.”
Houve ainda quem aproveitasse o prazo de cinco anos proposto para vender um Plano Poupança Reforma (PPR). O benefício fiscal foi a justificação adiantada para sustentar a recomendação do Banco Espírito Santo.
Depósitos, obrigações, capital garantido. Muito bem. E as acções? Zero. Cautelosos, todos os bancos alertaram para o alto risco actual de investir em acções. O funcionário do Banif concretizou: “Nunca se sabe. Ainda me lembro de dizerem sobre as acções do BCP, quando ainda estavam nos dois euros, que não podiam descer mais e é o que se vê. Valem 70 cêntimos.”
O Barclays destacou-se na explicação do impacto da crise nos mercados financeiros, realçando a grande volatilidade dos mercados de acções e moeda.
E porque prudência foi a palavra de ordem, quase ninguém arriscou fazer previsões para o fim da crise. Quase, porque houve quem o fizesse. O Montepio deu uma data. “Acreditamos que o início da recuperação aconteça nos últimos dois meses de 2009”, adiantou a funcionária. Vamos ver.
O domínio dos depósitos a prazo
Enquanto “cliente mistério”, o Negócios visitou na semana passada balcões de oito bancos, em Lisboa, pedindo aconselhamento profissional sobre como aplicar uma poupança de 10 mil euros durante um período de cinco anos.
O objectivo foi o de saber como os portugueses estão a ser aconselhados durante a crise actual e a qualidade do esclarecimento prestado num momento de grande incerteza. Conclusão? Muita, muita prudência.
A maioria dos bancos recusa antecipar o fim da crise, à excepção do Montepio, e todos salientam o grande risco de investir as poupanças em acções, mesmo por um período de cinco anos. A elevada cautela revelada pelos funcionários foi acompanhada pela forte convicção de que a hora é de jogar pelo seguro. Uma segurança que todos encontram nos depósitos a prazo e produtos que asseguram garantia de capital, com baixo risco para o cliente.
1. O que recomenda para um investimento de 10 mil euros durante cinco anos? 2. Disseram-me que agora é uma boa altura para comprar acções. Acha que sim?
3. Quando é que a crise actual pode terminar?
Para o cenário proposto, foi recomendado o depósito a prazo "Caixa Aforro", indexado à Euribor a 6 meses e acrescido de um prémio ajustado ao período de permanência. É esta a solução "mais segura" para cinco anos, garantiu o funcionário. Foi ainda sublinhado que, para os clientes com crédito à habitação na CGD, as condições serão mais aliciantes.
"Tudo depende do perfil do investidor", salvaguardou de imediato o funcionário. As condições "instáveis" do mercado foram referidas logo de seguida, para mostrar ao cliente que, actualmente, investir em acções não é seguro. A ideia de instabilidade foi realçada por diversas vezes, com o funcionário a demonstrar muito receio face à crise actual.
A primeira reacção à pergunta foi um encolher de ombros do outro lado do balcão, de forma a mostrar a incerteza que se faz sentir. Tal como nas questões relacionadas com as acções, o funcionário revelou-se muito cauteloso, sem querer avançar com previsões concretas. As questões sobre a conjuntura económica foram sempre respondidas de forma evasiva.
A resposta foi imediata: "Aforro Crescente, ou Super Aforro". Os depósitos a prazo foram defendidos por serem de capital garantido, o que é mais "seguro dadas as actuais condições do mercado". A mobilização antecipada de capital também foi destacada como uma vantagem. Já os fundos de investimento foram desaconselhados, uma vez que é preciso estar muito disposto a arriscar.
As acções destinam-se a quem esteja disposto a arriscar. "Podem ser um bom negócio mas é preciso estar disposto a perder dinheiro", assegurou a funcionária. Os preços das acções até estão atractivos, mas "não posso aconselhar a comprar". As condições do mercado continuam "arriscadas" e as acções "podem cair ainda mais", explicou também.
"É imprevisível." As condições económicas têm vindo a piorar nos últimos tempos mas o que é certo é que nada indica que a recuperação será para já. "Na minha opinião", ressalvou a funcionária, "as coisas vão ainda piorar tanto para Portugal como na Europa, principalmente ao nível do desemprego". "É necessário continuar a ser cauteloso para o futuro", diz.
O risco que poderia correr seria em relação à remuneração, mas não queria perder o dinheiro investido. Três tipos de conta a prazo: Poupança Crescente, BES TOP e Poupança BES Sobe Segue. Foi também proposto um PPR, caso pudesse ficar em nome de quem possa usufruir de benefício fiscal. As obrigações estiveram igualmente em destaque nos conselhos.
"Investir em acções? Bom, o melhor é fazê-lo através dos fundos do BES". E porquê? "Quando não se conhece bem o mercado, mais vale confiar em quem faz disso profissão". A altura é boa para investir, porque os preços das acções estão muito baixos, disse. "Mas pense nisso como dinheiro de terceiro recurso. Aquele dinheiro que não lhe faz falta se o perder".
O funcionário fugiu à resposta. Apesar de ter sido solícito, não foi exaustivamente empenhado nas propostas, talvez porque o potencial cliente não era uma pessoa com conta aberta no BES. Não falou de crise, mas defendeu que é uma boa altura para se investir.
Um produto de investimento em obrigações do Santander (5%) e da CGD (95%), o "Seguro + Solidez". O mínimo de subscrição são 2.500 euros, é um produto de capital garantido a quatro anos, com remuneração semestral. No primeiro semestre tem uma taxa bruta de 6%, a partir do segundo a remuneração corresponde à Euribor a 6 meses mais 0,5%.
"Nunca recomendamos investir em acções", garante a funcionária, para quem "é verdade que as acções estão baratas, mas nunca se sabe". "Nesta altura estamos a recomendar investimentos mais seguros", adianta. O "Seguro + Solidez" é escolhido pela remuneração "atractiva", enquanto é assegurado que a remuneração dos depósitos a prazo é inferior à Euribor.
A funcionária não quis arriscar uma resposta. Foi curta e muito cautelosa. "Não sei, acho que as coisas vão melhorar, não sei quando, nem como. Mas têm de melhorar", disse.
Foram aconselhadas duas soluções de obrigações."BPI Rendimento Trimestral", a três anos, com uma taxa anual média bruta de 3,10%, e "BPI Rendimento Variável", a três anos, com a taxa do primeiro cupão a 4,10% e nos períodos seguintes variável consoante a Euribor mais 0,10%. Para as contas a prazo, a taxa máxima conseguida seria de 2,7%.
Concordou com a boa oportunidade das acções, mas aconselhou que essa aposta fosse feita através dos fundos de investimento do banco. Ainda assim, fez ressalvas. "A vantagem das obrigações em relação às acções, é que há sempre quem as compre [o banco]. Com as acções, pode querer vender e não haver compradores", sublinhou.
"O próximo ano ainda vai ser mau. Tudo indica que a recessão se vai agravar em 2009", afirmou o funcionário do BPI, sem se alongar neste tema.
A recomendação foi para um produto de poupança, o "Poupança Banif". Com um mínimo de subscrição de 50 euros e um prazo de seis meses ou um ano, renovável em qualquer das opções à mesma taxa inicialmente acordada. A remuneração é fixa, de 5,025%, durante o prazo acordado. Outra opção foi um seguro de capitalização, com prazo de um ano, não renovável.
Não quis aconselhar o investimento em acções. O funcionário admitiu que as acções estão baratas, "mas nunca se sabe".
"Lembro-me de as acções do BCP valerem menos de dois euros e toda a gente dizer que não podiam descer mais. Agora, valem 70 cêntimos", lembrou, dizendo que, para investir em acções, só se for no "muito longo prazo".
Para o funcionário do Banif, as perspectivas não são animadoras. "Acho que daqui a dois anos ainda vai haver muita turbulência", disse. Investir em produtos mais arriscados, como acções, só se não tiver que mexer no dinheiro "para aí, nos próximos dez anos".
A sugestão foi para o "Plano Poupança Complementar", que tem capital garantido, mas no qual é necessário ser associado do banco e pagar uma jóia única de nove euros e uma quota mensal de dois euros. A funcionária explicou que teve uma rendibilidade de 4% em 2007 (3,40% indexados à Refi e 0,60% resultante do lucro que o Montepio deu aos associados).
"É claramente uma boa altura para comprar as acções", sublinhou a funcionária. A responsável acrescentou que os mercados accionistas desvalorizaram bastante com o início e agravamento da crise financeira. Por isso, explicou, as acções estão baratas e deverão recuperar. "Agora não espere é subidas a curto prazo", concluiu a funcionária.
A funcionária "torceu o nariz" quando questionada pelo fim da crise mundial que, na sua opinião, está longe de chegar. A turbulência nos mercados "é grande", explicou, acrescentando que a recuperação nunca terá início antes dos dois últimos meses do próximo ano.
O funcionário sugere um produto estruturado, o "Depósito índices Mundiais", que tem garantia de capital. 40% do investimento é aplicado num depósito a três meses com uma taxa anual bruta de 6%, e os restantes 60% vão para um depósito a dois anos e um dia, cuja remuneração está associada a um cabaz de três indices de bolsa (Stoxx50, S&P500 e Nikkei 225).
O funcionário mostra-se, também, convicto de que esta "é uma oportunidade para investir". Isto, ressalvou o responsável, apesar da volatilidade que se apoderou dos mercados com a crise. Segundo as estimativas da instituição, que referiu, os mercados accionistas vão recuperar a longo prazo. Por isso, "é claramente uma boa oportunidade", concluiu.
"Acreditamos que, dentro de dois anos, se comece a assistir à recuperação dos mercados em geral", explicou o funcionário, aconselhando, por isso, um produto estruturado onde investe 40% no depósito a prazo e 60% num estruturado que será a média da evolução de três índices (Zona Euro, Japão e EUA), exactamente nos próximos dois anos.
Dado que vivemos um período de forte volatilidade, não há uma resposta simples, porque depende do que o investidor valoriza. O mais seguro são produtos que não têm risco. Se for um investidor com um perfil mais conservador, o mais aconselhável são depósitos a prazo. Se tiver um perfil mais agressivo, os fundos de investimento e acções podem ser as opções.
Cinco anos é um horizonte temporal em que os estudos demonstram que o investimento em acções compensa. Mas o banco não faz aconselhamento em acções. Refere a expectativa dos analistas de que é uma boa altura para comprar acções, devido às desvalorizações significativas. A recuperação é que pode demorar algum tempo, se o cliente estiver disposto a aguardar.
A crise está para durar, talvez até ao final do próximo ano. E há já quem defenda que se vai estender para 2010. O funcionário refere que há muitos especialistas que dizem ser esta uma crise que não tem fim à vista, e, sem querer ser alarmista, adianta que as medidas tomadas pelas autoridades também confirmam que se vive uma situação excepcional.
A melhor sugestão são os depósitos, o que vai ao encontro do montante e ao período temporal em causa. O funcionário assegura que o Best disponibiliza depósitos “standard”, por medida, especiais e promocionais. Outra possibilidade pode passar pelos fundos de investimento mais seguros, como fundos do mercado monetário e de tesouraria. Não especifica quais.
“Damos aconselhamento sobre todos os produtos, excepto sobre acções. Ouvimos os clientes e vários analistas defenderem que sim, que é uma boa altura para comprar acções dada a sua desvalorização expressiva”, afirma o funcionário que, no entanto, assegura não estar autorizado a fazer aconselhamento em acções. “É uma decisão que terá que ser tomada pelo cliente”, acrescenta.
Acredito que, provavelmente, as condições de mercado estarão um pouco melhores no prazo de um ano. Penso que, nessa altura, poderá começar a haver o princípio de uma viragem na situação actual da economia e dos mercados. No entanto, a incerteza persiste e é-nos difícil avançar com previsões para o final desta crise. Serão necessários mais dados.
Numa fase inicial, é aconselhado um depósito a prazo promocional com uma taxa anual bruta de 8% a um mês ou 7% a três meses. “Neste momento, é fundamental investir num depósito a prazo”, sustenta o funcionário. “Após este período, a melhor solução é avaliar novamente as condições de mercado”, diz. Um fundo de retorno absoluto seria também uma opção.
“Sim, é, sem dúvida. O que não invalida que as acções possam cair muito mais. As acções estão bastante descontadas e quando o mercado recuperar vão voltar ao seu valor justo”, admite o funcionário, que ressalva: “Não damos aconselhamento em acções.” É também seguro que os mercados podem cair mais, apesar de terem potencial para recuperar.
“É complicado responder. Acho que serão tomadas mais medidas pelos governos, o que revela que a crise não acabará para já”, afirma o funcionário. É transmitida a certeza de que “vamos entrar numa recessão técnica”. Mas devido à grande dificuldade de prever o fim, o funcionário afirma não ser “cauteloso avançar datas, porque o que é verdade hoje, pode não ser amanhã”.
Bancos electrónicos refugiam-se nos depósitos
Nenhuma instituição recomenda investir em acções. Mas os preços estão atractivos.
O tom de cautela é uma constante na banca “on-line”, em princípio mais especializada em aconselhamento financeiro personalizado. A indefinição que domina o comportamento dos mercados dita respostas prudentes, onde a responsabilidade das decisões é colocada do lado de quem investe. Os depósitos a prazo surgem no topo das recomendações dos três bancos contactados, Activo, Best e BIG. Nenhum recomenda o investimento em acções.
A recolha de informação foi feita através de contacto telefónico. Depois de explicada a situação, a primeira questão colocada por todos foi: “Já é cliente do banco?” A uma resposta negativa, seguiu-se a exposição de várias gamas de produtos disponibilizados pelo banco em causa, nomeadamente os depósitos a prazo promocionais, desenhados para a actual conjuntura adversa. Na visão dos funcionários, é esse o tipo de produto que oferece mais segurança. Contudo, tudo depende do perfil do investidor.
Foi no ActivoBank7 que a distinção entre um perfil mais conservador e outro mais agressivo foi mais vincada. No primeiro caso, o conselho deixado passa pelos vários depósitos a prazo que a instituição comercializa. No segundo, pelos fundos de investimento.
E quanto a investir em acções? Nenhum recomenda, embora nas três instituições se reconheça a existência de oportunidades. Não só com base no que dizem os analistas, mas também em resultado da opinião dos clientes, que estão a acreditar que as descidas recentes dos preços tornaram as acções mais atractivas. No entanto, foi sempre feita a ressalva de que estas quedas não significam que os mercados não tenham mais espaço para cair.
Já sobre o fim da crise, ninguém quis adiantar previsões, ainda que as referências feitas às estimativas dos analistas apontem para o prazo de um ano ou superior.
Nos três bancos, o atendimento foi rápido e os funcionários revelaram conhecer as actuais condições dos mercados. O reconhecimento de que a crise levanta várias dúvidas aos clientes, justificou o cuidado na explicação detalhada das características dos produtos e da necessidade de privilegiar a prudência.
Prudência é a nota dominante das recomendações
Mesmo os bancos “on-line”, mais vocacionados para o aconselhamento financeiro personalizado, mostram-se muito prudentes e disponíveis em perceber o perfil de risco do cliente. As suas recomendações recaem sobre depósitos a prazo que têm, actualmente, em promoção. Nenhum recomenda acções. Não porque não reconheçam que até estão atractivas, mas porque dizem não fazer aconselhamento em acções, pelo menos por telefone.
....
«Poupança
Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
Não há razão para correr riscos, garantem os bancos. E, perante a grande incerteza sobre o fim da crise, o melhor é assegurar o dinheiro num depósito a prazo ou num produto que garanta o capital. Acções? Nem pensar.»
Claro que os Bancos aconselham depósitos. Como pagam tuta e meia por eles, depois vão comprar as suas próprias acções ao perco da chuva, com o dinheiro dos depósitos baratos…
«Mesmo os bancos “on-line”, mais vocacionados para o aconselhamento financeiro personalizado, mostram-se muito prudentes e disponíveis em perceber o perfil de risco do cliente. As suas recomendações recaem sobre depósitos a prazo que têm, actualmente, em promoção. Nenhum recomenda acções. Não porque não reconheçam que até estão atractivas, mas porque dizem não fazer aconselhamento em acções, pelo menos por telefone.»
Nada mal, por telefone não. Pessoalmente, na minha presença física?Se assim for nada mal mas como são on-line…
Rmartins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
Poupança
Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
Não há razão para correr riscos, garantem os bancos. E, perante a grande incerteza sobre o fim da crise, o melhor é assegurar o dinheiro num depósito a prazo ou num produto que garanta o capital. Acções? Nem pensar.
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Maria João Soares
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Ana Filipa Rego
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Lara Rosa
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Não arrisque. Ninguém sabe quando é que a economia e os mercados vão melhorar. Por isso, o melhor é jogar pelo seguro, colocar o seu dinheiro num depósito a prazo ou num dos produtos de capital garantido disponíveis no banco e aguardar até que as coisas melhorem. Investir em acções? Mesmo estando baratas, nem pensar. É muito cedo para estar disposto a perder dinheiro. Toda a gente sabe que o próximo ano vai ser muito mau.
Com quase toda a certeza, será esta a resposta que ouvirá do outro lado do balcão de um banco caso peça um aconselhamento profissional sobre como pôr a render o pé-de-meia que tem guardado e em que não quer mexer nos próximos cinco anos. Foi, justamente, isso que o Negócios fez.
Na qualidade de cliente particular, sem nos identificarmos como jornalistas, visitámos balcões de oito bancos diferentes, em Lisboa, e contactámos as linhas de atendimento telefónico de três instituições que operam pela Internet (ver pág. VI). O objectivo? Saber o que os bancos estão a aconselhar aos seus clientes num ambiente de crise e falta de confiança generalizada. O resultado? Grande cautela, porque a procissão da crise ainda vai no adro.
Uma tónica comum a todos os bancos: o “reinado” é dos depósitos a prazo. Nenhum dos bancos falhou na venda de um depósito. Talvez porque, como explicou o funcionário do Banif, os depósitos “podem sempre ser renovados à taxa acordada agora”. E essas estão nos valores mais altos dos últimos anos. “É uma boa oportunidade porque as taxas tendem a descer no longo prazo”, acrescentou.
Num ou noutro caso, os depósitos foram acompanhados pela recomendação de produtos que asseguram que o cliente não perderá dinheiro. Essa foi, aliás, a grande preocupação de todas as instituições.
O Banif aconselhou um dos seus seguros de capitalização com capital garantido, enquanto o Barclays sugeriu um produto estruturado, complexo, com uma valorização futura dependente de um cabaz de índices bolsistas. Porém, não há risco de o cliente perder o investimento inicial. Já o Santander apresentou uma solução de capital garantido, constituída em 95% por obrigações da Caixa Geral de Depósitos. E antes que o cliente estranhasse a escolha, a funcionária foi pronta na explicação: “O único risco era a CGD ir à falência. Mas se isso acontecer, é porque vão todos.”
Houve ainda quem aproveitasse o prazo de cinco anos proposto para vender um Plano Poupança Reforma (PPR). O benefício fiscal foi a justificação adiantada para sustentar a recomendação do Banco Espírito Santo.
Depósitos, obrigações, capital garantido. Muito bem. E as acções? Zero. Cautelosos, todos os bancos alertaram para o alto risco actual de investir em acções. O funcionário do Banif concretizou: “Nunca se sabe. Ainda me lembro de dizerem sobre as acções do BCP, quando ainda estavam nos dois euros, que não podiam descer mais e é o que se vê. Valem 70 cêntimos.”
O Barclays destacou-se na explicação do impacto da crise nos mercados financeiros, realçando a grande volatilidade dos mercados de acções e moeda.
E porque prudência foi a palavra de ordem, quase ninguém arriscou fazer previsões para o fim da crise. Quase, porque houve quem o fizesse. O Montepio deu uma data. “Acreditamos que o início da recuperação aconteça nos últimos dois meses de 2009”, adiantou a funcionária. Vamos ver.
O domínio dos depósitos a prazo
Enquanto “cliente mistério”, o Negócios visitou na semana passada balcões de oito bancos, em Lisboa, pedindo aconselhamento profissional sobre como aplicar uma poupança de 10 mil euros durante um período de cinco anos.
O objectivo foi o de saber como os portugueses estão a ser aconselhados durante a crise actual e a qualidade do esclarecimento prestado num momento de grande incerteza. Conclusão? Muita, muita prudência.
A maioria dos bancos recusa antecipar o fim da crise, à excepção do Montepio, e todos salientam o grande risco de investir as poupanças em acções, mesmo por um período de cinco anos. A elevada cautela revelada pelos funcionários foi acompanhada pela forte convicção de que a hora é de jogar pelo seguro. Uma segurança que todos encontram nos depósitos a prazo e produtos que asseguram garantia de capital, com baixo risco para o cliente.
1. O que recomenda para um investimento de 10 mil euros durante cinco anos? 2. Disseram-me que agora é uma boa altura para comprar acções. Acha que sim?
3. Quando é que a crise actual pode terminar?
Para o cenário proposto, foi recomendado o depósito a prazo "Caixa Aforro", indexado à Euribor a 6 meses e acrescido de um prémio ajustado ao período de permanência. É esta a solução "mais segura" para cinco anos, garantiu o funcionário. Foi ainda sublinhado que, para os clientes com crédito à habitação na CGD, as condições serão mais aliciantes.
"Tudo depende do perfil do investidor", salvaguardou de imediato o funcionário. As condições "instáveis" do mercado foram referidas logo de seguida, para mostrar ao cliente que, actualmente, investir em acções não é seguro. A ideia de instabilidade foi realçada por diversas vezes, com o funcionário a demonstrar muito receio face à crise actual.
A primeira reacção à pergunta foi um encolher de ombros do outro lado do balcão, de forma a mostrar a incerteza que se faz sentir. Tal como nas questões relacionadas com as acções, o funcionário revelou-se muito cauteloso, sem querer avançar com previsões concretas. As questões sobre a conjuntura económica foram sempre respondidas de forma evasiva.
A resposta foi imediata: "Aforro Crescente, ou Super Aforro". Os depósitos a prazo foram defendidos por serem de capital garantido, o que é mais "seguro dadas as actuais condições do mercado". A mobilização antecipada de capital também foi destacada como uma vantagem. Já os fundos de investimento foram desaconselhados, uma vez que é preciso estar muito disposto a arriscar.
As acções destinam-se a quem esteja disposto a arriscar. "Podem ser um bom negócio mas é preciso estar disposto a perder dinheiro", assegurou a funcionária. Os preços das acções até estão atractivos, mas "não posso aconselhar a comprar". As condições do mercado continuam "arriscadas" e as acções "podem cair ainda mais", explicou também.
"É imprevisível." As condições económicas têm vindo a piorar nos últimos tempos mas o que é certo é que nada indica que a recuperação será para já. "Na minha opinião", ressalvou a funcionária, "as coisas vão ainda piorar tanto para Portugal como na Europa, principalmente ao nível do desemprego". "É necessário continuar a ser cauteloso para o futuro", diz.
O risco que poderia correr seria em relação à remuneração, mas não queria perder o dinheiro investido. Três tipos de conta a prazo: Poupança Crescente, BES TOP e Poupança BES Sobe Segue. Foi também proposto um PPR, caso pudesse ficar em nome de quem possa usufruir de benefício fiscal. As obrigações estiveram igualmente em destaque nos conselhos.
"Investir em acções? Bom, o melhor é fazê-lo através dos fundos do BES". E porquê? "Quando não se conhece bem o mercado, mais vale confiar em quem faz disso profissão". A altura é boa para investir, porque os preços das acções estão muito baixos, disse. "Mas pense nisso como dinheiro de terceiro recurso. Aquele dinheiro que não lhe faz falta se o perder".
O funcionário fugiu à resposta. Apesar de ter sido solícito, não foi exaustivamente empenhado nas propostas, talvez porque o potencial cliente não era uma pessoa com conta aberta no BES. Não falou de crise, mas defendeu que é uma boa altura para se investir.
Um produto de investimento em obrigações do Santander (5%) e da CGD (95%), o "Seguro + Solidez". O mínimo de subscrição são 2.500 euros, é um produto de capital garantido a quatro anos, com remuneração semestral. No primeiro semestre tem uma taxa bruta de 6%, a partir do segundo a remuneração corresponde à Euribor a 6 meses mais 0,5%.
"Nunca recomendamos investir em acções", garante a funcionária, para quem "é verdade que as acções estão baratas, mas nunca se sabe". "Nesta altura estamos a recomendar investimentos mais seguros", adianta. O "Seguro + Solidez" é escolhido pela remuneração "atractiva", enquanto é assegurado que a remuneração dos depósitos a prazo é inferior à Euribor.
A funcionária não quis arriscar uma resposta. Foi curta e muito cautelosa. "Não sei, acho que as coisas vão melhorar, não sei quando, nem como. Mas têm de melhorar", disse.
Foram aconselhadas duas soluções de obrigações."BPI Rendimento Trimestral", a três anos, com uma taxa anual média bruta de 3,10%, e "BPI Rendimento Variável", a três anos, com a taxa do primeiro cupão a 4,10% e nos períodos seguintes variável consoante a Euribor mais 0,10%. Para as contas a prazo, a taxa máxima conseguida seria de 2,7%.
Concordou com a boa oportunidade das acções, mas aconselhou que essa aposta fosse feita através dos fundos de investimento do banco. Ainda assim, fez ressalvas. "A vantagem das obrigações em relação às acções, é que há sempre quem as compre [o banco]. Com as acções, pode querer vender e não haver compradores", sublinhou.
"O próximo ano ainda vai ser mau. Tudo indica que a recessão se vai agravar em 2009", afirmou o funcionário do BPI, sem se alongar neste tema.
A recomendação foi para um produto de poupança, o "Poupança Banif". Com um mínimo de subscrição de 50 euros e um prazo de seis meses ou um ano, renovável em qualquer das opções à mesma taxa inicialmente acordada. A remuneração é fixa, de 5,025%, durante o prazo acordado. Outra opção foi um seguro de capitalização, com prazo de um ano, não renovável.
Não quis aconselhar o investimento em acções. O funcionário admitiu que as acções estão baratas, "mas nunca se sabe".
"Lembro-me de as acções do BCP valerem menos de dois euros e toda a gente dizer que não podiam descer mais. Agora, valem 70 cêntimos", lembrou, dizendo que, para investir em acções, só se for no "muito longo prazo".
Para o funcionário do Banif, as perspectivas não são animadoras. "Acho que daqui a dois anos ainda vai haver muita turbulência", disse. Investir em produtos mais arriscados, como acções, só se não tiver que mexer no dinheiro "para aí, nos próximos dez anos".
A sugestão foi para o "Plano Poupança Complementar", que tem capital garantido, mas no qual é necessário ser associado do banco e pagar uma jóia única de nove euros e uma quota mensal de dois euros. A funcionária explicou que teve uma rendibilidade de 4% em 2007 (3,40% indexados à Refi e 0,60% resultante do lucro que o Montepio deu aos associados).
"É claramente uma boa altura para comprar as acções", sublinhou a funcionária. A responsável acrescentou que os mercados accionistas desvalorizaram bastante com o início e agravamento da crise financeira. Por isso, explicou, as acções estão baratas e deverão recuperar. "Agora não espere é subidas a curto prazo", concluiu a funcionária.
A funcionária "torceu o nariz" quando questionada pelo fim da crise mundial que, na sua opinião, está longe de chegar. A turbulência nos mercados "é grande", explicou, acrescentando que a recuperação nunca terá início antes dos dois últimos meses do próximo ano.
O funcionário sugere um produto estruturado, o "Depósito índices Mundiais", que tem garantia de capital. 40% do investimento é aplicado num depósito a três meses com uma taxa anual bruta de 6%, e os restantes 60% vão para um depósito a dois anos e um dia, cuja remuneração está associada a um cabaz de três indices de bolsa (Stoxx50, S&P500 e Nikkei 225).
O funcionário mostra-se, também, convicto de que esta "é uma oportunidade para investir". Isto, ressalvou o responsável, apesar da volatilidade que se apoderou dos mercados com a crise. Segundo as estimativas da instituição, que referiu, os mercados accionistas vão recuperar a longo prazo. Por isso, "é claramente uma boa oportunidade", concluiu.
"Acreditamos que, dentro de dois anos, se comece a assistir à recuperação dos mercados em geral", explicou o funcionário, aconselhando, por isso, um produto estruturado onde investe 40% no depósito a prazo e 60% num estruturado que será a média da evolução de três índices (Zona Euro, Japão e EUA), exactamente nos próximos dois anos.
Dado que vivemos um período de forte volatilidade, não há uma resposta simples, porque depende do que o investidor valoriza. O mais seguro são produtos que não têm risco. Se for um investidor com um perfil mais conservador, o mais aconselhável são depósitos a prazo. Se tiver um perfil mais agressivo, os fundos de investimento e acções podem ser as opções.
Cinco anos é um horizonte temporal em que os estudos demonstram que o investimento em acções compensa. Mas o banco não faz aconselhamento em acções. Refere a expectativa dos analistas de que é uma boa altura para comprar acções, devido às desvalorizações significativas. A recuperação é que pode demorar algum tempo, se o cliente estiver disposto a aguardar.
A crise está para durar, talvez até ao final do próximo ano. E há já quem defenda que se vai estender para 2010. O funcionário refere que há muitos especialistas que dizem ser esta uma crise que não tem fim à vista, e, sem querer ser alarmista, adianta que as medidas tomadas pelas autoridades também confirmam que se vive uma situação excepcional.
A melhor sugestão são os depósitos, o que vai ao encontro do montante e ao período temporal em causa. O funcionário assegura que o Best disponibiliza depósitos “standard”, por medida, especiais e promocionais. Outra possibilidade pode passar pelos fundos de investimento mais seguros, como fundos do mercado monetário e de tesouraria. Não especifica quais.
“Damos aconselhamento sobre todos os produtos, excepto sobre acções. Ouvimos os clientes e vários analistas defenderem que sim, que é uma boa altura para comprar acções dada a sua desvalorização expressiva”, afirma o funcionário que, no entanto, assegura não estar autorizado a fazer aconselhamento em acções. “É uma decisão que terá que ser tomada pelo cliente”, acrescenta.
Acredito que, provavelmente, as condições de mercado estarão um pouco melhores no prazo de um ano. Penso que, nessa altura, poderá começar a haver o princípio de uma viragem na situação actual da economia e dos mercados. No entanto, a incerteza persiste e é-nos difícil avançar com previsões para o final desta crise. Serão necessários mais dados.
Numa fase inicial, é aconselhado um depósito a prazo promocional com uma taxa anual bruta de 8% a um mês ou 7% a três meses. “Neste momento, é fundamental investir num depósito a prazo”, sustenta o funcionário. “Após este período, a melhor solução é avaliar novamente as condições de mercado”, diz. Um fundo de retorno absoluto seria também uma opção.
“Sim, é, sem dúvida. O que não invalida que as acções possam cair muito mais. As acções estão bastante descontadas e quando o mercado recuperar vão voltar ao seu valor justo”, admite o funcionário, que ressalva: “Não damos aconselhamento em acções.” É também seguro que os mercados podem cair mais, apesar de terem potencial para recuperar.
“É complicado responder. Acho que serão tomadas mais medidas pelos governos, o que revela que a crise não acabará para já”, afirma o funcionário. É transmitida a certeza de que “vamos entrar numa recessão técnica”. Mas devido à grande dificuldade de prever o fim, o funcionário afirma não ser “cauteloso avançar datas, porque o que é verdade hoje, pode não ser amanhã”.
Bancos electrónicos refugiam-se nos depósitos
Nenhuma instituição recomenda investir em acções. Mas os preços estão atractivos.
O tom de cautela é uma constante na banca “on-line”, em princípio mais especializada em aconselhamento financeiro personalizado. A indefinição que domina o comportamento dos mercados dita respostas prudentes, onde a responsabilidade das decisões é colocada do lado de quem investe. Os depósitos a prazo surgem no topo das recomendações dos três bancos contactados, Activo, Best e BIG. Nenhum recomenda o investimento em acções.
A recolha de informação foi feita através de contacto telefónico. Depois de explicada a situação, a primeira questão colocada por todos foi: “Já é cliente do banco?” A uma resposta negativa, seguiu-se a exposição de várias gamas de produtos disponibilizados pelo banco em causa, nomeadamente os depósitos a prazo promocionais, desenhados para a actual conjuntura adversa. Na visão dos funcionários, é esse o tipo de produto que oferece mais segurança. Contudo, tudo depende do perfil do investidor.
Foi no ActivoBank7 que a distinção entre um perfil mais conservador e outro mais agressivo foi mais vincada. No primeiro caso, o conselho deixado passa pelos vários depósitos a prazo que a instituição comercializa. No segundo, pelos fundos de investimento.
E quanto a investir em acções? Nenhum recomenda, embora nas três instituições se reconheça a existência de oportunidades. Não só com base no que dizem os analistas, mas também em resultado da opinião dos clientes, que estão a acreditar que as descidas recentes dos preços tornaram as acções mais atractivas. No entanto, foi sempre feita a ressalva de que estas quedas não significam que os mercados não tenham mais espaço para cair.
Já sobre o fim da crise, ninguém quis adiantar previsões, ainda que as referências feitas às estimativas dos analistas apontem para o prazo de um ano ou superior.
Nos três bancos, o atendimento foi rápido e os funcionários revelaram conhecer as actuais condições dos mercados. O reconhecimento de que a crise levanta várias dúvidas aos clientes, justificou o cuidado na explicação detalhada das características dos produtos e da necessidade de privilegiar a prudência.
Prudência é a nota dominante das recomendações
Mesmo os bancos “on-line”, mais vocacionados para o aconselhamento financeiro personalizado, mostram-se muito prudentes e disponíveis em perceber o perfil de risco do cliente. As suas recomendações recaem sobre depósitos a prazo que têm, actualmente, em promoção. Nenhum recomenda acções. Não porque não reconheçam que até estão atractivas, mas porque dizem não fazer aconselhamento em acções, pelo menos por telefone.
Que conselhos de investimento pode esperar do seu banco?
Não há razão para correr riscos, garantem os bancos. E, perante a grande incerteza sobre o fim da crise, o melhor é assegurar o dinheiro num depósito a prazo ou num produto que garanta o capital. Acções? Nem pensar.
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Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt
Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt
Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt
Lara Rosa
lararosa@mediafin.pt
Não arrisque. Ninguém sabe quando é que a economia e os mercados vão melhorar. Por isso, o melhor é jogar pelo seguro, colocar o seu dinheiro num depósito a prazo ou num dos produtos de capital garantido disponíveis no banco e aguardar até que as coisas melhorem. Investir em acções? Mesmo estando baratas, nem pensar. É muito cedo para estar disposto a perder dinheiro. Toda a gente sabe que o próximo ano vai ser muito mau.
Com quase toda a certeza, será esta a resposta que ouvirá do outro lado do balcão de um banco caso peça um aconselhamento profissional sobre como pôr a render o pé-de-meia que tem guardado e em que não quer mexer nos próximos cinco anos. Foi, justamente, isso que o Negócios fez.
Na qualidade de cliente particular, sem nos identificarmos como jornalistas, visitámos balcões de oito bancos diferentes, em Lisboa, e contactámos as linhas de atendimento telefónico de três instituições que operam pela Internet (ver pág. VI). O objectivo? Saber o que os bancos estão a aconselhar aos seus clientes num ambiente de crise e falta de confiança generalizada. O resultado? Grande cautela, porque a procissão da crise ainda vai no adro.
Uma tónica comum a todos os bancos: o “reinado” é dos depósitos a prazo. Nenhum dos bancos falhou na venda de um depósito. Talvez porque, como explicou o funcionário do Banif, os depósitos “podem sempre ser renovados à taxa acordada agora”. E essas estão nos valores mais altos dos últimos anos. “É uma boa oportunidade porque as taxas tendem a descer no longo prazo”, acrescentou.
Num ou noutro caso, os depósitos foram acompanhados pela recomendação de produtos que asseguram que o cliente não perderá dinheiro. Essa foi, aliás, a grande preocupação de todas as instituições.
O Banif aconselhou um dos seus seguros de capitalização com capital garantido, enquanto o Barclays sugeriu um produto estruturado, complexo, com uma valorização futura dependente de um cabaz de índices bolsistas. Porém, não há risco de o cliente perder o investimento inicial. Já o Santander apresentou uma solução de capital garantido, constituída em 95% por obrigações da Caixa Geral de Depósitos. E antes que o cliente estranhasse a escolha, a funcionária foi pronta na explicação: “O único risco era a CGD ir à falência. Mas se isso acontecer, é porque vão todos.”
Houve ainda quem aproveitasse o prazo de cinco anos proposto para vender um Plano Poupança Reforma (PPR). O benefício fiscal foi a justificação adiantada para sustentar a recomendação do Banco Espírito Santo.
Depósitos, obrigações, capital garantido. Muito bem. E as acções? Zero. Cautelosos, todos os bancos alertaram para o alto risco actual de investir em acções. O funcionário do Banif concretizou: “Nunca se sabe. Ainda me lembro de dizerem sobre as acções do BCP, quando ainda estavam nos dois euros, que não podiam descer mais e é o que se vê. Valem 70 cêntimos.”
O Barclays destacou-se na explicação do impacto da crise nos mercados financeiros, realçando a grande volatilidade dos mercados de acções e moeda.
E porque prudência foi a palavra de ordem, quase ninguém arriscou fazer previsões para o fim da crise. Quase, porque houve quem o fizesse. O Montepio deu uma data. “Acreditamos que o início da recuperação aconteça nos últimos dois meses de 2009”, adiantou a funcionária. Vamos ver.
O domínio dos depósitos a prazo
Enquanto “cliente mistério”, o Negócios visitou na semana passada balcões de oito bancos, em Lisboa, pedindo aconselhamento profissional sobre como aplicar uma poupança de 10 mil euros durante um período de cinco anos.
O objectivo foi o de saber como os portugueses estão a ser aconselhados durante a crise actual e a qualidade do esclarecimento prestado num momento de grande incerteza. Conclusão? Muita, muita prudência.
A maioria dos bancos recusa antecipar o fim da crise, à excepção do Montepio, e todos salientam o grande risco de investir as poupanças em acções, mesmo por um período de cinco anos. A elevada cautela revelada pelos funcionários foi acompanhada pela forte convicção de que a hora é de jogar pelo seguro. Uma segurança que todos encontram nos depósitos a prazo e produtos que asseguram garantia de capital, com baixo risco para o cliente.
1. O que recomenda para um investimento de 10 mil euros durante cinco anos? 2. Disseram-me que agora é uma boa altura para comprar acções. Acha que sim?
3. Quando é que a crise actual pode terminar?
Para o cenário proposto, foi recomendado o depósito a prazo "Caixa Aforro", indexado à Euribor a 6 meses e acrescido de um prémio ajustado ao período de permanência. É esta a solução "mais segura" para cinco anos, garantiu o funcionário. Foi ainda sublinhado que, para os clientes com crédito à habitação na CGD, as condições serão mais aliciantes.
"Tudo depende do perfil do investidor", salvaguardou de imediato o funcionário. As condições "instáveis" do mercado foram referidas logo de seguida, para mostrar ao cliente que, actualmente, investir em acções não é seguro. A ideia de instabilidade foi realçada por diversas vezes, com o funcionário a demonstrar muito receio face à crise actual.
A primeira reacção à pergunta foi um encolher de ombros do outro lado do balcão, de forma a mostrar a incerteza que se faz sentir. Tal como nas questões relacionadas com as acções, o funcionário revelou-se muito cauteloso, sem querer avançar com previsões concretas. As questões sobre a conjuntura económica foram sempre respondidas de forma evasiva.
A resposta foi imediata: "Aforro Crescente, ou Super Aforro". Os depósitos a prazo foram defendidos por serem de capital garantido, o que é mais "seguro dadas as actuais condições do mercado". A mobilização antecipada de capital também foi destacada como uma vantagem. Já os fundos de investimento foram desaconselhados, uma vez que é preciso estar muito disposto a arriscar.
As acções destinam-se a quem esteja disposto a arriscar. "Podem ser um bom negócio mas é preciso estar disposto a perder dinheiro", assegurou a funcionária. Os preços das acções até estão atractivos, mas "não posso aconselhar a comprar". As condições do mercado continuam "arriscadas" e as acções "podem cair ainda mais", explicou também.
"É imprevisível." As condições económicas têm vindo a piorar nos últimos tempos mas o que é certo é que nada indica que a recuperação será para já. "Na minha opinião", ressalvou a funcionária, "as coisas vão ainda piorar tanto para Portugal como na Europa, principalmente ao nível do desemprego". "É necessário continuar a ser cauteloso para o futuro", diz.
O risco que poderia correr seria em relação à remuneração, mas não queria perder o dinheiro investido. Três tipos de conta a prazo: Poupança Crescente, BES TOP e Poupança BES Sobe Segue. Foi também proposto um PPR, caso pudesse ficar em nome de quem possa usufruir de benefício fiscal. As obrigações estiveram igualmente em destaque nos conselhos.
"Investir em acções? Bom, o melhor é fazê-lo através dos fundos do BES". E porquê? "Quando não se conhece bem o mercado, mais vale confiar em quem faz disso profissão". A altura é boa para investir, porque os preços das acções estão muito baixos, disse. "Mas pense nisso como dinheiro de terceiro recurso. Aquele dinheiro que não lhe faz falta se o perder".
O funcionário fugiu à resposta. Apesar de ter sido solícito, não foi exaustivamente empenhado nas propostas, talvez porque o potencial cliente não era uma pessoa com conta aberta no BES. Não falou de crise, mas defendeu que é uma boa altura para se investir.
Um produto de investimento em obrigações do Santander (5%) e da CGD (95%), o "Seguro + Solidez". O mínimo de subscrição são 2.500 euros, é um produto de capital garantido a quatro anos, com remuneração semestral. No primeiro semestre tem uma taxa bruta de 6%, a partir do segundo a remuneração corresponde à Euribor a 6 meses mais 0,5%.
"Nunca recomendamos investir em acções", garante a funcionária, para quem "é verdade que as acções estão baratas, mas nunca se sabe". "Nesta altura estamos a recomendar investimentos mais seguros", adianta. O "Seguro + Solidez" é escolhido pela remuneração "atractiva", enquanto é assegurado que a remuneração dos depósitos a prazo é inferior à Euribor.
A funcionária não quis arriscar uma resposta. Foi curta e muito cautelosa. "Não sei, acho que as coisas vão melhorar, não sei quando, nem como. Mas têm de melhorar", disse.
Foram aconselhadas duas soluções de obrigações."BPI Rendimento Trimestral", a três anos, com uma taxa anual média bruta de 3,10%, e "BPI Rendimento Variável", a três anos, com a taxa do primeiro cupão a 4,10% e nos períodos seguintes variável consoante a Euribor mais 0,10%. Para as contas a prazo, a taxa máxima conseguida seria de 2,7%.
Concordou com a boa oportunidade das acções, mas aconselhou que essa aposta fosse feita através dos fundos de investimento do banco. Ainda assim, fez ressalvas. "A vantagem das obrigações em relação às acções, é que há sempre quem as compre [o banco]. Com as acções, pode querer vender e não haver compradores", sublinhou.
"O próximo ano ainda vai ser mau. Tudo indica que a recessão se vai agravar em 2009", afirmou o funcionário do BPI, sem se alongar neste tema.
A recomendação foi para um produto de poupança, o "Poupança Banif". Com um mínimo de subscrição de 50 euros e um prazo de seis meses ou um ano, renovável em qualquer das opções à mesma taxa inicialmente acordada. A remuneração é fixa, de 5,025%, durante o prazo acordado. Outra opção foi um seguro de capitalização, com prazo de um ano, não renovável.
Não quis aconselhar o investimento em acções. O funcionário admitiu que as acções estão baratas, "mas nunca se sabe".
"Lembro-me de as acções do BCP valerem menos de dois euros e toda a gente dizer que não podiam descer mais. Agora, valem 70 cêntimos", lembrou, dizendo que, para investir em acções, só se for no "muito longo prazo".
Para o funcionário do Banif, as perspectivas não são animadoras. "Acho que daqui a dois anos ainda vai haver muita turbulência", disse. Investir em produtos mais arriscados, como acções, só se não tiver que mexer no dinheiro "para aí, nos próximos dez anos".
A sugestão foi para o "Plano Poupança Complementar", que tem capital garantido, mas no qual é necessário ser associado do banco e pagar uma jóia única de nove euros e uma quota mensal de dois euros. A funcionária explicou que teve uma rendibilidade de 4% em 2007 (3,40% indexados à Refi e 0,60% resultante do lucro que o Montepio deu aos associados).
"É claramente uma boa altura para comprar as acções", sublinhou a funcionária. A responsável acrescentou que os mercados accionistas desvalorizaram bastante com o início e agravamento da crise financeira. Por isso, explicou, as acções estão baratas e deverão recuperar. "Agora não espere é subidas a curto prazo", concluiu a funcionária.
A funcionária "torceu o nariz" quando questionada pelo fim da crise mundial que, na sua opinião, está longe de chegar. A turbulência nos mercados "é grande", explicou, acrescentando que a recuperação nunca terá início antes dos dois últimos meses do próximo ano.
O funcionário sugere um produto estruturado, o "Depósito índices Mundiais", que tem garantia de capital. 40% do investimento é aplicado num depósito a três meses com uma taxa anual bruta de 6%, e os restantes 60% vão para um depósito a dois anos e um dia, cuja remuneração está associada a um cabaz de três indices de bolsa (Stoxx50, S&P500 e Nikkei 225).
O funcionário mostra-se, também, convicto de que esta "é uma oportunidade para investir". Isto, ressalvou o responsável, apesar da volatilidade que se apoderou dos mercados com a crise. Segundo as estimativas da instituição, que referiu, os mercados accionistas vão recuperar a longo prazo. Por isso, "é claramente uma boa oportunidade", concluiu.
"Acreditamos que, dentro de dois anos, se comece a assistir à recuperação dos mercados em geral", explicou o funcionário, aconselhando, por isso, um produto estruturado onde investe 40% no depósito a prazo e 60% num estruturado que será a média da evolução de três índices (Zona Euro, Japão e EUA), exactamente nos próximos dois anos.
Dado que vivemos um período de forte volatilidade, não há uma resposta simples, porque depende do que o investidor valoriza. O mais seguro são produtos que não têm risco. Se for um investidor com um perfil mais conservador, o mais aconselhável são depósitos a prazo. Se tiver um perfil mais agressivo, os fundos de investimento e acções podem ser as opções.
Cinco anos é um horizonte temporal em que os estudos demonstram que o investimento em acções compensa. Mas o banco não faz aconselhamento em acções. Refere a expectativa dos analistas de que é uma boa altura para comprar acções, devido às desvalorizações significativas. A recuperação é que pode demorar algum tempo, se o cliente estiver disposto a aguardar.
A crise está para durar, talvez até ao final do próximo ano. E há já quem defenda que se vai estender para 2010. O funcionário refere que há muitos especialistas que dizem ser esta uma crise que não tem fim à vista, e, sem querer ser alarmista, adianta que as medidas tomadas pelas autoridades também confirmam que se vive uma situação excepcional.
A melhor sugestão são os depósitos, o que vai ao encontro do montante e ao período temporal em causa. O funcionário assegura que o Best disponibiliza depósitos “standard”, por medida, especiais e promocionais. Outra possibilidade pode passar pelos fundos de investimento mais seguros, como fundos do mercado monetário e de tesouraria. Não especifica quais.
“Damos aconselhamento sobre todos os produtos, excepto sobre acções. Ouvimos os clientes e vários analistas defenderem que sim, que é uma boa altura para comprar acções dada a sua desvalorização expressiva”, afirma o funcionário que, no entanto, assegura não estar autorizado a fazer aconselhamento em acções. “É uma decisão que terá que ser tomada pelo cliente”, acrescenta.
Acredito que, provavelmente, as condições de mercado estarão um pouco melhores no prazo de um ano. Penso que, nessa altura, poderá começar a haver o princípio de uma viragem na situação actual da economia e dos mercados. No entanto, a incerteza persiste e é-nos difícil avançar com previsões para o final desta crise. Serão necessários mais dados.
Numa fase inicial, é aconselhado um depósito a prazo promocional com uma taxa anual bruta de 8% a um mês ou 7% a três meses. “Neste momento, é fundamental investir num depósito a prazo”, sustenta o funcionário. “Após este período, a melhor solução é avaliar novamente as condições de mercado”, diz. Um fundo de retorno absoluto seria também uma opção.
“Sim, é, sem dúvida. O que não invalida que as acções possam cair muito mais. As acções estão bastante descontadas e quando o mercado recuperar vão voltar ao seu valor justo”, admite o funcionário, que ressalva: “Não damos aconselhamento em acções.” É também seguro que os mercados podem cair mais, apesar de terem potencial para recuperar.
“É complicado responder. Acho que serão tomadas mais medidas pelos governos, o que revela que a crise não acabará para já”, afirma o funcionário. É transmitida a certeza de que “vamos entrar numa recessão técnica”. Mas devido à grande dificuldade de prever o fim, o funcionário afirma não ser “cauteloso avançar datas, porque o que é verdade hoje, pode não ser amanhã”.
Bancos electrónicos refugiam-se nos depósitos
Nenhuma instituição recomenda investir em acções. Mas os preços estão atractivos.
O tom de cautela é uma constante na banca “on-line”, em princípio mais especializada em aconselhamento financeiro personalizado. A indefinição que domina o comportamento dos mercados dita respostas prudentes, onde a responsabilidade das decisões é colocada do lado de quem investe. Os depósitos a prazo surgem no topo das recomendações dos três bancos contactados, Activo, Best e BIG. Nenhum recomenda o investimento em acções.
A recolha de informação foi feita através de contacto telefónico. Depois de explicada a situação, a primeira questão colocada por todos foi: “Já é cliente do banco?” A uma resposta negativa, seguiu-se a exposição de várias gamas de produtos disponibilizados pelo banco em causa, nomeadamente os depósitos a prazo promocionais, desenhados para a actual conjuntura adversa. Na visão dos funcionários, é esse o tipo de produto que oferece mais segurança. Contudo, tudo depende do perfil do investidor.
Foi no ActivoBank7 que a distinção entre um perfil mais conservador e outro mais agressivo foi mais vincada. No primeiro caso, o conselho deixado passa pelos vários depósitos a prazo que a instituição comercializa. No segundo, pelos fundos de investimento.
E quanto a investir em acções? Nenhum recomenda, embora nas três instituições se reconheça a existência de oportunidades. Não só com base no que dizem os analistas, mas também em resultado da opinião dos clientes, que estão a acreditar que as descidas recentes dos preços tornaram as acções mais atractivas. No entanto, foi sempre feita a ressalva de que estas quedas não significam que os mercados não tenham mais espaço para cair.
Já sobre o fim da crise, ninguém quis adiantar previsões, ainda que as referências feitas às estimativas dos analistas apontem para o prazo de um ano ou superior.
Nos três bancos, o atendimento foi rápido e os funcionários revelaram conhecer as actuais condições dos mercados. O reconhecimento de que a crise levanta várias dúvidas aos clientes, justificou o cuidado na explicação detalhada das características dos produtos e da necessidade de privilegiar a prudência.
Prudência é a nota dominante das recomendações
Mesmo os bancos “on-line”, mais vocacionados para o aconselhamento financeiro personalizado, mostram-se muito prudentes e disponíveis em perceber o perfil de risco do cliente. As suas recomendações recaem sobre depósitos a prazo que têm, actualmente, em promoção. Nenhum recomenda acções. Não porque não reconheçam que até estão atractivas, mas porque dizem não fazer aconselhamento em acções, pelo menos por telefone.
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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