
Enviado:
15/2/2009 9:46
por Açor3
15 Fevereiro 2009 - 00h30
Crise: Orçamento revisto
Repsol corta 1500 milhões
A Repsol YPF não escapou à crise internacional e vai reduzir o orçamento previsto para este ano em mais de 1500 milhões de euros. Situação que poderá afectar o investimento do grupo no complexo petroquímico de Sines, que poderá ser adiado.
"À luz das novas circunstâncias de recessão internacional, é imprescindível efectuar uma revisão adaptada e realista dos nossos orçamentos", afirmou António Brufau, presidente executivo da companhia, numa carta enviada aos trabalhadores da companhia a que o CM teve acesso. Além de um corte de 1500 milhões, os ordenados dos mais de 300 directores do grupo ficarão congelados este ano.
Contactada pelo CM, fonte da Repsol afirmou que "ainda é cedo" para afirmar se o projecto de expansão de Sines será adiado e que a situação está a ser avaliada. Certo é que todos os investimentos do grupo estão a ser revistos.
"Estamos a realizar um trabalho intenso de revisão de todas as compras e contratações da Repsol YPF", sublinhou António Brufau na carta, acrescentando que os mesmos esforços de redução de despesas serão feitos na Argentina.
Ana Patrícia Dias C.Manhã
Lukoil à "caça" da repsol

Enviado:
25/11/2008 2:21
por lmmj
Qual será o impacto nas acções da repsol?
Energia 2008-11-25 00:05
Ataque da Lukoil à Repsol atinge mercado nacional
Depois do fracasso da Gazprom, os russos voltaram à carga. Desta vez, com a Lukoil. A polémica está instalada em Espanha. Em Portugal reina o silêncio.
Ana Maria Gonçalves
É o cenário que os espanhóis mais temiam e que ameaça concretizar-se a qualquer momento. Os russos da Lukoil, uma das maiores petrolíferas mundiais, sucederam-se à Gazprom e preparam-se para tomar de ‘assalto’ a Repsol, a maior concorrente da Galp em Portugal e dona do principal complexo petroquímico nacional, em Sines. Para trás promete ficar definitivamente a proposta de parceria estratégica entre a Galp e a Repsol, avançada pela gestão da portuguesa.
A operação conta com o beneplácito do Governo de José Luis Zapatero que se vê de mãos atadas para travar a investida da Lukoil, apesar da forte contestação interna e dos alertas da Comissão Europeia.
Por cá reina o maior silêncio sobre esta polémica. Desconhece-se se o tema foi objecto de conversa entre o presidente russo, Dmitry Medvedev, e o chefe de Estado português, Cavaco Silva, durante a breve passagem por Lisboa na sexta-feira, durante a qual manteve ainda contactos com José Sócrates.
Esta não seria a primeira vez que o mercado português despertava o interesse russo.
Américo Amorim, um dos accionistas de referência da Galp, tentou durante os últimos dois anos, captar as atenções da Gazprom para fazer dela accionista da petrolífera nacional. Pelo menos, indirectamente, enquanto durasse o actual acordo parassocial que impede, até 2010, mudanças na estrutura accionista da Galp.
O projecto acabaria, no entanto, por esbarrar na Sonangol.
A Repsol nunca escondeu as suas ambições por terras lusas, em particular no segmento de distribuição de combustíveis, onde controla 20% do mercado. O seu objectivo, a médio prazo, situa-se na casa dos 25%, encurtando assim a distância que a separa actualmente da Galp, a qual lidera com uma quota de 37%. Além de detentora de diversas infraestruturas de armazenagem de combustíveis, a Repsol prepara-se ainda, via Gas Natural, uma das suas participadas, para marcar presença no mercado de gás natural.
Inequívoca é igualmente a sua influência no sector petroquímico. Em curso estão obras de ampliação no valor de mil milhões de euros que permitirão triplicar a produção e criar 500 postos de trabalho. O projecto estará concluído em 2011 e é um dos 10 maiores da Repsol em termos mundiais.
Projectos
1 - Complexo de Sines
Inserido no Plano Estratégico (2008-2012) da Repsol, o investimento no complexo petroquímico de Sines destina-se à ampliação do ‘cracker’ de etileno para 570 mil toneladas por ano. Um projecto na ordem dos mil milhões de euros que permitirá um aumento da produção de 40%. Prevê vendas de 1.200 milhões de euros, das quais 80% derivam da exportação.
2 - Negócio dos combustíveis
A comercialização de combustíveis em Portugal arrancou em 1990, mas o grande salto só seria dado anos mais tarde com a compra da rede de retalho da Shell. Com mais de 440 estações de serviço – cerca de 20% da quota de mercado –, a Repsol
é uma das principais concorrentes directas da Galp. Comercializa também GPL em mais de dez mil pontos de venda.
3 - Exploração e Produção
A Repsol ganhou em 2003 uma concessão para a exploração e produção de petróleo no Algarve. Um projecto onde apareceu associada aos alemães da RWE. Mas, até hoje, o contrato nunca chegaria a ser assinado com o Governo português. Um impasse que fontes do sector atribuem a pressões