Pemides Escreveu:Era precisamente a este tipo de brinquedos que o Marco se estava a referir como "carripanas".
Também eu concordo que isto não é um carro a sério... não tem nem de perto nem de longe as características para ser competitivo com os carros a gasolina. Só assim se pode atingir estes preços...
Nem mais. E só alguém com uma visão enviezada em virtude de uma relação amor/ódio com determinadas fontes de energia vai ver ali um carro a sério. Nem em dimensões, nem autonomia nem em prestações!
Pemides Escreveu:Com a crise que se perfila no horizonte, será que vamos continuar a usar carros à séria?
A maior parte dos 'carros à séria' circulam só com o condutor.
Os percursos percorridos são pequenos.
Uma carripana para duas pessoas com autonomia para 200 km não chegaria?
Hmm, já tivemos outras crises (e os hábitos nesta matéria não se alteraram assim de forma tão dramática.
Em relação ao ser ou não suficiente, parece-me que esta é uma discussão algo retórica e pouco prática/realista.
Em primeiro lugar: já existem micro-carros com preços comparáveis, dimensões comparáveis, prestações comparáveis e em termos de consumo também mais económicos em termos de consumo. Praticamente não se vendem (normalmente só os adquire quem não tem possibilidade de possuir carta de ligeiros).
Em segundo lugar e esta é uma questão que já coloquei aqui noutro tópico sobre o assunto: uma coisa é o que fazemos na maior parte dos dias, outra é querermos que um investimento desta natureza esteja limitado ao que fazemos na maior parte dos dias.
Tentando exemplificar, eu posso em 300 ou 340 dias do ano só utilizar 1 ou 2 lugares, só me deslocar umas dezenas de kilometros, etc. Mas algumas vezes por ano vou precisar de transportar mais pessoas, vou precisar de me deslocar mais longe, etc.
A verdade é que na prática as pessoas acabam por optar por veículos que na maior parte do tempo são excedentários mas que lhes satisfazem as necessidades das vezes em que precisam de mais...