Preços de aço recuam na China e usinas reduzem produção

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Preços de aço recuam na China e usinas reduzem produção
sexta-feira, 7 de novembro de 2008 08:00 BRST
Por Miyoung Kim
SEUL (Reuters) - Os preços do aço na Ásia continuaram a cair esta semana e atingiram o menor nível em um ano, pressionados por produtos voltados à construção civil. Os preços devem cair ainda mais já que o cenário da demanda se enfraquece e a crise de crédito força usinas a reduzir produção.
Mesmo grandes cortes na produção de grandes grupos siderúrgicos do mundo e de produtoras de minério de ferro não têm conseguido recuperar os preços e analistas afirmam que mais reduções estão no caminho diante de uma demanda que continua caindo.
"Os preços estão caindo acentuadamente na maioria dos produtos de aço e é difícil ver em que nível vão parar", dise um operador em Seul.
Na China, maior país produtor de aço do mundo, o preço de bobina laminada a quente caiu ao menor nível em um ano, 595 dólares a tonelada, queda de 1 por cento na semana e de 42 por cento em relação ao recorde de 1.030 dólares atingido em julho, de acordo com dados do Metal Bulletin.
Os preços se reduziram em quase 30 por cento no mês passado apenas diante de um cenário que se deteriora rapidamente. Produtores se livraram de estoques e reduziram atividade por todo o globo.
Os preços de tarugo, que é uma forma semi-acabada de aço longo e é usada principalmente em projetos de construção civil, caíram 25 por cento, para 645 dólares a tonelada (FOB), menor patamar em três meses. A restrição de crédito tem atingido duramente a indústria de construção.
Na Coréia do Sul, a Hyundai Steel, maior fornecedora de aço para construção do país, cortou preços pela primeira vez em quase três anos.
"Prevemos que o preço do aço longo vai cair mais 40 por cento em 2009... e as quedas no consumo e produção em 2009 serão tão profundos quanto os ocorridos em 1998" durante a crise financeira da Ásia, afirmaram analistas do Citigroup relatório.
Confirmando a grande queda na demanda por aço, o presidente-executivo da Vale afirmou que a maior produtora de minério de ferro do mundo não deve começar negociações de preços de longo prazo com siderúrgicas até que a demanda por minério retorne.
O mercado vai observar de perto dados que serão divulgados na próxima semana e que vão mostrar se as exportações de aço da China se recuperaram em outubro uma vez que a demanda doméstica gerada por setores como automotivo e construção se enfraqueceu com o crescimento econômico do país caindo para a casa de um dígito.
Novas quedas de preços e de produção de aço podem forçar as mineradoras BHP e Rio Tinto a seguirem a Vale na direção de cortes na oferta de minério de ferro antes das negociações anuais de preços com clientes asiáticos.
Preços de aço recuam na China e usinas reduzem produção
sexta-feira, 7 de novembro de 2008 08:00 BRST
Por Miyoung Kim
SEUL (Reuters) - Os preços do aço na Ásia continuaram a cair esta semana e atingiram o menor nível em um ano, pressionados por produtos voltados à construção civil. Os preços devem cair ainda mais já que o cenário da demanda se enfraquece e a crise de crédito força usinas a reduzir produção.
Mesmo grandes cortes na produção de grandes grupos siderúrgicos do mundo e de produtoras de minério de ferro não têm conseguido recuperar os preços e analistas afirmam que mais reduções estão no caminho diante de uma demanda que continua caindo.
"Os preços estão caindo acentuadamente na maioria dos produtos de aço e é difícil ver em que nível vão parar", dise um operador em Seul.
Na China, maior país produtor de aço do mundo, o preço de bobina laminada a quente caiu ao menor nível em um ano, 595 dólares a tonelada, queda de 1 por cento na semana e de 42 por cento em relação ao recorde de 1.030 dólares atingido em julho, de acordo com dados do Metal Bulletin.
Os preços se reduziram em quase 30 por cento no mês passado apenas diante de um cenário que se deteriora rapidamente. Produtores se livraram de estoques e reduziram atividade por todo o globo.
Os preços de tarugo, que é uma forma semi-acabada de aço longo e é usada principalmente em projetos de construção civil, caíram 25 por cento, para 645 dólares a tonelada (FOB), menor patamar em três meses. A restrição de crédito tem atingido duramente a indústria de construção.
Na Coréia do Sul, a Hyundai Steel, maior fornecedora de aço para construção do país, cortou preços pela primeira vez em quase três anos.
"Prevemos que o preço do aço longo vai cair mais 40 por cento em 2009... e as quedas no consumo e produção em 2009 serão tão profundos quanto os ocorridos em 1998" durante a crise financeira da Ásia, afirmaram analistas do Citigroup relatório.
Confirmando a grande queda na demanda por aço, o presidente-executivo da Vale afirmou que a maior produtora de minério de ferro do mundo não deve começar negociações de preços de longo prazo com siderúrgicas até que a demanda por minério retorne.
O mercado vai observar de perto dados que serão divulgados na próxima semana e que vão mostrar se as exportações de aço da China se recuperaram em outubro uma vez que a demanda doméstica gerada por setores como automotivo e construção se enfraqueceu com o crescimento econômico do país caindo para a casa de um dígito.
Novas quedas de preços e de produção de aço podem forçar as mineradoras BHP e Rio Tinto a seguirem a Vale na direção de cortes na oferta de minério de ferro antes das negociações anuais de preços com clientes asiáticos.