Falências aceleram e atingem a hotelaria
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Pata-Hari Escreveu:Mesmo assim, tenho achado espantosa a lentidão com que a recessão que os mercados estão a descontar está a chegar à economia real. Não tenho a noção se as pessoas já entenderam a dimensão do que se avizinha ou a dimensão do significado dos números dos mercados.
Exacto Pata e isso é que me deixa preocupado, com excepção das pessoas que ja sentem na pele a dita crise (ex. familias que não podem pagar os emprestimos e empresas a fechar) a grande maioria das pessoas ainda não tem noção do que lhes pode acontecer em breve. Acho inacreditavel a ignorancia desta gente que em muitos casos continua a consumir a grande como se nada aconteceu.
Talvez por a maioria das pessoas ser funcionario publico ou de grandes empresas semi publicas e sentirem que não lhes acontece nada com os empregos.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Aumento dos fechos agrava desemprego
A indústria transformadora é um exemplo dos sectores em risco.
Mónica Silvares
Os sinais estão há muito presentes. Os indicadores de conjuntura demonstram que a indústria transformadora é dos sectores de actividade que está a sofrer, há mais tempo, os efeitos da crise, por isso nos números da falências é neste sector que se encontra o maior número de empresas em dificuldades (638), revela a Coface. Esta realidade tem um reflexo nos dados do emprego. Segundo os últimos dados do INE a criação de emprego na indústria no segundo trimestre sofreu uma contracção de 2,1%.
Este é apenas “um dos sectores mais expostos à concorrência e à globalização”, sublinha a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, mas serve como exemplo para o resto da economia. Os economistas ouvidos pelo Diário Económico reconhecem assim que os dados das falências vão ter um efeito directo negativo nos dados do emprego. “Vão sentir-se mais dificuldades e o desemprego vai necessariamente aumentar”, defende o economista Ferreira do Amaral.
De acordo com os dados do Eurostat a taxa de desemprego em Portugal em Agosto estava nos 7,5%, um valor inferior aos 8,1% de Agosto de 2007, mas a tendência deverá ser de agravamento. “A taxa de desemprego vai aumentar de forma muito visível nos próximos tempos”, vaticina António Nogueira Leite. O antigo ministro das Finanças frisa que a decisão de “aumentar salários vai piorar ainda mais a situação”. “A produtividade do trabalho tem evoluído muito abaixo da produtividade dos outros países e por isso neste momento a preocupação é grande”, acrescentou.
Os serviços, por exemplo, onde a taxa de pessoas empregadas teve no segundo trimestre uma evolução de apenas 0,9%, teve uma subida do número de processos de insolvência pedidos pelas próprias empresas ou pelos credores – os dados que melhor reflectem os efeitos da crise – de 44%, o que deixa uma perspectiva negativa para um sector que já exige os primeiros sinais de abrandamento.
http://diarioeconomico.com/edicion/diar ... 79008.html
A indústria transformadora é um exemplo dos sectores em risco.
Mónica Silvares
Os sinais estão há muito presentes. Os indicadores de conjuntura demonstram que a indústria transformadora é dos sectores de actividade que está a sofrer, há mais tempo, os efeitos da crise, por isso nos números da falências é neste sector que se encontra o maior número de empresas em dificuldades (638), revela a Coface. Esta realidade tem um reflexo nos dados do emprego. Segundo os últimos dados do INE a criação de emprego na indústria no segundo trimestre sofreu uma contracção de 2,1%.
Este é apenas “um dos sectores mais expostos à concorrência e à globalização”, sublinha a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, mas serve como exemplo para o resto da economia. Os economistas ouvidos pelo Diário Económico reconhecem assim que os dados das falências vão ter um efeito directo negativo nos dados do emprego. “Vão sentir-se mais dificuldades e o desemprego vai necessariamente aumentar”, defende o economista Ferreira do Amaral.
De acordo com os dados do Eurostat a taxa de desemprego em Portugal em Agosto estava nos 7,5%, um valor inferior aos 8,1% de Agosto de 2007, mas a tendência deverá ser de agravamento. “A taxa de desemprego vai aumentar de forma muito visível nos próximos tempos”, vaticina António Nogueira Leite. O antigo ministro das Finanças frisa que a decisão de “aumentar salários vai piorar ainda mais a situação”. “A produtividade do trabalho tem evoluído muito abaixo da produtividade dos outros países e por isso neste momento a preocupação é grande”, acrescentou.
Os serviços, por exemplo, onde a taxa de pessoas empregadas teve no segundo trimestre uma evolução de apenas 0,9%, teve uma subida do número de processos de insolvência pedidos pelas próprias empresas ou pelos credores – os dados que melhor reflectem os efeitos da crise – de 44%, o que deixa uma perspectiva negativa para um sector que já exige os primeiros sinais de abrandamento.
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As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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Falências aceleram e atingem a hotelaria
Falências 2008-10-28 00:05
Falências aceleram e atingem a hotelaria
Os pedidos de liquidação de empresas até Setembro subiram 47% face a 2007.
Mónica Silvares
O número de processos de falências em Portugal aumentou 47% nos nove primeiros meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, abrangendo quase três mil empresas. O Porto é o distrito do país mais afectado e o sector da hotelaria e restauração um dos mais afectados, revelam os dados da Coface.
A empresa de informação para gestores explicita ainda que o número de processos de insolvência pedidos pelas próprias empresas ou pelos credores – os dados que melhor reflectem os efeitos da crise – tiveram um aumento de 44% face ao período homólogo, abrangendo 2.118 empresas, das 437.105 que existem na base de dados da Coface. Estes dados, segundo os economistas e empresários ouvidos pelo Diário Económico, são “um reflexo da situação económica que o país atravessa, mas também das dificuldades de crédito”. O economista João Ferreira do Amaral acrescentou que os dados “não reflectem ainda a actual situação de aperto de crédito e, por isso, é de esperar um agravar da situação”, mas lembrou que o crédito já está caro há muito tempo.
O economista Medina Carreira corrobora a expectativa de agravamento da situação: “2009 vai ser um ano pior para as empresas porque as restrições ao crédito vão ser maiores, logo, a procura diminuirá”.
A diminuição da procura começa a fazer-se sentir em primeiro lugar no sector da restauração e hotelaria, por isso, os economistas consideram natural que este seja o sector onde se verificou um dos aumentos mais significativo do processo de falências (97%). Este sector tem a terceira variação homóloga mais significativa. As maiores são registadas pela indústria extractiva e das telecomunicações, mas abrangem um número muito reduzido de empresas (13 e três, respectivamente)
“As margens com que operamos são muito apertadas e, tendo em conta o aumento brutal dos custos do crédito, não é suportável para a generalidade das pequenas empresas”, alerta o presidente da Confederação do Turismo Português. José Carlos Pinto Coelho, que estava ontem a preparar uma carta para entregar ao ministro da Economia Manuel Pinho, onde apresenta os problemas do sector, lamentou o facto de o Governo não ter ido mais longe no Orçamento do Estado para ajudar a capitalizar as empresas deste sector. Nomeadamente, através do IVA para a restauração. O responsável admite que no médio prazo a solução poderá passar também pela concessão de crédito mais barata a estas empresas.
Em termos de regiões do país, o Porto reúne o maior número de acções de insolvência (843) e simultaneamente tem o maior aumento homólogo (28%). Seguido de Lisboa com 512 acções de e uma evolução de 17%. Mas numa comparação relativa - tendo em conta o peso relativo das acções de insolvência face ao peso relativo do número de sociedades por distrito -, o pódio cabe a Braga com uma taxa de 1,5%. Os dados de Braga contrastam por exemplo com Lisboa que tem um indicador de 0,56, ou seja “apesar de Braga ter menos acções do que Lisboa, as mesmas têm um maior peso na estrutura empresarial, onde o peso da Fileira Têxtil é muito elevado”, explica a Coface.
http://diarioeconomico.com/edicion/diar ... 79009.html
Falências aceleram e atingem a hotelaria
Os pedidos de liquidação de empresas até Setembro subiram 47% face a 2007.
Mónica Silvares
O número de processos de falências em Portugal aumentou 47% nos nove primeiros meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, abrangendo quase três mil empresas. O Porto é o distrito do país mais afectado e o sector da hotelaria e restauração um dos mais afectados, revelam os dados da Coface.
A empresa de informação para gestores explicita ainda que o número de processos de insolvência pedidos pelas próprias empresas ou pelos credores – os dados que melhor reflectem os efeitos da crise – tiveram um aumento de 44% face ao período homólogo, abrangendo 2.118 empresas, das 437.105 que existem na base de dados da Coface. Estes dados, segundo os economistas e empresários ouvidos pelo Diário Económico, são “um reflexo da situação económica que o país atravessa, mas também das dificuldades de crédito”. O economista João Ferreira do Amaral acrescentou que os dados “não reflectem ainda a actual situação de aperto de crédito e, por isso, é de esperar um agravar da situação”, mas lembrou que o crédito já está caro há muito tempo.
O economista Medina Carreira corrobora a expectativa de agravamento da situação: “2009 vai ser um ano pior para as empresas porque as restrições ao crédito vão ser maiores, logo, a procura diminuirá”.
A diminuição da procura começa a fazer-se sentir em primeiro lugar no sector da restauração e hotelaria, por isso, os economistas consideram natural que este seja o sector onde se verificou um dos aumentos mais significativo do processo de falências (97%). Este sector tem a terceira variação homóloga mais significativa. As maiores são registadas pela indústria extractiva e das telecomunicações, mas abrangem um número muito reduzido de empresas (13 e três, respectivamente)
“As margens com que operamos são muito apertadas e, tendo em conta o aumento brutal dos custos do crédito, não é suportável para a generalidade das pequenas empresas”, alerta o presidente da Confederação do Turismo Português. José Carlos Pinto Coelho, que estava ontem a preparar uma carta para entregar ao ministro da Economia Manuel Pinho, onde apresenta os problemas do sector, lamentou o facto de o Governo não ter ido mais longe no Orçamento do Estado para ajudar a capitalizar as empresas deste sector. Nomeadamente, através do IVA para a restauração. O responsável admite que no médio prazo a solução poderá passar também pela concessão de crédito mais barata a estas empresas.
Em termos de regiões do país, o Porto reúne o maior número de acções de insolvência (843) e simultaneamente tem o maior aumento homólogo (28%). Seguido de Lisboa com 512 acções de e uma evolução de 17%. Mas numa comparação relativa - tendo em conta o peso relativo das acções de insolvência face ao peso relativo do número de sociedades por distrito -, o pódio cabe a Braga com uma taxa de 1,5%. Os dados de Braga contrastam por exemplo com Lisboa que tem um indicador de 0,56, ou seja “apesar de Braga ter menos acções do que Lisboa, as mesmas têm um maior peso na estrutura empresarial, onde o peso da Fileira Têxtil é muito elevado”, explica a Coface.
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